BOTÍN: BRASIL É PEÇA IMPORTANTE DO GRUPO SANTANDER NO EXTERIOR
País mantém participação de cerca de 25% nos resultados mundiais do banco
O Brasil continua sendo uma peça fundamental do banco Santander no exterior apesar da redução dos lucros que a entidade financeira teve no país nos últimos anos, disse nesta segunda-feira o presidente mundial do grupo bancário, Emilio Botín.
"O resultado deste ano não é o mesmo que o do passado ou que o de há dois anos, mas continua sendo muito bom em comparação com o de outros países", afirmou Botín em entrevista coletiva no Rio de Janeiro.
Segundo o balanço divulgado no mês passado, o lucro líquido do Santander no Brasil nos primeiros nove meses de 2013 somou 1,277 bilhão de euros, o que representou uma queda de 23,6% frente ao mesmo período de 2012.
Seus lucros no Brasil já tinham caído 15,2% em 2012, quando somaram 2,212 bilhões de euros e representaram cerca de 26% do lucro total do grupo no mundo.
"Mas estamos encantados com o Brasil. Para o Santander, é a peça mais importante de nosso grupo no exterior", assegurou Botín.
O presidente do grupo acrescentou que, apesar da redução dos lucros, o Brasil mantém uma participação de cerca de 25% nos resultados mundiais do Santander.
O presidente da entidade no Brasil, Jesús Zabalza, manifestou na mesma entrevista coletiva que o banco pretende melhorar seus resultados com uma elevação da carteira de crédito que inclui a linha já anunciada e aberta recentemente com uma quantia de US$ 10 bilhões para projetos de infraestrutura.
Esses créditos para a construção ou manutenção de estradas, aeroportos, ferrovias, portos e outras obras de infraestrutura foram anunciados após a última reunião de Botín em Brasília com a presidente Dilma Rousseff no dia 12 de setembro.
"Somos um banco universal e queremos crescer em todos os segmentos (de crédito)", afirmou.
O presidente do Santander Brasil declarou que o número de dinheiro pensado para projetos de infraestrutura pode crescer em função da demanda e da participação dos próprios clientes do banco nas licitações do governo brasileiro para contratar as obras.
Na opinião de Zabalza, o crescimento da carteira de crédito do Santander neste ano pode superar em um ou dois pontos percentuais o dos outros bancos privados do país.
O dirigente assegurou que enquanto os créditos dos demais bancos crescerão entre 10% e 12%, a expansão da carteira de crédito do Santander pode oscilar entre 12% e 14%.
Zabalza minimizou a exposição do Santander por créditos concedidos ao grupo EBX, o conglomerado do empresário Eike Batista, que nas últimas semanas se viu obrigado a enquadrar duas de suas empresas na lei de falências.
Segundo o presidente da entidade financeira no Brasil, o valor emprestado às empresas de Eike é ínfimo em comparação com o capital do banco e em nenhum caso põe o grupo em risco.
O dirigente acrescentou que a operação de "otimização" do capital por R$ 6 bilhões lançada recentemente deve ser concluída em janeiro e fevereiro e ter como resultado uma melhoria no retorno sobre o capital do banco.
"A melhoria do retorno sobre capital vai melhorar o desempenho das ações. Esperamos que o mercado reconheça essa operação e que o valor da ação aumente", concluiu.   - Visite www.apdobanespa.com
APdoBanespa - 20/11/2013
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