Durante ato em frente ao BC, em Brasília, CUT e outras centrais reivindicam que Selic volte a cair para que economia brasileira cresça
São Paulo – Trabalhadores de todo o país realizaram ato no final da manhã de terça 26, em Brasília, pela redução da Selic, pela queda dos juros bancários e por regulamentação do sistema financeiro nacional. A manifestação foi em frente à sede do Banco Central, onde ocorre nesta terça e quarta-feira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que decidirá a nova taxa básica de juros. A previsão de analistas do mercado financeiro é que a Selic seja elevada em 0,5 ponto percentual e chegue a 10% ao ano.
A manifestação foi convocada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais sindicais. O Sindicato estava representado por diversos dirigentes, entre eles a secretária-geral, Raquel Kacelnikas, e a presidenta, Juvandia Moreira. "Chega de dar dinheiro para banqueiros e rentistas. Tem que reduzir a Selic para gerar investimentos e empregos", disse Juvandia.
Para o presidente da CUT, o bancário Vagner Freitas, aumentar a taxa básica de juros da economia brasileira é privilegiar o capital especulativo, em detrimento do capital produtivo. “Juro alto prioriza a especulação financeira em detrimento do trabalho e da renda. Queremos um Brasil para todos”, disse o dirigente, acrescentando que o ato é pró-desenvolvimento do país, com distribuição de renda e melhores condições de vida para a classe trabalhadora.
Trajetória – Depois de um processo de queda na Selic, iniciado em agosto de 2011, o governo voltou a elevá-la sucessivamente a partir de março deste ano. Nesse período, quando ocorreram cinco reuniões do Copom, a Selic passou de 7,25% para os atuais 9,5%, aumento de 2,25 pontos percentuais. Como a taxa básica de juros influência a rolagem da dívida pública, esse aumento significa para os cofres da União um custo adicional de R$ 40 bilhões por ano, montante que corresponde a duas vezes o orçamento anual do Programa Bolsa Família.
Vagner destacou que juro alto desestimula a produção, o investimento público e o trabalho e prejudica ações para saúde, educação, transporte, infraestrutura, segurança e saneamento básico. Ele também ressaltou que todos os recursos são usados para pagar a dívida pública e que os bancos, principais detentores da dívida, são os que ganham.
O dirigente também criticou o argumento de que para combater a inflação é preciso aumentar a Selic. Quando a inflação está em alta, o Copom eleva a Selic para reduzir a pressão sobre os preços, mas segundo Vagner isso é um erro: “Combater a inflação com alta de juros, gera mais desemprego e mais recessão. O que mais afeta a taxa de juros é o câmbio. O governo tem de resolver o problema do câmbio e, não, aumentar os juros.”
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APdoBanespa - 27/11/2013
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