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Réquiem do Banespa
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Olá.
Réquiem do Banespa, a realizar, com todas as honras, assim que resgatada a nossa dignidade, e dependendo de um tsunami de vergonha na cara, exacerbação da consciência, pavor telúrico do diabo; o mesmo diabo que, por sua vez também, arrepia de medo em receber e o que fazer com tão desqualificada clientela, abundante em recursos para tudo e literalmente capaz de tudo deixar em petição de miséria, a clientela abrangente de pseudo político, seja do executivo, legislativo e/ou judiciário esquecida de suas obrigações nas funções para as quais ali está e se encontra, e tudo junto e misturado, num bordel virtual de surubas maquiavélicas nunca antes imaginada, ora atual ao vivo e a cores, inconsequente nessa massa inominável a dissolver ou a fundir tudo , bando amorfo nunca sociedade, mesmo recente em mãos de sociólogo em seu prólogo; menos ainda família. Pobre Brasil, leram tudo errado, nada entenderam; fosse possível apartar, banir de contato como Moisés e sua responsabilidade com seu povo de por quarenta anos vagar sem destino sem motivo que não fosse esperar nova geração desvinculada de tantos desvios, para novo começo. A sociologia pouco ajuda, assim como o repetir o êxodo não seja possível. Cadeia, na forma como se está, é pouco educativa ou didática. Medieval.



(www.cartacapital.com.br/.../requiem-para-um-sistema-falido-9027.htm)

Mas, um Congresso eleito nos termos dessa legislação e dos vícios de hoje poderá fazer as reformas que o povo, exemplarmente paciente, pede nas ruas?

Poderemos, porém, apostar todas as fichas da salvação da política numa reforma jurídico-legislativa operada na cúpula, e, como necessariamente, à margem da sociedade infelicitada? Qual reforma pode salvar de seu esvaziamento simbólico partidos sem vida, desprovidos de conteúdo? Como trazer de volta à política partidos que renunciaram à representação, que, dominados pela burocracia, optaram pelo pragmatismo que mata a utopia?

Roberto Esposito (La Republica, 7/5/2012), antes de nosso junho de 2013, perguntava: “Onde nasce essa desafeição que pervade as nossas sociedades até a borda? O que afasta cada vez mais a linguagem dos políticos daquele cruzamento de impulsos, emoções, esperanças que molda a nossa experiência? E por que, talvez nunca como hoje, a onda longa da política parece se inchar no tsunami da antipolítica”?

Serão mesmo nossos partidos, os partidos brasileiros, em sua maioria, suicidas, posto que a eles, por definição, não deveria interessar a antipolítica que, promovida pelo seu autoesvaziamento, terminará por devorá-los? A verdade é que alguma coisa corrói, como caruncho, a maioria de nossos partidos; algo os molesta, como uma psicose coletiva que os leva a ceder a uma pulsão autodestrutiva, na medida em que se apartam da quimera coletiva e deixam de ser instrumento de realização dos sonhos e das utopias que movem as massas.

No Brasil, há um elemento a mais, que a irrupção de junho parecia haver espancado: a permanente ausência do povo-massa, a síndrome da casa grande, onde reinam os ‘eleitos’ (pelos deuses) e a senzala, o Brasil real onde mora e trabalha o povo, o povo objeto. Que sociedade representaria o sistema partidário (e político e eleitoral) brasileiro, herdeiro de um autoritarismo larvar que se expressa em todas as atividades sociais (a começar pelas relações familiares mas que compreende as desigualdades sociais de gênero e cor, a homofobia e o preconceito racial) e encontra seu refinamento nas relações políticas? Acerta quem disser que é a nossa classe dominante, forânea, despida de valores democráticos, rentista do erário, sem perspectiva de futuro, vivendo o hoje pelo hoje, sem compromisso de nação e sem consciência de povo.

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APdoBanespa - 24/11/2013

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Nº 1716   -    enviada por     Paulo Renan Finholdt   -   Valinhos/SP/


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