ATENTOS E COMBATIVOS
Santander quer queimar folgas aos sábados de bancários, liberdade de escolha de onde comer e comprar dos funcionários, função dos caixas. Mas movimento sindical não vai deixar
A história mostra que para
conquistar e manter direitos é preciso lutar. É
necessário ser resistência, estar atento e unido a
outras pessoas e entidades que
busquem os mesmos propósitos. É desta forma que a Afubesp segue em frente, em uma
conjuntura desfavorável para
os trabalhadores como um
todo, mas com o olhar voltado
especialmente para os funcionários da ativa e aposentados
do Santander.
Banco este que bate recordes no lucros a cada balanço (no primeiro trimestre de
2019 foi R$ 3,485 bilhões) com
os bancários do Brasil contribuindo cada vez mais para o
enriquecimento da instituição
financeira (os números atuais
representam 29% do resultado
global do conglomerado).
Ao invés de oferecer contrapartidas que beneficiem seus
trabalhadores, o Santander segue usando e abusando de cada
um deles. Inventou, por exemplo, abrir 29 agências para dar
Orientação Financeira gratuita,
todos os sábados de maio e junho, das 9h às 12h. E disse que
todos o que participam da ação
se “voluntariaram” para tal.
Porém, as entidades se mobilizaram para barrar a iniciativa que além de infringir a
Convenção Coletiva de Trabalho, também contraria a Lei
9.608/1998, que define trabalho
voluntário como “a atividade
não remunerada prestada por
pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou a
instituição privada de fins não
lucrativos que tenha objetivos
cívicos, culturais, educacionais,
científicos, recreativos ou de
assistência à pessoa”.
Duro é achar alguém que
acredite que o banco não quer
lucrar com isso. Tanto que quase ninguém participou das “palestras” realizadas em 4 de
maio. As portas das agências
contaram com a presença de
dirigentes sindicais orientando
os passantes sobre o abuso do
banco ao fazer seus funcionários
trabalharem no final de semana
sem ganhar nada, bem como
deixaram o alerta de que o Santander cobra algumas das mais
altas tarifas de serviços e empréstimos, segundo o IDEC (Instituto de Defesa do Consumidor).
Em São Paulo, no segundo
sábado do mês (11), o Sindicato
voltou às cinco agências elencadas para participar da Orientação Financeira e fez o Santander
recuar. Os funcionários foram
liberados com menos de uma
hora de trabalho. “Foi uma grande vitória para os trabalhadores. Queremos garantir o direito
dos bancários descansarem aos
sábados, o que é uma conquista desde 1960. Vamos continuar
atuando todos os sábados até
que o banco desista em definitivo deste projeto. Nós entendemos que a proposta está sendo
apresentada como uma ação
positiva para os bancários, mas
na verdade pode ser um ensaio para o banco abrir aos sábados
com o comparecimento obrigatório e inclusive com cobrança
de metas”, afirma a dirigente
sindical Lucimara Malaquias.
  - Visite www.apdobanespa.com
APdoBanespa - 23/05/2019
| Ver Comentários | Comentar |
|