Por Amanda Kieling e Carlos Moraes*
"Desenvolvimento sustentável é um processo de mudança no qual a exploração dos recursos, o direcionamento dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional estão em harmonia e reforçam o atual e futuro potencial para satisfazer as aspirações e necessidades humanas. (...) é o desenvolvimento que encontra as necessidades atuais sem comprometer a habilidade das futuras gerações de atender suas próprias necessidades."
Neste novo cenário, cresce a conscientização da sociedade sobre a importância da preservação do meio ambiente e com isto uma maior exigência para que governos e empresas passem a primar por um equilíbrio entre o ambiental, o social e o econômico. Este tripé se torna fundamental nas discussões por um planeta mais saudável em todas as áreas do conhecimento. Surgem novas leis, novos programas, novos requisitos de mercado, encontros para definir metas.
No entanto, das conferências científicas internacionais aos grandes encontros de chefes de Estado enfrenta-se até hoje a dificuldade de se conceituar e, principalmente, de se implementar a almejada sustentabilidade. Isto é tão evidente que na última terça-feira, 23 de setembro, representantes de mais de 120 países do mundo na Cúpula do Clima em Nova York tentaram mais uma vez acordar sobre a redução de emissões de gases de efeito estufa, acordo este que já deveria ter sido firmado em 2009.
Neste sentido, observa-se que desenvolver-se sustentavelmente na essência de seu conceito não é tarefa fácil, e uma das barreiras é o uso desenfreado e inadequado do termo sustentabilidade.
A própria sociedade responsável por esta transformação de consciência ambiental deve questionar suas ações cotidianas. Deve entender que para se alcançar a sustentabilidade é necessário então se atingir padrões compatíveis de consumo e de produção de forma a se adequar à capacidade do planeta de recompor o seu próprio equilíbrio.
Se este é o planeta que precisamos preservar para as gerações futuras, precisamos preparar também as pessoas para viverem de forma adequada nele. Estamos no momento do fazer correto, de agir sustentavelmente, de consumir de forma responsável, de multiplicar ações, de resistir às tentações de consumo, de tornar a vida mais simples, equilibrada, promovendo o ciclo fechado dos sistemas produtivos e dos produtos. Que não tenhamos mais resíduos ou lixo, mas materiais a serem reutilizados, recuperados, reinseridos na sua totalidade na indústria; água com tratamento suficiente para cada aplicação; e que estas ações ocorram em casa, na rua, no trabalho, no lazer, e em todas as relações que tenhamos com o meio ambiente.
*Coordenadores do Curso de Engenharia Ambiental – Unisinos
FONTE
Carolina Salles
Carolina Salles
Direito Ambiental
Mestre em Direito Ambiental.Desenvolvimento sustentável: vamos praticá-lo
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Publicado por Carolina Salles - 3 dias atrás
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Por Amanda Kieling e Carlos Moraes*
"Desenvolvimento sustentável é um processo de mudança no qual a exploração dos recursos, o direcionamento dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional estão em harmonia e reforçam o atual e futuro potencial para satisfazer as aspirações e necessidades humanas. (...) é o desenvolvimento que encontra as necessidades atuais sem comprometer a habilidade das futuras gerações de atender suas próprias necessidades."
Neste novo cenário, cresce a conscientização da sociedade sobre a importância da preservação do meio ambiente e com isto uma maior exigência para que governos e empresas passem a primar por um equilíbrio entre o ambiental, o social e o econômico. Este tripé se torna fundamental nas discussões por um planeta mais saudável em todas as áreas do conhecimento. Surgem novas leis, novos programas, novos requisitos de mercado, encontros para definir metas.
No entanto, das conferências científicas internacionais aos grandes encontros de chefes de Estado enfrenta-se até hoje a dificuldade de se conceituar e, principalmente, de se implementar a almejada sustentabilidade. Isto é tão evidente que na última terça-feira, 23 de setembro, representantes de mais de 120 países do mundo na Cúpula do Clima em Nova York tentaram mais uma vez acordar sobre a redução de emissões de gases de efeito estufa, acordo este que já deveria ter sido firmado em 2009.
Neste sentido, observa-se que desenvolver-se sustentavelmente na essência de seu conceito não é tarefa fácil, e uma das barreiras é o uso desenfreado e inadequado do termo sustentabilidade.
A própria sociedade responsável por esta transformação de consciência ambiental deve questionar suas ações cotidianas. Deve entender que para se alcançar a sustentabilidade é necessário então se atingir padrões compatíveis de consumo e de produção de forma a se adequar à capacidade do planeta de recompor o seu próprio equilíbrio.
Se este é o planeta que precisamos preservar para as gerações futuras, precisamos preparar também as pessoas para viverem de forma adequada nele. Estamos no momento do fazer correto, de agir sustentavelmente, de consumir de forma responsável, de multiplicar ações, de resistir às tentações de consumo, de tornar a vida mais simples, equilibrada, promovendo o ciclo fechado dos sistemas produtivos e dos produtos. Que não tenhamos mais resíduos ou lixo, mas materiais a serem reutilizados, recuperados, reinseridos na sua totalidade na indústria; água com tratamento suficiente para cada aplicação; e que estas ações ocorram em casa, na rua, no trabalho, no lazer, e em todas as relações que tenhamos com o meio ambiente.
*Coordenadores do Curso de Engenharia Ambiental – Unisinos
FONTE - Carolina Salles
Direito Ambiental - Mestre em Direito Ambiental.   - Visite www.apdobanespa.com
APdoBanespa - 01/10/2014
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