Altinópolis, 12 de março de 2014.
ILMO SR
SILVIO GENARO
PRESIDENTE DO CONSELHO DELIBERATIVO DA AFABESP
Prezado banespiano:
Faço questão de registrar o meu endosso – que certamente representa a opinião de um expressivo número de aposentados banespianos – à solicitação que lhe foi entregue no dia de ontem (11/03/14) por Guilherme Setembre. Pode o caro colega, e os demais dirigentes da nossa entidade representativa, ter a certeza de que é hoje consenso em nossa comunidade que chegamos a um ponto em que atitudes outras, além de ficarmos esperando o desfecho das nossas ações, precisam ser por nós tomadas – enquanto ainda nos restam forças para tanto.
Em que pesem os esforços que, ao longo de tantos anos, vêm sendo desenvolvidos pela Afabesp com vistas ao resgate pelas vias judiciais dos direitos que nos foram usurpados, o que temos, na prática, é o infindável uso por parte do nosso adversário de recursos e embargos - todos legais, mas que chegam a ser até imorais -, que vai retardando ad eternum a consumação das nossas duas causas (Gratificações e IGP-DI). Ambas, aliás, com sentenças a nós plenamente favoráveis. E esse retardamento, essa verdadeira enrolação fazem com que, a cada dia, cada vez mais velhos e mais fracos, nos sintamos menosprezados, esquecidos, diminuídos – sem voz!
Só tem voz, só grita quem ainda tem alguma reserva física para fazê-lo.
Por isso, enquanto nos resta alguma energia, temos que nos manifestarmos – de uma forma ou de outra. Indo às ruas, se preciso. Por que não? Sem xingar, sem ofender nenhum juiz, nenhum magistrado, nenhum ministro. Mas, chamando atenção deles – e do público em geral – para a injustiça que vimos sofrendo há muito...muito tempo. É direito nosso!
No momento em que redijo este texto, não tenho conhecimento de qual teria sido a acolhida pelo Conselho Deliberativo da Afabesp da “Súplica” do colega Setembre. Pelo sim, pelo não, deixo aqui o meu apelo no sentido de que, aqueles que têm nas mãos os destinos da comunidade banespiana, reflitam sobre o crucial momento que vivemos: temos pouco tempo pela frente.
Esperar, apenas confiar na Justiça, pode ser o mesmo que aceitar o fato de que inúmeros banespianos continuem morrendo sem que vejam os seus sagrados direitos resgatados.
Pensem nisso!
Antonio Galvão Raiz Porto
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APdoBanespa - 13/03/2014
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