Postura do Santander com aposentados não pode passar impune’, denuncia Rosani em audiência pública- 17 de junho de 2025
A Afubesp participou na segunda-feira (16) de audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) para, junto da categoria bancária, denunciar os ataques do Santander contra os aposentados do Banespa. O debate, proposto pelo deputado estadual Luiz Claudio Marcolino, reuniu entidades sindicais em um ato de resistência contra o fechamento de agências e terceirizações fraudulentas.
Representando a entidade na audiência, a presidenta Maria Rosani expôs a situação de violência que os banespianos, muitos já idosos e vulneráveis, passam há anos com o desmonte do Banesprev e da Cabesp. A principal denúncia recai sobre a ameaça de retirada de patrocínio do fundo de pensão – o que joga os aposentados na total instabilidade.
“Essa postura não pode passar impune”, cravou. “Não é apenas uma questão financeira, é uma questão de respeito à vida e dignidade humana”. Tanto o plano de saúde quanto a previdência complementar são direitos adquiridos, frutos de anos de contribuição e compromisso.
Rosani foi enfática ao classificar como “cruel e perversa” a conduta do banco que deveria cumprir seus compromissos previstos no edital de privatização do Banespa. “O que o Santander está fazendo contra pessoas idosas é, sim, uma forma de violência. patrimonial, institucional e psicológica”, destacou.
>>> Santander, respeite quem construiu sua história! Campanha da Afubesp denuncia violência contra idosos em www.afubesp.com.br/noticias
Quem ganha com a extinção dos direitos dos aposentados e funcionários que constroem lucros bilionários todos os anos, mais uma vez, é o alto escalão. Rita Berlofa, diretora executiva da Afubesp e diretora de Relações Internacionais da Contraf-CUT, fez um resgate histórico de como o Santander, sediado na Espanha, repete o modus operandi dos colonizadores que saquearam a América do Sul no passado e só deixaram devastação.
“Guardadas as proporções, o que esse banco tem feito é roubar nossas riquezas. Chegou com uma concessão pública e só pensa em reduzir despesas e aumentar o lucro que não fica no Brasil”, destacou.
Retirada de direito não se negocia, se denuncia! em www.afubesp.com.br/noticias
O Dieese apresentou dados alarmantes quanto às terceirizações feitas pelo banco. A despesa média com pessoal por trabalhador caiu 4,1% entre 2019 e 2024, exatamente o período em que o banco começou a terceirizar áreas como de tecnologia para empresas do conglomerado, como a F1RST. Essas medidas se sustentaram de uma reforma trabalhista extremamente nociva.
Trabalhadores que usufruíam de conquistas históricas dos bancários – como jornada, remuneração e benefícios – se veem desprotegidos quanto à representação.
Em outra frente, o banco atua no fechamento de agências, fecha postos de trabalho e empurra seus clientes para o digital os expondo a golpes de todo o tipo.
A resposta do Santander ao convite (em www.afubesp.com.br/noticias) do deputado Luiz Claudio Marcolino à audiência foi um acinte à categoria. Em nota, o banco – que não enviou nenhum representante – informou que os trabalhadores das empresas da holding teriam “mais benefícios” que hoje têm os bancários – uma inverdade sem tamanho.
As denúncias devem, agora, seguir para debate com prefeitos e vereadores nos municípios do estado.   - Visite www.apdobanespa.com
APdoBanespa - 26/06/2025
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