Santander impõe a terceirização no setor de investimentos sem transparência.
Entidades cobram respeito e diálogo
Com discurso envolvente,
o Santander ‘convidou’ os
bancários do Quarteirão
de Investimentos (QI), em
evento no final de maio,
para aderirem a um ‘novo modelo de atendimento’, no qual
os trabalhadores seriam ‘sócios’ do banco.
Os trabalhadores que aderirem ao processo serão demitidos, sem justa causa, e recontratados pela Corretora de Valores,
empresa do próprio Grupo Santander. Já os que não aceitarem,
deverão procurar outra vaga no
banco, de acordo com sua qualificação. A pretensão é finalizar
este processo em até 60 dias.
Segundo dirigentes do Sindicato dos Bancários de São Paulo e da Afubesp, o banco espanhol, que vem conduzindo este
processo sem transparência e
negociação, tem como objetivo
terceirizar de forma irrestrita a
área de investimentos e, consequentemente, retirar direitos
e diminuir a remuneração dos
trabalhadores, além de enfraquecer a forte representação
sindical como é a da categoria.
Afubesp participa da luta
contra mais esse desmando do
Santander, que foi iniciada este
mês, com protestos e diálogo
com os funcionários do QI.
Estratégias de luta
Este tema e muitos outros
constam na minuta de reivindicações, debatida no Encontro
Nacional dos Bancos Privados,
realizado em 9 de junho, que foi
entregue ao Santander no último dia 14.
Durante o evento, os delegados discutiram sobre as cláusulas do atual Acordo Coletivo
de Trabalho (ACT) específico
dos funcionários do Santander,
aditivo à Convenção Coletiva
de Trabalho (CCT) da categoria
bancária. Também foram apresentadas as propostas de novos
direitos a serem incluídos no
acordo e a luta contra a precarização nas relações de trabalho.
A última campanha para renovação da ACT foi realizada
em 2020, em plena pandemia,
quando foi conquistada a manutenção de todos os direitos da
categoria em documento com
dois anos de vigência.   - Visite www.apdobanespa.com
APdoBanespa - 17/06/2022
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