CABESP teve mais uma “live”
Com a duração de quase duas horas aconteceu no último dia 26/05 mais uma “live” sobre a Cabesp. Considerando a importância do assunto, a audiência foi irrisória. Por volta das 19h35m apenas 275 colegas estavam ligados e, ao final, esse número caiu para apenas 227. Na minha opinião, os participantes perderam tempo precioso queixando-se dos ataques classificados por eles como “deselegantes” e “ofensivos” que as Associações vêm sofrendo nas redes sociais. No mais, os destaques ficaram para dois temas: 1- a justificativa para o aumento de 140% nas mensalidades; 2- os problemas decorrentes dos constantes descredenciamentos que estão ocorrendo na rede.
1- O aumento da nossa contribuição
Os participantes voltaram a defender a necessidade de aumentar a nossa contribuição como a maneira de diminuir o déficit da Cabesp. Pois, segundo os dados atuariais da empresa contratada por ela, se nada fosse feito nesse sentido, em 2046 – aquele papo que nos foi passado então – acabariam os seus recursos e ainda restariam vivos cerca de 10.000 beneficiários. Ou seja, naquele momento os nossos representantes confiaram nos dados apresentados pela Cabesp, trabalharam pelo SIM no plebiscito que acabou sendo vitorioso.
Aconteceu, porém, que as promessas de que o aumento nas contribuições equacionaria esse problema não se concretizaram tendo em vista que o déficit atual superou o previsto. E agora estão sendo forçados a voltar atrás reconhecendo que alguma coisa está errada nesse contexto, e que é preciso partir para a contratação de uma firma independente e desvinculada de qualquer interesse ligado ao Santander. O grande problema vai ser – como eles mesmos lembraram -conseguir que a diretoria da Cabesp (leia-se Dona Maria Lúcia) libere todos os dados que mostrem fielmente a situação da nossa Cabesp, uma vez que, sem isso, qualquer outra auditoria poderia apresentar resultado idêntico ou semelhante ao que já temos.
2- O problema dos descredenciamentos
Naturalmente, por determinação da presidente, a Cabesp continua promovendo descredenciamentos aleatórios que têm causado sérios transtornos a nossa comunidade. É a insistência naquele tal “novo modelo de atendimento” contra o qual nos rebelamos desde o princípio, entrando as entidades com ações, as quais, infelizmente, ao que tudo indica, não vêm funcionando a contento. Digo isso porque o presidente da Afubesp comentou superficialmente sobre o assunto colocando que muitos detalhes não podem ser passados para não prejudicar as estratégias que estão sendo usadas.
Será que não seria o caso de acionarmos a ANS? Será que isso já foi tentado e não adiantou? Ou será que a ANS funciona para a Cabesp como a PREVIC funciona para o Banesprev? São dúvidas que acho relevantes e que mereceriam uma resposta dos nossos representantes.
Foi lembrado que fomos um contingente com mais de 100 mil assistidos e que hoje somos 56 mil. Por sermos um grupo fechado, a tendência é que esse número vá paulatinamente diminuindo. Isso faz com que a conquista de novos credenciados (hospitais, médicos e laboratórios) e a sua manutenção vão ficando cada vez mais complicadas. Para complicar ainda mais, negando também a promessa de que o aumento das contribuições proporcionaria melhora no atendimento, a presidente vem adotando a política de cancelar aleatoriamente credenciamentos usando critérios que não nos são justificados. Isso, obviamente, tem causado uma enorme insatisfação em nosso meio.
Essa é uma questão que fatalmente será o grande desafio que teremos de enfrentar até o final dos nossos dias. Compete a cada um de nós, principalmente os “menores de 70 anos” que ainda têm mais forças e mais tempo de vida, arregaçar as mangas e lutar. Não adianta esperar que as Associações vão resolve tudo por nós. Onde exista uma Afaban, que ela aglutine os associados em torno desse ideal. Nos rincões mais longínquos, que formem grupos dispostos a batalhar pela manutenção da Cabesp. O caminho que nos resta é buscarmos conseguir um “canal de comunicação” com a Cabesp. O “Fale Conosco” e o “0800” não funcionam. Precisamos ter acesso à diretora de operações, Eliane Celestino. Ignoro qual seja a “postura” dela com relação aos nossos pleitos, mas, no meu entendimento, é a sua diretoria que controla esse setor tão vital para nós e por isso iremos depender sempre das suas decisões. Sergio Hirata, eleito por nós, até publicou o seu e-mail colocando-se à disposição para encaminhar as nossas reivindicações. Mas ele é diretor financeiro e como tal, em que pese a sua disposição, não possui poderes para resolver questões operacionais
Infelizmente, vivemos outros tempos. Bem diferentes daqueles em que pudemos contar com um grande banespiano que exerceu a função de diretor operacional da Cabesp com comprovada proficiência, sempre muito cortês, jamais deixando de atender às nossas justas necessidades: Jorge Lawand.   - Visite www.apdobanespa.com
APdoBanespa - 29/05/2021
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