1- A Afabesp vinha “ganhando de lavada”
Neste ano, por conta do que chamaram de “consenso” e de “união” entre as associações, a Afabesp resolveu abrir mão de uma das diretorias a favor da Afubesp. O motivo alegado foi pelo fato de ter a presidente da Cabesp (a mando do Santander) apresentado dois candidatos, funcionários da própria Cabesp, aos cargos de diretores administrativo e financeiro. Com isso haveria a possibilidade de que eles pudessem obter a 2.ª colocação e, no caso de uma eventual vacância no cargo, tomarem posse. Daí, então, para não corrermos esse risco, a “estratégia” foi cada uma delas indicar isoladamente os seus candidatos para garantir o titular e o suplente. E a Afabesp, mesmo sabendo que ganharia facilmente, com ou sem candidato do banco, se contentou só com diretoria financeira e deu de bandeja a administrativa para a Afubesp.
2- Na verdade, eles não têm a menor chance
O máximo que esses “infiltrados” pelo banco, funcionários da Cabesp, vão fazer é tumultuar um pouco o processo de votação. É óbvio que eles não têm a menor chance de conseguir um segundo lugar. Só se houvesse apenas um candidato aposentado a cada diretoria para disputar com o candidato do banco. E isso, é lógico, jamais poderia ocorrer. Basta somente a Afabesp apresentar – como sempre fizeram - o seu e a Afubesp, o dela, e pronto, primeiros e segundos mais votados garantidos!
3- A propalada “união”
Na minha visão, o certo é que essa “união” não aconteceu de verdade, pelo menos, nos moldes em que ela está sendo colocada. E, mesmo que tivesse acontecido, ela não implicaria necessariamente em que a Afabesp devesse ceder espaço à Afubesp. Ela, a Afabesp, na condição de nossa legítima entidade representativa, tinha que manter sempre a postura de líder. Tudo começou nas negociações com dona Maria Lúcia, no episódio do aumento das nossas contribuições, quando a Afabesp não se impôs permitindo que a Afubesp assumisse o controle da situação. E tivemos então aquele “consenso” das três entidades no sentido de que votássemos o SIM no plebiscito.
A grande verdade é que, com a morte de Yoshimi – esse sim era um verdadeiro líder –, a Afabesp ficou sem um comando único, aquele que dava o rumo, que dialogava, mas sem perder a liderança. Podem alegar alguns que “os tempos são outros”, no entanto, duvido muito que, sob o seu comando, a Afabesp teria se sujeitado a esse “acordo” com a Afubesp!
4- Afinal, a Afubesp é o quê?
Ela é hoje a ASSOCIAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DO GRUPO SANTANDER BANESPA (grupo que, por sinal, não existe na prática), BANESPREV e CABESP. Atualmente, o único vínculo que ela ainda poderia ter conosco – aposentados banespianos – seria pelo diminuto número de funcionários ainda na ativa, que pertenceram ao Banespa. Daqui a pouco, nada mais. Ou não? Seria pelo Banesprev e pela Cabesp, pois ela tutela os seus funcionários. Seria?
Funcionários da Cabesp... Será que os funcionários da Cabesp, candidatos aos cargos de diretores, são associados dela, Afubesp? Boa pergunta, não?!
5- Resumo da ópera
Segundo anúncio da Afabesp, cada um de nós, já nas vésperas da votação (será que vai dar tempo?), de acordo com a nossa “divisão geográfica”, irá receber “diferentes materiais” que nos orientarão em quem votar.
Mas a coisa ficou muito complicada. “Engolir” um candidato da Afubesp não vai ser nada fácil. Anular o voto para diretor administrativo?... Decisão difícil!
Todavia, o que mais me preocupa é pensar que a Afubesp não irá se contentar com apenas uma diretoria; na próxima eleição, vai querer as duas! Quem pode nos garantir que não?   - Visite www.apdobanespa.com

APdoBanespa - 18/11/2019

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