Não posso garantir, mas tudo indica que a saída do ar do site da Afabesp foi a estratégia para preparar um retorno em grande estilo exibindo uma página especial de convocação para as eleições a se realizarem de 04 a 13 de novembro próximos. Pelo jeito, até lá (13/11), essa será a ‘cara’ da Afabesp. O anúncio é o de que “A AFABESP RENOVARÁ SEUS QUADROS DIRIGENTES”, mas, na verdade, sabemos bem que não é nada disso, que os mesmos vão continuar mandando, que não vai haver nenhuma renovação.
Há muita gente que não gosta das minhas críticas à cúpula da Afabesp. Por isso vou ficar por aqui. Porém, continuo não concordando com o argumento dos colegas que entendem e aceitam a maneira com que os dirigentes da nossa entidade representativa blindaram (definitivamente) o acesso à sua administração, no sentido de que isso foi feito para impedir que ‘pessoas não bem-vindas’ (a turma do Sindicato, por exemplo) pudessem ser eleitas. Na minha visão, pelo Estatuto vigente anteriormente, isso já era impossível, não havendo, portanto, necessidade de se fazer uma reforma nos moldes da que foi feita – com o notório objetivo de eternizar os mesmos ocupantes de cargos no poder.
Neste mesmo contexto, gostaria de alinhavar algumas considerações que considero válidas e oportunas.
Ocorreu que, dando uma passada d’olhos na relação dos ‘candidatos’, constatei detalhes que têm muito a ver com o fato inexorável de que estamos todos envelhecendo, ou seja, que a cúpula da Afabesp, composta por aqueles que detêm o poder, já não possui muito tempo de ‘vida útil’. Essa é uma realidade contra a qual não há como lutar.
Para tanto baseei-me no levantamento dos números de matrícula dos mesmos fazendo um comparativo com o meu próprio, que já estou chegando aos oitenta. Entre os 32 Conselheiros Vitalícios – que é onde estão os ‘comandantes’ da Afabesp -, o mais jovem tem a matrícula 067.611 e, se ainda não é um octogenário, deve estar prestes a sê-lo. Penso que isso deve ser motivo mais do que suficiente para que eles tracem uma linha com vistas a criar condições que preparem os seus eventuais substitutos, aqueles que obrigatoriamente terão que dar sequência e vida à Afabesp. Afinal, o tempo é implacável e não perdoa ninguém.
O lado positivo é que a média de idade dos Conselheiros Titulares parece ser melhor, sinalizando colegas com idades que lhes permitem terem ainda ‘muita lenha para queimar’, inclusive com a presença feminina. E, entre os Conselheiros Suplentes, parece ter muita gente nova, sendo que ali as mulheres marcam bastante a sua presença.
Em assim sendo, fica óbvio – a meu ver – que o futuro da Afabesp fatalmente recairá nas mãos dos seus CONSELHEIROS – titulares e suplentes. Cada um deles tem a obrigação de assumir para valer o seu papel, cobrando e, se for preciso, não dizendo “Amém” a tudo que vem dos VITALÍCIOS. E o papel destes, dos CONSELHEIROS VITALICIOS, é o de ir preparando o terreno para os seus sucessores. Até porque eles podem ser VITALÍCIOS, mas não são ETERNOS !!!   - Visite www.apdobanespa.com
APdoBanespa - 04/11/2019
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