Cabesp: Exigimos a manutenção do direito de livre escolha
Em reunião ocorrida na segunda-feira, dia 29 de julho, na sede da Cabesp, as entidades de representação dos associados deixaram claro para a presidente da Caixa Beneficente, Maria Lucia Ettore, que não aceitam o convênio de exclusividade que pretendem firmar com a Dasa, empresa de medicina de diagnóstica (que engloba Delboni Auriemo, Lavoisier e Salomão Zoppi, entre outros).
A justificativa principal para a rejeição é que a iniciativa afronta a cláusula 2, parágrafo 1º do Estatuto da Cabesp, que diz: “A assistência médica e hospitalar será prestada por sistema de livre escolha e por meio de atendimento direto ou cobertura de despesas com consultas, exames subsidiários, tratamentos, internações clínicas e cirúrgicas e profilaxia em geral, na forma do presente Estatuto, e com a exclusão de tratamento ou cirurgia plástica estética e procedimentos não consagrados pelos órgãos oficiais dos profissionais de saúde.”
Participaram da reunião, que teve quase 5 horas de duração, Camilo Fernandes e Wagner Cabanal, representando a Afubesp, Vera Marchioni e Maria Rosani, representando o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Stela pela Feeb SP/MS, além dos dirigentes da Afabesp, Eros Almeida e Getúlio Coelho, e da Abesprev, Djalma e Marco Aurélio.
Já de antemão a representação esclareceu que a forma de condução do assunto foi equivocada. Antes de negociar com qualquer fornecedor acordos que tragam alterações profundas como essa, a representação deveria ter sido chamada para explicar as intenções deste tipo de parceria, da mesma forma como ocorreu com o processo da reforma estatutária.
Importante destacar que o contrato não foi assinado até agora, e a decisão sobre o assunto foi adiada por 30 dias. A continuidade da negociação sobre o tema ficou agendada para dia 7 de agosto, às 14h30.
Ao final da reunião, os representantes dos associados disseram à presidente da Cabesp a importância da realização de um encontro ampliado com a presença dela e de um grupo grande de associados para que possam debater, de forma mais ampla, esse e os outros assuntos que estão trazendo sérios problemas para a comunidade banespiana – caso das mudanças nas autorizações das terapias, por exemplo.
A presidente se mostrou receptiva a essa ideia, ficando para a próxima reunião, a definição de como e quando ocorreria o encontro.
Mais sobre o convênio de exclusividade
Durante a reunião, executivos da rede Dasa apresentaram, em linhas gerais, como seria essa parceria, que atinge em especial os banespianos residentes no Estado de São Paulo, principalmente na capital. São 35 cidades abrangidas pela empresa, para os demais associados nada mudaria.
Segundo a presidente da Cabesp, a ideia com essa contratação seria evitar fraudes, abusos na utilização do plano e reduzir custos (com exames às vezes desnecessários feitos em pronto socorro, que tem valor até três vezes maior).
Foi explicado que, em caso de internação em hospitais que tem laboratórios fora deste rol (caso do Incor, por exemplo), os banespianos poderiam usar normalmente. Mas aqueles que fazem tratamento contínuo nesses locais teriam que fazer exames em algum dos laboratórios da Dasa.
Segundo a presidente da Cabesp, mais de 70% dos associados já utilizam essa rede para fazer exames e o valor cobrado com a parceria seria de 20% a 30% menor. No entanto, a representação deixou claro que o restante não pode ser obrigado a trocar os locais em que estão acostumados com os serviços, pois isso seria cercear o direito dos associados.
A contraproposta da representação foi celebrar um convênio de preferência com a Dasa, ou seja, aqueles que pedirem sugestão para a Cabesp na indicação de laboratórios ou clínicas receberiam como resposta as opções que a empresa oferece.   - Visite www.apdobanespa.com
APdoBanespa - 01/08/2019
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