Não deve ter sido diferente nas agências e departamentos do nosso Banco, a maneira de convivermos. Formavamos uma grande família, com seus problemas cotidianos comuns a todo núcleo familiar. Desentendimentos, discussões, incompreensões e tudo mais, que também vivíamos no nosso lar, não podia ser diferente. Passávamos a maior parte de nosso tempo de atividade, dedicados ao trabalho, numa conivência muito proxima e intimamente. Se pararmos para pensar e refletir, éramos um todo, todos envolvidos como engrenagem de uma máquina para que tudo saísse perfeito como os fechamentos de Caixa e os encerramentos dos balancetes. Todos nós, figuravamos como uma peça naquele quebra-cabeças que seria montado no decorrer no dia e, com que satisfação, terminavamos o expediente, principalmente quando não havia diferenças de Caixa, ou para os mais antigos, quando o mais e menos, era batido. A uniao era prefeita, se um cliente mais intransigente fosse grosseiro com um dos colegas, aquilo atingiria a todos. Na Agência Fortaleza, onde coniví maior parte do meu tempo de empregado do antigamente BESP e depois BANESPA, era assim que se vivia , era assim nosso comportamento e nossa união, não sei se vocês tinham também em suas Agências ,tal comportamento de companheirismo. Fiz todo esse preâmbulo prá mostrar meu grau de sentimentalismo quando falo do BANESPA, essa minha confissão, faço porque tenho lido aqui no grupo muitos amigos dizerem do sentimento e do orgulho de ser Banespiano, e isso, tocou-me profundamente. Devo confessar que gosto de escrever, havia começado a escrever um livro sobre minha vivência no Banco, contando toda história de três décadas vividas e fatos hilariantes acontecidos nos nossos dia a dia. Já havia escrito cento e doze páginas que armazenará numa pasta no computador, infelizmente houve um problema na placa-mãe do computador e o técnico que veio resolver o problema, criou um maior e sem volta, simplesmente apagou todas as minhas páginas, dentre ela o rascunho do livro e outra onde eu tinha dezenas de composições musicais e alguns poemas, e outras notas importantes. Fazer o quê! Simplesmente, não me interessei mais apesar da insistência de minha família. Dentre alguns contos, vou contar um ocorrido com um amigo, já falecido, Antonio Medeiros de Souza, que carinhosamente chamávamos de " Medeirinho". Então, Medirinho teve sua iniciação no Banco, não como funcionário concursado.Era ele de limitações no estudo e foi contratado prá atuar como vigia no período noturno, na época não havia seguranças em bancos. Fato é, que Medeirinho trabalhava internamente, das 07hs da noite às 07hs da manhã. Devo esclarecer que nossa Agência ficava no centro e era a umas dez quadras do Cemitério principal da Cidade. Com o avanço da tecnologia, foi instalado depois de cursos prestados em São Paulo, por um funcionário sob indicação, o nosso Telex , que viria facilitar as comunicações com a Agência Central, ainda não existia nem o Nasbe. Instalado, quase houve comemorações Kkkkk, o aparelho tinha que ficar ligado vinte e quatro horas, para recebimento das taxas comerciais, cambiais e instruções transitórias entre outras. Só que não avisaram ao Medeirinho, que a máquina ligada transmetiria tais informações e, que fazia barulho. Verdade, é que quando foi a noite e ele só, quando viu a máquina em funcionamento, quase tem um troço, correu para porta do Banco e de lá só saiu quando chegou o primeiro funcionário, que era o gerente Administrativo.Foi logo dizendo que não trabalharia mais no Banco e pediu as contas.Convencido foi depois ao lhe apresentarem a máquina. Medeirinho, tempos depois agregou-se ao banco como contínuo, num concurso prestado na própria agência e concorrendo com ele mesmo e com a ajuda de todos nós que gostávamos muito dele. É isso amigos Banespianos, uma historinha prá destraírmos e desligarmos um pouco de políticas. Espero não ter enchido o saco e que tenham apreciado. Outras trago na lembrança, quem sabe um dia possa contar.Fiquem com DEUS!--   - Visite www.apdobanespa.com
APdoBanespa - 24/01/2019
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