Colega Pelegrino. Comentário 147670. Ah, Paris a Cidade Luz! Lembrei-me de um caso de outrora, que terminou bem, graças ao Banespa Ag. Paris. O ano: 1971. 1. Acabo de ser promovido a Subchefe de Seção Adjunto, na Matriz do Banespa, com apenas 7 anos na casa; 2. estou cursando o penúltimo semestre na Faculdade de Direito Braz Cubas, em Mogi das Cruzes/SP; 3. estou noivo, uma segunda vez, de uma linda moreninha, filha única, oriunda de família abastada, de paulistas quatrocentões. A vida me sorria como em um céu azul de brigadeiro! MAS...O Asmodeu, o príncipe dos demônios, estava à espreita, para me fazer cair em tentação. Determinado fim de semana, a minha amada de então, comunicou-me que não poderia me encontrar no próximo fim de semana, pois iria comemorar com algumas amigas, a formatura no curso de Letras/Frances-Inglês, da USP. Retornando ao meu apartamento( alugado), lembrei-me de uma bela loirinha que eu havia conhecido recentemente e que por vezes coincidia de tomarmos o mesmo ônibus, na Av. Lins de Vasconcelos, bairro do Cambuci. Entendam que eu usava a aliança no dedo anelar direito, somente nos fins de semana, quando me encontrava com a minha noiva. O momento faz o ladrão, diz o dito popular. Já havíamos trocado os telefones, para eventual contato. Que então se apresentou! Telefonei no dia seguinte e combinamos nos divertir, e conhecer a boate Urso Branco, que estava na última moda em São Paulo. No sábado, no horário combinado, fui, com o meu Karmann Ghia branco e preto, ano 1963 ( eu já tinha pago algumas das 24 prestações mensais).Lembrem-se que estávamos no início da fase da emancipação feminina e os vestidos que as garotas usavam eram a mini e midi saia. Que alegria quando a possível conquista entrou no carro, bem baixinho que era! Na boate, procurei o canto mais escuro, quase uma penumbra para dançar. A banda tocava furiosa uma música alucinante, mas dançávamos ao ritmo do bolero "El Reloj". Certo momento, ao dar um passo para trás, esbarrei em algo e voltei-me para ver o que era. Nesse momento o meu mundo caiu! A minha noiva tinha resolvido festejar com as amigas na mesma boate. Sem uma palavra entregou-me a aliança e se retirou. Até hoje eu não sei como consegui voltar e entregar a acompanhante em sua casa. Em um átimo, perdi as duas! Tentei inúmeras vezes reatar o noivado, mas pensando bem, como explicar o fato ocorrido? Alguns anos depois, consegui uma terceira noiva 12 anos mais jovem do que eu e, desta vez, namorei, noivei e me casei em 10 meses! Estou casado com essa santa mulher até hoje. Passaram-se os anos. Em 1990, estou prestando serviços no Banespa Paris, quase de saída para, com uma nova promoção, providenciar a abertura do escritório em Bruxelas/Bélgica. Certo dia o caixa da Agência, como sempre procedia, veio até a minha mesa e apresentando o passaporte, me informou que uma cliente havia solicitado, se possível, melhorar a taxa de câmbio dólar/franco francês, equiparando-a à praticada pelo Banco do Brasil S.A., nosso concorrente na praça. Ao abrir o passaporte, reconheci de imediato pelo nome e fisionomia, que não havia mudado tanto, a minha amada de outros tempos. Fui ofegante até a mesma e me "apresentei", pois na época usava um imenso bigode "à la française", arrebitado para cima. Consegui finalmente pedir perdão pelo meu ato falho de outrora. Ela me disse que já havia se esquecido há muito, daquela situação constrangedora que eu havia provocado. Estava bem casada com um franco-brasileiro era feliz e tinha um casal de filhos. Autorizei a troca das moedas pela taxa do BBrasil e despedimo-nos. Coincidência de um destino brincalhão, que me possibilitou acertar esse passo em falso que eu havia dado conscientemente, ferindo alguém que me amava!! Saúde e Paz a todos.   - Visite www.apdobanespa.com
APdoBanespa - 12/01/2019
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