CABESP: ecos da AGO de 28/04/18
Também no site da AFUBESP podemos conferir dois tópicos que merecem destaque. O primeiro nos dá conta de que foram aprovadas as contas de 2017, as quais mostram um déficit operacional de quase 480 milhões. E o segundo refere-se às manifestações acerca ao atendimento pela rede credenciada.
No primeiro tema está o processo desencadeado pela atual presidente da CABESP, Maria Lucia Ettore do Vale (que por sinal é também a presidente do Conselho Deliberativo do BANESPREV), com vistas a equacionar o seu déficit operacional e assim garantir a sua ‘perenidade’. E ela chegou querendo aumentos no teto da coparticipação e nas mensalidades pagas pelos assistidos. O que sabemos é que, depois de muitas reuniões com os nossos representantes, foi acordado um meio termo, ou seja, o banco cedeu na coparticipação, mas ganhou no aumento das contribuições, que saltam dos atuais 2,5% para 6% dos nossos salários, em três anos. A princípio, está marcada para 30 de junho a realização de uma AGE para que essa proposta receba a nossa aprovação e seja incluída no Estatuto da CABESP.
Pois bem, no contexto deste tema o que, antes de qualquer coisa, teria que ficar muito clara para nós seria a convicção de que esses aumentos eram – realmente – necessários. As informações que nos foram dadas, a meu ver, mostraram-se insuficientes. Falou-se, por exemplo, que, se mantidas as atuais condições, a CABESP teria fôlego até 2040. Fazendo as contas, são vinte e dois anos pela frente, tempo bastante para que um grande contingente de banespianos já tenham ‘abotoado os paletós’.
Na verdade, o nosso grande problema é precisamente a carência de informações. No caso da CABESP, se tivéssemos dados a respeito de quantos assistidos por ela somos, e conhecêssemos as faixas etárias dos banespianos sobreviventes, poderíamos melhor avaliar essa questão e fazer uma projeção de até quando precisaríamos com ela contar. Quero crer que os banespianos mais jovens devam estar na casa dos sessenta ou pouco menos do que isso. Sessenta mais vinte e dois dão oitenta e dois anos, que é uma idade que já ultrapassa a média de vida dos brasileiros.
Vai daí que essa decisão de concordar em pagar mais tem que estar embasada numa necessidade real. Até porque aquela ‘alusão’ de que esses aumentos poderão ser revistos no futuro não quer dizer nada: uma vez sacramentados no estatuto, ficarão para sempre.
Quanto à questão do atendimento pela rede credenciada, este é sem dúvida um assunto que já nos preocupa muito, e que poderá se agravar no futuro. Informou a AFUBESP que o seu diretor cobrou providências da diretoria da CABESP tendo a presidente dito que “estão trabalhando para resolver esses problemas”.
O problema é que os problemas dos colegas que moram no Interior de São Paulo e, sobretudo aqueles de outros Estados, infelizmente poderão aumentar. Este setor está afeto à área operacional, cujo diretor não é eleito por nós, ou seja, está fora do nosso controle e do nosso acompanhamento mais de perto. Ele é ‘mandado’ pelo banco e presta contas à poderosa presidente. Dependemos da sua ‘boa vontade’ e do seu interesse em nos ajudar.
Os diretores eleitos, a exemplo do que acontece no BANESPREV, são ‘votos vencidos’ e, mesmo nas suas áreas específicas, não podem fazer muita coisa. O que podem – e certamente o que procuram fazer – é procurar manter com ele (o Diretor Operacional) um bom relacionamento e um bom diálogo.
E assim vamos nós, sempre de olho nos nossos BANESPREV e CABESP!!!
Antonio Galvão Raiz Porto   - Visite www.apdobanespa.com
APdoBanespa - 09/05/2018
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