Mais uma vez, a falta de diálogo tomou conta da Assembleia Ordinária da Cabesp, ocorrida no sábado (29), no Esporte Clube Banespa. Na ocasião, as contas de 2016 foram aprovadas pelos associados. No entanto, o espaço para debate e questionamentos foi mínimo - o que não é saudável nem para a gestão da Caixa e nem aos seus beneficiários.
Entre presenças e procurações, foram registrados 936 votos num universo de quase 22 mil associados. O balanço de contas mostrou solidez: R$ 7.495.200, sendo deste total, 92,4% aplicado em títulos públicos e 7,6% em títulos privados. Apresentando um patrimônio invejável e bem cuidado, a questão delicada é a tentativa de ferir a democracia na assembleia.
Novamente intransigente, faltou equilíbrio na condução da assembleia. A mesa presidida por Eduardo Prupest se recusou a abrir o debate e franquear a palavra para os questionamentos dos representantes antes de instalar o processo de votação e, mais uma vez, identificou os votos com os nomes dos associados. "A assembleia, que tinha tudo para ser tranquila, ganhou ares de arrogância. Prupest fez terrorismo quanto aos números, afirmando que em breve o custeio terá de ser revisado", afirma o presidente da Afubesp, Camilo Fernandes.
Além disso, a Cabesp descumpriu novamente o Estatuto, que em seu artigo 31º prevê que a convocação da assembleia se dará por meio de carta circular expedida pelo presidente aos associados com antecedência de trinta dias - o que não ocorreu. Em função dessas práticas, os dirigentes da Afubesp estão tomando as medidas cabíveis para coibir esses desmandos.
Para o diretor Wagner Cabanal, a postura demonstra receio em ouvir os associados. "Eles têm medo do debate, de que as pessoas apareçam de fato na assembleia e questionem seu procedimento", diz. O resultado é mais uma assembleia esvaziada.   - Visite www.apdobanespa.com
APdoBanespa - 04/05/2017
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