Bancos tem lucros bilionários, juros absurdos e demissões em massa
Publicado em Notícias Escrito por Bancários Rio Terça, 10 Janeiro 2017
Os bancos cortaram 11.525 empregos nos onze primeiros meses de 2016, sendo 1.516 apenas em novembro. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, de acordo com análise feita pela Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
E demitem em massa, mesmo sendo o único setor com lucros altíssimos apesar da recessão econômica. Segundo a Subseção do Dieese dos Bancários do Rio de Janeiro, de janeiro a setembro de 2016, os cinco maiores bancos (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) lucraram R$ 43,3 bilhões.
Para a presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, as demissões em massa ocorrem paralelamente a um processo crescente de exclusão imposta aos clientes e usuários, impedidos de entrar nas agências. "É um enorme desrespeito dos bancos que são concessões públicas e deveriam atender com dignidade a população, sem discriminação. Reduzem o número de clientes e demais usuários, excluindo-os do atendimento, jogando-os para correspondentes bancários e agências virtuais para justificar o fechamento de agências e demissões em massa, com o intuito de lucrar ainda mais", denunciou. Lembrou que passam para os clientes a ideia de que é positivo não entrar mais nas agências onde seriam atendidos por pessoas, passando, no caso das operações feitas virtualmente, a trabalhar de graça para os bancos.
Juros altíssimos
Além da exclusão ilegal e das tarifas sempre elevadas, os bancos impõem aos clientes juros altíssimos, os maiores do mundo. Em janeiro, a taxa média foi de 13,6% ao mês no cheque especial e de 6,51% no empréstimo pessoal. O levantamento levou em conta as instituições financeiras Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú, Safra e Santander.
Adoecimento
Ao cortar postos de trabalho, além de ajudar no aprofundamento da recessão e do desemprego, demonstrando nenhuma responsabilidade social, mesmo com lucros estratosféricos, os bancos sobrecarregam os bancários e precarizam o atendimento à população. E ainda reduzem salários com a rotatividade. A redução do número de funcionários e a pressão nos ambientes de trabalho se refletem no número de afastamentos por doença.   - Visite www.apdobanespa.com
APdoBanespa - 17/01/2017
| Ver Comentários | Comentar |
|