BANCÁRIOS TÊM PROVAS E CONVICÇÃO
Assédio e pressão dos bancos não vão nos intimidar
Publicado em Notícias Escrito por Bancários Rio Segunda, 03 Outubro 2016
Entramos numa semana decisiva para a nossa greve. Os bancos estão apostando que vão nos vencer. O jogo está cada dia mais pesado e os banqueiros estão procurando a força policial para nos barrar. O Itaú está usando a polícia para intimidar e permitir a entrada de funcionários nas agências. Esse é o papel de uma instituição financeira? Esse é o papel da polícia? Somos cidadãos e como tais exigimos respeito. Dos donos dos bancos e da polícia que deve nos proteger e não nos atacar em nome de empresários gananciosos que só visam o lucro e a exploração do trabalhador.
O Itaú parece não estar satisfeito com os tentáculos que já estão estendidos em direção a esse governo que não nos representa. Seu sócio, Illan Goldfajn, na direção do Banco Central parece não ser suficiente para as ambições e pretensões dos banqueiros.
Assim como, ter o dono do banco virtual Original, Henrique Meireles, a frente do Ministério da Fazenda não basta para eles. Eles querem mais. Sempre mais. E para isso, também não poupam esforços das bancárias e bancários.
A pressão por resultados é uma lógica desumana. A cobrança de cumprimento de metas abusivas, fazem parte da rotina dos trabalhadores bancários e durante a greve, iniciada no dia 6 de setembro, a prática não tem sido diferente. O assédio moral é agora também utilizado como forma de evitar a adesão à paralisação.
Funcionários de agências que estão fechadas estão sendo obrigados a trabalhar em outras unidades, em bairros distantes. Mais do que isso, são pressionados a cumprir metas de venda de produtos, mesmo sem ter condições básicas de trabalho. Em muitos casos, não há mesas, computadores e linhas telefônicas disponíveis. A cobrança vem através de ligações telefônicas à noite e mensagens de WhatsApp. Há casos de ameaças de demissão sutis e até mesmo diretas.
O setor bancário é o que mais lucra no Brasil, inclusive durante a crise econômica. Enquanto os banqueiros concordam em pagar mais de R$ 1 milhão por mês para alguns executivos, se recusam a negociar reajuste justo e até mesmo a reposição da inflação do período, submetendo a categoria ao arroxo e à pressão.
A greve é um direito do trabalhador. Está assegurada pela Constituição Federal e a resolução do conflito não é pela pressão dos banqueiros, nem pela força policial, e sim, pela apresentação de uma proposta digna para a categoria. Vamos fortalecer nosso movimento e exigir respeito! Só a luta te garante!
Adriana Nalesso   - Visite www.apdobanespa.com
APdoBanespa - 05/10/2016
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