Greve cresce e pressiona por proposta decente na nova negociação de hoje
Publicado em Notícias Escrito por Bancários Rio Segunda, 12 Setembro 2016
A greve continuará crescendo, caso os bancos não apresentem uma proposta digna na negociação desta terça-feira (13)
A greve continuará crescendo, caso os bancos não apresentem uma proposta digna na negociação desta terça-feira (13)
A forte greve nacional dos bancários chega hoje (13/9) ao oitavo dia. Sob pressão, os bancos participam de nova rodada de negociação, também hoje, em São Paulo. O Comando Nacional dos Bancários vai exigir da Fenaban a apresentação de uma proposta global, que atenda às reivindicações da categoria, entre elas, a reposição da inflação, mais 5% de aumento real, novo modelo de PLR, cláusulas de manutenção do emprego, fim do assédio moral e das metas abusivas, entre outras.
Até aqui, os banqueiros se limitaram a propor 7% de reajuste, mais R$ 3,3 mil de abono. A proposta é rebaixada, não repondo sequer as perdas salariais decorrentes da inflação de um ano (9,62%). O abono é uma ilusão, uma isca para cortar custos com a mão de obra, ao impor uma perda significativa aos salários, já que o seu valor não é incorporado à remuneração. A categoria reivindica 14,62% (reposição da inflação, mais 5% de aumento real) sobre os salários e demais verbas, o que é plenamente possível de ser atendido pelos bancos que continuam sendo o setor mais lucrativo da economia.
"Devido à força da greve, a Fenaban voltou a negociar, no último dia 8. Mas, apesar disto, veio com uma proposição rebaixada e desrespeitosa, só negociando o índice, e jogando pesado querendo impor o abono para quebrar a lógica do aumento real, que conquistamos com a nossa luta", criticou a presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso. Acrescentou que esta tática visa aumentar ainda mais os lucros, mas argumentou que o caminho para manter esta importante conquista é fortalecer a greve nacional, que cresce a cada dia. "Não tem segredo: o avanço nas negociações vai depender do tamanho da participação dos bancários na greve", afirmou.
Além do reajuste, os bancários reivindicam PLR de três salários, mais R$8.317,90; piso de R$3.940,24; vale alimentação, vale refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês; melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários; fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal; além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Aumenta paralisação no Rio e em todo o país
No sétimo dia, prevaleceu a tendência que vem se firmando até aqui de aumento consistente da paralisação no Rio de Janeiro e no país. Na cidade, passou de 308, na sexta-feira, para 323 o número de agências paradas. Seis prédios administrativos também continuaram com as atividades suspensas.
Também nacionalmente a paralisação mostra sua força não parando de crescer. Em seu sétimo dia, 11.531 agências e 48 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas. O número representa 48,97% de todas as agências do Brasil. A mobilização cresceu 15%, na comparação com a sexta-feira (9).   - Visite www.apdobanespa.com
APdoBanespa - 13/09/2016
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