Força da greve em seu primeiro dia já arranca negociação com a Fenaban
Publicado em Notícias Escrito por Bancários Rio Terça, 06 Setembro 2016 18:33
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O Sindicato convoca os bancários a fortalecerem ainda mais a greve. Pressão dos bancários consegue fato inusitado: bancos chamam para negociar nesta sexta (9), logo após o primeiro dia (6/9) de forte greve nacional
O Sindicato convoca os bancários a fortalecerem ainda mais a greve. Pressão dos bancários consegue fato inusitado: bancos chamam para negociar nesta sexta (9), logo após o primeiro dia (6/9) de forte greve nacional
Bancos sentiram poder de mobilização dos bancários e chamam para negociar na sexta-feira, dia 9, em São Paulo. A greve continua.
No primeiro dia da greve nacional dos bancários, mais de 200 agências não abriram as portas em todo o Município do Rio de Janeiro, além de seis prédios administrativos: Bradesco (Pio X), Santander (call center e administrativo), Banco do Brasil (Sedan e Andaraí) e Caixa Econômica Federal. Em todo o país foram 7.359 unidades fechadas. A adesão é 17,7% superior ao primeiro dia de paralisação do ano passado. Os banqueiros sentiram o poder da mobilização dos trabalhadores e numa atitude inédita chamaram o Comando Nacional dos Bancários para uma nova negociação amanhã (9), às 11 horas, em São Paulo. Mas os bancários alertam: volta ao trabalho somente com uma proposta geral justa que faça jus aos ganhos dos bancos e que valorize os funcionários, os verdadeiros responsáveis pelos lucros.
A presidente do Sindicato Adriana Nalesso criticou as queixas dos bancos com relação ao atual quadro de retração econômica no Brasil para justificar uma proposta tão rebaixada: 6,5% de reajuste salarial, apresentada no dia 29 de agosto e que representa uma perda de 2,8% em relação à inflação do período. Os bancários reivindicam aumento real de 5% mais a inflação do período. "O setor financeiro, com ou sem crise, é o mais lucrativo do país. Em nenhum lugar do mundo os bancos ganham tanto dinheiro. Os banqueiros não têm motivos para reclamar. Ou apresentam uma proposta justa nesta negociação de amanhã ou vamos continuar com a greve por tempo indeterminado", avisa.
É bom lembrar que, mesmo no auge da economia brasileira, durante o governo Lula, a Fenaban mantinha a choradeira de sempre e só com greves fortes a categoria conquistou avanços nas negociações, como o aumento real de salários, garantido desde 2003.
Adriana destacou ainda a importância da participação dos bancários na luta contra a retirada de direitos.Temer pretende aprovar, ainda este ano, o projeto de terceirização irrestrita e a reforma da Previdência que aumenta a idade mínima para 70 anos e desvincula o reajuste dos benefícios do aumento do salário mínimo, além do projeto que torna o negociado acima do legislado, rasgando literalmente a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).   - Visite www.apdobanespa.com
APdoBanespa - 07/09/2016
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