EXCELENTÍSSIMA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA
(1) - Primeiramente gostaria de parabenizá-la pelo novo cargo a exercer, de extrema responsabilidade e, sobretudo, SACRIFÍCIOS; isto, devido as vossas declarações, quanto aos deveres dos magistrados; que muitos não observam ou se esqueceram depois de nomeados.
Sou aposentado do Extinto-BANESPA – (Banco do Estado de São Paulo), privatizado em novembro-2000, durante o globalizado governo de Fernando Henrique Cardoso; que, para mim, não passou de ENTREGA DO PATRIMÔNIO brasileiro a grupos estrangeiros.
Em 2000 éramos 15 mil. Na entrega do Banespa, FHC passou os “Títulos Inegociáveis” emitidos pelo Senado - Res. 118/97, que nos pertenciam, cujo saldo atuarial era de R$ 4.141.000.000,00. Os títulos foram transformados em negociáveis dias antes da privatização e entregues ao vencedor do leilão, banco Espanhol Santander.
Além dos títulos, o Santander recebeu mais R$ 2.700.000.000, referentes ao recolhimento do IMPOSTO DE RENDA nas nossas folhas de pagamento e não repassados à RECEITA FEDERAL, pelo BACEN, antes da privatização. Por quê?
Esse banco recebeu também LUCROS DE BALANÇOS NÃO PUBLICADOS. Os tais balanços que FHC escondeu para conseguir da Justiça autorização para privatizá-lo, com alegação de DEFICITÁRIO.
O Banespa sempre deu lucro. Os funcionários tinham participação semestral no LUCRO LÍQUIDO. Teve semestre que chegamos a receber aproximadamente dois salários de gratificação.
Uma observação, Excelência, depois que FHC conseguiu autorização da Justiça, mandou o Estado de São Paulo repassar 16 bilhões, dos 50 bilhões que passou para o Estado, para cobrir o rombo causado pelos governantes, principalmente: MALUF, QUÉRCIA e FLEURY.
Tenho denunciado na mídia e redes sociais tudo que expus acima, mas o Santander não me questiona na justiça. Outro (por quê?).
O principal motivo de dirigir-me a Vossa Excelência, é que estamos sendo prejudicados deliberadamente pela justiça em geral.
(2) – Continuação: De posse do Banespa, o dono do banco SANTANDER, EMILIO BOTÍN (falecido), mancomunado com o governo FHC, o ex-presidente do TST ALMIR PAZZIANOTTO, o ex-presidente do Sindicato dos Bancários de SP JOÃO VACCARI NETO (preso), CUT, FETEC e sindicalistas de muitas cidades, IMPUSERAM-NOS “REAJUSTE ZERO” por cinco anos (ata assinada em 28-11-2001). Os maquiavélicos sindicalistas FRETARAM AVIÃO e foram assistir o PODEROSO ALMIR PAZZIANOTO assinar nossa desdita.
Obs.: na ata constava: “Respondendo a indagação formulada pelo representante do Ministério Público do Trabalho, pelos dirigentes sindicais foi dito que o acordo, como não poderia deixar de ser, diz respeito apenas aos trabalhadores da ativa e trata a todos com equilíbrio e absoluta isonomia”. - (que grande MENTIRA!)
Entramos na justiça com milhares de ações individuais nas cidades onde residimos.
NENHUMA PASSOU NO TST. Por que?
Obs.: meu processo em Vitória, provei ao Corregedor do TST que a juíza NÃO LEU. Mostrei as páginas onde havia provas, porque ela declarou: “A simples análise da Convenção Coletiva da categoria e dos benefícios concedidos aos bancários não registra qualquer indício de fraude”.
Apenas QUATRO ações foram vitoriosas no Brasil (até 2014) porque os advogados do Santander PERDERAM OS PRAZOS. Inclusive uma de Vitória que fiz o cálculo. Recentemente mais algumas o banco perdeu o prazo, também.
Diante do que estou relatando, Excelência, como acreditar na nossa Justiça?
Em 1998 nossa ASSOCIAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS APOSENTADOS DO BANCO DO ESTADO DE SÃO PAULO – AFABESP, entrou na justiça pedindo as gratificações que recebíamos semestralmente. Conseguimos sentenças positivas em todas as instâncias. Talvez porque foi antes do Santander ser o dono do Banespa. Entretanto, o Santander recorreu ao STF (ARE 675945). Nosso processo está parado, porque o excelentíssimo Ministro FUX pediu VISTA por TRÊS VEZES.
(3) – Continuação: Em 2002, durante o império “SANTANDERIANO”, nossa associação AFABESP entrou com processo coletivo 0011303-54.2002.4.03.6100 no TF-SP.
O juiz MARCELO MESQUITA SARAIVA leu tudo e ENXERGOU NOSSOS DIREITOS nos dando sentença positiva. O Santander recorreu alegando que a AFABESP não poderia nos representar, mas somente o SINDICATO.
Esperamos ONZE ANOS pela resposta SIM.
Voltou para a mão do mesmo Juiz que REPETIU A SENTENÇA com TUTELA ANTECIPADA a partir de MAIO-2013.
Soubemos que o juiz foi promovido a DESEMBARGADOR para que o processo fosse para outro juiz.
O Santander tem recorrido com todos os recursos PROTELATÓRIOS possíveis.
ATÉ HOJE NÃO CONSEGUIMOS RECEBER NADA!!!
Excelentíssima ministra CÁRMEN LÚCIA, não temos a quem recorrer. Por isso apelo a Vossa Excelência ajudar-nos.
Obrigado em nome dos idosos aposentados restantes. (tenho 74 anos).
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APdoBanespa - 06/09/2016
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