Em nova rodada, bancos rejeitam a quase totalidade das reivindicações
Publicado em Notícias Escrito por Bancários Rio Terça, 30 Agosto 2016 18:26
FacebookTwitterGoogle+WhatsApp
Adriana Nalesso (terceira à esquerda) disse que somente a pressão dos bancários garantirá avanços na mesa de negociação com os bancos
Adriana Nalesso (terceira à esquerda) disse que somente a pressão dos bancários garantirá avanços na mesa de negociação com os bancos JAILTON GARCIA CONTRAF-CUT
Bancários farão assembleia nesta quinta-feira (1ª/9), para decidir sobre greve a partir do dia 6
Como nas rodadas anteriores, o desrespeito dos bancos à categoria bancária foi a marca da negociação desta quarta-feira (30/8), em São Paulo, a quinta desde o início da Campanha Nacional 2016. A Fenaban rejeitou a quase totalidade das reivindicações sociais apresentadas pelo Comando Nacional dos Bancários e manteve a decisão intransigente de não voltar a negociar os itens relacionados à remuneração, como reajuste salarial e PLR, entre outros. Na rodada anterior, propuseram reajuste de apenas 6,5%, que sequer repõe as perdas de um ano causadas pela inflação, abono de R$ 3 mil e mesmo cálculo da PLR.
"Ficou claro, mais uma vez, que os banqueiros não estão dispostos a avançar nas negociações e que a mudança desta postura mesquinha e desrespeitosa com os bancários dependerá da pressão da greve da categoria", avaliou a presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, integrante do Comando Nacional. "Por isto é importante que a categoria compareça em massa às assembleias unificadas de funcionários de bancos privados e públicos, no dia 1º de setembro, para decretar greve a partir do dia 6", convocou Adriana. A assembleia do Rio de Janeiro será às 18 horas, na Galeria dos Empregados do Comércio (Avenida Rio Branco, 120, 2º andar).
Mesquinharia e ganância
Atender às propostas que buscavam valorizar os bancários pelos lucros que dão aos bancos, nem pensar. Reivindicações como aumento do auxílio-creche para R$ 880, de modo a garantir às bancárias tranquilidade para trabalhar, foram de cara rejeitadas. O valor de hoje, R$ 337, é insuficiente para cobrir esta despesa. "Tão cruel quanto a rejeição deste reajuste, foi a recusa em manter os vales-alimentação e refeição para as bancárias durante o período de licença-maternidade, justamente quando mais precisam", criticou a presidente do Sindicato.
Os banqueiros agiram com mesquinharia, mais uma vez, ao não aceitar a extensão da licença-paternidade para 10 dias, alegando não haver isenção fiscal neste caso. Outro argumento foi o de que o custo que isto geraria "não estava previsto no orçamento" dos bancos. Os sindicalistas insistiram e os representantes dos banqueiros aceitaram a extensão somente a partir de janeiro do próximo ano. Em contrapartida, comunicaram que manterão a cláusula do vale-cultura somente até dezembro deste ano, caso o governo interino de Temer acabe com o incentivo fiscal à concessão deste direito.
Rejeitaram a proposta de que não seja integral a devolução pelos bancários em licença pelo INSS do adiantamento salarial feito pelos bancos, nos casos em que o benefício é pago com atraso, ou não é pago. A proposta é de que a devolução corresponda a 30% do valor total, numa analogia com a lei que restringe o pagamento de empréstimos a este percentual do salário. Rejeitaram, ainda, a extensão aos familiares da ajuda médica e psicológica garantida aos bancários vítimas de extorsão mediante sequestro.
Os bancos negaram, ainda, a reivindicação de que a devolução da antecipação salarial das férias fosse feita de forma parcelada. Parecendo uma provocação, argumentaram que poderiam até aceitar, caso os bancários aceitassem o parcelamento do pagamento das férias.   - Visite www.apdobanespa.com
APdoBanespa - 31/08/2016
| Ver Comentários | Comentar |
|