Mais uma notícia sobre a dilapidação dos fundos de pensão
Após registrar o maior prejuízo da história, os Correios pedem ajuda ao governo
01/07/2016
Em busca de socorro: empresa negocia empréstimo de R$ 750 milhões para pagar salários
Sob o risco de ficar sem recursos para pagar funcionários nos próximos meses, os Correios devem contar com novos reforços para enfrentar a grave crise que atinge as finanças da estatal neste ano. Um empréstimo de R$ 750 milhões está em negociação com o Banco do Brasil, como forma de garantir os salários e encomendas de fornecedores. Em outra frente, o novo presidente da companhia, Guilherme Campos, espera poder recuperar recursos repassados ao Tesouro acima do pagamento mínimo de dividendos previstos em lei nos últimos anos. A conta é estimada em R$ 6 bilhões.
No final de junho, o governo já havia autorizado um reajuste de 10,64% nas tarifas de serviços postais e telégrafos. A alta deve gerar uma receita extra de R$ 60 milhões ao mês ao caixa da estatal. Foi o segundo aumento em menos de seis meses. Em 2015, os Correios registraram o maior prejuízo da história, de R$ 2,1 bilhões. Além da queda na demanda por serviços tradicionais postais, a companhia sofreu nos últimos anos com o represamento das tarifas.
A estatal também é vítima de desvios envolvendo o fundo de pensão dos mais de 100 mil funcionários. O Postalis foi um dos alvos centrais da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apurou descaminhos nos planos de aposentadoria estatais. O fundo vem registrando prejuízos seguidos e deve fechar 2015 com um rombo de R$ 1,2 bilhão, segundo cifras preliminares. Em casos repetidos de resultados no vermelho, a empresa patrocinadora e os funcionários são chamados para aportar recursos adicionais. Em abril, uma reportagem de capa da DINHEIRO mostrou que a sangria nos fundos de pensão chegava a R$ 113 bilhões. Neste mês, funcionários e a companhia começam a pagar as parcelas extras referentes a prejuízo acumulados no passado. Além do Postalis, o Petros, fundo dos funcionários da Petrobras, também contabilizou perdas em 2015, com um rombo de R$ 22,6 bilhões em seu principal plano.   - Visite www.apdobanespa.com
APdoBanespa - 03/07/2016
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