Aproveitando os fragmentos de memoria em que o Ulisses tão bem apresentou, lembrei-me de um outro fato ocorrido no Rio Negro para desespero de minha esposa. Tinhamos um cliente na Agência que era mais amigo do que cliente ( Abdias ). Empresário bem sucedido mas carente de amizade, logo que nos chegamos em Manaus no inicio de 1986 ele e sua esposa passaram a nos convidar para sairmos nos finais de semana, sendo portanto nossos anfitriões em Manaus. Depois de algum tempo o Abdias começou a convidar-nos a dar um passeio em sua lancha, sempre recusado pela minha esposa que ainda não havia se recuperado do susto do BANZEIRO. Como diz o velho ditado "água mole em pedra dura tanto bate até que fura" um determinado dia ela aceitou o convite após a afirmativa de que nada anormal iria acontecer. O meu amigo mandou preparar a lancha com muito esmero e capricho, abasteceu-a com bebidas em geral, inclusive agua de coco e comida a gente iria parar nos vários restaurantes que existem nas orlas a fim de que pudéssemos desfrutar das várias iguarias existente. Um lindo dia, passeamos, tomamos banho em algumas praias até que chegou o momento de vir embora. Próximo de Manaus a mangueira do radiador rebentou e praticamente ficamos a deriva. a lancha ficou muito tempo parada e a mangueira ressecou. Foi quando o Abdias, caminhoneiro antigo, lembrando dos seus conhecimentos, colocou-me para dirigir a lancha em marcha bem lenta e ele e as duas mulheres, com baldes pegavam agua e jogavam direto na abertura do radiador. Foi um sufoco pois levamos mais de duas horas para chegarmos em Manaus, anoitecendo, num trajeto que não deveria levar mais de 20 minutos. Enquanto ficamos em Manaus minha esposa não colocou os pés em mais nenhuma embarcação e carrega os traumas até hoje.   - Visite www.apdobanespa.com
APdoBanespa - 03/04/2016
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