Sem nova proposta da Fenaban, greve dos bancários cresce em todo o país
Publicado em Notícias Escrito por Bancários Rio Quarta, 07 Outubro 2015
O SINDICATO É DE LUTA - O diretor do Sindicato Sérgio Menezes enfrentou a truculência da política para garantir a greve forte no Rio. Vinícius Assumpção e Nanci Fuertado dialogam com os bancários sobre a importância de aderir à greve
O SINDICATO É DE LUTA - O diretor do Sindicato Sérgio Menezes enfrentou a truculência da política para garantir a greve forte no Rio. Vinícius Assumpção e Nanci Fuertado dialogam com os bancários sobre a importância de aderir à greve
Em seu segundo dia, ontem (7/10), a greve dos bancários cresceu em todo o país. Foi a resposta da categoria ao silêncio da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que não apresentou qualquer nova proposta. Nos 26 estados da Federação e no Distrito federal, 8.763 agências e centros administrativos permaneceram fechados durante todo o dia. Um aumento de 2.512 agências, cerca de 30% maior que a paralisação do primeiro dia de greve.
Na cidade do Rio de Janeiro, o número de agências paradas chegou a 356, mais seis grandes prédios: dois do Banco do Brasil (um na Senador Dantas e outro no Andaraí), dois do Santander (o administrativo, na esquina da Av. Rio Branco com Presidente Vargas, e o call center, em São Cristóvão), além do Bradesco da Pio X e o da Caixa Econômica Federal, na Avenida Almirante Barroso.
No primeiro dia foi contabilizada apenas a adesão de agências do Centro: 170. Este número subiu para 195, nesta quarta-feira (7), mais 161 que aderiram nos bairros, 356 ao todo, portanto. Considerando uma média de 15 empregados por agência, aderiram cerca de 5.340 bancários, e em torno de cinco mil dos prédios administrativos, um total de 10.340 bancários.
Crescimento da greve
Como em anos anteriores, a tendência é a greve se ampliar na cidade do Rio de Janeiro, bem como no restante do país. "O impressionante descaso dos banqueiros vem irritando ainda a nossa categoria, razão pela qual a greve continua a crescer cada dia mais", avaliou a presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Adriana Nalesso. A dirigente lembrou que o lucro dos bancos aumentou 1.065% nos últimos 10 anos, tendo eles todas as condições de atender o que a categoria reivindica.
A proposta dos bancos é de 5,5% de reajuste, que não repõe sequer a inflação (9,88%), ficando muito distante da reivindicação dos bancários de 16% (reposição da inflação, mais 5% de aumento real). Para esconder o arrocho salarial, os banqueiros propõem um abono de R$ 2.500, que não tem impacto sobre o 13º, férias e FGTS, nem se incorpora ao salário.
Para Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, a greve dos bancários se consolidou e aumentou, o que mostra que a insatisfação também se ampliou. "Os bancários ficaram ainda mais indignados com a divulgação, pela imprensa, da correção de salários e com o tamanho da remuneração dos altos executivos dos bancos", afirmou. "Acreditamos que, com esse crescimento, os banqueiros fiquem convencidos que sua tentativa de redução de salários não vai funcionar. E que nos chamem para negociar com uma proposta que tenha mais responsabilidade social e coerência", finalizou.   - Visite www.apdobanespa.com
APdoBanespa - 09/10/2015
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