Não há perspectiva para queda do dólar no curto prazo, diz economista
O dólar deve encerrar o ano no patamar de R$ 3,60 pressionado pelo cenário político brasileiro e também pela perspectiva de aumento de juros nos Estados Unidos e de uma piora na crise na China, avalia Marcelo Carvalho, presidente do Comitê de Macroeconomia da Anbima (associação das entidades de mercado).
Em 2016, a moeda americana pode chegar a R$ 3,70, de acordo com o centro das estimativas dos economistas. Mas as previsões mais pessimistas veem o dólar até a R$ 4,10 no próximo ano.
As projeções econômicas do comitê não são nada animadoras. Além de não conseguir economizar para o pagamento dos juros da dívida, o Brasil deve encerrar o ano com deficit primário, ou seja, com gastos maiores do que a arrecadação, avalia Marcelo Carvalho, presidente do Comitê de Macroeconomia da Anbima (associação das entidades de mercado). A situação eleva a probabilidade de o país ter sua nota de crédito rebaixada pelas agências de classificação de risco, complementa. Atualmente, o Brasil recebe selo de bom pagador.
Além da perspectiva fiscal negativa, o Brasil também deve encerrar o ano com retração de 2,31% do PIB (Produto Interno Bruto), de acordo com o centro das estimativas dos economistas do comitê. Para o próximo ano, a mediana indica contração de 0,45%.
Já a inflação só deve começar a voltar para o centro da meta estabelecida pelo Banco Central —de 4,5%— a partir de 2017, avalia Carvalho. Neste ano, o IPCA deve encerrar em 9,26%, enquanto em 2016 o índice deve terminar em 5,7%.   - Visite www.apdobanespa.com
APdoBanespa - 01/09/2015
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