10/06/2015 -
Maior fundo de pensão da América Latina, criada em 1904 – antes da previdência oficial – com 200 mil beneficiários e patrimônio de R$ 168 bilhões, a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) é um gigante e, nessa condição, tudo o que a ela se relaciona gera notícias, comentários e críticas. E o PLANO DE SAÚDE do BB, gerido pela Cassi, também causa polêmica.
Sérgio Castro, vice-presidente da Associação de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil (AAPBB) afirma: “A grande mudança ocorreu em 1997, com o contrato BB-Previ com o qual o banco transferiu para o Fundo as RESERVAS matemáticas referentes ao valor atuarial das contribuições pessoais e patronais dos integrantes daquele grupamento. De lá para cá, a Previ se tornou a "galinha dos ovos de ouro" do BB, com nebulosos contratos e acordos manipulados à revelia do quadro social por dirigentes do nosso fundo de pensão cooptados pela patrocinadora. Várias e complexas ações em curso na justiça dizem bem da pouca transparência. Neste momento em que estamos sendo chamados a "negociar" o déficit da Caixa de Assistência dos Funcionários do BB (Cassi), não podemos perder o foco da questão principal, que é a Previ e a apropriação de recursos, pelo BB, sob o eufemismo de “reversão de valores”.
Acrescenta Castro: “Toda e qualquer quantia em discussão a respeito do déficit da Cassi perde importância se comparada com os recursos expropriados pelo BB, via contratos viciados ou sob os auspícios da "reversão de valores", instituída ilegalmente pela Resolução CGPC 26/08.17.” E conclui: “Assim sendo, para atingirmos algum resultado justo aos interesses dos associados da Cassi e Previ, a AAPBB entende que deveremos todos propor uma discussão que abranja os contenciosos das duas entidades, que constituem pilares do nosso sistema de proteção social; discutindo-as separadamente estaremos sempre reféns do expediente de "dividir para conquistar"“.
O pessoal da Previ está à espera da Previc. A entidade do governo vetou, há vários anos, que diretores do BB ganhassem valores extraordinários ao se aposentarem. A Previc fixou um teto de benefícios, para evitar crise no patrimônio do fundo e até agora o fundo não cumpriu a ordem – sem punições.
Toyo e IHI
A Toyo pode estar deixando o país. Envolvida na Operação Lava Jato, a empresa teria tomado a decisão de romper a joint venture com o Grupo Setal e encerrar suas operações no Brasil, informa o Relatório Reservado. A Toyo Setal é uma das construtoras que estão no epicentro do petrolão. O empresário Augusto Mendonça Neto, acionista controlador, e o executivo Julio Camargo, presidente da companhia, assinaram acordos de delação premiada.
Quem também poderá sair é a Ishikawajima Harima Heavy Industries (IHI), de Tóquio, que é acionista do pernambucano Estaleiro Atlântico Sul.
"BBB"
Houve informações de que o pior programa da TV brasileira, o BBB, teria acabado. No entanto, a TV GLOBOrevela que está confirmada a 16ª edição dessa baixaria anual, para 2016. A Constituição, como se sabe, determina que “a programação de tv deve respeitar os valores éticos e sociais da pessoa e da família” (artigo 221). A Câmara Federal chegou a lançar campanha contra os anunciantes que patrocinavam baixaria televisa, em que o BBB era citado com destaque.
No entanto, os bons lucros mantêm o programa no ar. Informa Caros Amigos que os principais anunciantes pagaram R$ 29,8 milhões, cada um, para se ligar a esse programa – de baixo nível e alta audiência: Fiat, Unilever, Garnier, Kopenhagen e Ambev.
O PLANO "de Clésio"
Em todo o país e em parte do mundo, se comenta o PLANO de logística do governo, que prevê investimentos de quase R$ 200 bilhões. Mas nota oficial do presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio Andrade, dá a entender que a idéia foi dele: “O presidente da Confederação Nacional do Transporte, Clésio Andrade, parabeniza o Governo Federal pelo anúncio de programa que prevê a aplicação de um total de R$ 198,4 bilhões em projetos de investimentos em rodovias, aeroportos, ferrovias, portos. O anúncio está em sintonia com o encontro que o presidente Clésio Andrade teve com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no último dia 27 de maio, em que foi apresentado o Plano CNT de Transporte e Logística, que projeta investimentos, nos próximos anos, de cerca de R$ 1 trilhão em infra-estrutura do país. "Na ocasião, entreguei ao ministro da Fazenda o nosso Plano de Logística e fico feliz de ver que o encontro foi proveitoso e gerou frutos com esse anúncio"”.
Na verdade, desde as privatizações e concessões de FHC, em 1994, a questão está na pauta dos governantes. Lula e Dilma, em diversas ocasiões, lançaram planos de concessões.
Mais gente
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) também deu seu pitaco sobre o plano de concessões. O presidente da CBIC, José Carlos Martins, quer mais empreiteiras envolvidas.
– Quanto maior o número de empresas participando de licitações do governo, maior os ganhos decorrentes do aumento da concorrência. É um processo extremamente positivo para o país, pois mais concorrência gera mais transparência- disse. Está certo.
Sindical
Com mais de duas décadas de atuação, a Agência Sindical presta assessoria a sindicatos de trabalhadores e veicula suas teses em boletins e programas de TV. No momento, além de combater o ajuste fiscal do governo, a entidade anuncia apoio a três teses: defesa da democracia e do ordenamento jurídico; fortalecimento da indústria, especialmente da indústria nacional; e combate à terceirização. Recentemente, a Agência editou o estudo “Os dez males da terceirização”.
Rápidas
Começa nesta quinta-feira, em Salvador (BA), o 5º Congresso Nacional do PT. Nesta sexta, haverá seminário sobre integração latino-americana. Os principais assuntos para o PT, no entanto, são nacionais: a gestão Dilma, o ajuste de Joaquim Levy e a mudança em regras de trabalho e previdência, em governo do PT *** A Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp) lança, nesta quinta-feira, relatório sobre uso de bioenergia e sustentabilidade *** Se o Boticário queria publicidade com sua campanha de Dia dos Namorados, conseguiu. No entanto, as críticas preocupam a direção da empresa. O comercial será julgado pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), que dificilmente irá condená-lo – e, se o fizer, será após o Dia dos Namorados *** Está em crise a feira de óleo e gás Brasil Offshore, promovida pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) em Macaé (RJ). Até a Petrobras, em fase de contenção de custos, deverá ter participação modesta no evento *** Dia 18, o Rio receberá o Seminário Escrituração Contábil Fiscal (ECF), evento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac) com a empresa de auditoria KPMG *** No momento em que anuncia redução de despesas, a Petrobras deveria deixar de patrocinar a Fórmula 1, um projeto que está em baixa. E também não se justifica patrocínio do Banco do Brasil a pilotos nacionais de desempenho mediano *** A Venezuela poderá ter, este ano, inflação de 120% *** Nesta quinta-feira, em Brasília, a Marinha do Brasil comemora o 150º Aniversário da Batalha Naval do Riachuelo. Na ocasião, 120 personalidades civis e militares e cinco instituições receberão comendas da Ordem do Mérito Naval *** A quarta terminou com bolsa e dólar em alta.   - Visite www.apdobanespa.com
APdoBanespa - 15/06/2015
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