A Suiça não é exemplo para ninguém.
REPASSANDO PARA CONHECIMENTO DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NO RAMO DA ECONOMIA.
É IMPORTANTE SABER.
A SUÍÇA ESTREMECE
– A MAIOR LAVANDERIA DE DINHEIRO DO MUNDO EM PERIGO DE FALÊNCIA
Os belos bancos, elegantes, silenciosos de Basileia e Berna estão
ofegantes. Poderia dizer-se que eles estão assistindo na penumbra a
uma morte ou estão velando um moribundo.
Esse moribundo, que talvez acabe mesmo morrendo, é o segredo
bancário suíço. O ataque veio dos Estados Unidos, em acordo com o
presidente Obama. O primeiro tiro de advertência foi dado na
quarta-feira.
A UBS - União de Bancos Suíços, gigantesca instituição bancária suíça
viu-se obrigada a fornecer os nomes de 250 clientes americanos por ela
ajudados para defraudar o fisco. O banco protestou, mas os americanos
ameaçaram retirar a sua licença nos Estados Unidos.
Os suíços, então, passaram os nomes. E a vida bancária foi retomada
tranquilamente. Mas, no fim da semana, o ataque foi retomado. Desta
vez os americanos golpearam forte, exigindo que a UBS forneça o nome
dos seus 52.000 clientes titulares de contas ilegais!
O banco protestou. A Suíça está temerosa. O partido de
extrema-direita, UDC (União Democrática do Centro), que detém um terço
das cadeiras no Parlamento Federal, propõe que o segredo bancário seja
inscrito e ancorado pela Constituição federal. Mas como resistir?
A União de Bancos Suíços não pode perder sua licença nos EUA, pois
é nesse país que aufere um terço dos seus benefícios. Um dos pilares
da Suíça está sendo sacudido. O segredo bancário suíço não é coisa
recente.
Esse dogma foi proclamado por uma lei de 1934, embora já
existisse desde 1714. No início do século 19, o escritor francês
Chateaubriand escreveu que neutros nas grandes revoluções nos Estados
que os rodeavam, os suíços enriqueceram à custa da desgraça alheia e
fundaram os bancos em cima das calamidades humanas.
Acabar com o segredo bancário será uma catástrofe econômica.
Para Hans Rudolf Merz, presidente da Confederação Helvética, uma
falência da União de Bancos Suíços custaria 300 bilhões de francos
suíços. (1 franco suíço = R$ 2,94)
E não se trata apenas do UBS. Toda a rede bancária do país
funciona da mesma maneira.
O historiador suíço Jean Ziegler, que há mais de 30 anos denuncia a
imoralidade helvética, estima que os banqueiros do país, amparados no
segredo bancário, fazem frutificar três trilhões de dólares de
fortunas privadas estrangeiras, sendo que os ativos estrangeiros
chamados institucionais, como os fundos de pensão, são nitidamente
minoritários.
Ziegler acrescenta ainda que se calcula em 27% a parte da Suíça no
conjunto dos mercados financeiros offshore" do mundo, bem à frente de
Luxemburgo, Caribe ou o extremo Oriente. Na Suíça, um pequeno país de
8 milhões de habitantes, 107 mil pessoas trabalham em bancos. O manejo
do dinheiro na Suíça, diz Ziegler, reveste-se de um caráter
sacramental.
Guardar, recolher, contar, especular e ocultar o dinheiro, são todos
atos que se revestem de uma majestade ontológica, que nenhuma palavra
deve macular e realizam-se em silêncio e recolhimento...Onde param as
fortunas recolhidas pela Alemanha Nazi?
Onde estão as fortunas colossais de ditadores como Mobutu do Zaire,
Eduardo dos Santos de Angola, dos Barões da droga Colombiana, Papa-Doc
do Haiti, de Mugabe do Zimbabwe e da Máfia Russa?
Quantos atuais e ex-governantes, presidentes, ministros, reis e outros
instalados no poder, até em cargos mais discretos como Prefeitos de
Municípios têm polpudas contas na Suíça?
Quantas ficam eternamente esquecidas na Suíça, congeladas, e quando
os titulares das contas morrem ou caem da cadeira do poder, estas se
tornam impossíveis de alcançar pelos legítimos herdeiros ou pelos
países que indevidamente espoliaram? Por que após a morte de Mobutu,
os seus filhos nunca conseguiram entrar na Suíça? Tudo lá ficou para
sempre e em segredo...
Agora surge outro perigo, depois do duro golpe dos americanos.
Na mini cúpula europeia que se realizou em Berlim, (em preparação ao
encontro do G-20 em Londres), França, Alemanha e Inglaterra (o que foi
inesperado) chegaram a um acordo no sentido de sancionar os paraísos
fiscais.
"Precisamos de uma lista daqueles que recusam a cooperação
internacional", vociferou a chanceler Angela Merkel. No domingo, o
encarregado do departamento do Tesouro britânico Alistair Darling,
apelou aos suíços para se ajustarem às leis fiscais e bancárias
europeias.
Vale observar, contudo, que a Suíça não foi convidada para participar
do G-20 de Londres, quando serão debatidas as sanções a serem adotadas
contra os paraísos fiscais. Há muito tempo se deseja o fim do segredo
bancário. Mas até agora, em razão da prosperidade econômica mundial,
todas as tentativas eram abortadas.
Hoje, estamos em crise. Viva a crise!
Barack Obama, quando era senador, denunciou com perseverança a
imoralidade desses remansos de paz para o dinheiro corrompido. Hoje
ele é presidente. É preciso acrescentar que os Estados Unidos têm
muitos defeitos, mas a fraude fiscal sempre foi considerada um dos
crimes mais graves no país. Nos anos 30, os americanos conseguiram
caçar Al Capone. Sob que pretexto? Fraude fiscal!
Muito em breve, haverá a queda do império financeiro suíço!"
A notícia é pertinente ao momento em que estão em evidência entre nós a lista do HSBC e a operação Zelotes.   - Visite www.apdobanespa.com
APdoBanespa - 13/04/2015
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