Levy indica que impostos devem subir
Em meio a críticas veladas e explícitas à política econômica do primeiro governo Dilma Rousseff, Joaquim Levy assumiu a Fazenda, anunciou sua equipe e indicou que as próximas medidas poderão incluir alta de impostos.
"Possíveis ajustes em alguns tributos serão também considerados", disse, nesta segunda-feira (5), durante seu discurso de posse.
Sem detalhar as hipóteses em estudo, Levy indicou que terão preferência as "que tendam a aumentar a poupança doméstica e reduzir desbalanceamentos setoriais da carga tributária".
Em reserva, integrantes da área econômica já indicaram que deve ser elevada a contribuição incidente sobre a gasolina e outros combustíveis, reduzida a zero em 2012 para conter a alta de preços.
As desonerações tributárias setoriais promovidas nos últimos anos foram alvo de um ataque não muito sutil.
"Não podemos procurar atalhos e benefícios que impliquem em redução acentuada da tributação para alguns segmentos, por mais atraente que elas possam ser, sem considerar seus efeitos na solvência do Estado", discursou.
Embora com o cuidado de usar o verbo no futuro do pretérito, arrematou com o que parece uma descrição do primeiro mandato de Dilma: "Essa seria a fórmula para o baixo crescimento econômico endêmico".
O ministro ainda citou o artigo da Lei de Responsabilidade Fiscal que condiciona benefícios tributários ao corte de despesas, cujo texto a equipe anterior quis alterar.
E anunciou que a Receita Federal voltará ao comando de Jorge Rachid, uma das figuras centrais no ajuste fiscal promovido, com aumento de tributos, no primeiro governo Lula.   - Visite www.apdobanespa.com
APdoBanespa - 07/01/2015
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