Bauru-sp-anos 60 - Mário Ranieri era um homem muito forte. Atarracado, carrancudo,com uns 120 quilos de músculos bem distribuídos.Para utilizar o relógio necessitava juntar duas pulseiras pois uma só não era suficiente,tamanho o seu punho. vinha de uma família tradicional de educadores (Liceu Noroeste).
Açougueiro por profissão,contam que certa feita, matou um garrote com um soco na cabeça. Nas horas vagas, apitava jogos do futebol varzeano da cidade. Os campos eram de terra,não possuiam alambrados e o Mário não afinava para ninguém.
Chegava a enfrentar a torcida,chamando-a para a briga mas ninguém era louco de encarar. Lembro-me que um dia um torcedor gritou : "ô juiz filho da p...".Raniéri de imediato apitou paralisando o jogo e partiu para o lado da torcida, dizendo :"continua a frase vagabundo, continua,,." Abriu um clarão no público.
Naquela época,a rua Olavo Bilac no bairro Jardim Bela Vista,só tinha mão para cima e era um aclive considerado.O velho Fargo (galo frouxo) do pai do Milão, gemia à uns 5 quilômetros por hora, levando em sua carroceria umas 50 pessoas entre jogadores e a torcida do Internacional ( a espanholada).Íamos enfrentar o Marabá.
Emparelhado com o caminhão e carregando uma mochila, seguia o Mário Raniéri que estava escalado para apitar o jogo. Um espírito de porco gritou:" ô elefante sem rabo!!". Prá quê ? Do jeito que o homem segurou na lateral da carroceria para subir, todos pularam para o outro lado.
Só sobrou o Félix Sanches (Feluco) nosso zagueiro, Mário agarrou-o pelos colarinhos ergueu-o e disse :"Tá querendo me enfrentar,, moleque ? "
E o Feluco : Imagina sêo Mário, eu também queria pular mas como destronquei o pé no treino não deu..."   - Visite www.apdobanespa.com
APdoBanespa - 07/06/2014
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