Afaban/Bauru - Zulindo Costa,aposentado banespiano tinha um rancho em Miranda/MS mais propriamente no distrito de Salobra. O caseiro do Zú era um esperto chamado Lori. Daqueles que dá uma de morto para "crau" no coveiro.Fazia tudo o que o Zulindo pedia pois sabia que na hora das despedidas viria uma grana extra. Como o proprietário ia no máximo duas vezes por ano, o safado alugava o rancho e faturava alto. Descobrimos também que desviava combustível levado por nós para abastecer os motores de popa.
Ex funcionário dos Correios em Jundiaí, há mais de 20 anos morando na barranca do rio, não sentia mais prazer de pescar e só ia se fôsse obrigado.
Era o caso do Zulindo,pois o Lori, obrigatoriamente era seu piloteiro.Conhecedor de todos os meandros do Rio Miranda,sabia de olhos fechados os pontos piscosos do caudaloso rio, só que não se abria com ninguém.
Naquela semana estava ruim de peixe. O pouco que se fisgava era para ser consumido no dia seguinte. Eu mesmo me considero um grande "pé frio". Escuto sempre gente dizendo que pegou de 20 a 30 pacús e nunca consegui mais de 10% disso.
A convite do Zulindo fui pescar com ele, com o Lori pilotando. Paramos em uma curva do rio onde ninguém acharia que era lugar de peixe. Água corrente,lugar limpo, começamos a puxar um atrás do outro. Realmente, o Lori sabia das coisas.
Resolvi marcar o local. Disfarçadamente fui quebrando alguns cipós,pequenos galhos e deixei-os pendurados na árvore.Voltando ao rancho foi aquela consagração com a quantidade de peixes trazidos. O Zú se sentia um super herói.
À sós com o Álvaro Pozetti e meu cunhado Roberto Moron, comentei que saberia localizar o lugar. No dia seguinte, 5:30 da manhã já estávamos no barco.
Enquanto o Lori varria o quintal o Zulindo dormia.
Quando chegamos ao local, o Álvaro e o Moron questionaram se eu tinha certeza do lugar,pois não iria dar nada., Mostrei os galhos quebrados, apoitamos o barco e iniciamos a pescaria.
Éra uma jurupóca atrás da outra. Cada uma mais bonita...
Meia hora depois escutamos barulho de motor, subindo o rio. Passam o Lori e o Zulindo por nós, com cara de poucos amigos. Ao passar o Zú disse baixinho " Lá no rancho a gente conversa...".
Não houve conversa mas que foi uma tremenda sacanagem ,ah, isso foi.   - Visite www.apdobanespa.com
APdoBanespa - 01/06/2014
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