Antonio Galvão, parabens pela sábia análise sobre a CABESP. São palavras comedidas e ponderadas que os nossos colegas deveriam analisar antes de proferi-las ou pegar pesado(como vc diz), embora entendo que nas horas dificeis não é fácil ser comedido. Também concordo com a sua opinião sobre nossos diretores e isso eu já tive oportunidade de vivenciar uma situação em que para resolver tive que levar ao conhecimento de JORGE LAWAND que, ao analisar o problema de minha esposa, encontrou uma solução por vias legais e autorizou o tratamento. Sou-lhe grato, embora acredito que a autorização deveria ser realizada por vias normais.
Carlos Alberto Rodrigues dos Santos - B.Horizonte(MG)
Colega Antonio Galvão.
Muito boa as suas ponderações, mas gostaria de, como Assessor da Presidência da CABESP que fui em 1986/7, fazer algumas considerações. Realmente os médicos não são os mesmos de outrora. Havia o médico da família, o médico amigo, o médico que atendia seus clientes sem demora, tanto na questão do dia quanto no horário de chamada do atendimento. Os tempos são outros, mas uma coisa continua a mesma. Os médicos recém formados tem interesse, como sempre tiveram, em manter convênios médicos; acontece que, com o decorrer do tempo, acabam listando uma quantidade enorme de pacientes e aí não interessa continuar atendendo conveniados com um valor menor; acabam cancelando o contrato com as entidades prestadoras de serviços médicos. Entendo que a CABESP tem reservas para cumprir seu objetivo, contudo está sujeita a análise de custos administrativos e financeiros o que a impede de oferecer vantagens excessivas. Lembro que, quando estava na ativa, foi realizado um estudo na Diretoria da CABESP a respeito da taxa de participação do associados nas despesas médicas, ficando resolvido que deveria continuar a cobrança porque, sem ela, havia uma solicitação desenfreada de pedidos de consultas. Com a cobrança, o número de consultas perdia consistência, chegando-se à conclusão que o procedimento era uma medida necessária para conter exageros.
Com referência a existência da CABESP enquanto durasse o Banespa, é de se considerar que o Banco de "economia mista" e não "estatal", mudou de nome, mas continuou pagando o salário do banespiano (com algumas sequelas, é verdade), conservando suas obrigações financeiras com relação à CABESP.
Quanto ao entrosamento entre diretores e associados, cabe à Diretoria fixar uma política que atenda essa questão. No que diz respeito a visitas de diretores às AFABANS, sou de opinião que o tempo dos diretores será melhor aproveitado em seus locais de trabalho na CABESP.
Valho-me dessa oportunidade para sugerir que se nomeie uma "comissão de aposentados" para visitar à CABESP, fazendo contatos necessários, apresentando reivindicações, esclarecendo dúvidas, de tal modo que se perceba que se trata de um procedimento saudável, partindo dos seus associados.
Cadinho - Santos/SP
Cadinho,
vamos, então, por partes:
a) Realmente, os médicos recém formados têm interesse em atender nos convênios. O problema é saber até que ponto podemos confiar neles. Além do que, como você colocou, acabam assumindo inúmeros convênios e logo vão deixando aqueles que não lhes pareçam interessantes - e geralmente dentre esses está a Cabesp.
b) É verdade que a coparticipação cumpriu o papel de inibir um pouco aquela verdadeira 'farra' que, numa época existiu, quando colegas nossos, levianamente, abusavam da assitência da Cabesp, fazendo consultas e exames sem a menor necessidade. Hoje, pode-se até discutir a conveniência da sua continuidade.
c) No meu entendimento, o Banespa era um banco estatal, sim, porque pertencia ao Estado de São Paulo, que possuía a maioria das açoes. Assim, era uma empresa de 'economia mista'. E quando menciono que o 'Banespa acabou' é porque entendo que ele realmente acabou - em todos os sentidos -, tanto para nós (banespianos) como para o povo (sobretudo, o paulista). Quanto a nos pagar, o Santander não faz nada além do mínimo de suas obrigações trabalhistas, na condição de sucessor do Banespa.
Já com respeito às suas obrigações financeiras com relação à Cabesp, a gente fica, obviamente, com 'as barbas de molho' - se bem que ele deve estar mesmo é 'cevando' a Cabesp, uma vez que 'está de olho' nela para abocanhá-la quando não estivermos mais por aqui.
d) Acho que os diretores da Cabesp podem muito bem fazer as duas coisas: administrar e visitar as Afabans. Seria certamente um contato muito saudável deles com os aposentados banespianos, na sua imensa maioria - pode crer, caro colega - desinformados com relação à Cabesp.
e) Sabemos que esse negócio de formar/nomear comissão é muito complicado e quase sempre não funciona. O que eu penso é que o papel de realizar as iniciativas a que você se refere (fazer contatos, apresentar reivindicações, esclarecer dúvidas) cabe às Afabans. Poderia citar ao menos três (outras devem haver) - Campinas, Ribeirão Preto e Bauru - que fazem isso muito bem.
Antonio Galvão   - Visite www.apdobanespa.com
APdoBanespa - 14/04/2014
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