Banespa/Uru/1985 - Fomos fazer a readequação da agência e precisamos ficar alguns dias "hospedados" com o pessoal de lá.
Nos fundos de um quintal, utilizando blocos de cimento e cobertura de Eternit, construíram uma casinha que recebeu o sugestivo nome de "SENZALA".
Com a cobertura de Eternit e pouca ventilação, o calor era insuportável. Pior ainda,quando a gente levantava com sêde, ia à geladeira e esquecia que a porta estava dando choque.Era cada choque que a gente chegava a perder o sono.
O chuveiro então dava medo. Uma gambiarra de fios retorcidos, misturados com têia de aranha e picumã, levava a eletricidade ao velho Canhos.
No encerramento do expediente (16:00) um dos vigilantes pegava a bicicleta e saía velozmente em direção à um afluente do Tietê para checar as redes e trazer os peixes que seriam comidos na janta e no almoço do dia seguinte. O cardápio era bem variado: arroz,peixe e um zoiudo (ovo frito.)
Mas o pessoal encarava isso normalmente,levando os dias num astral bom.
Um dia,perguntei ao administrador responsável, o porquê de se transferir de S.Paulo para Urú.
Contou-me que sua agência urbana foi assaltada e os bandidos despejaram nele 2 litros de álcool e ameaçaram atear fogo,caso o cofre não fosse aberto de imediato. Sofreu um choque psicológico e não tinha condições nem de olhar mais para a agência.Quando ofereceram Urú ,pulou de cabeça.
Voltando para casa no final de semana,vim lembrando desses heróis anônimos que ajudaram a edificar este grande Banco.   - Visite www.apdobanespa.com
APdoBanespa - 14/04/2014
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