Há dias fiz um comentário a respeito do reajuste – que considerei absurdo (30,44%) – a ser aplicado no Cabesp Família a partir de 1º de maio próximo. Pensei que o assunto iria repercutir tanto no ‘grupo yahoo’ (do Bosco) como no ‘APdobanespa’ (do Álvaro). Contudo, no primeiro, tirando a costumeira crítica do Rossi, ninguém se pronunciou. E, no segundo, foram apenas três ou quatro, todos, naturalmente, execrando a elevada correção das mensalidades do CF.
Confesso que estranhei esse silêncio, essa ausência. Afinal, nesse plano estão inúmeros parentes (no geral, filhos) de banespianos, os quais certamente não iriam concordar – sem nenhum questionamento - com o índice do reajuste, definido em um valor tão alto.
Mas foi o que eu fiz: questionei.
As minhas considerações foram também endereçadas ao nosso colega Getulio, que ocupa o cargo de diretor financeiro da Cabesp. Dele recebi esclarecimentos com relação aos sérios problemas que acabam afetando a ‘saúde’ do CF. Por exemplo:
1- Os gastos operacionais do CF são superiores aos da Direta (46,5% a mais na internação) e a idade média dos beneficiários com 59 anos ou mais é de 75,7 anos contra 68,4 na Direta.
2- Dentro desse quadro de participantes em idade avançada, muitos deles têm sido internados por emergência, sendo que alguns contribuem por pouco tempo e deixam contas elevadas a serem rateadas pelos beneficiários.
3- Apenas um beneficiário é responsável por 1,09% do gasto anual total do plano em 2013, que foi de R$ 199,6M.
Assinalou ele que são efetuados estudos atuariais por empresas especializadas que levam em consideração, além de outros fatores, as faixas etárias, idade média dos participantes e ‘sinistralidade’ – que tem sido muito elevada no CF.
Essas foram, em síntese, as justificativas para o pesado aumento das contribuições. A meu ver, elas traduzem o ‘lado técnico’ da questão, ou seja, o gerenciamento do plano, que está exigindo medidas drásticas para mantê-lo funcionando. Mas, e o ‘lado do bolso’ dos seus participantes, como é que fica?
A verdade é que, persistindo tais reajustes (absurdos para os nossos bolsos) – que é o que se nos é, infelizmente, sinalizado - com certeza, ocorrerá a debandada geral, inviabilizando o Cabesp Família. Não é o que queríamos. O ideal é que continuássemos podendo usar o Cabesp Família. Todavia, custando tão caro - como são as perspectivas que se nos abrem – é pouco provável que tal aconteça.
Para finalizar, deixo aqui uma conclamação:
Vamos discutir o Plano Cabesp Família
ou
Vamos apenas assistir à sua extinção?   - Visite www.apdobanespa.com
APdoBanespa - 07/04/2014
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