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FRAGMENTOS DE MEMÓRIA
FRAGMENTOS DE MEMÓRIA
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Data305 Relatos NomeCidade
128735   GUARDA E O LACTO PURGADirceu Antonio BrumattiSão Caetano do Sul/SP
12/03/2024 - GUARDA E O LACTO PURGA
109-São Caetano do Sul
A Agência 109-São Caetano do Sul, ainda era no prédio antigo, na mesma Rua Rio Grande do Sul , porém no nº 12, quase esquina com a Rua João Pessoa.
Naquela época o movimento de caixa era intenso, os bancos recebiam de tudo, conta de luz, água, telefone, carnê do Baú da Felicidade, Mappin, consórcios, carnê de financeiras, carnês de lotes de terrenos, Carnê da Aymoré, carnê do Jardim da Colina, vestibulares, IPTU de todas as prefeitura do Estado de São Paulo, além de vender “fichas telefônicas”, talão de pedágio, e arrecadar tudo o que vocês possam imaginar de carnês e assemelhados.
O Alcides era um dos 12 caixas do período da tarde e diante da loucura do movimento, tomava o “café” da tarde em dois tempos, primeiro comia um lanche e depois tomava uma vitamina.
O Alcides todo final do expediente, cumpria sua rotina, tomava a vitamina da “Sucos e Vitaminas Tarantela”, pois saia do Banespa e ia direto para o curso preparatório para concurso do Banco Central do Brasil .
Mas algumas “participações” na sua vitamina, deixaram ele intrigado, uma vez que “alguém” com certa frequência, compartilhava a sua vitamina, deixando a metade ou apenas 1/4 do copo .
Esse compartilhamento nas suas vitaminas, estavam com os dias contados!!!
Um determinado dia, não falou nada pra ninguém, mas resolveu se vingar desse funcionário que “tomava” parte da sua vitamina.
Descontente com esse “colega” de trabalho (oculto) que aproveitava as oportunidades e glug, glug, glug......mandava ver na vitamina!
Ele, o Alcides, passou na farmácia e comprou três comprimidos de LACTO PURGA “PLUS”.
Comprou a vitamina e dissolveu os três comprimidos no copo. Naquela oportunidade ele deixou a vitamina um pouco mais doce para ocultar o gosto do “LAXANTE”. O Alcides como de costume, comeu o lanche e manteve a “VITAMINA” com a “ARMADILHA” no mesmo canto da geladeira.
Quando foi embora, observou que ainda tinha muitos funcionários fazendo o fechamento do final do expediente (Contabilidade, Caixa, OP, etc) Parece que a lei de Murphy (“Se alguma coisa tem a mais remota chance de dar errado, certamente dará”). Imperou naquela data.
Agora somente o último Chefe, Carlos Eduardo, preparava os alarmes dos cofres, quando escutou o guarda falando que havia ficado sem almoço, pois teve um dia atribulado.
O Chefe Carlos Eduardo, abriu a geladeira e viu que tinha um copo de vitamina esquecido por alguém. ( ele não sabia da armadilha)
Então ele ofereceu de imediato para o GUARDA da noite. O Guarda agradeceu e tomou toda vitamina!
Passado uns 20 minutos, comentou com o Chefe Carlos Eduardo:
- Nossa tomei aquela vitamina deliciosa, mas me deu uma ”Gastura”, parece que comi um banquete (o coitado, não sabia a noite que iria passar).
Expediente encerrado, todos foram embora e agora somente o “coitado do guarda” que havia tomado a “armadilha”(que não era para ele) iria passar a noite na Agência
No dia seguinte eram 6:30h e alguns funcionários(que faziam o expediente das 7:00 as 13:00h) já batiam na porta, mas nada de guarda.
Aguardaram mais uns minutos e eis que aparece ele em direção a porta.
Quando abriu a fechadura da porta, o GUARDA saiu correndo em direção ao banheiro e uns 10 funcionários que aguardavam a entrada com a porta já aberta, também saíram correndo, porém em sentido contrário em direção a Rua João Pessoa,
Assalto? O que aconteceu?
Pensando num assalto, alguns procuravam “fichas telefônicas”
para ligar para polícia.
Quando um tumulto já começava se formar o “guarda” voltou para a porta e acenou para os funcionários voltarem que estava tudo bem.
O guarda explicou o que havia acontecido depois de tomar a vitamina e todos entenderam.
Quando o Alcides chegou as 13:00h, ficou sabendo que a armadilha tinha pegado a pessoa errada, o guarda que nada tinha a ver com isso.
Bom, pelo menos dai para frente a vitamina do Alcides ficava intacta mesmo que ele esquecesse de tomar, ninguém se habilitava.
Nunca tome aquilo que não é seu!!!
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128732   GOLPE SUJO NA PRAÇA – AGÊNCIA CARMODirceu Antonio BrumattiSao Paulo/SP
04/03/2024 - GOLPE SUJO NA PRAÇA – AGÊNCIA CARMO
Era mais um “5º dia útil” cheio de emoções!
Na CENTRAL DE ATENDIMENTO, um acompanhante de um cliente estava sentado, aguardando atendimento da Solange Mansano.
Acompanhante do Cliente perguntou:
-Vai demorar o cheque
administrativo?
A Solange respondeu:
-Que cheque?
-Estou fazendo cotação de
um seguro de uma
caminhonete Ford a
pedido do seu patrão.
Acompanhante do Cliente:
-Patrão, seguro.......Socorro! Fui assaltado! Socorro!!!
Levantou da cadeira e saiu em disparada descendo as escadas do mezanino sentido Rua Campos Sales.
Na Agência:
Quem pode correr, correu para todos os lados da agência tentando se abrigar de algum possível tiroteio!
Nossos vigilantes sacaram as armas e estavam prontos para um verdadeiro confronto armado!
As portas da agência 268-Carmo foram fechadas e policiais que ficavam numa base na Praça do Carmo, foram chamados para tentar desvendar o caso ou pegar o bandido.
Eu como Gerente Geral, também com as pernas bambas, chamei a Solange e perguntei se ela tinha visto o assalto.
Solange:
-Hoje no início do
expediente, um rapaz se
apresentou como
cliente e perguntou que
informações precisava para
fazer a cotação de um
seguro de uma caminhonete
Ford.
-Eu informei que precisava dos dados do veículo: Marca, Veículo, Ano e Modelo,, detalhes do carro e de como ele é utilizado (onde fica estacionado, para qual finalidade ele roda, etc).
Cliente (suposto), falou:
-Vou buscar caminhonete,
estacionar na frente da
agência e para não perder
tempo e a vez do
atendimento “vou deixar um
acompanhante meu” esperando a cotação.
-Passado algum tempo, apareceu novamente o “suposto” cliente com um “acompanhante” ao lado.
-Como combinado, entregou
um papel contendo os
dados da caminhonete Ford,
chamou o “acompanhante” ,
falou para ele sentar e
aguardar que eu ia entregar
para ele. (Eu imaginei a
cotação do seguro)
-Pedi para o acompanhante
aguardar um pouco, peguei
o telefone e liguei para o
responsável pelo seguro de
autos “Adriano na
Regional”.
-Como a cotação estava
demorando um pouco o
acompanhante do “suposto”
cliente perguntou:
-Vai demorar o cheque
administrativo de
R$1.500,00???
Respondi: ( Solange)
-Que cheque?
-Estou fazendo uma cotação
do seguro da caminhoneta a
pedido do seu patrão!
-Foi nesse momento que o “acompanhante" começou gritar:
Socorro! Fui assaltado!
Socorro!
Estava finalizando a conversa com a Solange, quando de repente, entra na Agência 268-Carmo o individuo “acompanhante” do cliente, que alegou que estava sendo assaltado e saiu correndo pedindo socorro há alguns minutos.
-Chamei ele e pedi para que
contasse o ocorrido e como
tinha sido o assalto da
caminhonete.
-Não sei de nada de
caminhonete!
-Sou funcionário da ”CALÇADOS GALUZZI” que
fica nessa mesma Rua
Campos Sales, em frente a
Praça do Carmo.
-Apareceu um cliente na loja
e experimentou 4 pares de
tênis da vitrine, pagou o
mais barato e os outros três,
melhores da loja, que
totalizam R$1.500,00, falou
que poderia pagar com
cheque administrativo do
Banespa, do qual era cliente.
-Falei com meu gerente e ele
disse, você vai com ele até
o Banespa e só entrega a
sacola com os tênis, depois
que ele entregar o cheque
administrativo de
R$1.500,00 pra você.
Entendeu?
-Fui com ele até a Agência
Carmo, ele preencheu um
formulário de cheque
administrativo no valor de
R$1.500,00 e entregou para
funcionária. (Ele não sabia
que o golpista preencheu o
formulário de emissão de
cheque administrativo, mas
na hora trocou o papel
e entregou a cotação de
seguro para funcionária).
-Ele (golpista) disse que já
tinha falado com a
funcionária para fazer o
cheque administrativo.
-Disse para eu sentar e
aguardar a emissão do
cheque administrativo.
-Quando a funcionária (Solange) pegou o telefone,
ele disse que estava com
pressa e pediu que eu
entregasse a sacola.
-Eu “marquei bobeira” porque
ele me enganou, era muito
bom de “papo” e entreguei a
sacola com os três pares de
tênis no valor total de
R$1.500,00.
-Fazia um mês que eu
estava trabalhando lá na
GALUZZI e meu salário
totalizava R$ 900,00 com as
comissões.
-Meu Deus, dancei bonito!!!
*Resumindo esse caso
complexo:
O Golpista alinhavou tudo primeiro:
-Foi na Agência Carmo,
como se fosse fazer uma
cotação de seguro.
-Depois de armado no
Banespa, foi até a Calçados
Galuzzi comprou 4 pares de
tênis, pagou o mais barato,
iludiu o vendedor e o
gerente da loja, alegando
que iria pagar com cheque
administrativo Banespa. -
-Encaixou os personagens
na peça e concluiu o golpe!
Eita golpe bem bolado, isso eu teria que contar em três capítulos!
dirceu a brumatti
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128725   ME CONTE O QUE VOCÊ VIUDirceu Antonio BrumattiSão Caetano do Sul/SP
24/02/2024 - LOBO – ME CONTE O QUE VOCÊ VIU NA JANELA (banespa)
O “saudoso” Adelcio da Silva LOBO, foi Regional de Santo André, no final dos anos 80.
Num curso ele contou uma história que utilizou para promover um funcionário para Subchefe de Serviços ( hoje Coordenador).
Chamou três escriturários classificados nas agências, candidatos a vaga de SubChefe de Serviços e realizou entrevistas informais, individuais e coletiva.
Diante da dificuldade da escolha, e nível equiparado dos candidatos, o próximo passo foi a entrevista de seleção, considerada a principal etapa do processo, pois é nesse momento que o candidato sai do papel (currículo) e ganha vida pessoalmente.
Os candidatos, se apresentaram e mostraram conhecer a estrutura do Banespa.
Foi então que ele (Lobo) classificou dois e encaminhou-os para uma sala de reunião, que estava reservada para a fase final do processo.
Agora somente 2 (dois) candidatos, haviam sido selecionados para a última etapa.
Ele chamou o primeiro na sala de reunião, enquanto o segundo aguardava do lado de fora.
LOBO:
- Gostaria que você
(Candidato1) fosse até a
janela da sala,observasse e
me contasse o que viu.
CANDIDATO 1, foi até a janela, voltou e contou :
- Eu abri as cortinas da
janela e do lado de fora vi
um carro parado na rua.
LOBO:
- Qual era a cor do veículo?
CANDIDATO 1, foi até a janela, retornou e falou:
- A cor do veículo é
vermelha.
LOBO:
- Você sabe me dizer qual é o
veículo e a marca?
CANDIDATO 1, foi até a janela novamente, retornou e respondeu:
- É uma Brasilia, marca
Volkswagen!
LOBO:
- Agora vou chamar o
Segundo Candidato, fazer a
mesma pergunta e peço
que você (candidato 1)
sente naquela cadeira
ao lado e assista a
entrevista do seu
concorrente.
LOBO:
- Gostaria que você
(Candidato 2) fosse até a
janela da sala, observasse
e me contasse o que viu.
CANDIDATO 2, foi até a janela, retornou e falou:
- Eu abri as cortinas da
janela e do lado de fora
consegui ver uma Brasilia
vermelha, ano 1976, marca
Volkswagen, estacionada
embaixo de uma árvore.
LOBO, chamou o Candidato 1, que estava assistindo a
entrevista do Candidato 2 para o centro da sala de reunião.
O Candidato 1, levantou e foi em direção ao Candidato 2, cumprimentou e falou:
- Parabéns Candidato 2, eu
assisti sua entrevista e
reconheço sua melhor
performance nessa última
fase.
LOBO ( saudoso Adelcio da Silva Lobo):
- Parabéns a vocês dois,eu
tinha que decidir por um,
em razão do alto nível do
Teste de perfil e de
Conhecimentos
Específicos, então apliquei
o Teste de observação.
No Banespa, tinha funcionário que precisava voltar varias vezes na janela. (ahahahah)
Quando fui substituir um funcionário no Setor de contabilidade, ele (funcionário) pediu para eu observar e trazer um caderno no dia seguinte e foi o que eu fiz.
Tinha até ditado para passar a rotina do serviço, números de contas 97 depois 99, MB (Modelo Banespa) das Fichas MB 16.101, MB 34.212, SILI, Histórico 080012.
Cheguei escrever tantas coisas num caderno, que tinha até que estudar em casa.
Quando eu tinha alguma dúvida sobre a rotina do serviço, era só consultar o caderno de anotações (ufaaaaaa).
É assim, olhar é quando você vê algo sem a intenção de usar mais tarde. Você não tenta memorizar nem entender o sentido daquilo.
Observar é olhar em volta e manter aquilo em mente para lembrar depois, tentar entender o sentido ou questionar.
Ahhhhh, então passe a observar!!!
Abraço “saudoso”Adelcio da Silva Lobo, onde quer que você esteja.
Dirceu Antonio Brumatti
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128724   COZINHA DA (SAUDOSA) DONA LELÉDirceu Antonio BrumattiSão Caetano do Sul/SP
24/02/2024 - COZINHA DA (SAUDOSA) DONA LELÉ / MEMBROS DO TÔ-ÇANTA”
A já saudosa Dona LELÉ, além de funcionária da BANESER, era também mãe, amiga, conselheira, doceira e até para alguns a querida ”tia do café”.
Dona LELÉ tinha como função fazer café e chá varias vezes ao dia para todos os funcionários ( mais de 80 só na agência).

Ela tinha o maior capricho, a cozinha, as louças e os diversos recipientes de alumínio que compunham o verdadeiro arsenal de cozinha e cafeteria estavam sempre brilhando, principalmente o bule gigante, caldeirões e canecas que ela utilizava para fazer o café e chá.

(Aproveito para ressaltar que a Dona LELÉ tinha tanto ciúmes desse equipamentos, que eles ficavam trancados num armário com chaves.)

O TÔ-ÇANTA era o endereço certo dessa que não era apenas mais uma sexta-feira (dia de comemoração na 060-São Bernardo do Campo).
Era final de um dia cansativo, pagamento da BRASTEMP e os administradores e funcionários comemoravam também uma semana produtiva para agência.

Lembrando que não precisavam motivos para iniciar uma comemoração no TÔ-ÇANTA, bastava apenas reunir alguns membros cativos, exemplo: os saudosos: Borela, Orival, Joaquim entre tantos outros!!!

Voltando, essa sexta-feira prometia, o clima de “alma lavada”, uma semana pesada, pois o 5º dia útil tinha caído na quinta feira e na 060-São Bernardo do Campo, nessas datas, a fila dava volta no quarteirão, descia a Rua Rio Branco contornava o PA (Pão de Açúcar) e voltava pela Rua Marechal Deodoro ( o começo da fila e o final se encontravam)
Imaginem a comemoração que estava por vir!!!

Estavam presentes toda Diretoria do TÔ-ÇANTA, além de administradores, funcionários da Agência e do Pab-Brastemp, entre eles Borela (saudoso), Raimundo Júlio e o Valdir “o meio louco da cabeça”, além de um Dentista que me foge o nome e tinha status de Gerente do Banespa.
Uma ideia pintou na cabeça de vários funcionários, vamos comprar linguiça e frango no PA (Pão de Açúcar)?
Dai a pouco chegaram na agência 5 quilos de linguiça e frango picado, mas onde fritar?

Alguém falou, verifique lá na cozinha da Dona LELÉ.
Adivinhem, sobrou mesmo para o bule caldeirões da Dona LELÉ!
Arrobaram o armário, a linguiça foi picada e o frango que já estava cortado para ser fritado a passarinho acabaram indo direto para o Bule e Caldeirões.

Dava dó de ver aqueles recipientes, antes brilhando e agora..... meu Deus!!!

Na segunda feira a Dona LELÉ ao entrar na cozinha passou mal.
Ao verificar que seu bule de estimação, caldeirões e sua cozinha havia sido transformada em um “boteco” e parecia até o “Barata Frita” ( uma lanchonete, casa de show e restaurante por quilo que dava de fundos para a agência e que além de nossa cliente, almoçávamos lá.

Ela teve que ser amparada e não aceitava aquela “judiação” que fizeram com seus recipientes de estimação.

Conclusão a agência ficou sem café aquela segunda-feira e até a restauração da cozinha!!!

Ainda bem que a Dona LELÉ que era uma “mãezona” entendeu o desespero daqueles que na ânsia de produzir “petiscos” para animar e alimentar aqueles que participavam de mais uma reunião do TÔ-ÇANTA, buscaram uma forma alternativa para fritar frango a passarinho e linguiças e não perceberam a loucura que estavam fazendo.

Um grande beijo para saudosa Dona LELÉ, onde quer que ela estiver!!!
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128705   Anjos da GuardaLuiz Eduardo de AndradeTiete/SP
01/12/2023 - Anjos da Guarda
Relembrando que um número ínfimo, se não me engano 851 colegas e pensionistas, contados em um universo de aprox. 15.000 outros que não assinaram, foram amparados por seus Anjos da Guarda e assinaram a adesão ao Fundão em 1999. Pois bem eu QUASE assinei! Conto o caso como se passou. Um dia antes do prazo final estabelecido pelo Banco para o encerramento das adesões, recebi um telefonema do colega José Carlos Marcusse, amigo de confiança, que tinha sido o meu procurador no Brasil, durante todos os anos em que prestei serviços ao Banespa no Exterior. O Marcusse que também não iria assinar, me informou que tinha ido à sede da AFABESP em São Paulo, para especular uma última vez a respeito do assunto. Naquele local ficou sabendo que os colegas Pedro Butignole e José Sampaio Filho tinham aderido e, brincando me perguntou seu eu sabia de alguma vez que esses dois colegas tinham errado em suas opiniões! Não vacilou e saindo do local foi ao Banco e assinou a adesão. Aconselhou-me vivamente a fazer o mesmo. Desligando, comecei a telefonar a todos os amigos que, como eu, ainda tinham dúvidas a respeito. Todos continuavam com convicções ferrenhas em NÃO ASSINAR. Acompanhei todos esses desamparados por seus Anjos da Guarda, como eu, do meu também, supondo, que nesse momento, esses Seres Celestiais estavam gozando justas férias e NÃO ASSINEI!!! Pois bem, fica para os anais da história, que este velho e inveterado jogador de pôquer, conseguiu o impossível: perder com uma mão tendo royal straight flush!!! Cáspite! Saúde e Paz a todos.
- Visite -- www.apdobanespa.com
APdoBanespa - 09/02/2016
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128543   IMPRESSÕES DOS MEMBROSDirceu Antonio BrumattiSão Caetano do Sul/SP
08/03/2023 - IMPRESSÕES DOS MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES: DIREITO E ESQUERDO
Quando o Élcio que havia sido aprovado no concurso Banespa, se apresentou para tomar posse como escriturário na Agência 060-São Bernardo do Campo, o Borela quis participar do processo, porque ficou sabendo que o jovem tinha curso superior completo e mais, “diplomas” de três faculdades.
Ele não se conformou e de qualquer jeito queria tirar uma “casquinha” do Élcio
Como a Agência 060-São Bernardo do Campo tinha 03 (três ) máquinas de telex, pediu para que uma das funcionárias que trabalhavam no telex (telexista), enviasse uma mensagem de uma máquina para outra, com origem do RH do Banespa pedindo as impressões digitais dos membros superiores e inferiores direito e esquerdo do Élcio...
Estávamos voltando do almoço e quando entramos no banheiro, levamos um susto, o jovem Élcio estava sentado numa cadeira sem as meias e o Borela com uma carimbeira grande estava segurando e posicionando seu pé direito e em seguida fez a mesma operação repetida para o pé esquerdo, centralizados numa folha de papel “sulfite”.
Depois foram as mãos, uma de cada vez.
Terminado o processo de identificação do jovem Élcio, o Borela colocou no quadro de avisos que ficava próximo a cozinha da saudosa Dona Lelé.
Ficou muito engraçado, os pés e as mãos do Élcio "carimbados” nas folhas de papel sulfite
O processo foi tão natural e bem feito que até o Élcio depois achava graça dos seus membros inferiores e superiores, direito e esquerdo fixados no quadro de avisos.
E o Borela dizia, pa-re-ce que o Biskui tem três fa-cul-da-des, mas tem muito que aprender com o Bo-re-la!!!
Sem mais respectivamente somos “ e satisfeito os devidos fins arquive-se no decêndio do mês fluente”.
Borela, um grande abraço onde quer que você esteja!!!
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128529   SAUDOSOS: MANEZINHO e BORELADirceu Antonio BrumattiSão Caetano do Sul/SP
26/02/2023 - SAUDOSOS: MANEZINHO e BORELA
Manezinho um contínuo, depois escriturário durante muitos anos na Agência 060-São Bernardo do Campo, sempre usou gravata, que o qualificava como gerente em muitas ocasiões.
Com uma amizade, que as vezes até pareciam irmãos, o Borela aproveitava todas as situações para incluir o Ma-ne-zi-nho, como personagem de suas histórias.
Numa surpresa para todos e um “prato cheio” para o Borela, o Manezinho começou namorar com uma funcionaria, que era separada judicialmente e tinha uma filha, imaginem!
Além de não faltar ocasiões para o Borela tirar uma casquinha do Manezinho, num determinado dia, estávamos almoçando no Damasco, um restaurante Árabe que ficava ao lado da praça da Igreja Matriz de São Bernardo do Campo e próximo da agência.
Quando o Sr. Anuar (proprietário do restaurante) chegou ao lado do Borela na mesa, transmitiu um recado e passou o telefone.
O Borela sem titubear falou:
”Parece que tem uma ligação da noiva para o Ma-ne-zi-nho e pa-re-ce que ele vai ter que parar de almoçar para ir buscar sua en-te-a-da na escola.
A risada foi geral, porque o Borela aproveitava da sua amizade para transformar numa cena de teatro.
O Borela foi até a porta do Restauante Damasco acompanhar o Manezinho e na volta falou:
Pa-re-ce que o Ma-ne-zi-nho “tomou no tambiú” com essa na-mo-ra-da, bastou escurecer que ela fez ele parar de almoçar e bancar o “chofer” dela para buscar com seu “Opala Coupe marrom metálico” a enteada que não pode pegar chuva senão encolhe.
O “Manezinho e o Borela deixaram muitas saudades, porque deixaram muitas histórias que transformaram a Agência 060-São Bernardo do Campo num palco para suas apresentações.
Que eles estejam com Deus!!!
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128528   Quero ver seu sacoDirceu Antonio BrumattiSão Caetano do Sul/SP
26/02/2023 - QUANDO O BANESPA LANÇOU A CADERNETA DE POUPANÇA!
Um caixa foi surpreendido pela pergunta de uma cliente, que juntando as palavras, mudou o sentido e a frase ficou muito interessante:
A cliente chegou no balcão e falou:
Por favor “garoto”, você poderia dar uma olhadinha na minha poupança, ah, eu quero ver seu saco também, tá?
Poupança Especial Banespa.
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128527   O Fiat 147Dirceu Antonio BrumattiSão Caetano do Sul/SP
26/02/2023 - BOROMELO, STANQUINI e FLÁVIO ESTEVES
(SAUDOSOS - AMIGOS PARA SEMPRE -BANESPA)
Numa visita a uma empresa próxima a Mercedes Benz, foi demais!!!
O Boromelo em ocasiões especiais, utilizava seu Fiat 147 e foi numa dessas que acompanhado de outros dois Gerentes da Agência 060-S.Bernardo do Campo, os “saudosos” José Carlos Stanquini e Flávio Esteves, deu partida no seu Fiat 147 amarelo, com destino a mais uma visita de prospecção de novos clientes potenciais no Bairro Pauliceia.
Visita realizada, a prospecção ia se transformar num sucesso garantido na movimentação de conta, cobrança, folha de pagamentos, empréstimos, arrecadação de tributos e outros serviços tarifados, era uma festa e com certeza haveria comemoração no “Toçanta” no final do expediente.
Já dentro do “majestoso” Fiat 147 a euforia tomou conta da “Equipe”, mas de repente quando estavam voltando da visita o possante Fiat 147, parou num semáforo e apesar de todos os esforços realizados pelo Boromelo no “painel de instrumentos” ele ( o Fiat 147) não pegou.
Antes que a bateria acabasse, o Boromelo pediu para seus amigos Gerentes que o acompanhavam, para que eles regaçassem as mangas e empurrassem a “condução”.
Foi fácil, era um carro leve e no primeiro tranco, vruuummmmm, uma tocha de fumaça preta inundou a Avenida 31 de Março e foi lançada para o espaço, o Fiat 147 saiu em disparada, lembrando que os dois gerentes Stanquini e Flávio Esteves, ficaram aguardando o Boromelo, fazer o retorno e estacionar no meio fio para que eles também fizessem parte da viagem de volta para a agência.
Após o retorno em frente a Mercedes Benz no primeiro semáforo, o Fiat 147, com o seu piloto no comando, parecia que ia parar, mas quando os gerentes olharam, viram o Boromelo sorrindo, dando um tchau e indo embora.
Imaginem como eles ficaram, vendo o Fiat 147 em disparada indo sentido Via Anchieta e respectivamente à Agência 060-São Bernardo do Campo.
Eles só ficaram sabendo que a “embreagem” do Fiat 147 havia quebrado e portanto que o Boromelo não conseguiria parar para que eles voltassem juntos no mesmo veículo, quando chegaram de taxi na agência, pois ainda não tinha celular.
Um “baita” de um calor, o Stanquini e o Flávio xingando e o Boromelo não conseguia para de dar risada!!!
Quando o Boromelo convidava alguém para acompanha-lo numa visita, vinha a pergunta: você está com o Fiat 147 ou com seu Monza SL!!!
Finalizando, gostaria de dizer que as circunstâncias unem e separam as pessoas, as circunstâncias passam e as pessoas ficam e cada pessoa que passa, deixa um pouco de sí em cada pessoa que fica.
Vocês, “saudosos” José Carlos Stanquini, Flavio Esteves e Mario Tadeu Boromelo, deixaram um legado e muitas saudades.
Um abraço onde quer que vocês estejam!!!
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128526   CARTÃO BANESPA “RASPADINHA”Dirceu Antonio BrumattiSão Caetano do Sul/SP
26/02/2023 - CARTÃO BANESPA “RASPADINHA”
Essa história foi contada pelo nosso saudoso amigo Mario Tadeu Boromelo, numa reunião na Regional:
Na Agência 195-Mauá, uma senhora muito humilde pediu ajuda para uma estagiária que trabalhava no autoatendimento (“Posso Ajudar”) para sacar o pagamento do INSS no auto caixa, utilizando o cartão magnético .
A funcionária passou o cartão da cliente e pediu para ela digitar a senha.
-Ela respondeu: Senha, que senha?
A funcionária percebeu que a senhora não tinha a senha e também muito pouco entendimento, tentou explicar:
-Nós vamos ter que pedir outro cartão com nova senha para a senhora poder sacar com o cartão e mostrando a “tarja magnética”, falou:
-A senha está embaixo dessa “tarja” e não é possível saber, tá bom?
A senhora agradeceu e foi embora, mas voltou antes que a funcionária (estagiária) tivesse pedido o novo cartão e indignada, mostrando o cartão com a tarja toda “raspada” foi falando alto, agora com “plateia”:
-Garota” você mentiu pra mim, não tem nenhuma senha, eu raspei essa “tal de tarja” pode olhar, não tinha senha nenhuma!
O Mario falou que esse era o cartão Banespa “raspadinha”, é mole!!!!
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128516   O burro do fazendeiroDirceu Antonio BrumattiSão Caetano do Sul/SP
22/02/2023 - Pérolas do Crédito Rural, algumas delas, para relaxar um pouco:
Trajeto feito a pé porque não havia animal por perto, só o “burro do fazendeiro”. Despesa de locomoção grátis
Mutuário adquiriu aparelhagem para inseminação artificial mas um dos “touros holandeses” morreu. Sugerimos treinamento de uma “pessoa para tal função”.
A casa de farinha nunca foi “para a frente” porque o mutuário que fez o empréstimo deu “para trás” e nunca mais se levantou.
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128336   UM SONHOOtoni Gali RosaSão Paulo/SP
27/04/2022 - UM SONHO
Nesta noite eu tive um sonho.
Caminhava por uma calçada e olhei por uma janela de onde vinha um alarido intenso. Em um imenso salão, uma quantidade enorme de pessoas se agitava e observando a zorra comecei a reconhecer ex-colegas do Banespa. Saula, uma delas, me reconheceu e pediu que eu entrasse, pois fazia parte daquele momento, daquela festa e daquela história.
Fui chegando e observando, muitos não conhecia, outros os reconhecia mas não os identificava e outros, sim. Leila, Luci, várias Marias, a das Graças e a Cristina entre elas, Henry Vitor espalhava suas cores luminosas pelas cortinas, Glauco pintava pelo chão suas figuras, misturadas com as de Magritte, Godoy fotografava Squirra e Squirra fotografava Godoy, Arnold comia pipocas...as cenas eram muitas, os personagens também, que se misturavam e se diluíam na pátina do tempo e da memória.
Figueira, elegante, de terno e gravata me passou o microfone.
Falei.
Aqui reunido com vocês, companheiros de uma longa jornada, me lembro ainda quando chegamos nesta casa, vindos de todos os cantos desta grande cidade e de todas as cidades de todos os cantos deste imenso Brasil.
Aqui chegamos, entrando assustados pelas imensas e imponentes portas da Praça Antônio Prado, trazendo nossas malas gastas, de papelão com cantoneiras de latão e fechaduras frouxas, enlaçadas com cordas de sisal, velhas gravatas puídas e ensebadas ou retalhos de chita, para que não escapassem nossos sonhos dentro delas amontoados.
Entrávamos afoitos pra não perder o ponto, ansiosos pra iniciar o trabalho e fazê-lo bem feito, profundamente agradecidos à casa que nos abrira as portas.
Enquanto martelávamos o teclado das Remington e das Underwood, as malas que ficavam pelos cantos jogadas, deixavam escapar lentamente uma névoa de sonhos coloridos que se misturavam, uns com cores vibrantes e faiscantes, outros em tons mais neutros e esmaecidos e aos poucos envolviam todo o ambiente como um imenso céu colorido com muito mais cores e luzes que mil arco-íris entrelaçados.
Me empolgava nessa fala quando comecei a acordar.
Meio dormindo, meio acordando, tentando me achar, apalpei à esquerda e senti o calor de Marylene que dormia, apalpei à direita e sobre o criado mudo peguei meu óculos com suas lentes craqueladas e já sem as plaquetas que se apoiam no nariz e o ajeitei como deu na cara amarfanhada, sentei-me ainda sonolento à beira do leito, me levantei cuidadoso como me exigem os joelhos já gastos e comecei a procurar pelos cantos escuros do quarto a minha antiga mala dos sonhos.
- Ela deve estar por aqui, ela tem que estar por aqui...assim murmurando, acordei Marylene.
Otoni Gali Rosa
abril de 2022.
Fabiana Calhes Baccelli
Que lindo!
É impressionante como você consegue nos transportar fisicamente para dentro das suas crônicas e senti-las com a mesma intensidade sua!
Que delícia!!!??
Já falei pra você que você precisa escrever um livro com suas crônicas!!
Marlene Sarmento
Que maravilha!!! fala sério!!! Deus foi muito generoso com vc na distribuição dos dons ?Comece a juntar os escritos espalhados por aí e marque a data do lançamento
Leila Vairoletti
como sempre seus textos nos remetem aos tempos de nossos sonhos e de velhas malas Mas ficaram boas lembrancas e amigos inesqueciveis em nossos corações Obrigada amigo Otoni
Benedito Pinto Jr
Você descreve seus sonhos colorindo as cenas. Nem poderia ser diferente, pois sobressai a sua alma de artista. Quando entrei no Banespa, pelas portas da Antônio Prado, que você bem descreve, apresentei-me ao Volpi no 8º andar e fui designado para Correspondentes no País. Ficava no 12º andar da Boa Vista, separado apenas por um balcão da Expedição, onde trabalhava Otoni, em 1965. Um abraço e parabéns!
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128333   Uma pedra no sapato? Alvise TrevisanCampinas/SP
25/04/2022 - ...eu também fui contemplado com um relógio após ter completado 30 anos de Banespa. Isso ocorreu em 1993. Mas após a aposentadoria e comprando e vendendo imóveis, o relógio desapareceu da minha residência. Como recordar é viver, entre muitos fatos que aconteceram comigo, dois não me sai da memória. 1 planos e mais planos, você tinha horário para entrar no Banespa mas não tinha horá¡rio para sair. Estava eu em uma reunião antes da abertura do expediente, eis que me chamaram atenção, Trevisan dê uma olhada no seu sapato ( um pé marrom e um preto) . 2 Fui trabalhar de carro e voltando para casa lá pelas duas hs da manhã, acordei de manhãzinha e rememorando o dia anterior, lembrei que tinha deixado o carro no estacionamento do Banco. São coisas da vida !!!!. Bom final domingo e uma ótima semana a todos com muita saúde.
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128311   CAMPEONATO FUTEBOLDirceu Antonio BrumattiSão Caetano do Sul/SP
24/03/2022 - CAMPEONATO FUTEBOL – SEDE NÁUTICA -BANESPA
Fundada em 20 de abril de 1978, a Sede Náutica ficou gravada na memória dos Banespianos e de seus frequentadores.
Como “um paraíso tropical” pela localização privilegia da natureza, nas proximidades da Estrada Velha de Ribeirão Pires, conhecida como “Caminho do Mar” ou Estrada Velha de Santos, no Município de São Bernardo do Campo.
A Sede Náutica possuía Balneário com duas piscinas, vestiários, saunas, ginásio e quadras poliesportivas, campos de futebol e society, vôlei de areia, camping, quiosques, churrasqueiras, bar, restaurante, playground, departamento médico, pista de bicicross, ginásio de bocha e barco turístico.
Às margens da represa Billings, proporcionou inúmeras atividades de lazer aos associados, como torneios esportivos e de pesca, festas temáticas, shows, camping, como também passeios ecológicos. A Sede será lembrada pelos consideráveis benefícios para a saúde e bem-estar de todos e pelas reservas florestais do local.
O time da Agência 109 São Caetano do Sul, estava disputando quartas de final, num campeonato organizado pela Gerência Regional e Sede Náutica, uma Subsede do Esporte Clube Banespa.
Entre os principais jogadores, podemos citar, o nosso Gerente Geral “Luiz Trevelin”, Luis Alfredo Ferreira, Wilson Bernardino, Paulo Cesar Pires ( O Paulo Gavião), Antonio Ferreira (Tonhão, como goleiro) e marido de algumas funcionárias.
SE FOSSE HOJE PELA TV, SERIA TRANSMITIDO ASSIM:
Um grande abraço a você assinante da TV Regional Santo André. Você tem imagens ao vivo do campo da Sede Náutica, do Esporte Clube Banespa, na cidade de São Bernardo do Campo.
A partir de agora você é nosso convidado para acompanhar as emoções das quartas de final, que acontece depois da vigésima Sétima Rodada do Campeonato Banespiano 1984/1985.
Você vai poder curtir com exclusividade aqui pela TV Regional Santo André.
As equipes já estão no gramado...aí no detalhe Luis Alfredo Ferreira, o homem de Vera Cruz, artilheiro da competição com 12 gols.
Vamos confirmar as escalações das equipes...aí na tela a equipe Agência 109-São Caetano do Sul.
Antonio Ferreira, o Tonhão é o camisa número 1, Wilson Bernardino o moço de Lins, tem a camisa número 3, Luiz Trevelin, o Gerente Geral, homem de Marília é o camisa 9, Luis Alfredo Ferreira, o homem de Vera Cruz, é o camisa 10 (...)
Agora o time de Diadema, Victor é o goleiro camisa número 1; Bene pelo lado direito tem a 2; miolo de zaga do Diadema, Galo é o camisa número 3 e Artur de Almeida 4 (...).
O árbitro é o senhor Alfredo do DSI – (Departamento de Convivência e Integração).
Tudo pronto a bola vai rolar na Sede Náutica.
Ao meu lado o comentarista Roberto Alves de Souza:
- Grande abraço Dirceu, o
Banespa 109-São Caetano
vem de 2 vitórias seguidas
e busca a terceira.
- Já o Banespa 142-Diadema
é líder da sua chave e não
sabe o que é uma derrota
há 2 meses.
Vambora assinantes da Regional Santo André, times já foram apresentados e escalados.
O juiz (Alfredo do DSI-Banespa) faz o sorteio de lado do campo, olha para os dois goleiros e dá um sinal de positivo, confere o cronometro, acerta os últimos detalhes e...apita, prrrrrrriiiiiiiiiiiii bola rolando na Sede Náutica..............
Posse de bola da equipe do Banespa São Caetano no campo de defesa.
Wilson domina na zaga central e toca curtinho com Luis Alfredo, que solta a bola na esquerda para Luiz Trevelin, acelera e faz o toque com Luis Alfredo no círculo central.
Ele ultrapassa a linha que divide o gramado e trabalha com Paulo Gavião pela meia esquerda pertinho do bico da grande área.
(Olha o Luiz Trevelin livre, esta gritando.........):
- Toca meu Deus do céu eu
estou livre...........
Arriscou pro gol Wilson, pra foraaaaaaa!!!
O jogo continuava e os narradores, estavam observando que o centroavante Luiz Trevelin toda hora livre pedia a bola,mas ela não chegava.
O Luiz Trevelin cobrava o meia esquerda Luis Alfredo, pedia para ele tocar, parecia que estava fácil, mas ele não recebia a bola.
- É só tocar meu Deus do céu
eu estou livre.
De repente o narrador da TV Regional Santo André:
Gira pra cima do marcador e inverte a jogada da esquerda para a direita para o apoio do Paulo Gavião, domina, parte pra cima da marcação, ganhou, foi pro fundo, tentou passar, é faltaaaa!
Luis Alfredo Ferreira na bola.............
Tocou para o Luiz Trevelin, limpou para a direita, chutou....... na traveeeeeeeeee!!!
Luiz Trevelin:
-Tá vendo luis Alfredo, meu
Deus do céu, é só tocar,
quantas vezes preciso falar.
Isso mesmo, temos que ir pra cima deles, não temos que jogar bonito.
Lá vem Luis Alfredo, já rasgou ali por baixo limpou para esquerda, tocou para Luiz Trevelin:............
- Goooooooooooolllllllllllllllll,
Luizzzz Trrrevelinnn, no
canto direto de Victor, pra
tirar o zero do marcador,
Luiz Trevelin, pra fazer
um a zero no Banespa
Diadema.
Juiz:
- Prrrriiiiirrriiiirrriii, fim de
jogo, vitória do Banespa
São Caetano.
Luiz Trevelin:
- Quantas vezes precisei
falar Luis Alfredo.......
- “Meu Deus do céu, é só
tocar Luis Alfredo....
Bom, na segunda-feira, comentário na agência 109-São Caetano do Sul era um só:
“é só tocar Luis Alfredo
Ferreira, meu Deus do céu!
Narrador: dirceu antonio brumatti
Fim de jogo.
Pririiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
Grande abraço
dirceu a brumatti
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128310   TRANSPORTE DE VALORESDirceu Antonio BrumattiSão Caetano do Sul/SP
24/03/2022 - TRANSPORTE DE VALORES ERA SEGURO - BANESPA
Fazia pouco tempo que eu estava no Banespa.
Num determinado dia 28 (dia de pagamento da Prefeitura de São Caetano do Sul), meu Chefe Hiroto Mikami, pediu que eu acompanhasse um transporte de numerário até o PEPS–Prefeitura de São Caetano do Sul.
(Ressaltando que Posto de Serviço Bancário era chamado de PEPS, depois foi padronizado para PAB.
Fui até a tesouraria e encontrei os saudosos CARLOS Eduardo Silva, o nosso eterno “Cacá” e o Airton Martins Vicente, mais conhecido como Airton Toro.
Foi colocado um volume de dinheiro que estava dentro das regras do seguro (aproximadamente R$800.000,00), num pequeno malote, que era utilizado para remessa de documentos para o Centro de Digitação Banespa, que na época chamava Birô.
Bom fiquei sabendo como seria o transporte naquele momento:
- O volume não deveria
ultrapassar o limite
segurado R$ 800.000,00,
- Deveria ser transportado
por três pessoas.
- Um transportador (deveria
carregar o malote)
- Dois acompanhantes,
sendo um ARMADO com
um revólver calibre 38
(Tinha cabo de osso escrito
Banespa).
Colocado o valor (R$800.000,00) no malote, eu fui o transportador, lembrando que os acompanhantes foram os saudosos “Cacá” ( Chefe - Carlos Eduardo Silva) e “Airton Toro” (Airton Martins Vicente) que tinha autorização para andar armado com o revolver calibre 38 (cabo de osso com o timbre Banespa).
(Eu acho que foi daí que veio o slogan, “Você nunca está sozinho)
No meio do trajeto, ainda paramos numa lanchonete “Zangão" ao lado do antigo Prédio da Prefeitura onde ficava o PEPS-Prefeitura, para tomarmos cafés ( meu Deus)
Quando chegamos no PEPS- Prefeitura (atual PAB
Prefeitura), eu entrei na frente passando por várias filas, pois ainda não tinha fila única e muito menos “sistema de senha eletrônica”.
O Airton Toro, segurando a arma para baixo, como fazem os atuais “Vigilantes da Protege” entrou com o Cacá me acompanhando.
Eu estava me sentindo seguro e tranquilo, pois o Airton Toro, “sempre foi um cara tranquilo” e muito “equilibrado”, porém, nunca tinha “dado” um tiro sequer.
A única intimidade que ele tinha com pólvora era quando soltava “bombinha de “50” em festa junina.
Quando voltamos para agência, o Airton Toro foi desarmar o revolver ( tirar as balas e guardar no cofre, como era a rotina)
De repente;
Um tiro (pááááááááhhhhhhh)
Em seguida, um silêncio!!!!!!
O Airton quase caiu de costas, a bala passou pela divisória e por alguns centímetros não atingiu o seu cunhado Jorginho (Jorge Fugimoto), um funcionário da equipe que trabalhava num espaço antes do banheiro.
O malote tinha chegado atrasado e a turma que fazia o horário das 7:00 as 13:00h, ainda estava na Agência e a turma das 13:00 as 19:00h, já estava procurando espaço para iniciar a jornada.
Uma correria na Gerência, Sr.Jairo Pascoal Gerente Geral e Michael Martins – Gerente Administrativo, pediram para os caixas e demais escriturários não abandonarem seus “postos”, porque o barulho que tinham ouvido era de uma placa que havia caído.
Tudo terminou bem e a partir dessa data, foram revistas as regras de segurança.
Ainda bem, nos cinemas passava o filme bem sugestivo: “ O Dólar Furado” ( O mocinho foi salvo de um tiro por uma moeda que estava no seu bolso).
Há tempos, relembrei esse caso com o Airton Toro e comentamos:
O transporte de dinheiro era muito seguro, depois entraram essas empresas Protege, Brink´s e Prosegur, estragaram tudo!!!
Saudosos Airton Martins Vicente o Toro, e Carlos Eduardo Silva, nosso Cacá, um abraço onde vocês estiverem!!!
Uma homenagem ao nosso amigo Airton Martins Vicente, o TORO, que nos deixou em 10.02.2021
DIRCEU ANTONIO BRUMATTI “transportador de valores por um dia”, ufaaaaaaaaaaaa
dirceu a brumatti
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128309   CACHORROS POR METRO QUADRADODirceu Antonio BrumattiSão Caetano do Sul/SP
24/03/2022 - CACHORROS POR METRO QUADRADO
AGÊNCIA 572 – VILA SANTA LUZIA - BANESPA
O Antonio da Col Junior e o saudoso Reinaldo Ferreira na época, eram Chefes na Agência 572-Vila Santa Luzia.
Ele, o Toninho, havia comentado que foi a região com maior número de cachorros por metro quadrado que ele conheceu.
Nos restaurantes por quilo, tinham que tomar cuidado quando colocavam o pé debaixo da mesa, porque escutavam rrrrrrrrr, “nhac” poderiam levar uma mordida.
Um determinado dia 10, depois do 5º dia útil, era o de maior movimento, ele saiu em companhia do Gerente Geral para almoçarem.
Quando voltaram do almoço, em razão do grande movimento, não perceberam que a porta de acesso a cozinha e respectivamente a tesouraria, tinha ficado aberta.
Naquela época, não tinha porta giratória, apenas cabine de guarda, as guaritas, e as portas das agência ficavam abertas.
Ao entrar no corredor que dava acesso ao cofre,
adivinhem, dois cachorros de GRANDE porte estavam deitados com as bocas encostadas no chão, naquela pose descansando. (acho que já tinham almoçado no quilo).
Caixas pedindo para passar dinheiro, começaram a pressionar o Toninho e respectivamente os cachorros!
O Toninho, achou que poderia tirar os cachorros “amigavelmente “
- Vem Lulu, vem Lulu!!!
Cachorros:
- RRRRRRRRRAUAUAUU!!!
Toninho:
- Os “bichos! estão bravos!!!
- Quem tem alguma ideia
para tirar esse dois
Cachorros daqui?
Alguém falou:
- Dê um passo para trás
lentamente, sem jamais
quebrar o contato visual
com eles e não corra!
- Caso eles comecem a se
mover, diga "não, não" de
modo alto e claro para
chamar a atenção deles e
informá-los de que fizeram
algo errado.
Não fique irritado com eles,
vai ser pior pra você!!!
Nada disso deu certo!
Depois de muitas tentativas, resolveram invadir o “recinto”, protegidos por vassouras, latas de lixo na mão etc.
O pânico foi instalado na agência!!!
Parecia que ia começar um confronto entre eles e os cachorros.
Houve uma correria geral, era cachorro latindo (auuuuummm, rrrrrrrrrrrrr, auuuu), funcionários
gritando.
Depois de tudo isso, um silêncio.
Ufa, acho que os cachorros se assustaram e resolveram ir embora.
A partir dessa data a preocupação passou a ser com os cachorros.
Ninguém poderia deixar porta aberta.
Aquela região ficou conhecida como a “Terra dos Cachorros”
AUUUUUUUUUU!!!!!
dirceu antonio brumatti
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128308   O cesto de lixo era um perigo!!!Dirceu Antonio BrumattiSão Caetano do Sul/SP
24/03/2022 - O cesto de lixo era um perigo!!!
Atenção senhores pais essa história não é recomendada para o horário do jantar.
Gerente( Nome fictício – Cubano)
Ele fumava cigarro e charuto e cuspia muito.
As responsáveis pela limpeza da Agência 0229-Utinga, não sabiam mais o que fazer para manter o cesto de lixo desse gerente em boas condições.
O cesto de lixo ficava embaixo da sua mesa.
Foi então que tiveram a ideia de comprar um cesto de alumínio e ainda forrar o lado de dentro com jornal.
O vício é uma coisa que deixa a pessoa sem “noção”, ela não consegue pensar sobre as causas e nem nos efeitos.
Um determinado dia, um cliente que tinha acabado de ser atendido pelo caixa, chamou esse Gerente que passava pelo setor.
Conversando com esse cliente no balcão da Bateria de Caixa da Agência 229-Utinga, esse Gerente, de vez em quando abaixava e usava um cesto de lixo que estava ao lado de um terminal caixa.
Conversa vai, conversa vem, eles se despediram.
O cliente foi embora e o Gerente voltou par sua mesa.
No final do expediente, já no “fechamento do movimento,
verificaram que faltava uma via de um comprovante de IPTU da Prefeitura de Santo André.
Naquela época os comprovante vinham com muitos carbonos, excessos de vias e as vezes ao jogar uma dessas vias, ia ´parte do documento junto.
Visando agilizar o fechamento, vários caixas, começaram procurar tal comprovante do IPTU.
Faltavam verificar os lixos ( era aí que morava o perigo), pois ninguém tinha percebido que o Gerente tinha ido até a Bateria de Caixa e utilizado um daqueles diversos cestos de lixos.
Começaram procurar, “fuçar” propriamente nos cestos de lixos que estavam na Bateria de Caixa, pois era quase certo que parte do comprovante de IPTU tinha ido para o lixo.
Chegaram naquele lixo que o Gerente tinha utilizado como se fosse o seu.
Um dos caixas enfiou a mão para puxar os comprovantes para fora.
De repente um grito!!!
- Aiiiiiiiiii meu Deuuuuusss!!!!
- O que é issooooooo, parece cola de sapateiro!!!
A funcionária que havia colocado a mão no cesto de
lixo, saiu correndo para o banheiro.
Na sua mão estavam “grudadas” uma quantidade de cópias de documentos e carbonos que mais pareciam “uma rabiola de pipa”(chamado também de quadrado e papagaio) .
Ela lavou as mãos, voltou para a bateira de caixa.
Falou que só procuraria documentos no lixo se tivesse luvas!!!
Imaginem, quando dava diferença ou faltava um documento nessa agência, ninguém queria colocar a mão no cesto de lixo. Muito menos eu!!!
São histórias que os Banespianos contavam.
Pode ser mentira, pode ser verdade, enfim, são histórias que o povo conta.
dirceu a brumatti
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128304   A PONTE CAIU!Dirceu Antonio BrumattiSão Caetano do Sul/SP
23/03/2022 - SR. THOR A PONTE CAIU!
(Nome fictício dessa história:Gerente Geral Thor)
Essa história aconteceu por vota dos anos 80.

Sr. Thor era Gerente Geral da Agência 0229-Utinga.

Há alguns meses havia feito um tratamento dentário, para reparar a falta de alguns dentes, então vinha fazendo alguns moldes.

A falta desses dentes deram lugar a uma “PONTE MÓVELâ€, móvel mesmo, precisava de alguns cuidados, para evitar acidentes indesejáveis.

Num determinado 5º dia útil, para variar, uma Cliente Especial Banespa, igual aquela do comercial de TV do banco, que ficava esperando o chá, precisou de orientações sobre: Fundo ao Portador, Letra de Câmbio, Aplicações em “Overnightâ€, Open Market e RDB, para decidir qual seria a melhor opção.

A cliente estava com um perfume muito forte.
Já se sentiu incomodado(a) perto de uma pessoa que usa um perfume muito forte?! Já né?!

Acontece muito… e isso provocou alguns “espirros†no Gerente Geral Sr. Thor e advinha o que conteceu???

Thor:

- Atchim, atchim, atchimmmmm!!!

De repente, vrummmm, a PONTE MÓVEL voou!!!

Ouviram do Gerente Geral Sr.Thor:

- Xente (gente) perdi minha Fonte Fóvel) (Ponte Móvel)
me axudem (ajudem), não shei (sei) onde xoou (voou)

Uma correria no “Espaço da Gerênciaâ€.
Começaram virando o tapete para baixo, olhando debaixo das mesas e até armários foram arrastados, mas nada da “PONTE MÓVELâ€

Sr. Thor:
-Xente (gente) onde foi xarar(parar) minha Fonte Fóvel (Ponte Móvel), era fovinha (novinha)!!!

Depois de procurarem por tudo, a Cliente Especial Banespa que ainda estava sentada na frente do Gerente Sr, Thor, aguardando o desfecho daquela correria que acontecia na gerência, falou:

Cliente:

-Sr. Thor, parece que achei o que vocês estão procurando!

-Não são essas três teclas
da máquina de escrever, que
caíram no meu colo???.

Sr. Thor:
- Não shão (são) techas
(teclas) da fáquina
(máquina) de escrever!

- É minha “FONTE
FÓVELâ€(PONTE MÓVEL),
grachas (graças) a Deusss.

A Ponte Móvel foi localizada, depois de um sufoco danado, onde o espaço da Gerência quase foi todo desmontado, mas tudo voltou a funcionar normal.

A cliente colocou em cima da mesa, a “PONTE MÓVEL†do Sr, Thor e falou que voltava outro dia, enquanto isso era para ele aplicar o saldo da conta corrente em “Overnightâ€

Pode ser mentira, pode ser verdade, enfim, são histórias que os Banespianos contam!!!

dirceu antonio brumatti
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128299   TRANSPORTE DE VALORES ERA SEGURODirceu BrumattiFacebook
18/03/2022 - TRANSPORTE DE VALORES ERA SEGURO - BANESPA
Fazia pouco tempo que eu estava no Banespa.
Num determinado dia 28 (dia de pagamento da Prefeitura de São Caetano do Sul), meu Chefe Hiroto Mikami, pediu que eu acompanhasse um transporte de numerário até o PEPS–Prefeitura de São Caetano do Sul.
(Ressaltando que Posto de Serviço Bancário era chamado de PEPS, depois foi padronizado para PAB.
Fui até a tesouraria e encontrei os saudosos CARLOS Eduardo Silva, o nosso eterno “Cacá” e o Airton Martins Vicente, mais conhecido como Airton Toro.
Foi colocado um volume de dinheiro que estava dentro das regras do seguro (aproximadamente R$800.000,00), num pequeno malote, que era utilizado para remessa de documentos para o Centro de Digitação Banespa, que na época chamava Birô.
Bom fiquei sabendo como seria o transporte naquele momento:
- O volume não deveria ultrapassar o limite segurado R$ 800.000,00,
- Deveria ser transportado por três pessoas. - Um transportador (deveria carregar o malote)
- Dois acompanhantes, sendo um ARMADO com um revólver calibre 38 (Tinha cabo de osso escrito Banespa).
Colocado o valor (R$800.000,00) no malote, eu fui o transportador, lembrando que os acompanhantes foram os saudosos “Cacá” ( Chefe - Carlos Eduardo Silva) e “Airton Toro” (Airton Martins Vicente) que tinha autorização para andar armado com o revolver calibre 38 (cabo de osso com o timbre Banespa).
(Eu acho que foi daí que veio o slogan, “Você nunca está sozinho)
No meio do trajeto, ainda paramos numa lanchonete “Zangão" ao lado do antigo Prédio da Prefeitura onde ficava o PEPS-Prefeitura, para tomarmos cafés ( meu Deus)
Quando chegamos no PEPS- Prefeitura (atual PAB
Prefeitura), eu entrei na frente passando por várias filas, pois ainda não tinha fila única e muito menos “sistema de senha eletrônica”.
O Airton Toro, segurando a arma para baixo, como fazem os atuais “Vigilantes da Protege” entrou com o Cacá me acompanhando.
Eu estava me sentindo seguro e tranquilo, pois o Airton Toro, “sempre foi um cara tranquilo” e muito “equilibrado”, porém, nunca tinha “dado” um tiro sequer.
A única intimidade que ele tinha com pólvora era quando soltava “bombinha de “50” em festa junina.
Quando voltamos para agência, o Airton Toro foi desarmar o revolver ( tirar as balas e guardar no cofre, como era a rotina)
De repente;
Um tiro (pááááááááhhhhhhh)
Em seguida, um silêncio!!!!!!
O Airton quase caiu de costas, a bala passou pela divisória e por alguns centímetros não atingiu o seu cunhado Jorginho (Jorge Fugimoto), um funcionário da equipe que trabalhava num espaço antes do banheiro.
O malote tinha chegado atrasado e a turma que fazia o horário das 7:00 as 13:00h, ainda estava na Agência e a turma das 13:00 as 19:00h, já estava procurando espaço para iniciar a jornada.
Uma correria na Gerência, Sr.Jairo Pascoal Gerente Geral e Michael Martins – Gerente Administrativo, pediram para os caixas e demais escriturários não abandonarem seus “postos”, porque o barulho que tinham ouvido era de uma placa que havia caído.
Tudo terminou bem e a partir dessa data, foram revistas as regras de segurança.
Ainda bem, nos cinemas passava o filme bem sugestivo: “ O Dólar Furado” ( O mocinho foi salvo de um tiro por uma moeda que estava no seu bolso).
Há tempos, relembrei esse caso com o Airton Toro e comentamos:
O transporte de dinheiro era muito seguro, depois entraram essas empresas Protege, Brink´s e Prosegur, estragaram tudo!!!
Saudosos Airton Martins Vicente o Toro, e Carlos Eduardo Silva, nosso Cacá, um abraço onde vocês estiverem!!!
Uma homenagem ao nosso amigo Airton Martins Vicente, o TORO, que nos deixou em 10.02.2021
DIRCEU ANTONIO BRUMATTI “transportador de valores por um dia”, ufaaaaaaaaaaaa
dirceu a brumatti
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128271   Varal Banespa - ( minha coleção)Dirceu BrumattiSão Caetano do Sul/SP
17/02/2022 -
Gisele Susuki Veiga Ravazzi --> Quanto amor! Isso é, de fato, vestir a camisa!!!
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128269   PASTA TIPO 007 E AS CALCINHAS!!!Dirceu BrumattiSão Caetano do Sul/SP
17/02/2022 - PASTA TIPO 007 E AS CALCINHAS!!!
Olha essa história da Livia Carrato e da Teresa Escarim Spatini
Estava eu (Livia) trabalhando no caixa Agência109 – São Caetano do Sul, ao lado da Teresa Escarim Spatini ,quando ela foi atender um rapaz bem apessoado com uma pasta tipo 007 na mão.
Ele colocou a pasta no balcão para pegar algumas contas e pagar e de repente pra nossa surpresa e espanto caíram em cima do balcão algumas peças intimas feminina.
Um soutien vermelho e algumas calcinhas!
Foi automático, olhamos uma para outra e o riso não foi contido.
O “cara†deu uma risadinha, daquelas amarela, colocou as peças novamente na pasta 007 fechou e vazou.
Até hoje não sabemos se o moço era representante de lingerie ou se tinha alguma outra atividade artística.
(ahhh, não era carnaval)
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128255   A rifa do Simca ChambordLuiz Eduardo de AndradeTietê/SP
01/02/2022 - Colegas. Resolvi contrariar o ranzinza, que postou logo abaixo, contando um causo verdadeiro, ocorrido em 1969. Quando eu trabalhava na seção de descontos na Matriz do Banespa em São Paulo, tinha na época, como colegas, os antigos laterais do São Paulo F.C. : o Maurinho e o Canhoteiro, que desempenhavam a função de contínuos em nossa seção. Que esplêndidos companheiros. Afáveis, alegres e lépidos quando solicitados. Durante o meio expediente tínhamos a hora do café - se me lembro bem 15 minutos - e eles aproveitavam para narrar as suas aventuras como jogadores da elite do futebol na época. Contavam e escalavam o time completo. Tantas vezes escutei as estórias que gravei uma escalação do time : Poy, De Sordi e Mauro, Pé de Valsa, Bauer e Alfredo, Maurinho, Albella, Gino, Dino e Canhoteiro. Nesse mesmo tempo, um funcionário da Matriz resolveu fazer uma rifa, sendo o prêmio um Simca Chambord, já bem rodado. O "feliz" ganhador foi o Maurinho! Na mesma semana, convidou alguns amigos - lembro-me que, da seção, apenas o Canhoteiro topou a parada - e outros três seus conhecidos, para passar o fim de semana no Rio de Janeiro. A viagem foi um drama, pois faltando muitos quilômetros para chegar ao Rio, a caixa das marchas apresentou alguns problemas e tiveram que rodar utilizando as primeiras e segundas marchas. Então aconteceu o esperado: o motor se fundiu. O Maurinho vendeu o " carango " no estado em que se apresentava e voltaram a São Paulo de ônibus. Na semana seguinte contaram felizes, as farras e bebedeiras durante a viagem. Que época dourada! A vida era bem mais alegre, pois ainda não tinham inventado o "politicamente correto" e os "direitos humanos que beneficiam apenas os bandidos". Saúde e Paz a todos.
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128193   Tipos de caixa: o pagador e o recebedorGeraldo Antonio Nogueira MinéTaubaté- SP
05/10/2021 - O Nonato de Teresina deu o norte e eu vou segui-lo.
Houve um tempo em que os bancos tinham 2 tipos de caixas : o pagador e o recebedor.Lá pelas tantas um dos chamados "gerentões" da época fez um estágio nos EE.UU. e de lá trouxe uma novidade : o "caixa teller" que executava as duas funções, tal como hoje conhecemos.Para divulgar e explicar a novidade o Sr.Doria utilizou-se do Clube Banespa para onde fomos convocados para ouvi-lo como passaria a atuar a linha de frente do banco.Ficamos sabendo então que os caixas passariam a ter o cargo de subchefe de serviços.(ou subchefe-adjunto ; a memória está falhando). Fatos que trazem saudade.Afinal eram os anos dourados !
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128192   Carrinho de supermercadoAcebiades Bernardo FilhoBotucatu/SP
05/10/2021 - Quando eu fui promovido a escriturário no Banco Moreira Sales em Botucatu/sp, fui trabalhar no"contas correntes". Tinha dois tipos de contas correntes: "Depositos Populares" (pessoa física) e "Depositos sem limites"(pessoa jurídica). Eu fui trabalhar na conta sem limite "sintético"que era uma ficha de cartolina onde os lançamentos era feitos manualmente,(era ali que se consultava o saldo no caso de pagamento de cheques) e tinha o "analítico", onde os lançamentos eram datilografados, por outro funcionário, e, nessa ficha carbonada já saia o "extrato" do cliente.No final do dia era feito o "bate" do conta corrente.Pegava-se o saldo anterior do balancete somava os creditos, tirava os débitos e fazia o saldo atual. As fichas ficavam em um carrinho (quase igual aos de supermercado de hoje) em ordem alfabética de clientes. Em 1.972 eu entrei no Banespa, Agencia 212/Vila Mariana e em outubro de 1973 fiz o curso da última turma de Sub-chefe de serviço adjunto para trabalha
r no Caixa. A próxima tumra já foi para "Escriturário Caixa".
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128168   Se enfia debaixo da mesa, seu idiota!Antonio Galvão Raiz PortoAltinópolis/SP
10/09/2021 - “Se enfia debaixo da mesa, seu idiota!”
Dentro desse clima de reminiscências e recordações do nosso tempo de Banespa, de vez em quando circulam pela minha cabeça como se fosse um filme (de terror) as cenas dos dois assaltos por que passei quando na ativa. Ambos aconteceram no período em que fui trabalhar nos postos de serviços do HC e do Campus da USP em Ribeirão Preto. Sobre o segundo fiz até um conto chamado “Coração de Banespiano”. Foram horas seguidas passadas junto com uma quadrilha muito bem organizada que aguardou a chegada do primeiro funcionário e invadiu o banco. Eles foram rendendo o pessoal tornando-nos seus reféns até a consumação do assalto, que teve lugar com a chegada do carro forte.
O primeiro, da mesma forma cinematográfica, ocorreu no posto do HC. Era dia de pagamento. Grande fila formada pelos servidores ansiosos pelo precioso dinheirinho. Nós lá dentro no afã dos preparativos usuais para a chegada do dinheiro. De repente, tiroteio. Não deu para saber quantos tiros foram. O pânico lá fora foi imediato, terrível, dantesco. Eram os bandidos roubando o dinheiro e empreendendo fuga; se bem me lembro, parece que um deles acabou caindo do carro em que fugiam...
Tínhamos lá um segurança, baixinho, magrinho, com o apelido – se me falha a memória – de Linguiça. Não é que o Linguiça, muito valente e destemido, partiu para a porta (na verdade, era um portão de latão que não permitia ver o que estava acontecendo) fazendo menção de abri-la e reagir contra o assalto. Eu, em pé, no meio do salão, completamente desorientado, gritei: “Pelo amor de Deus, Lingüiça, não faz isso não! Fica quieto!” Ao que o meu companheiro Oscar Chiaroti me alertou, desesperado: “E você, se enfia debaixo da mesa, seu idiota!”
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128062   Cachaça de sapoPaulo Cesar AlvesSão Paulo/SP
21/04/2021 - Idos dos anos 80

Não sei como isso começou. Sexta-feira, o Diretor ligava e avisava “hoje eu vou passar aí”. Então, convocava-se os administradores disponíveis para fazerem sala para o Diretor, um vigilante e a senhora da copa para ficarem até mais tarde. Corria-se à avícola atrás de frango a passarinho e ao almoxarifado para verificar se a branquinha era suficiente. O Diretor chegava depois do expediente e a prosa corria solta, servida dos frango a passarinho bem temperados e fritos na hora e regada por uma pinga tipo ' reserva especial ' selecionada para a ocasião.
Um dia a pinga acabou. Flecha Ligeira (o contínuo) ficou responsável de trocar o garrafão por outro mais novo na adega e enchê-lo no alambique.
Nas visitas seguintes, o Diretor passou a botar reparo na pinga. Dizia que a dita estava com o sabor alterado, cor umbrosa, visível turbidez e coisa e tal.
Queridão contra argumentava alegando que o produto e a procedência eram insuspeitos, os resíduos eram maretinhas de cera deixadas cair, por descuido, dentro do garrafão. Nada grave. Mesmo assim, por gentileza, trocava o copo do Diretor etc. e etc. Quando Queridão comentou não saber mais o que responder aos estranhamentos do Diretor, a pinga acabou novamente.
Somente aí que alguém notou haver algo dentro do garrafão. Retirada a palha envolta no recipiente, constatou-se a existência de um baita sapo em decomposição em seu interior. Conclusão: Apesar das assertivas do Diretor, todo o seleto grupo entornou um garrafão de pinga curtido num anfíbio desconhecido (talvez um sapo cururu). E a história acabou ali com votos de nunca mais ninguém envolvido tocar no assunto.
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127827   Historinha ... Vou contar a minha... 002Álvaro Pozzetti de OliveiraBauru
05/07/2020 - Você tem uma historinha divertida do tempo de funcionário do querido Banespa?
Vou contar a minha...


Mário Edson
Quando trabalhava do Depro...na digitação...um dia o documento que estava digitando não passou o número da conta.... chamei o encarregado...sr. Edvar....e ele me disse: " circula e não faz"....
Meia hora depois..eu andando de terminal em terminal batendo um papo...ele disse: " o que vc está fazendo" e eu respondi: " o senhor falou pra eu circular....todos riram...e eu levei uma bronca......kkkk

Paulo Dias Quando entrei no banco eu era contínuo-estagiario, entre as minhas tarefas estava incluso entregar cheques devolvidos e duplicatas nos endereços dos clientes. Um dia fui à casa de um senhor e chegando lá notei que haviam muitas pessoas na entrada, muito sem jeito perguntei ao primeiro que encontrei se o Sr fulano estava, ele apontou para a porta de entrada da casa e disse "sim, está sobre a mesa". O homem havia falecido. Não sabia onde por a cara. Chegando de volta na agência, a primeira coisa que vi foi um panfleto sobre o balcão anunciando com pesar o falecimento do nobre engenheiro. (Acunticido...KKK)

Marici França
Me lembro que no ano de 1980 eu trabalhava na agência 229/Utinga. Tinha uma cliente lá que era muito chata, todo mundo fugia dela. Um dia, ela ligou na agência querendo falar com uma amiga de outro setor , eu passei a ligação prá amiga e indelicadamente, disse: "é aquela cliente chata". Gente, eu esqueci de cobrir o telefone com a mão e a cliente do outro lado da linha, ouviu. Imagina! Fiquei sabendo que ela chegou a ir reclamar com o gerente... Mas a minha amiga( diga-se de passagem, grande amiga até hoje; moramos perto); nunca contou quem falou. Fui salva por uma boa amizade. Ah! Só pra finalizar, fiquei com tanto remorso que acabei por fazer amizade com a referida cliente e vi que ela era legal sim....

Sonia Neves
Quando entrei no Banco( ag 123/Cubatao) me pediram pra entregar um documento no Fundo( FGTS) e eu fui na garagem do predio que ficava nos fundos🤦🏻‍♀️Que vergonha

Monica Brossi
Trabalhava de cx na ag. Central, nessa epoca no setor de cobrança.
Uma cliente veio receber uma ordem de pagamento, solicitei seu documento, quando eu vi o nome, (Naquela hora não vi a foto)
Eu disse, só o Wanderlei pode receber a ordem de pagamento
Qdo foi minha surpresa
Ela disse, eu sou A Wanderlei
Enfim era uma mulher com nome de Wanderlei
Pedi desculpas e ela me disse q não tinha problemas, ela já estava acostumada kkkkk

Álvaro Miranda
Teve um ano que o banco nos levou ao Playcenter fomos e ao chegar comprei aquelas balas que deixam a boca azul no dia seguinte pensei em oferecer para um colega que não tinha ido ofereci e ele aceitou ele muito educado ofereceu a um cliente aí imagina né ele ficou muito puto comigo e o cliente de boca azul

Ana Paula de Almeida
A minha é da época do TeleBanespa. Um colega estava atendendo a um cliente, informando sobre as aplicações que ele tinha (ou sobre as disponíveis para aplicação). Mencionou um fundo de investimento, cujo nome era FBQ (Fundo Banespa em Quotas...), e foi soletrar ao cliente: F de Fábio, B de Banespa e Q de Quá Quá.
Ao ouvir aquilo, não me aguentei, ri muito, e ainda fiquei tirando barato da cara dele...

Iara de Moraes
Trabalhando na agência São João, que era muito divertido, atendi uma senhora no balcão que apontou pra colega e dizendo.... por favor da pra chamar patrícia, eu
disse..... o nome dela e Cecília!
Olhei para as duas então, entendi o porquê de "pratricia"
a senhora era japonês, assim como a Cecília. Rimos muito.

Antenor Alvarenga Junior
Eu trabalhei na Ag. de Auriflama, onde aposentei, fui convocado pelo Derep para prestar serviços de Reorganização de Agências e em uma delas Pereira Barreto, me contaram que certa vez veio um inspetor fazer inspeção e entrou errado em uma Ag. Vizinha que era do Bamerindus, se apresentou como inspetor e pediu uma mesa para trabalhar e como sempre conferir a Reserva. O Administrativo mais que depressa trouxe todo dinheiro da reserva, quando o inspetor começou a conferir o dinheiro, chamou o administrador e falou porquê vcs não trocam a fita dos pacotes de dinheiro pelas fitas do Banespa? O cara respondeu porque aqui é o Bamerindus! Um olhou para o outro e começaram a rir! O administrador falou como vc erra a Agência e o inspetor respondeu como vcs na pediram meus documentos? e se eu fosse um ladrão?

Ivo José Ferreira Na agência onde eu trabalhava tinha um rapaz que era muito "desligado".
Certo dia pedi a ele para buscar o cartão proposta de abertura de conta de EDSON ARANTES DO NASCIMENTO.
Depois de um bom tempo ele veio até minha mesa e disse que não havia encontrado.
Pedi que procurasse mais.
Novamente voltou dizendo a mesma coisa.
Eu disse: o gerente precisa deste cartão até a tarde.
Procure de "A a Z", pois pode estar arquivado fora de ordem.
Moral da história: depois de quatro horas ele voltou sem o cartão, claro.
Foi aí que eu disse a ele que Edson Arantes do Nascimento era o PELÉ.
Parece mentira, mas ele não sabia.
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127826   Historinha ... Vou contar a minha... 001DiversosDiversas
05/07/2020 - Você tem uma historinha divertida do tempo de funcionário do querido Banespa?
Vou contar a minha...

Luisabel Schneider
Entrou uma amiga querida minha no banco e no primeiro dia foi abrir conta comigo...Só pra brincar eu disse que o banco pegava as impressões digitais dos clientes para mais segurança...Fiz a abertura de conta e quando ela estava pintando os dedos na tinta chegou outra amiga e falou pra ela... é brincadeira, não tem essa história de impressão digital...Dei um abraço apertado nela e disse Seja Benvinda a nossa turma.Ficamos amigas ....

Therezinha Oliveira
TINHA UM.COLEGA QUE COLOCAVA AS PLACAS DO CX NA MINHA BOLSA.QUANDO CHEGAVA EM.CASA EU VIA PORQUE A BOLSA TAVA PESASA.....SAFADO KKKKK

Luisabel Schneider
Mais uma...eu trabalhava no balcão atendendo clientes e sempre fui rapidinha...eu não andava...corria...adorava meu trabalho...o banco ficava lotado..Qdo eu ia no setor de ordem de pagamento pegar algum cheque visado,qdo eu saia eu escutava.. FURACÃO BRANCO...Até o dia em que eu descobri que eu era o Furacão Branco.Demos risada e eu chegava na ordem de pagamento e eu mesma falava..olha o furacão branco...kkkk.So doces lembranças...Naqueles tempos não existia bullying..éramos todos amigos e nos divertiamos com nossos jeitinhos específicos.Saudades...

Normali Terezinha Piucco
Luisabel Schneider eu também não conseguia andar devagar kkkkk até hoje tenho que puxar o freio kkkk

Normali Terezinha Piucco Eu cansei de levar coisas indevidas como copo de cafezinho no lugar de salame , pra casa, comprávamos salame vinho de pessoas que vendiam na agência, um dia fiz um jantar para um novo namorado e quando fui servir o vinho, adivinhem.... era água que tinha na garrafa😁😁😁😁

Luiz Lauro Belon
Trabalhava na Ag. Rancharia era dia de semana, movimento tranquilo, estava atendendo no caixa e a agência contava com dois vigilantes, que alternavam de hora em hora na cabine. Numa dessas trocas escutamos um tiro dentro da cabine, o vigilante que estava na cabine foi colocar o revólver na cintura e a arma disparou. Saíram os dois guardas de dentro da cabine mais branco que algodão. Um era branco e outro afro descendente, vocês imaginem o susto que foi. os clientes e nós funcionários achamos que era assalto.

Joao S. Cunha Luiza Augusta Uma colega, no dia que começou na agência 081, pediram p ela ir lá no andar de baixo, buscar a régua de achar diferença..... ela ficou muito brava, chorou.....

Luciano José Ferreira Machado
Quando entrei no banco, em 85, fui trabalhar como digitador no núcleo de compensação. Na época não existia o "on-line" e todos documentos tinham que serem digitados à noite para serem lançados em conta no dia seguinte. A cada carro de malote que chegava o serviço era distribuído entre os digitadores. Um amigo meu recebeu um lote de depósitos para digitar mas saiu para tomar um café e guardou o lote na gaveta para digitar na volta. Esqueceu. No dia seguinte a agência teve que chamar a polícia por que os clientes estavam irritados querendo saber onde estava o dinheiro que eles haviam depositado no dia anterior. Mais de 50 clientes revoltados! Só acharam o lote de depósitos à noite, quando o pessoal da digitação chegou para trabalhar.

Rosana Freire de Souza Eu trabalhava numa cidade pequena do interior, Palestina. O malote era centralizado no Banco do Brasil. Um dia eu saí mais cedo e pediram pra eu deixasse o malote lá, mas, pela força hábito eu fui direto pra casa. Ainda bem que logo em seguida fui buscar meu filho na escola e vi o malote. Imaginem o meu desespero.... 😜😜😩
Ainda deu tempo .... Afffff

André Elvino
Não é divertida mas aconteceu na Ag.Patriarca onde eu trabalhava Na reabertura do Plano Collor/Zélia , foi dito que todos teriam direito a 50,00 cruzeiros reais , desde que tivessem conta no Banco , apareceu um senhora querendo de todas maneiras os 50 00 dela pois havia escutado na TV que teria direito ao mesmo e ela nem correntista não era.
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127775   Golpista de FortalezaRaimundo Nonato da Silvaeresina-PI
27/05/2020 - Meu tempo de banco foi quase todo no caixa, ouvindo as pilhérias de então, do tipo "quando o funcionário não serve pra outra coisa vai para o caixa" ou "caixa que dá diferença na presta e se não dá pior ainda", e por aí vai. Mas eu era mesmo era rápido no atendimento. Sempre tive a maior fita de autenticações. Passei por situações curiosas. Lembro-me de certo dia que paguei um benefício pra uma aposentada. Na porta da agência a acompanhou o golpista da estória do dinheiro errado pra menos, portando um crachá de funcionário e pedindo a grana para trazer o valor certo. A velhinha caiu na conversa e ficou aguardando o retorno do pilantra. Passada uma meia hora me procura contando o ocorrido quando lhe narrei o golpe de que fora vítima. Apavorada, disse que seria capaz de reconhecer o ladrão, pedindo pelo amor de Deus que alguém desse uma volta com ela nas proximidades para ver se o encontrava. Achando quase impossível, pedi porém ao segurança que a acompanhasse. Duas quadras depois eis
que o tranquilo ladrão estava tomando uma gelada portando ainda o crachá. Reconhecido, mãos para o alto e um trabuco apontado para a cabeça, disse que o dinheiro estava no seu bolso, no que o segurança retirou e mandou que o mesmo corresse se não quisesse levar chumbo. De volta com a velhinha entregou o dinheiro para conferência e repasse. E aqui ocorreu a surpresa. O dinheiro devolvido era toda a feira do ladrão daquele dia, três vezes mais do que a aposentadoria. A velhinha gratificou o segurança e voltou pra casa feliz.
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127559   DESOPILAR CAUSOS E CONTOSSAULO CAVALCANTI DE ATAIDEJOÃO PESSOA - PB
04/10/2019 - POR VOLTA DOS ANOS SETENTA (70), NUMA AGENCIA DO BANESPA NO CEARÁ, OCORREU UM FATO INUSITADO.
FIM DO MES, AGENCIA LOTADA, FOLHA DE PAGAMENTO DO ESTADO.
O GERENTE ATENDEU UM CLIENTE ESPECIAL, QUANDO ESTE IA EMBORA, CHAMOU UMA FUNCIONÁRIA RECÉM ADMITIDA, E DISSE:CHAME ESTE SENHOR, ELA: COMO É O NOME DELE! AS PRESSAS, O GERENTE ENTREGOU UM ENVELOPE, Ilmo Sr PAULO PORTO GUIMARÃES, ELA GRITOU: DR ILMO, DR ILMO. E NADA.
O GERENTE P DA VIDA, BRADOU! CADE O PAULO, ELA DISSE: SEU ILMO NEM DEU BOLA...FOI SIMBORA.
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127501   SERÁ QUE É COLA?Dirceu Antonio BrumattiNão informado
03/08/2019 - CUIDADO COM O CESTO DE LIXO – SERÁ QUE É COLA?

Era década de 90.

O EWERTON Edgard Tozzi, era Gerente Geral e numa permuta com GIOVANI Aparecido de Lima, trocaram de agência, ele (EWERTON) foi para 0229 – Utinga e o GIOVANI, foi para Agência 455- Jardim do Mar.

O “saudoso” Ewerton Edgard Tozzi – Gerente Geral 0229 –Utinga, natural de Franca-SP, faleceu há algum tempo.

Vamos a história do Cesto de Lixo:

Atenção senhores pais essa história não é recomendada para o horário do jantar (Urghhhhh)

Ele (Ewerton) fumava muito, cigarro e charuto e ”cuspia” muito também (a regra tem exceção, mas é comum fumantes cuspirem).

Quando ele assumiu a Agência 0229 - Utinga, as responsáveis pela limpeza, não sabiam mais o que fazer para manter o cesto de lixo do Gerente Ewerton em boas condições, naquela época a maioria dos cestos de lixos eram de madeira.

O cesto de lixo ficava embaixo da sua mesa, foi então que tiveram a ideia de comprar um cesto de ALUMÍNIO e ainda forrar o lado de dentro com jornal.

O vício é uma coisa que deixa a pessoa sem “noção”, ela não consegue pensar nas causas e nem nos efeitos.

Um determinado dia, um cliente que tinha acabado de ser atendido, na Bateria de Caixas, chamou o EWERTON (Gerente Geral) que passava pelo setor.


O EWERTON (Gerente) e esse cliente conversavam no balcão da Bateria de Caixas e de vez em quando ele (Ewerton) abaixava e usava um Cesto de Lixo, que estava ao lado de um terminal caixa.

COMO ERAM OS CESTOS DE LIXOS:
Eram trançados de arames e usados como suportes para sacos de lixos preto de 20 litros.


Conversa vai, conversa vem, eles finalizaram a conversa e se despediram, o cliente foi embora e o Ewerton, voltou para sua mesa na gerência.

No final do expediente, já no “fechamento do movimento”, verificaram que faltava a “via da Prefeitura” de um comprovante de IPTU de Santo André.

Naquela época os carnês, títulos e comprovantes de pagamentos, vinham com muitos carbonos, excessos de vias e as vezes ao jogar uma dessas vias, ia parte do documento junto, era uma loucura no fechamento do movimento “OPEZONA”.

Um “mutirão” de funcionários (Caixas e Escriturários), reviravam, “fuçavam” propriamente dito os cestos de lixos procurando o tal comprovante do IPTU, visando agilizar o fechamento do movimento.

Cansados de procurar, faltava agora, somente aquele lixo que o Ewerton tinha utilizado como se fosse o seu (affffff).

Uma das caixas enfiou a mão no Cesto de Lixo para tirar os comprovantes para fora.

DE REPENTE UM GRITO:

- Aiiiiiiiiii meu Deuuuuusss!!!

- O que é issooooooo, parece cola de
sapateiro!!!

A funcionária que havia colocado a mão no CESTO DE LIXO (aquele), saiu correndo para o banheiro (Urghhhhh).

Na sua mão estavam “grudadas” uma quantidade de cópias de documentos e carbonos que mais pareciam “UMA RABIOLA DE PIPA”(chamado também de quadrado e papagaio) .

Ela lavou as mãos, voltou para a bateria de caixas:

CAIXA:

- Eu só coloco a mão nesses Cestos
de lixos se vocês me derem luvas
de cano longo e olha lá!!!

Imaginem, quando dava diferença ou faltava um documento nessa agência, ninguém queria colocar a mão no cesto de lixo.

Meu Deus, eu sairia correndo!

São histórias que os Banespianos contam.

Pode ser mentira, pode ser verdade, enfim, são histórias que o povo conta.

Saudoso “EWERTON Edgard Tozzi”, um grande abraço de todos os Banespianos, onde quer que você esteja!

Dirceu Antonio Brumatti
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127460   APELIDADO DE GRAJAUHELIO MILTON VASCONCELOSITAPEVA.SP
12/06/2019 - DANDO UMA OLHADA NO (FRAGMENTOS DA MEMORIA) COMENTARAM UM CASO DE UM NORDESTINO, IMEDIATAMENTE LEMBREI DE OUTRO, ESTÁVAMOS NO NASBE FAZENDO UM CURSO E NA NOSSA TURMA TINHA UM BAIANO QUE CADA VEZ DE ENTRAR OU SAIR DAS DEPENDÊNCIAS DO CURSO ESQUECIA DE COLOCAR OU TIRAR O CRACHÁ, ENTÃO SEMPRE ALGUÉM ALERTAVA O MESMO, E ELE CONCORDAVA QUE ESQUECIA DE COLOCAR 0 GRAJAU. MORAL DA HISTORIA O MESMO NÃO CONSEGUIA FALAR CRACHÁ E FOI APELIDADO PELA TURMA DE GRAJAU. ETA TEMPO BOM, QUE SAUDADES.
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127457   NÓS CHORAMOS...Carmela de Vizia Paranhos de AlmeidaSão Paulo/SP
09/06/2019 - Amigos, eu entrei para o Banespa através de Banco incorporado... em 1965 trabalhava no Banco intercontinental do Brasil conhecido na epoca como BANKINTER cuja matriz era ja Praça António Prado nº 13 e possuía poucas agências..
Adivinhem quem era o controlador do Banco?
O banco Santander da Espanha... Em 1970 o Banespa comprou o Bankinter e em 2000 o SANTANDER comprou O nosso BANESPA... simples assim... ouço falar do Santander ha exatos 44 anos... chega!!! um abraço a todos Amigos para encerrar este meu desabafo vou contar o seguinte:
Todo ano o Banespa mandava rezar uma missa de Ação de graças na igreja de São Bento em São Paulo no Largo de são bento.
No dia 20 de novembro de 2000 foi assinada à venda do Banco.
Depois da missa todos que estavam na igreja foram para a frente do Banco inclusive eu... e choramos.
Dias depois o novo presidente banco em uma entrevista disse não acreditar como uma moça poderia está chorando pela venda de um.Banco.
Está moça havia sido fotografada olhando para o prédio do Banco no dia da venda e chorava... foi lhe perguntado o motivo do choro e ela disse...
MEU AVÔ. MEU PAI TRABALHARAM NO BANESPA E AGORA EU TAMBÉM. NÓS CHORAMOS COM ELA.
ABRAÇOS
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127356   Quem lembra das “cadernetas”?Claudimir de Souza PintoPiedade/SP
21/02/2019 - Vou contar uma passagem com o Djalma, companheirão, brincalhão, não tinha muita afinidade com a área bancária.
O sonho dele era outro (realizado).
Quem lembra das “cadernetas”, para controlar o saldo?
O cliente depositava ou sacava, os lançamentos eram atualizados e...
Cadernetas com o saldo negativo?
- Djalma, chega aqui um pouquinho...
- Voce observou que tem aparecido algumas cadernetas com saldo negativo?
- Uééé, quando voce acerta a caderneta do cliente, coloca a letra “C”, por que eu não posso colocar a minha “D”?...
Êta tempo bão sô! 1960/2019 – apenas 59 Aninhos se passaram.(Por enquanto rsrs)
Sentimos saudades de certos momentos da nossa vida e de certos momentos de pessoas que passaram por ela. - Carlos Drummon de Andrade.
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127355   Nunca subestime os seus adversáriosOscar Machado FilhoBelo Horizonte/MG
21/02/2019 - Cada um tem a sua história para contar. Vivi muitas histórias, nas 8 ou mais transferências de cidades por onde passei, toda vez que queria uma promoção. Sempre em Agências "FORA DE SP". Passando por algumas, até 2 e 3 vezes, como nos casos de Niterói e Belo Horizonte. Lembro-me que na década de 1960 ou 1970, na Agência de Belo Horizonte, tínhamos um time de Futebol de Salão, imbatível. Éramos convidados para participarmos de vários torneios, inaugurações e festas esportivas. O nosso goleiro, era considerado um "monstro sagrado", Raramente levava um gol. Nessa época, ficamos sabendo que o Esporte Clube Banespa sediado em Santo Amaro, São Paulo, tinha tambem uma equipe histórica, penta ou deca campeão do Estado, com o canhotinha chamado Rivelino, que mais tarde foi jogar no Corinthians e Seleção brasileira. Estimulados pela nossa fama de vitoriosos, numa grande festa ocorrida no Esporte Clube Banespa, partimos para o confronto do time "campeoníssimo" do Estado de São Paulo, na esperan ça, de ganharmos por uns 3 a zero. Quando terminou o primeiro tempo, estávamos perdendo de 5 a zero. No intervalo, chamei nosso goleiro Lecy,e, perguntei para ele o que estava acontecendo. Ele me falou, Oscar, não sei o que está acontecendo. Quando vejo a bola, já está nos fundos da rede. O técnico de ECB de Santa Amaro, me procurou e me perguntou: Oscar, se você quiser, podemos substituir o time titular pelos reservas, para não desmoralizar o seu time. Cabisbaixo, reunimos o time para decidirmos. Um colega,artilheiro foi falando. Vamos considerar o primeiro tempo como aquecimento. Eu vou desencantar, e, fazer nos primeiros 5 minutos uns 4 gols. Trocamos uns 2 jogadores, e logo, aos 3 minutos, fizemos um golaço. No entusiasmo, fomos para cima dos adversários. Conclusão: "Nunca subestime os seus adversários". Perdemos de goleada. 13X1". De lá para cá, nunca mais voltei ao ECB de Santo Amaro, apesar de ter ficado associado dele por mais de 50 anos, de onde me desliguei recentemente. Abraços.
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127320   Medeirinho pede demissãoWalter FilgueirasFortaleza/CE
24/01/2019 - Não deve ter sido diferente nas agências e departamentos do nosso Banco, a maneira de convivermos. Formavamos uma grande família, com seus problemas cotidianos comuns a todo núcleo familiar. Desentendimentos, discussões, incompreensões e tudo mais, que também vivíamos no nosso lar, não podia ser diferente. Passávamos a maior parte de nosso tempo de atividade, dedicados ao trabalho, numa conivência muito proxima e intimamente. Se pararmos para pensar e refletir, éramos um todo, todos envolvidos como engrenagem de uma máquina para que tudo saísse perfeito como os fechamentos de Caixa e os encerramentos dos balancetes. Todos nós, figuravamos como uma peça naquele quebra-cabeças que seria montado no decorrer no dia e, com que satisfação, terminavamos o expediente, principalmente quando não havia diferenças de Caixa, ou para os mais antigos, quando o mais e menos, era batido. A uniao era prefeita, se um cliente mais intransigente fosse grosseiro com um dos colegas, aquilo atingiria a todos. Na Agência Fortaleza, onde coniví maior parte do meu tempo de empregado do antigamente BESP e depois BANESPA, era assim que se vivia , era assim nosso comportamento e nossa união, não sei se vocês tinham também em suas Agências ,tal comportamento de companheirismo. Fiz todo esse preâmbulo prá mostrar meu grau de sentimentalismo quando falo do BANESPA, essa minha confissão, faço porque tenho lido aqui no grupo muitos amigos dizerem do sentimento e do orgulho de ser Banespiano, e isso, tocou-me profundamente. Devo confessar que gosto de escrever, havia começado a escrever um livro sobre minha vivência no Banco, contando toda história de três décadas vividas e fatos hilariantes acontecidos nos nossos dia a dia. Já havia escrito cento e doze páginas que armazenará numa pasta no computador, infelizmente houve um problema na placa-mãe do computador e o técnico que veio resolver o problema, criou um maior e sem volta, simplesmente apagou todas as minhas páginas, dentre ela o rascunho do livro e outra onde eu tinha dezenas de composições musicais e alguns poemas, e outras notas importantes. Fazer o quê! Simplesmente, não me interessei mais apesar da insistência de minha família. Dentre alguns contos, vou contar um ocorrido com um amigo, já falecido, Antonio Medeiros de Souza, que carinhosamente chamávamos de " Medeirinho". Então, Medirinho teve sua iniciação no Banco, não como funcionário concursado.Era ele de limitações no estudo e foi contratado prá atuar como vigia no período noturno, na época não havia seguranças em bancos. Fato é, que Medeirinho trabalhava internamente, das 07hs da noite às 07hs da manhã. Devo esclarecer que nossa Agência ficava no centro e era a umas dez quadras do Cemitério principal da Cidade. Com o avanço da tecnologia, foi instalado depois de cursos prestados em São Paulo, por um funcionário sob indicação, o nosso Telex , que viria facilitar as comunicações com a Agência Central, ainda não existia nem o Nasbe. Instalado, quase houve comemorações Kkkkk, o aparelho tinha que ficar ligado vinte e quatro horas, para recebimento das taxas comerciais, cambiais e instruções transitórias entre outras. Só que não avisaram ao Medeirinho, que a máquina ligada transmetiria tais informações e, que fazia barulho. Verdade, é que quando foi a noite e ele só, quando viu a máquina em funcionamento, quase tem um troço, correu para porta do Banco e de lá só saiu quando chegou o primeiro funcionário, que era o gerente Administrativo.Foi logo dizendo que não trabalharia mais no Banco e pediu as contas.Convencido foi depois ao lhe apresentarem a máquina. Medeirinho, tempos depois agregou-se ao banco como contínuo, num concurso prestado na própria agência e concorrendo com ele mesmo e com a ajuda de todos nós que gostávamos muito dele. É isso amigos Banespianos, uma historinha prá destraírmos e desligarmos um pouco de políticas. Espero não ter enchido o saco e que tenham apreciado. Outras trago na lembrança, quem sabe um dia possa contar.Fiquem com DEUS!--
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127300   O colecionador de noivasLuiz Eduardo de AndradeTietê/SP
12/01/2019 - Colega Pelegrino. Comentário 147670. Ah, Paris a Cidade Luz! Lembrei-me de um caso de outrora, que terminou bem, graças ao Banespa Ag. Paris. O ano: 1971. 1. Acabo de ser promovido a Subchefe de Seção Adjunto, na Matriz do Banespa, com apenas 7 anos na casa; 2. estou cursando o penúltimo semestre na Faculdade de Direito Braz Cubas, em Mogi das Cruzes/SP; 3. estou noivo, uma segunda vez, de uma linda moreninha, filha única, oriunda de família abastada, de paulistas quatrocentões. A vida me sorria como em um céu azul de brigadeiro! MAS...O Asmodeu, o príncipe dos demônios, estava à espreita, para me fazer cair em tentação. Determinado fim de semana, a minha amada de então, comunicou-me que não poderia me encontrar no próximo fim de semana, pois iria comemorar com algumas amigas, a formatura no curso de Letras/Frances-Inglês, da USP. Retornando ao meu apartamento( alugado), lembrei-me de uma bela loirinha que eu havia conhecido recentemente e que por vezes coincidia de tomarmos o mesmo ônibus, na Av. Lins de Vasconcelos, bairro do Cambuci. Entendam que eu usava a aliança no dedo anelar direito, somente nos fins de semana, quando me encontrava com a minha noiva. O momento faz o ladrão, diz o dito popular. Já havíamos trocado os telefones, para eventual contato. Que então se apresentou! Telefonei no dia seguinte e combinamos nos divertir, e conhecer a boate Urso Branco, que estava na última moda em São Paulo. No sábado, no horário combinado, fui, com o meu Karmann Ghia branco e preto, ano 1963 ( eu já tinha pago algumas das 24 prestações mensais).Lembrem-se que estávamos no início da fase da emancipação feminina e os vestidos que as garotas usavam eram a mini e midi saia. Que alegria quando a possível conquista entrou no carro, bem baixinho que era! Na boate, procurei o canto mais escuro, quase uma penumbra para dançar. A banda tocava furiosa uma música alucinante, mas dançávamos ao ritmo do bolero "El Reloj". Certo momento, ao dar um passo para trás, esbarrei em algo e voltei-me para ver o que era. Nesse momento o meu mundo caiu! A minha noiva tinha resolvido festejar com as amigas na mesma boate. Sem uma palavra entregou-me a aliança e se retirou. Até hoje eu não sei como consegui voltar e entregar a acompanhante em sua casa. Em um átimo, perdi as duas! Tentei inúmeras vezes reatar o noivado, mas pensando bem, como explicar o fato ocorrido? Alguns anos depois, consegui uma terceira noiva 12 anos mais jovem do que eu e, desta vez, namorei, noivei e me casei em 10 meses! Estou casado com essa santa mulher até hoje. Passaram-se os anos. Em 1990, estou prestando serviços no Banespa Paris, quase de saída para, com uma nova promoção, providenciar a abertura do escritório em Bruxelas/Bélgica. Certo dia o caixa da Agência, como sempre procedia, veio até a minha mesa e apresentando o passaporte, me informou que uma cliente havia solicitado, se possível, melhorar a taxa de câmbio dólar/franco francês, equiparando-a à praticada pelo Banco do Brasil S.A., nosso concorrente na praça. Ao abrir o passaporte, reconheci de imediato pelo nome e fisionomia, que não havia mudado tanto, a minha amada de outros tempos. Fui ofegante até a mesma e me "apresentei", pois na época usava um imenso bigode "à la française", arrebitado para cima. Consegui finalmente pedir perdão pelo meu ato falho de outrora. Ela me disse que já havia se esquecido há muito, daquela situação constrangedora que eu havia provocado. Estava bem casada com um franco-brasileiro era feliz e tinha um casal de filhos. Autorizei a troca das moedas pela taxa do BBrasil e despedimo-nos. Coincidência de um destino brincalhão, que me possibilitou acertar esse passo em falso que eu havia dado conscientemente, ferindo alguém que me amava!! Saúde e Paz a todos.
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127299   Claudinei OU ClaudimirClaudimir de Souza PintoPiedade/SP
12/01/2019 - Neste site, na página Fragmentos, temos excelentes contadores de causos (o Luiz Eduardo deixou registros), e isso me faz lembrar um atendimento dado a uma cliente, quando trabalhava na Agência – SCSul (do Emissor), antes da incorporação.

(Alvaro, esta poderá fazer parte do acervo)

Fui procurado por uma senhora que havia recebido uma boa herança e queria fazer uma aplicação, mas antes, saber as garantias oferecidas.
Me apresentei.
- Boa tarde, meu nome é Claudimir, a senhora é Dona ...
A senhora quer saber a respeito de aplicações financeiras?
- Boa tarde Sr. Wladimir, quero sim...
Fui detalhando e ela interrompeu: - Qual é mesmo o nome do Sr?
- Claudimir
- Desculpe Sr. Claudinei.
...
- Desculpe-me mais uma vez, o nome do sr. É?...
- Claudimir.
- Obrigada sr. Valdomiro!
...
Finalizando ...
- A Senhora compreendeu?
- Sim, entendi, então, o Sr. não se importa, ééé... se eu perguntar o seu nome mais uma vez?
- C l a u D I m i r.
Muito obrigada Sr. CAETANO,
voltarei amanhã e farei a aplicação.
Ela voltou e fez a aplicação.
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126798   Aqui não é igreja!Claudimir de Souza PintoPiedade/SP
21/08/2018 - Fato que, segundo Banespianos, ocorreu em Piedade-SP.
Em novembro de 1978, o Banespa inaugurou a nova agência localizada na área central da cidade. Falavam que lá, antes de ser a Escola de Comercio, havia sido cemitério.
Nessa época, a cidade era a maior produtora de cebola do Brasil. Cheguei a visitar clientes produtores na zona rural que – por mais estranho que pareça – moravam em casas que estavam desmoronando, sustentadas por toras de eucaliptos, mas tinham na garagem, 2 carros 0 km.
Safra boa, dinheiro no Banespa.
Mas, também tinha aqueles que não foram felizes na colheita.
Uma senhora, católica fervorosa, conhecida de todos os funcionários, inclusive do vigilante da agência, pedia para entrar no banco e se dirigia para o crucifixo que ficava atrás da mesa do gerente. Estão lembrados?
Compenetrada fazia orações e depois de agradecer seguia seu caminho.
Um subchefe que havia sido transferido para a agência todos os dias comentava:
- Aqui não é igreja, mas essa beata vem todos os dias fazer orações. Vou conversar com ela.
Passados alguns dias, ele aguardou a senhora fazer as orações, cumprimentou-a e pediu licença para perguntar a razão das orações.
Demonstrando não estar muito satisfeita com a pergunta respondeu:
- VENHO TODOS OS DIAS FAZER ORAÇÕES PORQUE MEU MARIDO ESTÁ ENTERRADO NESTE BANCO!...
Ele, sabendo que lá foi cemitério, deu os pêsames e perguntou: - Quando foi que ele morreu?
- ELE NÃO MORREU NÃO, ELE ESTÁ ENTERRADO EM DIVIDAS NESTE BANCO!
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126765   Vive la France eternelle"Luiz Eduardo de AndradeTietê/SP
07/08/2018 - Lembrei-me de um fato ocorrido em 1984, quando prestava serviços no Banespa/Paris. Determinada sexta-feira, chegando ao meu apartamento, o síndico trouxe-me uma correspondência registrada, que havia sido enviada pelo órgão correspondente ao nosso Ministério da Saúde. Gelei, pensando em algo de ruim! Decidi não abrir a carta, para não estragar o fim de semana. A patroa notou que eu estava tenso e resolvi contar-lhe o ocorrido. Ela lembrou-me o que eu sempre falava, do dito popular, de que é preferível um fim de horror, do que um horror sem fim. Abri a missiva e que surpresa agradável!! A carta estava nos felicitando , pois tínhamos, até os 36 meses de vida da minha filha menor, cumprido com as nossas obrigações de pais, vacinando-a regularmente, sendo que a sua caderneta de vacinação estava em dia! E mais, pasmem duplamente: a correspondência vinha acompanhada de um cheque de FRF3.000,00, correspondentes à época a aprox. U$500.00! A pizza de toda sexta-feira, foi acompanhada de um excelente vinho nacional, Château Troplong-Mondot/1980. Memória fabulosa não é mesmo? Mas não, a verdade é que tenho a mania de retirar as etiquetas, quando saem, dos vinhos que bebo em situações especiais, colecionando-as e anotando no verso das mesmas o fato ocorrido. Nesse dia, lembrei-me do General De Gaulle, que proferia ao final dos seus discursos " Vive la France eternelle". Saúde e Paz a todos.
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126751   O senhor já comeu mariaisabel?Raimundo Nonato da SilvaTeresina-PI
31/07/2018 - Mariaisabel é o nome de um famoso prato típico nordestino. Consiste basicamente em carne misturada com arroz, variando na forma e temperos de quem prepara. É muito apreciado nesta região. Consta que certa feita aportou na nossa agência um inspetor que não conhecia o tal prato. Cumprindo o ritual de puxa-saquismo o gerente o convida para jantar num restaurante de comidas típicas. Em lá chegando, acomodados, pergunta ao visitante- "O senhor já comeu mariaisabel"? Ao que responde o inspetor:- "Muitas". Nonato-Teresina.
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126542   ADEUS GILBERTO VILELA FIGUEIREDOJosé Pedro NaisserCuritiba/PR
09/05/2018 - CURITIBA.PR, 07 DEMAIO DE 2018.
ADEUS GRANDE AMIGO BANESPIANO E GRANDE PESSOA HUMANA.
GILBERTO VILELA FIGUEIREDO.

Não foi pela Televisão, não foi pelos grandes Jornais que recebemos a noticia do seu passamento para o Outro Lado da Vida, Gilberto Figueiredo como era conhecido, foi pela nossa Associação dos Funcionários do Banespa, Afaban, no dia 5.5.18.

Gilberto talvez você nem lembrasse na sua historia porque foram tantos funcionários que você os recebia quando tomavam posse no querido Banespa, mas foi na Cidade de Ponta Grossa, no dia 02.01.1975 que você nos recebeu com o maior carinho, de braços abertos, disse como funcionava o Banespa, disse que ali poderíamos fazer nossa carreira profissional e foi o que fizemos ao longo de 27 anos.

Gilberto você não era só um Chefe de Serviços, era sim nosso Paisao mas também um grande profissional que trabalhava sério, delegava poderes mas cobrava também, incentivava aprendermos tudo sobre o Banco, lembro bem com relação as avaliações, avaliava todos pela competência, pelas iniciativas, inclusive me lembro que numa das avaliações o Wilson Daciuck e o Roberto Luiz Kindinger foram transferidos para Curitiba, e queriam só notas boas, daí deixaram um garrafão de vinho para você comprado em São Luiz do Puruna, queriam tirar 10, mas nem com o vinho eles conseguiram o 10, mas foram bem avaliados.

Outra lembrança também com relação a Agencia de Ponta Grossa, pois lá tínhamos um Tenor da Musica, Jair Honório da Silva, você era seu fonoaudiólogo e incentivador, e o Jair foi cantar a Ave Maria, no Mário Vendramel em Curitiba, quase estourou os microfones e foi orientado pelos jurados a não gritar no microfone, depois foram descobrir que estava mal regulado, moral da historia o Jair não ganhou um Troféu, mas trouxe dois Pacotes de Bolacha Todeschini como Premio de consolação, ali o Gilberto encerrou a carreira como descobridor de talentos.


Lembro que trabalhamos juntos em Paranaguá. Pr, onde você foi muito querido porque já nos seus 60 anos você foi o Chefe dos Escoteiros com o Dr.Tadami Sato, onde seus Filhos o Gilbertinho e a Fátima foram também Escoteiros, e a Dona Marilia sua esposa também ajudava a todos nas organizações das festas no nosso querido Banespa de Paranaguá, quantas saudades daqueles tempos, mas vocês foram os pilares da nossa carreira.

Gilberto lembro também de novo as avaliações que depois de feitas eram enviadas para São Paulo ao Depes, e daí era só aguardar as promoções de letras que cada normalmente o valor chegava a R$ 1.000,00 na época, e começaram a chegar, chegou primeiro do Jorge Latuf Sobrinho, chegou do Jose Alexandre, depois chegou a minha Jose Pedro Naisser, ai o Arnolfo Bertinetti Dantas, o Neno, disse Gilberto por favor faça uma alteração no meu nome, a partir de hoje não sou mais Arnolfo, mas sim Jarnolfo, com J, para ver se a minha promoção chega junto com os outros da letra J.

Não esqueço no dia que o Governador de São Paulo Dr. Franco Montoro nos visitou com sua Esposa, você foi nosso relações publicas, a esposa dele perguntou se tinha alguém com promoção atrasada, você ficou sossegado porque ninguém iria falar, mas o Reinaldo Santos Juliao como sempre ergueu a mão e falou, eu estou, me deram nota baixa mas eu sou um grande funcionário, porque sou dedicado ao Banespa e não aceitei a nota e não assinei, o Giba pensou estamos fritos, a esposa do Governador anotou o nome do Juliao, disse que daria um retorno a ele, e deu, dois meses depois estava lá a promoção do grande Juliao que foi nosso Primeiro Presidente do Banespinha em Paranaguá, também In Memoriam, o Josevaldo Martins da Costa, nosso eterno Guru dos Livros, e nosso Secretario Regis Pedro Paixão, esse sim tem dezenas delas para relatar. Por ora eram essas as recordações desse grande Amigo que nos deixou.

Grande Giba, como o chamávamos você foi sim um grande Profissional, honrou o nosso querido Banespa até a morte, mas fica então o nosso tributo carinho e nossa admiração por sua Pessoa que será lembrada sempre por todos amigos que fez no querido Banespa e por onde passou.

Seu legado ficará para sempre em nossas mentes e nossos corações por tudo que fez e, pelas grandes amizades que deixou nesta longa estrada da vida.

Com Carinho.

JOSE PEDRO NAISSER.
ECOLGISTA.
CURITIBA. PR
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126353   FUNDAÇÃO DAS AFABANS e BANESPINHA DE MIRASSOL-SP. Rubens José de FreitasMirassol-SP
04/02/2018 - Quando existiam poucos Banespinhas nas Agências do Banespa, eu fundei o de Mirassol, em um terreno de 25.000 metros quadrados, dentro da cidade, apenas com 36 funcionários na Agência. Quando aposentei, vendo a necessidade de unir os aposentados, que já estavam se dispersando, já que a revista da Associação publicava uma página inteira de pedido de cancelamento de Associados e apenas uma meia dúzia de admitidos por mês e querendo evitar a sua extinção, já que caminhava para isso, fundei o Núcleo Regional da AFABESP em São José do Rio Preto, em uma sala cedida pela Diretoria do Banco. Minha intenção era criar um Núcleo em todas as sedes de região onde havia Banespa, por isso continuei trabalhando e contatando os líderes aposentados dessas Agências para entrarem na luta, até que um dia fui convocado pela AFABESP, juntamente com um representante das referidas Agências para uma reunião em São Paulo, onde foi discutido os prós e os contras desse projeto mudando o nome para AFABAN, com per sonalidade Jurídica própria, desvinculando assim da entidade mater, ficando para ela apenas uma verba para manutenção de cada uma. Nessa reunião, dirigida pelo diretor Wilson Canonice foi colocado em votação da denominação dessas entidades e venceu por unanimidade o nome de AFABAN. No inicio de minha luta, ainda pelo Núcleo, foi na gestão do Coli, que era totalmente contra e taxou-me de inimigo público numero um da entidade, um aproveitador, dificultando ao máximo para que a ideia fosse vitoriosa. Mas foi no inicio da gestão do Mazataka, que com sua visão nata de líder, enxergou o valor do movimento como importante para a união dos aposentados.
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126238   A FESTA DO CAQUIWalter de AlmeidaGuarulhos/SP
22/12/2017 - Há mais de 20 anos, quando ainda exercia com muito orgulho e profissionalismo, a profissão de bancário, como Gerente Operacional do antigo Banco Banespa, ouvia sempre do meu superior, o Gerente Regional, a seguinte frase: FIZERAM A FESTA DO CAQUI. Falava isso para dizer que algum gerente de sua Regional, havia feito negócios e ou empréstimos aos clientes, fora das normas e instruções do Banco, agindo ao arrepio das normas internas , ocasionando com isso, prejuízos ao Banco . Naquela época, em virtude do Plano Econômico estabelecido, muitas empresas passaram por sérias dificuldades , aumentando de maneira considerável o índice de inadimplência. Foi uma loucura. Hoje, essa essa frase do meu querido chefe, faz-me voltar ao tempo presente, para dizer que os nossos representantes políticos, de todas as esferas, tanto Federal, Estadual e Municipal, estão fazendo verdadeira FESTA DO CAQUI,com o nosso dinheiro público, causando com isso prejuízos incalculáveis a todos nós brasileiros.Uma vergonha nacional. É todos nós temos uma parcela de culpa com tudo o que está acontecendo. Eu me pergunto: até quando?? Eu digo: Cristo morreu para salvar a humanidade. É preciso morrer muitos, para salvar poucos. Que a FESTA DO CAQUI, se transforme na festa da igualdade social. Amém.
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125956   Duas perolasCarlos Dalberto ZitelliAraraquara/SP
29/06/2017 - Não da para esquecer.
1ª Tinha um colega chamado Saulo, era pão duro ao extremo. Ele tinha o costume de comer de marmita. Um belo dia o Levy tirou a mistura dele e escondeu. Não preciso dizer a confusão que deu;
2º Esse mesmo colega tinha um "carro" velho demais. Ele ia aos sábados com ele quando nós fazíamos hora-extra até mais ou menos 18:00 horas. E para quem não conhece à Ag. Paula Sousa, ela fica bem acima do mercado Municipal. E o Levy trocou todos os cabos das velas. O carro é claro não pegava, foi ai que alguém teve a brilhante ideia que colocar na descida. Não preciso dizer que o Saulo foi até o Mercado Municipal e nada. Depois foi um "mecânico" e fez o carro pegar. E para completar o Saulo tinha um olho azul e outro castalho. Gente fina, ótimo colega. Não ligava com a gozação.
Tem mais histórias. Época que eramos um família. Fomos felizes.
Carlos Zitelli
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125734   Comentando o passadoJair GenaroRio Claro/SP
18/04/2017 - Em conversas amenas com um ex-funcionario da CESP, o mesmo comentou:
A CESP, tinha uma dívida com o Banespa de uns 7-8 bilhões e antes de ser privatizada acertou nossas vidas, promoveu quem tinha que ser, ajustou nossos salários e saímos numa boa.
E eu pensei : E nós que éramos os credores fomos massacrados, escorchados e vilipendiados em nossos direitos.
Banespa: mãe ou madrasta ?
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125694   Pagando os pecadoRenato Regis DantasSão Paulo/SP
07/04/2017 - quando trabalhei no posto de arrecadaçao fiscal da divida ativa da PMSP (onde contribuintes caloteiros pagavam as dividas e os funcionarios pagavam os pecados) - epoca em que se podiam usar os cruzados novos confiscados do Plano Collor -------- a mocinha de uma empresa enfrentou horas de filas na prefeitura para saber o valor depois horas para a prefeitura montar os calhamaços de guias e horas para recebermos e chamarmos os numeros de protocolos e uma horinha de fila (no minimo) no banco ---parte da divida poderia ser paga em cheques nominais a PREFEITURA DO MUNICIPIO DE SAO PAULO e as custas deveriam ser em dinheiro---- eis que atendo a mocinha e confiro o cheque com valor numeral e por extenso e tudo ok - mas quando confiro o campo nominal a 'PREFEITURA MUNICIPAL DO ESTADO DE SAO PAULO' eu nao sabia se ria ou chorava por ela - tadinha ela chorou mesmo na minha frente.
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125007   CacetaRaimundo Nonato da SilvaTeresina/PI
24/01/2017 - CAUSO (PRA DESOPILAR). Até 1973 a agência local do Banespa funcionava num prédio pequeno e acanhado, com muita dificuldade de acesso ao primeiro e único piso além do térreo. Pra facilitar a circulação dos documentos abriu-se um buraco por onde subia e descia, pendurada em cordas, uma caixeta contendo os diversos papéis. Pois bem. Pra cá foi transferida uma colega natalense da língua enrolada. Não tinha quem fizesse ela pronunciar "caixeta". Só saia "caceta". Aí já viu no que deu. Botaram a moça logo no conta corrente onde a papelada era a maior nas agências. Quando menos se esperava gritava ela a todo pulmão:- "Mario Lúcio, sobe a caceta senão eu não termino o serviço". "Magalhães, desce a caceta que eu já fechei a entrada". Afora outros pedidos do gênero. Era uma baita sacanagem, todo mundo morrendo de rir, mas ela não estava nem aí. Nonato/Teresina.
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124681   Causo Raimundo Nonato da SilvaTeresina/PI
10/11/2016 - Início dos anos 80 se não me falha a memória. Disputa acirrada pela diretoria da Afubesp. Votação presencial e a agência designou-me para representá-la. Auditório superlotado e logo começaram os discursos de conteúdo nitidamente político partidário entre facções do PT e outras siglas de esquerda. Me emputeci com a baboseira, pedi o microfone e sapequei discurso inflamado contra, começando por dizer que tinha viajado 4.000km para uma missão nobre de escolher representantes de nossa classe mas o que estava vendo era uma convenção partidária, infiltrando em nossas associações internas o que de pior existia na política brasileira. E por aí foi com vaias e aplausos. Em tom ainda mais pesado assumiu o microfone o Herberth Moniz, que concluiu lançando, em protesto, uma anti-chapa formada por ele como candidato a presidente e eu vice. Aí formou-se grande confusão. Pode não pode, aceita não aceita, fui pra cima da comissão eleitoral invocando como precedente a anti-chapa de Ulisses Guimarães num desses colégios eleitorais que tinha escolhido mais um general pra PR. Chapa finalmente aceita partimos pros votos. Tivemos 58. Foi eleito um barbudo que não me recordo o nome. Mas valeu o protesto. Nonato/Teresina.
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124345   MEA CULPA, MEA MAXIMA CULPA!Raimundo Nonato da SilvaTeresina/PI
13/09/2016 - Com. 325. Pedro, besteiras que fizemos à parte, gostei mesmo foi do velho e insubstituível latim, fazendo-me voltar 55 anos quando era acólito na igreja N S da Conceição em Pedro II-PI. Lembro-me que foi a primeira oração que tive de decorar para poder ajudar na missa. Lendo seu comentário voltei com muita emoção no tempo. Obrigado mesmo. Nonato.

Com. 128325 Pedro Kowal Santo André-SP
INPC 9,62% correção a partir deste mês Plano V
OoO
Penso que o reajuste sindical poderá chegar em torno de 12%, o que aumentará ainda mais o distanciamento daqueles que optaram pela cláusula 44. Bem feito para mim que fiz esta opção!” MEA CULPA, MEA MAXIMA CULPA!

ORAÇÃO EM LATIM: CONFITEOR Deo omnipotenti, beatae Mariae semper Virgini, beato Michaeli Archangelo, beato Ioanni Baptistae, sanctis Apostolis Petro et Paulo, et omnibus Sanctis, quia peccavi nimis cogitatione, verbo et opere: mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa. Ideo precor beatam Mariam semper Virginem, beatum Michaelem Archangelum, beatum Ioannem Baptistam, sanctos Apostolos Petrum et Paulum, et omnes Sanctos, orare pro me ad Dominum Deum nostrum. Amen.

ORAÇÃO TRADUZIDA PARA O PORTUGUÊS: Confesso a Deus Todo-poderoso, à bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao bem-aventurado Miguel Arcanjo, ao bem-aventurado João Batista, aos santos Apóstolos Pedro e Paulo, e a todos os santos, que pequei muitas vezes por pensamentos, palavras e ações, por minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa. Por isso, peço à bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao bem-aventurado Miguel Arcanjo, ao bem-aventurado João Batista, aos santos Apóstolos Pedro e Paulo, e a todos os santos, que oreis por mim a Deus, Nosso Senhor. Amém.
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124145   Uma CI como troféuJuarez Perez BonilhaJaú/SP
19/08/2016 - Pedro Kowaliauskas, fico feliz em encontra-lo. Varias vezes tentei localizar seu email, mas sabia que o seu sobrenome é meio "complicado". Essa CI foi redigida por você em 05/08/1977. Eu a guardei, e tenho comigo como um troféu. Está plastificada, e guardo em meus pertences . Voce foi muito feliz em redigi-la, em poucas palavras voce disse tudo de mim.
Quando sai de S.Paulo, fui para um cidade bem pequena chamada Itapui a 20 kms. de minha cidade natal Jau. Senti uma diferença muito grande, queria até mesmo sair do Banco.Fiquei em Itapui por dois anos, posteriormente fui transferido para Jaú, onde fiquei até aposentar-me.
Hoje, eu trabalho em uma oficina mecanica do meu irmão, localizada no centro de Jau. Faço ali serviços burocraticos.
Fiquei contente por você entrar em contato comigo.Do pessoal da contabilidade lembro-me de quase todos,,quando pego a CI com os nomes, vai passando um filme e aparece em minha mente a fisionomia de quase todos, principalmente da sua. Vou postar a CI.
"DESEJO DE MUITA SORTE E FELICIDADES, foi assim que você iniciou a CI
Abraços, Fique com Deus
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124117   Em uma CI a carta de despedidaJuarez Perez BonilhaJaú/SP
16/08/2016 - Pedro Kowaliauskas, lembro-me de você, trabalhei contigo na Ag Central na contabilidade em meados de 1976, juntamente com o Gilberto Daga, Araras. Um fato interessante, quando fui transferido você redigiu em uma CI uma carta de despedida com a assinatura de todos da seção, tenho até hoje essa CI.
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124116   Carta de despedida em Papel HigiênicoOrly GuerraVila Velha/ES
16/08/2016 - Depois de quatro anos na Matriz-Agência Central. Voltei para Vitória. A homenagem escrita foi num rolo de Papel Higiênico, comandada por José Giacomim Sobrinho. Guardei por muito tempo. Mas, na mudança de residência, foi-se.
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123892   VATICÍNIORaimundo Nonato da SilvaTeresina/PI
14/07/2016 - A primeira pessoa que falou sobre privatização do Banespa na agência local foi um gerente paulista, que pra cá veio (e ficou) no início dos anos 90. Chama-se Ademar Farias, um santista que entrou pela incorporação de um banco de Santos, se não me falha a memória. Costumava reunir os funcionários e dizer abertamente que a roubalheira iria acabar com o nosso ganha-pão. Recomendava a todos que procurassem estudar e encontrar outras alternativas de emprego pois "estão matando a galinha dos ovos de ouro que hoje nos sustenta" dizia. Só que ninguém dava importância. Ora, quebrar logo o banco do Estado mais rico? Impossível, achavam todos. Quando o "pau quebrou" pegou a grande maioria de "calças curtas" mas não por falta de aviso. Ademar já estava aposentado e com outro bom emprego, onde continua até hoje, como executivo de uma rede de TV local.
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123796   CAUSO do "delicado"Raimundo Nonato da SilvaTeresina/PI
07/07/2016 - CAUSO. Passo hoje a mencionar outro tipo que era muito comum em toda agência na nossa época. Trata-se da figura do "delicado", aquele que por aqui se costuma dizer que é mais bruto do que canto de cerca. Não era só um mas o afamado mesmo chama-se Bené Moniz. Certo dia carimbava cabisbaixo os cheques da compensação quando uma senhora encosta no balcão e o chama:-

- Moço, o senhor pode me dá uma informação? Benezão se levanta, cara de mau, se aproxima sem qualquer cumprimento e sapeca:- "Diga ligeiro que tenho muito o que fazer e não posso perder tempo". A senhora abre um sorriso irônico e tira um sarro:- "Pela sua delicadeza aposto como o senhor foi educado na França". E foi procurar outra pessoa para atendê-la. Nonato/Teresina.
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123594   O "faz tudo"Raimundo Nonato da SilvaTeresina/PI
15/06/2016 - CAUSOS. Há alguns dias contei um relacionado com uma figura que na época existia em todas as agencias:- o "faz tudo"~. Hoje lembrei-me de outra personagem que era famosa em nosso convívio: o "juízo curto", aquele camarada que só resolve as coisas utilizado o lado mais complicado. O nosso era o Marlito, um dos poucos quase idoso do grupo. Numa certa sexta, acompanhado do fiel companheiro Ariosto, de saudosa memória, voltava de uns birinaites com muitas na cabeça quando engavetou o para-choque dianteiro do seu fusca 67 na traseira de um opala seminovo e estacionado corretamente. O dono ouvindo o barulho deixou a sua novela "O bem amado" e saiu pra ver o acontecido. Ao vê-lo, Marlitão se antecipou e dirigindo-se ao opala indaga:-

- De quem é essa lata velha?

- Meu carro não é lata velha e o senhor vai ter que me pagar o prejuízo.

- Pago não porque o senhor estacionou defronte a uma garagem.

- Isso não é garagem mas o portão da minha oficina mecânica.

- Ah, então o senhor é dono de oficina? E tem alvará de funcionamento? Se não tiver eu lhe denuncio.

- E o senhor por acaso é fiscal da Prefeitura? O que eu quero mesmo é o dinheiro do prejuízo..... Nisso já tinha muita gente no meio do bolo. Ariosto sussurrou no ouvido de Marlito:- Faz um acordo e dá um amarelinho (cheque de funcionário da época) para o dia 20 que é melhor". Mas o nosso personagem queria mais confusão.

- Não pago porque o senhor está errado. Mas em te compro essa lata velha com oficina e tudo. Quanto quer?

- O senhor não tem cara de quem possa comprar uma agulha

- Me respeite. Agora eu te reconheci lá do meu banco. Acho até que tu já deu cheque sem fundo por lá.... Aí o tempo fechou.

- Tu tem banco porra nenhuma velho fdp.... E saiu no braço. Por sorte na turma do "deixa disso" apareceu um conhecido dos dois e intermediou um acordo, via "amarelinho".
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123451   Nelson Longo FilhoAntônio PelegrinoCafelândia/SP
31/05/2016 - CM- 126.930 – José Geraldo de Araújo – Bragança Paulista/SP. Meu colega da Terra da Linguiça, conheces o Nelson Longo Filho? Pois bem, Trabalhei ao seu lado no Banespa; muito voltado à Educação, Mestre em Administração, professor da Universidade São Francisco e sempre o admirei pela sua calma e precisão em resolver problemas complexos, principalmente na sua posição de chefe de família. Fragmentos de Memórias, bem! Ficaram e ficarão arquivados em nossas mentes, mas a verdade é que nosso corpo vai proporcionar novas vidas ao se decompor, portanto o que reproduzo, será apenas mais uma reminiscência. A maioria dos colegas, imbuídos de seriedade como você, tem o direito de dizer que em sua trajetória profissional engoliu muitos sapos. Quando cito o BANESPA, como minha mãe inesquecível, sinto orgulho de ser grato por tudo que essa empresa em proporcionou. Tudo que pude fazer durante esse período, foi graças ao dinheiro pago pelo BANESPA. Cito ainda assistências pelas irmãs caridosas do BANESPA, a CABESP, A APABEX, que homenageio sua Diretoria, principalmente ao Diretor Executivo, Colega Ariovaldo, cuja associação minimiza a vida de pessoas necessitadas com uma atenção benemerente. Recebemos de Deus diariamente Ações de Graças e receberemos nossas ações trabalhistas, mas não esqueça da APABEX! E, mais o Banespa me proporcionou direto ou indiretamente meios para hoje viver. Com exceção da neta mais nova, com 20 anos,que cursa a 3o. Ano de Estatística na UNICAMP, Todos demais possuem Cursos Superiores. Será que isso não é bom para o BRASIL? Como você citou, observei colegas mais gananciosos, ingratos que contribuíram para denegrir nossa Mãe, participando do Sindicalismo, nunca trabalhando nas Agências e depois aceitando benesses do Santander para trabalhar criminosamente contra nossos colegas. Tenho vergonha de ter participado de testemunha a favor de colegas não merecedores de vitória da Ação de Horas Extras. Trabalhei na CAIXA BRANCA, recebi poucas horas extras, mais não tive a co ragem de entrar com Ação de Horas Extras, com que me amparou. Nada muda, muitos não acreditarão, mas os sentimentos se eternizarão dentro de mim! Abraço colega e nova semana cheia de alvíssaras. Escrevi esse comentário, lembrando nosso líder aceito "SETEMBRE", que sua alma esteja ao lado de DEUS!
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123354   O cara não gostava de cerveja!Orly GuerraVila Velha/ES
20/05/2016 - Quantos caras orgulhosos e metidos a não sei o quê! Aqui tinha um cara que quando fazia palestra iniciava contando sua ascensão no banco como se fosse um grande exemplo para todos. Era esforçado, mas se não fosse os amigos na matriz não subiria tão rápido. Um colega, que entrou no banco junto com ele, passou 20 anos como subchefe. Ele era muito competente e não bajulava ninguém. Muitos funcionários trocavam ideia com ele sobre o serviço. Um dia ficou sabendo porque não saía de subchefe. Um gerente, depois de umas e outras numa festinha do Banespinha, disse que só subia na agência quem tomava cerveja com ele. Esse colega mais tarde conseguiu chegar a chefe do câmbio ou adjunto, não sei bem.
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123353   VERDADEIRA!JOSÉ GERALDO DE ARAUJOBRAGANÇA PAULISTA-SP
20/05/2016 - ESSA HISTÓRIA É PARA ALIVIAR O FÍGADO!
O nosso particular amigo banespiano JOSÉ ALOISIO, me contou um dia essa história. Ele era um camarada organizado, exemplar funcionário de Escritório de Contabilidade, que em tudo era meticuloso trabalhando aqui em nossa cidade.Vai a São Paulo prestar o "CONCURSO DO BANCO ESTADO."
Enquanto funcionário de escritório de contabilidade na cidade, sempre dedicado e organizado. Tipo do funcionário exemplar. Acessórios para realizar seus trabalhos principalmente materiais de escritório, sempre impecáveis.
É aprovado no concurso do BANESPA e naquela euforia, vai trabalhar na MATRIZ DO BANESPA, lugar de destaque para os “caipiras” que vinham do interior para SÃO PAULO.
Começa a trabalhar num setor composto de dezenas de colegas, que alí estavam no mesmo rítimo.
Logo que começa a trabalhar, vinha um cidadão de outro setor que ele não conhecia, pedir emprestado materiais de escritório: um dia era borracha; outro dia era apontador; outro dia era durex; outro dia era cola; outro dia era régua. E assim por diante. A cada um ou dois dias vinha aquele cidadão tomar emprestado.
Até que um belo dia, ele já cansado de emprestar as coisas, vira para aquele cidadão e fala: “Oi, colega, não é que eu queira chamar sua atenção, mas, você precisa ser mais organizado em suas coisas, arrume com o almoxarifado esses materiais, que você terá tudo em mãos e não precisará vir buscar aqui.”
Aquele colega responde: “pode deixar, eu vou providenciar.“
Esse cidadão não voltou mais. Sumiu.
Passados mais um certo tempo, ele fica sabendo que aquele colega que emprestava as coisas, era nada mais, nada menos, que o CHEFE DO DEPARTAMENTO.
Abraços aos colegas.
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123227   Causo carioca – A revancheEliel da Silva DOrnelasCabo Frio/RJ
05/05/2016 - Passaram-se alguns meses, até que o sofredor com o álcool descobriu quem tinha aplicado aquele susto nele. Então passou a ficarna espreita, esperando que o digníssimo fosse ao banheiro para poder se vingar. O grupo havia percebido que o tal sujeito estava tão somente a esperar a ida ao banheiro daquele que o pôs fogo. Assim, pensaram em aplicar mais uma no sujeito. Decidiram pegá-lo novamente. Desta forma, ficaram também esperando surgir uma outra oportunidade. O tempo ia passando até que um certo dia o tal indivíduo que aplicou o primeiro susto disse em alto e bom tom – pessoal vou ao banheiro e fez de conta que tinha ido e sumiu. Aí, aquele que tinha sofrido o golpe foi conferir se tinha alguém no banheiro, e olhou por baixo da porta e notou uma cena igual a sua. Calças arriadas e folhas de Jornal no chão e voltou apressadamente e contou para o grupo: chegou a minha vez, irei asforras e perguntou ao grupo, o que posso fazer, fulano está no banheiro. O grupo mais que depressa começou a sugerir coisas: pega aquela cesta de lixo, enche-a de tudo de sujo que você puder encontrar, guimbas de cigarros, cinzas, papéis picados, o máximo de sujeira possível. O cara foi que foi, encheu a cesta de lixo com tudo e ainda por cima jogou água, ficou aquela lama e subiu no vaso ao lado do banheiro ocupado e virou a cesta repleta de sujeira, mas logo a seguir escuta uma voz estranha. Aí ficou preocupado, cadê fulano, ele não estava no banheiro, os colegas falaram: sim ele foi ao banheiro, mas a voz insistia e gritava cada vez mais alto. Então alguém do grupo foi verificar, muito embora já sabiam que quem estava lá era o Contador da Agência, pois naquele tempo Gerente Administrativo chamava-se Contador. Então, fingindo que não sabiam de nada, contou ao vingador - Cara, quem está lá no banheiro todo sujo é o Contador. Não queiram imaginar a cara do vingador. Se não fosse os próprios aplicadores do segundo golpe, para amenizar o problema, aquele infeliz seria demitido. No final o Contador, pensou, refletiu e viu que a turma era terrível e deixou pra lá.
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123200   Causo Carioca - Alcool por baixo da portaEliel da Silva DOrnelasCabo Frio/RJ
02/05/2016 - Colegas, vocês sempre ouviram sobre o que acontece no Rio de Janeiro, lá a banda toca um pouco diferente de todas as demais praças, cada qual com suas sutilezas, mas o pessoal no Rio é muito descontraído. Havia entrado no Banespa, vinha de um banco americano (Boston) e neste as formalidades desde a vestimenta até os horários tudo com muito rigor. No entanto, logo no início, meu primeiro dia de trabalho, era balancete na Seção de Câmbio e não fui para casa, acabei trabalhando até o dia seguinte. Já tinha experiência de sete anos em Câmbio no Boston, tudo mecanizado e no Banespa com Livros específicos para cada conta, por incrível que pareça funcionava. Como já possuía experiência comecei a cuidar do balancete também e como sempre as diferenças o que não nos permitiu terminar o serviço no próprio dia 05.08.70, tivemos que continuar e o balancete saiu por volta das 5 horas do dia 06.08.70. Até aí tudo bem. Acontece que a turma era da fusaca e queriam sempre pegar uma peça em um colega e conseguiram. Ainda naquela semana, após o balancete um dos colegas percebeu que um outro, estava no banheiro lendo o Jornal dos Sportes, tranquilamente, daí a inventiva: foi lá na Farmácia e comprou uma garrafa de ALCOOL e esparramou por baixo da porta, que havia um vão que dava para observar os pés. Havia jornal pelo chão e as calças do colega lendo o Jornal. Então esse outro que comprou o ALCOOL, após esparramá-lo e chamar os demais colegas, acendeu um fósforo e o mais cada um de nós pode imaginar o que acontecera. Além dos gritos, necessidades de comprar outras roupas, sem poder sair do banheiro,e a dúvida de quem havia feito aquilo e por outro lado os demais colegas arranjavam uma forma de curtir, sorrir, comentar com todos os demais funcionários da Agência. Pessoal, logo a seguir em data a posteriori houve a revanche e contaremos depois. Reservo-me a não citar os nomes. Abraços Eliel.
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123024   O `faz tudo` IISebastião Antonio Rabelo LeiteUberlândia;MG
08/04/2016 - Olá Nonato:
Um “causo” semelhante ao teu:
- MARCÍLIO (Fonseca Castro de Rezende), subchefe de serviço na agência de Vitória-ES e encarregado da Cobrança(posteriormente fez uma magnífica carreira, passando pela Centro-Rio e chegando até à chefia na Adger)
- Toca o telefone e ele, a plenos pulmões, levanta a cabeça e sem nem pegar no aparelho , grita:
“BANCO DO ESTADO DE SÃO PAULO!!!”
Foi aquela gozação.
A gente era feliz
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123023   O `faz tudo` IRaimundo Nonato da SilvaTeresina/PI
08/04/2016 - CAUSO. Acredito que no nosso tempo em cada agência do banco havia um "faz tudo", aquele sujeito que pega toda sobra de serviço dos outros. Faltou alguém, o caixa não bateu, compensação atrasou, etc.,leva tudo pro fulano.
No nosso caso esse herói era o Alfredin. Sub-chefe bondoso, serviço era com ele mesmo. Sua mesa era um mar de papel desarrumado.
Cabeça a 200 por hora, certa feita um grupo discutia à sua frente sobre o comportamento moderno (na época) dos filhos.
Alfredin, dando um duro danado mas ligado no assunto.
A certa altura Dedé diz:- "os meus filhos nem me tomam mais a bênção nem vão comigo à igreja".
Nisso o telefone toca e Alfredin atende:- "bença".
Do outro lado a pergunta: "de onde fala"? "É da igreja" responde.
"Alfredo tu tá e ficando doido".
Era a mulher dele.
Nonato.
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122977   Rio NegroCarlos Alberto Rodrigues dos SantosBelo Horizonte/MG
03/04/2016 - Aproveitando os fragmentos de memoria em que o Ulisses tão bem apresentou, lembrei-me de um outro fato ocorrido no Rio Negro para desespero de minha esposa. Tinhamos um cliente na Agência que era mais amigo do que cliente ( Abdias ). Empresário bem sucedido mas carente de amizade, logo que nos chegamos em Manaus no inicio de 1986 ele e sua esposa passaram a nos convidar para sairmos nos finais de semana, sendo portanto nossos anfitriões em Manaus. Depois de algum tempo o Abdias começou a convidar-nos a dar um passeio em sua lancha, sempre recusado pela minha esposa que ainda não havia se recuperado do susto do BANZEIRO. Como diz o velho ditado "água mole em pedra dura tanto bate até que fura" um determinado dia ela aceitou o convite após a afirmativa de que nada anormal iria acontecer. O meu amigo mandou preparar a lancha com muito esmero e capricho, abasteceu-a com bebidas em geral, inclusive agua de coco e comida a gente iria parar nos vários restaurantes que existem nas orlas a fim de que pudéssemos desfrutar das várias iguarias existente. Um lindo dia, passeamos, tomamos banho em algumas praias até que chegou o momento de vir embora. Próximo de Manaus a mangueira do radiador rebentou e praticamente ficamos a deriva. a lancha ficou muito tempo parada e a mangueira ressecou. Foi quando o Abdias, caminhoneiro antigo, lembrando dos seus conhecimentos, colocou-me para dirigir a lancha em marcha bem lenta e ele e as duas mulheres, com baldes pegavam agua e jogavam direto na abertura do radiador. Foi um sufoco pois levamos mais de duas horas para chegarmos em Manaus, anoitecendo, num trajeto que não deveria levar mais de 20 minutos. Enquanto ficamos em Manaus minha esposa não colocou os pés em mais nenhuma embarcação e carrega os traumas até hoje.
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122971   PASSEIO NO RIO NEGROUlisses Galvão SilvaCampinas/SP
02/04/2016 - MANAUS – NOVEMBRO DE 1986 – PASSEIO NO RIO NEGRO

Em novembro de 1986 eu fazia inspeção na Agência de Manaus, cujo Gerente era o Carlos Alberto (penso ser o Rodrigues dos Santos de Belo Horizonte que posta comentários aqui no Ap do Banespa). Fui convidado pela Chefe de Serviço Socorro para participar de um passeio de barco pelo Rio Negro, lendário rio amazonense, passeio que seria no domingo com direito a churrasco em uma praia paradisíaca do citado rio. Embarcamos logo pela manhã e zarpamos em busca do local escolhido. Navegamos umas duas horas, o barco atracou e descemos todos e logo foi aceso o fogo e colocados os espetos de suculenta picanha, linguiça e peixe.
Nem bem abrimos uma cerveja o tempo virou de repente, começou a ventar forte e nuvens negras tomaram conta do céu. Ato contínuo o comandante do Barco mandou que todos voltassem imediatamente para a embarcação e, quando foram acionados os motores as ondas já alcançavam um metro de altura! O comandante conduziu o barco o mais próximo da margem à procura de “refúgio”, nas palavras do próprio. Eu até então estava tranquilo e avaliando como episódio normal da região, até que olhei para o convés e vi as pessoas, lideradas pela mãe da Socorro (com um terço na mão), rezando. Aí caiu a ficha, como se diz, e me bateu um pavor, pois se os próprios ribeirinhos demonstravam medo era porque a coisa era feia mesmo.
Já em terra firme o Carlos Alberto contou que a esposa dele estava apavorada e ele, na tentativa de acalmá-la, levou-a até uma janela do barco e disse a ela para não ter medo, pois estávamos muito próximos da margem e também chegando ao tal refúgio e, ao abrir a cortina percebeu que estava do lado oposto à margem, e divisou uma imensidão de água dos muitos quilômetros de largura do Rio Negro, fato que apavorou ainda mais a sua temerosa esposa.
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122970   Vaga reservada? Ledo engano!Luiz Eduardo José de AndradeTietê/SP
02/04/2016 - Colegas Aposentados. Fim de semana chegando, sem boas ou más notícias a respeito das nossas ações judiciais, aproveito mais uma vez para narrar um caso ocorrido em 1984, sendo que o protagonista principal desta feita, é o colega e amigo ÉLCIO LUIZ ROMÃO. Este torcedor fanático pelo Palmeiras, do alto dos seus quase dois metros de altura e 120 quilos bem distribuídos, voz portentosa, chega a assustar quem não o conhece. Vamos aos fatos. Nesse ano, quando prestava serviços junto ao Escritório de Bahrein, no Golfo Pérsico, resolveu vir ao Brasil e combinamos que ele passaria, em escala aérea, uma noite em meu apartamento em Paris. Em seu traslado, a sua filhinha, um bebê na época, possivelmente estranhando a nova rotina, chorou a noite toda, não deixando os pais pregarem olho. Estafados, chegando ao aeroporto em Paris, ela foi colocada no carrinho para bebe e, oh milagre, ela dormiu! Encaminhado-se cuidadosamente em direção à área externa do aeroporto, onde eu os esperava, um transeunte e descuidado, chutou o carrinho e a menina começou a gritar desesperadamente. As manzorras do Élcio dirigiram-se de imediato em direção da garganta do distraído, que, por sorte, tinha o seu Anjo da Guarda bem vigilante, possibilitando que o mesmo, correndo, desaparecesse no meio da multidão. Minutos após, ânimos acalmados, chegamos ao meu apartamento. Combinamos de sair logo em seguida, pois o Élcio queria comprar um par de tênis. Fomos com o meu Renault 14, e passamos várias vezes diante da loja, sem encontrar um só lugar para estacionar. Resolvi voltar ao meu apartamento e retornar a pé para efetuar a compra e comentei que ao menos na garagem, teria a minha vaga reservada. Ledo engano! Ao chegarmos, uma picape de pequenos serviços em residência, estava estacionando na minha vaga!! Alertei o motorista que a vaga me pertencia e ele rispidamente disse que não iria sair, pois tinha um serviço urgente a realizar no prédio. O Élcio me perguntou o que ele tinha respondido e, ao saber a resposta, abriu a porta do meu carro, quase arrancando-a e berrou em bom e nítido português "seu f.d.p. tire essa m. de carro da vaga ou eu amassarei toda a lataria"! O motorista não entendeu uma só palavra do que foi vociferado, mas percebendo que o perigo se avizinhava, deu marcha à ré e chispou! Durante o jantar comentando assunto com nossas esposas, brinquei que naquele dia tumultuado, entre mortos e feridos, salvaram-se todos! Terminamos a jornada "matando" duas garrafas de bom vinho nacional. Saúde e Paz a todos.
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122829   Maior apuro - UM DIA DE CÃOWalmir FurlanetoBocaina/SP
19/03/2016 - Joaquim Francisco - Nem queira saber como estou contente por receber alguma notícia de um colega que trabalhou na agência de Boa Esperança do Sul. Se não me engano você veio de Ibitinga. Só sei que você foi o cara que mais passou apuro no assalto. Você lembra que na gaveta da mesa do subchefe Airton, tinha uma quantia em dinheiro referente a um numerário que ele tinha trazido de Araraquara. Não me lembro da quantia. Os funcionários que estavam na agência eram os seguintes: Cambu, Reinaldo, José Roberto, Tatu, Nair, Makoto, Flávio, Eduardo, Walmir, Rosangela e o Rabelo.
Dos que trabalharam conosco, já morreram o Wandir Palaro, subgerente e o gerente Mauro Pegolo, o Rabelo e o Flávio. Você foi o cara mais pressionado pelos ladrões. Tivemos sorte, pois nada de ruim aconteceu. Sobre a coronhada acredito em suas palavras.
Os nossos regionais eram o Ernesto e o João Alcântara.
A Rosangela também morreu num acidente perto do Posto Gato Preto, não sei se você ainda estava na agência.
Deixo a você e familiares mando um forte abraço
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122828   Porque hoje eu vou matá esse FDPGilberto PiroloOurinhos/SP
19/03/2016 - Gostei da ideia de relatar fatos pitorescos e até mesmo casos acontecidos no decorrer de nossas passagens pelas agências que trabalhamos, desde que fora da rotina , porque rotina chega o que era nosso trabalho. Isto é, casos anormais,até porque podemos sair um pouco desses comentários que só falam em processos,doença, morte e os cambaus.
Antonces, aproveitando a deixa vou contar um fato que aconteceu em uma das agências que trabalhei:
Estava em minha mesa de trabalho quando chegou um senhor grandão.Era um italiano, agricultor,o seu Antonio. Cumprimentei-o, pois era cliente e conhecido nosso.
Como vai seu Antonio? E ele:Bom diiiia! Cadê o gerente?
Percebi que o homi tava brabo. Olhei no fundo da agência e vi o gerente fugindo pela porta dos fundos.
Viche! pensei comigo,coisa boa não é.
É..., seu Antonio o gerente não se encontra. E ele: Qui hora qui ele vorta? Não sei seu Antonio.Por que? Eu posso fazer alguma coisa pelo senhor? Num pode não, ele disse.
Porque hoje eu vou matá esse FDP.
Pelo amor di Deus seu Antonio, o que aconteceu? Escuita aqui meu fiio: ele disse. Eu tinha um sítio de 20 alqueires,e queria comprar um mais grande, de trinta alqueires e fartava um pouco de dinheiro,então vim aqui falei com ele e ele me prometeu que emprestava o dinheiro.Então fui embora e vendi o meu sítio que fazia 30 anos que eu tinha.
Comprei o sítio de 30 alqueires. Quando vim aqui buscar o dinheiro para pagar a diferença, ele falou que não podia mais emprestar. Agora fiquei sem meu sítio e não tenho todo o dinheiro para pagar a diferença do preço.
Em seguida o seu Antonio me mostrou um tresoitão que estava num picuá. Viche Maria! Pela matina! pensei. A coisa tá preta. Fazer o que agora?
Com muito jeito consegui levar o seu Antonio pra cozinha da agência e lhe ofereci um cafèzinho o que ele não aceitou e quase mandou eu enfiá o café naquele lugar que não bate sol.Mas apesar de ser grosso, tinha educação.
Mas me animei porque não sou filho de pai assustado e lhe disse:
Escuita aqui seu Antonio: O sr.está coberto de razão.Mas vou falá uma coisa pro senhor: Esse cara não vale uma bala.Onde se viu fazer uma coisa dessa.E digo uma coisa pro senhor,se o senhor perguntar pra maioria dos funcionários da agência,vai ver que ninguém gosta dele, o cara é uma tranqueira.O senhor vai estragar sua vida e ainda gastar um bala nesse cara? Ele não vale uma bala!
O senhor é uma pessoa boa,tem família e muitos amigos.Já pensou, o senhor preso? E o dinheiro que o sr. vai gastar com advogado para sair da cadeia.O senhor vai perder o dinheiro do sítio que vendeu! Vai ficar sem nada. Aí ele parou,pensou bem e acabou aceitando o cafezinho.
Daí a pouco olhou pra mim e disse:
Oia aqui rapaiz ,pela primera veis na vida vou escuitá um conseio de uma pessoa mais nova qui eu.Foi embora e nunca mais vi o seu Antonio.
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122826   Realmente - UM DIA DE CÃOJoaquim Francisco de OliveiraBragança Paulista/SP
19/03/2016 - Realmente aquele foi um dia de cão. O Gerente administrativo que estava no local na hora do assalto era eu. O Valmir, devido ao longo tempo decorrido modificou sem querer alguns detalhes. Não levei coronhada na cabeça, e sim na barriga, pois, fiquei com hematoma por várias meses. Também não cai no chão. Não tenho certeza, mas acho que morreram três dos assaltantes. Já tinha esquecido este acontecimento. Foram os 10 ou 15 minutos mais longos da minha vida.
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122823   Coisas no nosso Banespa...Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru/SP
19/03/2016 - Quando fizemos uma inspeção na ag. de Araçatuba. Certo dia, notei dentro da bateria dos caixas um rapaz que ia de guichê em guichê conversando com os funcionários. Estranhei aquilo e fui informado que era o Cido que fazia parte do Sindicato dos Bancários. Ele, embora cedido ao Sindicato, tinha livre acesso a todas as dependências da Agência. Orientei a administração que ele poderia fazer reuniões na hora do café e só isso. Fui apresentado ao cidadão, muito educado e liso nnas conversas.
Em Votuporanga, trabalhei com o Chocolate (ele era caixa). Mal chegou e já se dirigiu ao Sindicato se oferecendo para integrar o quadro do mesmo.
Notei uma coisa. O bio tipo deles é igual. Parece que são orientados para ingressarem nos sindicatos e tomar as rédeas dos mesmos.
Em Campinas, um funcionário "sequestrou" um ônibus com 40 funcionários do Núcleo de Processamento, fêz todos descerem e somente com o motorista foi até o Núcleo e falou um monte para os administradores.
Os funcionários ficaram pela cidade e precisaram de táxis para chegar ao trabalho.
Contumaz em emitir cheques sem fundos, propusemos a demissão do mesmo, que foi aprovado pela Diretoria. Tempos depois, por ser apaniguado do Diretor Laranjeira, foi readmitido e o Banco pagou todos os atrasados. Coisas no nosso Banespa...
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122822   RELEMBRANDO UM DIA DE CÃOWalmir FurlanetoBocaina/SP
19/03/2016 - Sempre é bom lembrar passagens ocorridas nas agências em que trabalhei(amos) no tempo do saudoso Banespa.
Umas tristes outras hilárias.
Esta foi na Agência Boa Esperança do Sul(SP).
No ano de 1983, antevéspera de Natal,por volta das 12h00 quando ocorreu um assalto.
Cinco assaltantes, armados de revolveres invadiram a agência rendendo os vigilantes, funcionários, clientes e logo um deles foi, aos berros, querendo de imediato saber quem era o gerente.
Como o gerente não estava presente pegou o subgerente, encostando o cano do revolver em sua testa e gritava
- "Cadê o cofre! Onde fica o cofre?"
Os demais funcionários, inclusive eu,ficamos com as mãos para cima, encostados numa parede.
Uma funcionária em desespero começou chorar, quando um dos assaltantes mandou que ela calasse a boca.
Enquanto isso, o subgerente pressionado para abrir o cofre e sob a mira do revolver dizia com uma voz trêmula:
-"Para abrir o cofre é necessário duas chaves, agora só tem uma na agência. A outra está com o chefe de serviço que foi almoçar".
O assaltante ficou irritado com a resposta e deu uma coronhada na cabeça do subgerente que que ficou esparramado no chão.
Não conseguindo seu intento que era o de abrir o cofre, ordenou aos demais que pegassem toda grana que havia nos caixas.
Antes de sair da agência um dos assaltantes puxou com raiva um cordão de ouro do pescoço de uma cliente.
Foi um dia de cão.
O mais interessante de tudo, é que era recomendado aos vigilantes quando notassem algum estranho rondando a agência, era para dar um alarme.
Quando perguntaram a um deles,respondeu:
- "De fato eu vi esses caras sentados na mureta em frente da agência,
mas pensei que fossem uns boias-frias".
Isso porque ao lado da agência ficava o Sindicato dos Trabalhadores Rurais.
O outro vigilante um tal de (...) era um osso duro de roer. Santista roxo, vivia mais lendo as notícias do "Peixe", do que vigiando a agência.
Certa vez, antes desse assalto, o encarregado da vigilância da agência fez uma advertência sobre sua desatenção.
Ele no ato respondeu:
- "Quando os ladrões entrarem aqui, eles vão conhecer quem é o (...)".
Aconteceu que no dia do assalto, o "Fulano" estava tão entretido lendo a "Gazeta Esportiva" encostado na guarita e, quando deu por fé, sentiu o cano de um revolver em sua nuca.
Ficou arrepiado quando ouviu o assaltante dizendo:
- "Passa pra cá o trabuco seu merda! E não se mexa."
Assim que terminou o rebuliço, o Fulano estava no mesmo lugar, feito uma estátua e exalando um cheiro desagradável.
Ele tinha se borrado todo.
Branco como a neve (mas com manchas escuras pelas pernas) foi conduzido até o banheiro e depois, com a pressão a mil por hora foi socorrido na Santa Casa local.
Depois disso, o nosso heroico vigilante pediu a conta, mas na cidade ficou apelidado de "Fulano Caganeira".
Os assaltantes fugiram numa Brasília e na perseguição policial, dois foram mortos e outros três presos.
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122812   Marcos ValérioCarlos Alberto Rodrigues dos SantosBelo Horizonte/MG
17/03/2016 - Infelizmente genro e colegas nos não escolhemos. Genro é nossa filha e colega, a nossa empresa. Aposentado no Banespa de Manaus no final de 1987, fui convidado pelo presidente de um banco estadual aqui em Minas, o nosso colega Oscar Machado Filho, para participar de sua equipe de administradores. Para seu conhecimento convivi por quase um ano com o Sr. Marcos Valério, membro da diretoria que na oportunidade já despontava como um grande articulador politico. Acho que estas situações só nos servem de exemplos, para separarmos o bem do mal.
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122754   BancoopFELIPE SIMÕES PIPAAraçatuba SP
11/03/2016 - Em 10/86 assumi na Ag. Araçatuba, om Cido Serio já estava " pendurado" em uma secretaria estadual, no governo Franco Montoro ( PMDB ), no ano seguinte c/ a eleição de Orestes Quércia, foi feito uma varrida nos cargos do governo, foi quando o Cido pulou p/ o PT, c/ encosto na DIREP, que era comandada p/ linha PT. Eu, particularmente, nunca o vi trabalhar. Já a sra. Ana Maria Érnica, fomos colegas na agência, e posteriormente foi ser Dir. Financeira na Bancoop, aliás sem experiência administrativa. Ah! Falando em Bancoop, adquiri dois apartamentos p/minhas filhas em projeto de construção em Araçatuba, ao receber a primeira mensagem c/ assinatura de petistas na diretoria, solicitei reembolso de duas parcelas pagas, fui criticado p/ colegas. Pergunte-me, construíram ???
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122753   DoginhosLuiz Antonio Prado BrandaoPlantation, Florida USA
11/03/2016 - Se nao me engano, no inicio dos anos 70, o Banespa, visando reducao nos custos, criou uma categoria a mais no quadros de pessoal, um nivel abaixo do escriturario antigo e com um salario menor, no valor de 1800 (moeda da epoca). A Dodge havia lancado no Mercado um carro medio, chamado Doginho, e o preco tambem era de 1800 (moeda da epoca), motivo pelo qual surgiu esta denominacao. O Banespa reduziu o salario deste pessoal, porem nao conseguiu reduzir a qualidade dos servicos que eles prestavam, sendo que a maioria somente precisou de um pouco de tempo para se igualar a todos os outros colegas e atingirem posicoes de destaque em nossa empresa.
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122741   Minha filha na FrançaGeraldo TrilhoNiterói-RJ
11/03/2016 - Lembrei-me que nos idos 1982 ou 83, minha filha foi à França em viagem com grupo escolar dos States e teve dificuldades consulares, quando valeu-se de minha orientação para, se necessário, buscar auxílio em nossa agência, tendo sido muito bem acolhida. Foi disponibilizado o motorista do banco para levá-la e ajudar no que fosse possível, e tudo se resolveu. A gente tem gratidão por situações passadas, mas a memória já começa a falhar e não me ocorre o nome do colega que deu a assistência.
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122736   GRAND FINALELuiz Eduardo José de AndradeTietê/SP
09/03/2016 - Caro Geraldo Trilho. Em seguida às suas saudações internacionais, colocada no comentário abaixo, constatei, verificando na relação dos participantes do nosso site APDOBANESPA, que o colega trabalhou na Ag. Miami. Acredito que não nos conhecemos pessoalmente e peço desculpas antecipadas se eu estiver errado. O tempo passa rapidamente e a minha cachola, aos 73 anos, começa a apresentar alguns lapsos na memória. No entanto, não me esqueci de um fato ocorrido no final de 1979, quando fui convocado, devendo comparecer na sala da Chefia do DEINT-Depto. Internacional, cujo chefe era o Sr. Celso Ruy Domingues. Nessa reunião foi-me comunicado que tinha sido escolhido para ocupar a função de Subgerente Administrativo na mencionada Ag. Miami. Informou-me ainda o Sr. Celso, que o Dr. Elmo de Araújo Camões, Diretor da Área Internacional, o havia nomeado Gerente Geral da Agência Miami. A minha alegria foi às nuvens, pois tinha me preparado ao longo dos anos, para trabalhar em um país de língua ing
lesa, tendo concluído um curso completo de inglês, patrocinado pelo Banco. No final de semana fui ao Shopping Iguatemi e comprei dois pares de sapato da marca Sutoris, um par preto e o outro marrom, sonho inalcançável de muitos anos, devido ao preço exorbitante do excelente produto, e à noite levei a patroa para jantar no Grande Hotel Ca DOro, na rua Augusta! Frenesi total, com tristes consequências, conforme segue. Na semana seguinte, já preparando a documentação para partir, o Chefe Celso, por telefone solicitou que eu comparecesse na sua sala e, com grande tristeza, comunicou-me que o Dr. Camões tinha preterido o meu nome, penso que por injunção política, indicando um outro colega do Departamento, para ocupar o cobiçado cargo! Esse colega era, na ocasião, Subgerente na ADGER e eu tinha o cargo de Subchefe de Seção. Minha vista turvou e lembrei-me nesse instante da célebre música O meu mundo caiu, cantado pela Gata Maísa!! Recomendou-me que tirasse férias ou licença prêmio (tirei
as duas) objetivando me reequilibrar do baque sofrido. Mas a sorte continuava ao meu lado, como mãe não é madrasta, e menos de um ano após esse fato desagradável, fui promovido e encaminhado para trabalhar na Ag. Paris. GRAND FINALE. Saúde e Paz.
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122724   Vazou na braquiáriaMário Augusto Ferreira de AndradeBauru/SP
09/03/2016 - Certa feita, Lazinho e eu, à convite do administrador da fazenda, um tal de "Quim", fomos pescar na propriedade de um médico que se não estou enganado era irmão do Dep.Leonidas Pacheco Ferreira, aí em Bocaina. O médico, estava afastado de suas atividades por motivos de força maior.
Estamos lá à beira da lagoa, quando saí na varanda da casa-sede o médico, só de cuecas, todo chapado ( era viciado em drogas).
Gritou : " Quim !!! quem autorizou essa gente a percar aqui ?" O
Quim disse: "Fui eu doutor, É uma rapaziada do Banespa de Jaú, amigos nossos..."
- O médico. - " Você pensa que é o dono dessa bosta, Quim ? Eu não quero ninguém aqui e já. "
Adentrou à casa e saiu com um trezoitão dando tiro prá todo lado. Corri para um talhão de café, o Quim se atirou debaixo da tulha e o Lazinho vazou na braquiária ,não se importando com o gado Nelore brabo que era só.
A Belina do Lazinho ficou à beira do lago e nós saímos na pista, embarcando em um ônibus para Jaú.
No dia seguinte, o Quim, todo chateado devolveu o carro.
Coisa de loco, sô !!!!
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122709   Causos" e mais causosOrly GuerraVila Velha/ES
08/03/2016 - Já que estão contando "causos" e mais "causos", vou contar o um que ouvi de colega nordestino da ag. Vitória, que trabalhou em FóRTALEZA: na década de 60 tinha um gerente sério. Recebia muitos presentes. Certa vez um cliente levou um presentão para ele. Dias depois foi ao gerente pedir um empréstimo alto. O gerente negou. Aí o cara falou: "poxa, dei-lhe um presentão e você me nega um empréstimo?" Ao que o gerente respondeu: "seu presentão está atrás da minha cadeira, pode pegá-lo de volta!"
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122651   O Cara Sabia MesmoÁlvaro Pozzetti de OliveiraBauru
01/03/2016 - Em Pirajuí, nos idos de 1970/5 tive um Chefe de Serviço, grandão, falava grosso, exímio conhecedor dos "Verdinhos" que, ao ser solicitado a ensinar como executar algum serviço ele que dizia: "Procure no MS SC 9, cap. 12, ítem 12.3.7.5, que está tudo bem explicado, eu ensino a pescar... eu não dou o peixe", era batata, estava lá. Depois mandava fazer um pouco diferente das Instruções e concluia: "As instruções do Banco são para serem lidas, entendidas e inteligentemente contornadas e/ou adaptadas, mas não para serem cumpridas ao pé da letra" e depois, qualquer problema ele assumia. O "Cara sabia" Não é Sr. João Ramos?
Não era como uns e outros que "não sabia de nada, que não viu nada, que não autorizou nada".
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122642   Apenas elogiavaAntônio PelegrinoCafelândia -SP
01/03/2016 - Airton da Silva Ferreira - Lendo seu comentário, lembrei-me do Sr. João Baeninger. Comunicativo, exímio jogador de baralho e sogro do Catapani, corredor de Fórmula 1. Contou-nos uns colegas do Guarujá, que certa vez que ele substitui o gerente de Vicente de Carvalho, não emprestou um tostão a nínguém; apenas elogiava o cliente, dizendo que havia falado bem dele e empréstimo jamais.
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122641   João Saldo médioAIRTON DA SILVA FERREIRAITABORAI-RJ
01/03/2016 - Vamos aproveitar esse momento pra contar um causo do João Saldo médio mais conhecido como Baeninger
Um cliente ganhou na loteria esportiva e tinha um sócio muito esperto que levou ele a transar com uma mula pra aumentar a sorte. O cara levou a vítima e tirou fotos com a finalidade de extorquir o sócio. Mas o tiro saiu pela culatra e logo a cidade inteira sabia do ocorrido. Então o cliente foi para o exterior e ficou 6 meses dando a volta ao mundo. Quando voltou o nosso Baeninger convidou nosso amigo pra tomar um café na agência, Para isso trouxe o gerente das Casas Pernambucanas um vereador amigo e outras pessoas para reintegrar o cliente amigo. Entraram na ag. antes da abertura e fomos direto pra cozinha. Numa mesa dos fundos um contínuo amarrava os blocos de fichas e uma jaca no chão cheirava muito e o nosso cliente perguntou para o contínuo "ai meu chapa vai dizer que vai comer essa jaca sozinho" Aí o contínuo sem olhar respondeu "Prefiro comer essa jaca do que comer uma mula" Não é necessario dizer que a festa acabou...
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122640   A minha nunca me incomodouClaudimir de Souza PintoPiedade/SP
01/03/2016 - Vou relembrar um saudoso amigo que era gerente da Caixa Estadual, brincalhão, provocador, gozador. Sabia com quem poderia brincar e sua “vítima” preferida era uma cliente que tinha todas as doenças e problemas que fossem citados em qualquer conversa.
Certa vez ele comentou com ela, que estava tendo problemas com a próstata e talvez, fosse necessária uma cirurgia.
Na mesma hora a cliente disse.
- “A minha próstata nunca me incomodou, mas se for necessário operar eu não tenho medo!”
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122637   A esmola tinha sido generosa!Luiz Eduardo José de AndradeTietê/SP
29/02/2016 - Colegas Banespianos. Diante da calmaria reinante nestes últimos dias no nosso site ApdoBanespa, aproveito o ensejo para narrar mais um causo em que fui outrora protagonista, como funcionário do Banespa, prestando serviços na Agência Paris. Mês de janeiro de 1983, frio intenso, inverno rigoroso, com queda de neve, castigando ainda mais os parisienses. Em um domingo nevoento, pela manhã, levei a minha esposa muito católica e filhas pequenas, como sempre fazia, até a Capela Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, situada na Rue du Bac, para assistirem a Missa das 10 horas. Eu como agnóstico teísta, raras vezes entrava.Preferia ficar aguardando o final da celebração, circulando pelas cercanias, apreciando as vitrines das lojas. Por vezes, no inverno, em um bar ao lado, tomava um cálice de vinho do Porto para aquecer o corpo. Próximo ao final da Missa, aguardando a família, postei-me ao lado do portão de saída dos fiéis, junto a diversos "clochards", ou seja, pedintes vagabundos, sem-teto. Esclareço que, devido ao frio, todos estavam bem abrigados, como eu também, com gorro na cabeça, cachecol, sobretudo ou outro agasalho protetor. Nesse instante, uma senhorinha, uma das primeiras a sair, estendeu-me, como esmola, uma cédula de cinco francos franceses, equivalente na época a um dólar. Surpreendido, agradeci e recusei, alegando que já tinha ganho o suficiente naquela manhã e sugeri que ela destinasse o óbolo ao "colega" ao lado! Senti que ela ficou espantada com a minha generosidade, sendo que o dito "colega", muito feliz, embolsou rapidamente a "grana" e sem mais delongas, foi apressadamente ao bar da esquina para tomar algo que o revigorasse! A esmola tinha sido generosa!! Saúde e Paz a todos.
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122617   Muito obrigado e que Deus lhe pague!Luiz Eduardo José de AndradeTietê/SP
28/02/2016 - Eu gosto de contar fatos ocorridos durante os meus 30 anos trabalhados no Banespa, quando tive oportunidade de conhecer colegas diferentes, como o LUIZ RUBEM FERREIRA CLAUZET. Em 1971, quando recebi a minha primeira promoção na ADGER, para o cargo de Subchefe de Seção Adjunto, fui deslocado para trabalhar no Deseg-Expedição. Nessa seção travei conhecimento com o Clauzet (pronuncia-se Clozé), e após algum tempo de convivência, soube que o colega, grande esportista, tinha se distinguido como halterofilista, em sua juventude, sagrando-se bicampeão paulista em sua categoria de peso. Além disso, também era faixa preta quarto Dan no Judô. O nosso chefe, Sr. Douglas Kohn, advertia que para enfrentar o Clauzet, se este se zangasse, seria bom ter uma submetralhadora nas mãos para intimidá-lo!! No entanto, a Natureza, felizmente, é sábia, pois o nosso personagem era afável e extremamente ponderado. Como escriturário, trabalhando meio período, pela manhã, dedicava-se à tarde ao seu escritório de Advocacia. Seus "melhores" clientes era os humildes estafetas e funcionários contínuos da seção, muitas vezes enrascados nas mãos de agiotas, bancos e processos judiciais. Ele certa vez me informou que ao final dessas pendências resolvidas, recebia, quase sempre, como remuneração um "muito obrigado e que Deus lhe pague"! Em 1973 fui selecionado e removido para o Deint-Depto.Internacional, perdendo o contato, por alguns anos com o Clauzet. Posteriormente, durante a década 1980, ele também seria transferido para o Deint. Em 1988, com o nosso País quase na bancarrota, devendo para mais de 800 bancos internacionais, nós, administradores de agências brasileiras no exterior, tínhamos imensa dificuldade para renegociar os empréstimos tomados junto a esses bancos credores estrangeiros, pagando taxas cada vez mais elevadas, quando conseguíamos. Por ocasião das férias do colega gerente da agência Paris, onde eu desempenhava o cargo de Subgerente de Operações, a Chefia do Deint deslocou o Clauzet, o qual, com o seu pleno conhecimento da língua francesa, foi de grande valia na ocasião, exercendo a função de Subgerente Administrativo provisório na Agência. Certo dia ele quis comprar algumas garrafas de vinho "nacional" para trazer ao Brasil e eu acompanhei-o até um empório nas cercanias da Agência. Que surpresa! Exposta na prateleira tinha uma garrafa de vinho tinto bordô CHATEAU CLAUZET!! Indagando o gerente do local, ele explicou-nos que o vinho era um Saint- Estèphe, produzido na cidade homônima, que distava aprox. 1000km de Paris, ida e volta. Resolvemos visitar o château no sábado daquela mesma semana, sendo que passei no hotel onde o colega estava hospedado às 5 horas da manhã, pois era grande a distância a ser percorrida. Chegando ao château fomos bem recebidos pelo proprietário, que nos mostrou as adegas subterrâneas onde eram armazenadas as garrafas do vinho. O Clauzet mostrou o seu passaporte onde constava o nome da família e, indagado, o proprietário lembrou-se apenas que a propriedade tinha sido adquirida por seus antepassados antes da 2a. Guerra Mundial. Ofertou duas garrafas do vinho a cada um, e agradecemos com um "Dieu vous bénisse" (Deus te abençoe). Retornando ao Brasil, o Clauzet começou a investigar, junto a parentes homônimos, a origem da família no Brasil. Contou-me que o seu avô paterno, engenheiro frances de grandes obras, tinha sido contratado por empresa brasileira no início do sec. XX, casou-se com uma conterrânea e fincou raízes no Brasil. Não chegou a conhecê-lo, pois constava que o mesmo havia falecido prematuramente e o seu pai raramente falava a respeito da origem da família. Após aposentar-se, passou a ministrar aulas de Tai Chi Chuan, a diversas turmas, no Jardim Ibirapuera/SP. O amigo Clauzet faleceu em 2012. Saúde e Paz a todos.
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122610   Meu pai nunca saiu do BANESPA!Marcos L. Silva DuartePiracicaba/SP
20/02/2016 - Sr. Álvaro, tomo a liberdade de remeter-lhe o vídeo da festa de despedida (aposentadoria) de meu pai, Guy, sem o conhecimento dele, pois sei que vocês trabalharam juntos e ele o elogia muito, face seu trabalho no APdobanespa. É apenas uma lembrança e saudade , como ele diz, do eterno BANESPA. O vídeo foi recuperado pelo Sr. Roberto Antônio Cera, também funcionário aposentado do Banespa e autor da filmagem na época. Use-o como quiser, pois, ele tem ainda muitos amigos que estão sem contato há tempos, já que meu pai nunca saiu do BANESPA, e dos quais, fala com saudade... Abraços Marcos L. Silva Duarte ---> Ver vídeo http://youtu.be/4crvP8wdCzk

Caro Marcos, boa tarde.
É uma grata satisfação atendê-lo, pois o Guy é uma das pessoas que jamais poderia esquecer, não só como o Chefe que ensinava, orientava, estimulava e reconhecia o valor dos subordinados, mas, principalmente, como o amigo que foi, quer dentro como fora do Banco. Tenho uma grande estima por ele e ainda guardo uma recordação a mim entregue por ele.
Essa sua mensagem com o link para o vídeo será postada em Fragmentos de Memória do APdoBanespa.
Assisti ao vídeo onde se constata toda a gratidão dos amigos para com ele e pude ver muitos colegas, mesmo não lembrando os nomes, mas das fisionomias nunca esqueço.
Transmita a ele meu fraterno abraço.
Abraços.
Álvaro Pozzetti

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122578   MÃE-NESPAOrly GuerraVila Velha/ES
17/02/2016 - não quis fazer carreira, como já disse aqui, combinei com minha esposa de trabalharmos a partir das 13h e pela manhã cuidar da família. Quando trabalhei na MATRIZ recebi todas as horas trabalhadas, tudo certinho. Em Vitória ficava depois da hora sem receber porque não pagavam para o pessoal mais antigo. Quando cheguei a letra A1, aí que não pagavam mesmo. Mas, recebendo de um a dois salários de gratificação por semestre, para que me importar. Eu ficava depois da hora por causa dos colegas do Plano II. Eu tinha estabilidade, eles não. Eu tinha mais conhecimento do serviço e ficava com eles até terminar.
Ainda na Matriz, lembro-me quando Getúlio de Souza Coelho abriu seu contracheque e lá estavam dois salários de gratificação; ele falou bem alto, este banco é uma “MÃE-NESPA”. Também não entrei com ação contra o Banespa. Fui colocado em uma porque era sindicalizado. O jurídico de SP mandou o administrativo de Vitória colocar todos os sindicalizados na ação dos 40% para dar errado. Mas deu certo. Em 1997 recebi uma boa grana. E em 1999 comprei um Escort SW no dinheiro.
VIVA O GLORIOSO BANESPA!!!
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122556   LA DESTINÉE!Luiz Eduardo José de AndradeTietê/SP
15/02/2016 - Em seguida a um rápido causo contado pelo colega Nonato(PI), vou emendar e contar um da minha lavra. No início do mês de julho de 1980, trabalhando no Departamento Internacional do Banespa, fui convocado, devendo comparecer com urgência, para uma reunião na sala da Diretoria da minha área. Surpreso com o telefonema, lá fui eu, lépido, com mil perguntas remoendo em minha cabeça! Chegando à Diretoria, fui recepcionado pelo Sr. José Sampaio Filho, Chefe do DEINT. Além dele estavam no local o Dr. Elmo de Araújo Camões, nosso Diretor, e também os Srs. Carlos Sérgio Peirão Gomes, e o Benito Rossitti, tieteense, meu conterrâneo. O Dr. Camões estava acabando de ler o meu currículo, que se encontrava aberto em cima da sua mesa de trabalho. Solicitando que eu me sentasse, disparou: não vá me decepcionar recusando a oferta que vou lhe fazer, pois pretendo nomeá-lo Subgerente Administrativo na Agência de Paris! Respondi de imediato que aceitava e ele falou para o Sr. Sampaio para agilizar a minha documentação, pois queria que eu me apresentasse na Agência no dia primeiro de agosto daquele ano. O Sr. Carlos S.P. Gomes que também estava presente, como eu disse, tinha acabado de ser nomeado, nessa mesma reunião, Gerente da Agência Paris. Quando saímos, o Benito informou-me que tinha recusado a oferta para assumir como Subgerente em Paris, pois durante muitos anos tinha se dedicado no estudo do ingles, motivo pelo qual objetivava assumir como administrador em uma agência de fala inglesa. Eis uma situação em que o segundo colocado foi eleito como o primeiro por um mero acaso!! LA DESTINÉE! Saúde e Paz a todos.
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122555   CriatividadeRaimundo Nonato da SilvaTeresina/PI
15/02/2016 - Quando mudei do meu querido interior (Pedro II) para a Capital, nos idos dos anos 60, fui morar na Casa do Estudante do Piauí, uma escola de vida que ainda hoje socorre os pobres de fora que querem estudar e não têm condições financeiras mínimas. Lá, por oito anos, comi sempre o mesmo "saboroso" arroz, por nós moradores apelidado de "cardial". Motivo:- era quase papa. Nonato.
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122502   Anjos da GuardaLuiz Eduardo de AndradeTietê/SP
09/02/2016 - Relembrando que um número ínfimo, se não me engano 851 colegas e pensionistas, contados em um universo de aprox. 15.000 outros que não assinaram, foram amparados por seus Anjos da Guarda e assinaram a adesão ao Fundão em 1999. Pois bem eu QUASE assinei! Conto o caso como se passou. Um dia antes do prazo final estabelecido pelo Banco para o encerramento das adesões, recebi um telefonema do colega José Carlos Marcusse, amigo de confiança, que tinha sido o meu procurador no Brasil, durante todos os anos em que prestei serviços ao Banespa no Exterior. O Marcusse que também não iria assinar, me informou que tinha ido à sede da AFABESP em São Paulo, para especular uma última vez a respeito do assunto. Naquele local ficou sabendo que os colegas Pedro Butignole e José Sampaio Filho tinham aderido e, brincando me perguntou seu eu sabia de alguma vez que esses dois colegas tinham errado em suas opiniões! Não vacilou e saindo do local foi ao Banco e assinou a adesão. Aconselhou-me vivamente a fazer o mesmo. Desligando, comecei a telefonar a todos os amigos que, como eu, ainda tinham dúvidas a respeito. Todos continuavam com convicções ferrenhas em NÃO ASSINAR. Acompanhei todos esses desamparados por seus Anjos da Guarda, como eu, do meu também, supondo, que nesse momento, esses Seres Celestiais estavam gozando justas férias e NÃO ASSINEI!!! Pois bem, fica para os anais da história, que este velho e inveterado jogador de pôquer, conseguiu o impossível: perder com uma mão tendo royal straight flush!!! Cáspite! Saúde e Paz a todos.
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122414   Ahhh, Paris!Luiz Eduardo José de AndradeTietê/SP
26/01/2016 - Vou aproveitar a alegria contagiante de alguns colegas aposentados, que estão antevendo um céu azul de brigadeiro nos sorrindo, anunciando, dia após dia, que teremos um final feliz nos favorecendo financeiramente e dentro de curto espaço de tempo, em nossa desgastante ação do IGPDI/FGV. Passo a relatar um acontecimento ocorrido em 1983, ocasião em que eu prestava serviços, como Subgerente Administrativo, na Ag. de Paris, sendo que o meu superior imediato era o DIOGENES MARCONDES ANTUNES, Gerente Adjunto de Operações. Em um determinado final de semana do mês de agosto, com um calor esturricante, sufocante mesmo, resolvemos nos dirigir a um barzinho da moda, para tomar uma cerveja bem gelada. Ao passarmos diante de uma loja que vendia os famosos Pianos da marca Pleyel, o Diógenes parou e ficou alguns instantes apreciando um belo piano colocado sobre um estrado e, pedindo para eu aguardar um instante, entrou na loja, voltando pouco depois acompanhado de um senhor, que depois eu soube que era o gerente do estabelecimento e que ficou em pé ao lado do piano. O Diógenes então regulou a banqueta, levantou a tampa do piano e começou a tocar lindas músicas! Lembro-me de Tico-Tico no Fubá, Aquarela do Brasil, Lili Marleen, Cerejeira Rosa e outras do cancioneiro nacional. Passantes curiosos e fregueses da loja aglomeraram-se ao redor do piano e, ao final do recital, aplaudiram efusivamente o desconhecido pianista!! O Diógenes agradeceu aos aplausos, tendo em seguida sido convidado pelo gerente para voltar outras vezes ao local. Fiquei abismado pois desconhecia essa faceta incrível do colega. Que surpresa! A Fábrica Francesa de Pianos Pleyel, fundada em 1807, encerrou suas atividades em 2013. Saúde e Paz a todos.
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122413   PESSIMISTAS de PLANTÃOOrly GuerraVila Velha/ES
26/01/2016 - Colega Luiz Eduardo de Andrade de Tietê/SP, é preciso pensar sempre positivamente. Nada de negativismo. Essa coisa é somente para os pessimistas. Aproveitando suas palavras: “... estão antevendo um céu azul de brigadeiro nos sorrindo, ...”, vou contar um causo que aconteceu em 1981, na agência de Vitória.

Alguém foi ao sindicato e pediu para repetir o processo dos 40% de gratificação para quem exercia determinadas funções. Deram entrada no TRT. O juiz deu sentença positiva e mandou um perito na ag. para anotar os funcionários que tinham direito aos 40%. O perito não conseguiu “peritar” e pediu ao Administrativo para dar os nomes. O adm. respondeu que não sabia e ligou para o jurídico do Banespa. O “dono” do jurídico falou pro adm. colocar todos os sindicalizados, achando que o juiz iria invalidar. Mas o juiz confirmou. Aí eu entrei na ação sem ter direito; e somente por ser sindicalizado. Eu havia trabalhado no TELEX, mas há anos não exercia essa função; portanto, não tinha direito. O processo continuou. E rolou anos. Certos “colegas” que não eram sindicalizados mas tinham direito e ficaram de fora, diziam para nós que nunca iríamos ganhar. Quando o juiz mandou o perito da justiça calcular, eu percebi que não estava correto e falei pro advogado. Daí pra frente, todas as vezes que o advogado recebia os cálculos da justiça, porque o banco impugnava, ele me chamava para conferir. Naquele tempo não tinha computador e eu fazia na calculadora simples. Os juros eram de 1% compostos e éramos 35 pessoas. Em 1992 o juiz mandou pagar. Mas, com aquela inflação braba, o perito não corrigiu certo e só recebemos 10% do valor. Os pessimistas nos gozaram. Corri ao sindicato e apresentei os cálculos certos ao advogado que imediatamente recorreu. E, apesar dos PESSIMISTAS de PLANTÃO, recebemos em 1997. Coloquei o dinheirinho na poupança. Em 1999 deu para comprar um SW Argentino da Ford, à vista, e pagar umas continhas. Passei anos desfrutando daquele dinheiro. Acho que até depois do “ZERO” de 2001
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122227   Tomar um "chopinho" de fuscãoJOSÉ GERALDO DE ARAUJOBRAGANÇA PAULISTA-SP
29/12/2015 - Hélio Augusto de Campinas.SP

HELIO, não te conheço, mas como é muito amigo do ROMEU VILELA BARBOSA, vou contar uma que ele aqui aprontou com o colega ODAIR DALTRO.
Em uma sexta feira, um calor como estes que estamos vivendo nos dias de hoje, 18:00 hs, na saída do expediente, ele convida o ODAIR para tomar "chopinho". Com aquele calor, o ODAIR topou.
Os dois na época solteiros, o vilela tinha um automóvel, um FUSCÃO 1.600, estacionado na porta do banco.
Sai de BRAGANÇA e pegam a pista no sentido de CAMPINAS...
O ODAIR vendo a sua trajetória, conversando e batendo aquele papo, pensava que iria tomar um "chopinho" em CAMPINAS.
O fuscão passa pelo contorno de CAMPINAS e entra na Via Anhanguera.
Assim que entrou, o ODAIR espantado pergunta: "onde nós vamos tomar esse "chopinho"?
Aí o VILELA responde, NÓS VAMOS TOMAR UM CHOPINHO NO "PINGUIM", EM RIBEIRÃO PRETO (a 320 kms. daqui)." Você tá ficando louco....mas....já que estamos aqui, vamos lá...
Na Segunda-Feira seguinte, foi o maior bafafá na agência a respeito do fato, uma gozação tremenda.
São lembranças que marcaram nossas vidas no decorrer dos nossos trabalhos no BANESPA, que nos foram muito marcantes.

Por meio de você, mando também um grande abraço ao nosso amigo VILELA. Que em 2016 possamos ter condições melhores para tomar outros "chopinhos" no PINGUIM, mas não de Fuscão e sim com uma BMW.
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122080   A gente era feliz e não sabiaJoão Bosco Galvão de CastroGuaratinguetá/SP
10/12/2015 - Mais alguns com quem trabalhei na Matriz, no Controle de Contas Correntes: Shigueo Kanda, Chicarone, Bule, Célio, Atenil, etc.
O Artur Bule, não sei se o Eufrasio lembra, dava baixa acho que nas OPs das agências.
Trabalhava devagar, devagarinho. Quando ia dar baixa em algum registro falava alto o nome da agência, que estavam colocadas na ordem alfabética:
- Lá pelas 9 da manhã ele falava: ADAMANTINA, e a gente comentava, o Bule está começando o trabalho. Ia assim, até que lá pelas tantas ele falava: VOTUPORANGA, era a senha para saber que o serviço dele já tinha acabado (na época era a última agência que existia, na ordem alfabética).
Estes lances nos faz lembrar aqueles bons tempos que " a gente era feliz e não sabia".
Um abraço
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122069   Comunistas na OPOrly GuerraVila Velha/ES
09/12/2015 - Fico abismado como certos indivíduos que participaram das nossas vidas no Banespa continuam parados no tempo e espaço.

Quando entrei na Matriz, em janeiro-1967, havia dois comunistas na OP. Um era tranquilo e não perturbava ninguém. Vestia-se com roupa “caqui” e calçava “topa-tudo”. Adotava o estilo simples. O outro só usava roupas caras e tentava DOUTRINAR todos os novatos no recinto de trabalho.

Depois de certo período de chateação, falei pro cara: ‘veja as roupas e sapatos que você usa, são caros. Custam no mínimo o dobro do que uso’.

Parou de me perturbar.
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121970   Diretoria do Banespa - 1977/1979Geraldo Antonio Nogueira MinéTaubaté-SP
24/11/2015 - Tive a honra e a felicidade de ter participado da Diretoria do Banespa, no período 1977/1979, juntamente com os colegas Alfredo Casarsa Neto,Antonio Cláudio Balducci,Arthur Dezonne de Moraes Carvalho, José Carlos Antônio e Nelson Castilho, todos funcionários de carreira,e pasme, sem nenhum vínculo político!
Em uma diretoria de 12 membros éramos em 6; sem contar o Elmo de Araújo Camões, aposentado do BB mas oriundo da agência do Baanespa/NY onde foi o seu primeiro gerente. Nós o considerávamos "da casa".
Bons e inesquecíveis tempos!!!
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121568   CABESP - criação da coparticipaçãoCarlos Alberto RodriguesSantos/SP
08/10/2015 - Aposentei-me em 1987, como Gerente do Banco, exercendo a função de Assessor da Presidência da CABESP. A criação da coparticipação ocorreu em 1997. Não houve interferência do Sindicato, nem da AFUBESP; foi medida administrativa, idealizada por sua diretoria. Seu objetivo, além de reforçar a receita, foi coibir os inúmeros abusos dos seus associados que se fartavam de utilizar consultas médicas sem necessidade. As dificuldades financeiras começaram com o Plano Real, em 1994, com elevação dos custos da saúde que sofreram reajustes em todas as áreas de serviços médicos e hospitalares. Além disso, a introdução de novos tratamentos, tecnologias, medicamentos e aumento na utilização dos serviços, constribuiram significamente para a elevação desses custos. Entre 1997 e 1999 passou a ser estipulante do Seguro de Vida, o que lhe proporcionou excelente receita. A CABESP encerrou o ano de 2002 com um "superavit" de R$ 138 milhões; em 2004 o resultado do exercício foi de R$ 478,4 milhões. O Patrimônio Líquido atingiu R$ 1.645,3 milhões e as Aplicações Financeiras somaram 2.376 milhões, um crescimento de 41% e 16,4%, respectivamente, com relação a 2003. A posição da CABESP nessa questão sempre foi cautelosa e firme, pois a aplicação pura e simples das reivindicações poderia levar a um aumento de custos impossível de ser suportado. As inúmeras exigências criadas pelos integrantes da AFUBESP, na época, eram feitas sem fundamento e sem preocupação de como poderiam ser suportadas financeiramente, criando ambiente perturbador, motivo que me levou, dadas as circunstâncias, a me demitir dessa associação.
Cadinho
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121551   Início da nossa CABESPCarlos Alberto RodriguesSantos/SP
07/10/2015 - Senhores Aposentados.
A CABESP foi fundada em 27.06.1968. Com o encerramento do IAPB, em 1966, um grupo de funcionários de banespianos em Santos, após concluir o Curso de Organização e Administração de Empresas, no IDORT, resolveu criar, em 1967, uma associação para reembolso de despesas com remédios, com a intenção de transformá-la, posteriormente, numa entidade assistencial com maior amplitude. Surgiu, assim, a Caixa Beneficente dos Funcionários do Banco do Estado de São Paulo S/A. da Baixada Santista. Com a criação da CABESP, em São Paulo, a Caixinha encerrou suas atividades, em 10.08.71, transferindo para a nova entidade o saldo líquido disponível de trezentos e onze cruzeiros e quarenta e cinco centavos, representado pelo cheque nº 045627, acusando o seu recebimento o Presidente da CABESP, Rubens Thomé de Souza, e o Diretor Médico, José Santos Soares. Eram diretores da Caixinha na ocasião: Alfredo Celso Raymundo, Augusto Knudsen Neto, José Roberto Armani e Luiz Herrero Júnior. Fui o primeiro Presidente da Caixinha.
Leiam sobre esse assunto nas páginas 31 a 35 no livro "Banespiano não é Inca, nem Asteca, é brasileiro com muita honra".
Cadinho

Taí, Cadinho, o oportuno registro da nossa história, feito por quem "esteve lá". Parabéns! - Galvão
A Cabesp é o maior patrimônio remanescente da saudosa história do Banespa, a qual cada um de nós ajudou a construir. Fico satisfeito pelos depoimentos aqui encontrados, vindos de colegas que ajudaram a construir a historia da Cabesp e com os quais tenho a satisfação de compartilhar este espaço. Setembre, Cadinho, Guerra, Galvão e muitos outros que vestiram a camisa do banco e nunca deixaram se levar por interesses estranhos à nossa causa. Parabéns a todos.. - Um abraço Bosco
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121546   Lembranças e saudadesEdson Joaquim LimaGuarujá-SP
07/10/2015 - Caro colega banespiano José Eduardo. Você escreveu que ia ao Clube, só prá ver o Maurinho e o Canhoteiro, imagine as lembranças e saudades que você despertou em mim, pois nessa época, eu com 1 ano e alguns meses de Banco, já jogava no segundo time do Clube e às vezes, o técnico Homero (ex Corintians), me punha pra jogar ao lado dessas feras e o Canhoteiro me incentivava muito. Algumas vezes, aos sábados, estávamos tomando café no bar do ginásio 1, e sabe quem aparecia no clube atrás do Canhoteiro? Acredite se quiser: a Angela Maria. Uma vez, pedi pra ela um autógrafo na camiseta, mas infelizmente, não a guardei com o devido carinho. BONS TEMPOS!!! Saudações banespianas.
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121519   SAUDADES VENCIDASJonalvo Vieira MarquesUberlândia/MG
02/10/2015 -
Já senti muita saudade
Daquela bela morena,
Bonita e de pouca idade,
Nem grande e nem pequena.

A moça era um vulcão
Nos seus gestos e carinho,
No meu nobre coração,
Com capricho, fez seu ninho.


TÔ FERRADO, TÔ FERRADO.

De todas as pererecas
Que meu GP almoçou,
A dela foi a peteca
De que ele mais gostou.


TÔ FERRADO, TÔ FERRADO.

Esta minha confissão
Não escandalize alguém,
Pois quem teve uma paixão
Tem dessa história também.

Mas se acaso algum excesso
Existe nos versos meus,
Contrito, aqui expresso
O perdão que peço a Deus.

JM – 01/09/2015.

P.S.: Saudades vencidas
São vagas lembranças
De coisas vividas,
De antigas festanças.
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121253   Expulso da salaRubens José de FreitasSAO JOSE DO RIO PRET
02/09/2015 - Em São José do Rio Preto foi uma barbaridade. Ganhamos a primeira assembléia, apesar de o então Gerente do Banespa, Carlos Desidério, ter ficado na boca da urna pedindo que todo funcionário abrisse o voto e mostrasse que estavam votando a favor do SATÃ.... Houve uma ordem em que o funcionário da ativa que não comparecesse à reunião nem precisaria comparecer no Banco na segunda feira, pois estaria demitido. Na segunda, na sede do Sindicato marcado para as 19:00 horas em primeira convocação e 19:30 com qualquer número. Nesta reunião solicitamos ao Cido, então presidente do Sindicato, que colocasse 500 cadeiras, que era o número de funcionários, aposentados ou da ativa necessário para que fosse decidido em primeira convocação. Acontece que o Cido e sua diretoria deixaram os portões abertos para entrar quem quisesse, sem controle, e não aceitaram palpites. Quando lotou as 500 cadeiras fui até o Cido comunicar que o número exigido já tinha sido atingido, pois
as cadeiras já estavam lotadas e ele (nosso presumido defensor) disse que deixaram o portão aberto e que muita gente que não era banespiano entraram. Sugeri que fechasse o portão e fossemos conferir se havia estranhos e retirar-los, já que conhecíamos todo mundo. ele disse que não era possível. No momento ele estava batendo carimbo em um monte de senhas (muito lentamente) que deveria ter sido entregues na entrada, e que não foi feito. Como eu fazia parte da Diretoria do Sindicato, apesar de ser aposentado (Diretor Social) pedi para ajuda-lo e ele recusou, discuti com ele e fui expulso da sala. Tínhamos novamente a maioria de aposentados, mas uma tempestade estava ameaçando, juntando o problema de muitos idosos terem remédios para tomar, hora para comer, foi esvaziando, enquanto a Administração da Agência Centro buscava os funcionários ausentes em suas casas e a reunião só se realizou às 21:30 horas com muita chuva e sem abrigo, coisa que os idosos não aguentaram. Na hora da votação o Gerente Desidério ficou novamente de plantão na boca da urna conferindo o voto dos funcionários da ativa. Assim mesmo perdemos por pouco. Esse é o tipo de Lei brasileira, que permite esse tipo de roubo.
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121237   Duvida cruelCarlos Henrique FerreiraSão Paulo/SP
01/09/2015 - Mais uma informação para quem ainda tem alguma duvida cruel: eu e alguns colegas e amigos fomos uns dos primeiros a chegar naquela fatídica assembleia na rua tabatinguera onde acabamos perdendo, e vimos como se desenrolaram os acordos, as tramoias e trambicagens do sindicato dos bancários, Afubesp e Banco para prejudicar os aposentados, vcs não imaginam o número de onibús que chegavam cheios de funcionários da ativa e talvez até de gente contratada pois ninguém se identificava e qualquer um entrava e podia levantar a mão pois as votações eram desta forma. Muitos aposentados inclusive eu jogamos moedas e notas de um real em direção ao palco onde tb estava presente o João Vacari que hoje esta numa merecida cela e deverá ficar por um bom tempo pois o mau que ele e sua gang fizeram são irreparáveis e muitos banespianos ficaram doentes e passaram dificuldades financeiras por causa destes meliantes.
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121169   Banespa "foi a melhor época da minha vida"Durval Aparecido Bernardino de OliveiraAraras/SP
23/08/2015 - Rua do Imperador, esquina com a Rua Siqueira Campos, 17h30
Publicado em 21/08/2015, às 17h36 - Por Luiz Pessoa

Professor que vive nas ruas diz que já trabalhou no Banespa.


O Professor vive nas ruas do Recife há cerca de seis meses
- Boa noite, Professor, o senhor está aqui na Rua do Imperador há quanto tempo?

- Uns seis meses, acho, sou novato aqui.

- E o senhor está aqui na rua por algum motivo específico?

- Alcoolismo, alcoolismo.

Minha maior dificuldade é lembrar do meu passado e ver que eu tenho um currículo até, digamos, invejável.
- O que acha da vida na rua?

- Só quem ajuda aqui são as comunidades (grupos de ajuda, geralmente religiosos); me oferecem algumas oportunidades, trazem comida, um mínimo de conforto. Até dinheiro de vez em quando recebemos aqui para eventualidades. O problema é que isso termina acomodando, sabe? A gente tá aqui porque muitas dessas pessoas se entregaram à bebida, aqui mesmo. Veja meu rosto? Tá vendo isso? Essas feridas e machucados, fui eu mesmo, completamente embriagado, levando queda; chamaram até o Samu um dia, mas eu estava bem.

- E quais são as maiores dificuldades do senhor?

- É lembrar do meu passado e ver que eu tenho um currículo até, digamos, invejável. Aqui na rua existem muitas pessoas cultas, de verdade; veja meu exemplo: Eu sou formado em letras, já fui concursado no Banespa, no Bandepe, na SerproO, DataMac, enfim, dei aula por muito tempo e tenho mania de corrigir as pessoas, por isso este apelido. Já passei por um bocado de lugares importantes. Meu pai foi jogador de futebol do Sport, me incentivou a estudar para ter uma vida melhor do que a dele, veja onde estou… confesso que fiquei acomodado, bebo todos os dias, esqueço da vida e recebo ajuda de grupos comunitários. Não quero ver ninguém por muitas horas, depois volto a falar com as pessoas, fico sozinho e penso muito na vida. Minha droga é só a cachaça, não uso nada a mais.

- Com o que senhor mais gostou de trabalhar?

- Em 81, eu trabalhava com RPG2, era operador de Cobol no Bandepe, foi quando eu tive meu primeiro computador, um TD400. Eu adorava aquilo. Em 83, passei no concurso do Banespa e trabalhei implantando um sistema de contagem monetária, foi a melhor época da minha vida, eu tinha de tudo um pouco e vivia feliz, mas os tempos passam, a vida vai ficando mais dura e muitas das vezes as decepções são um baque tremendo.

O Professor, 53 anos.

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121095   Banespinha MirassolRubens José de Freitas SÃO JOSE DO RIO PRETO/SP
12/08/2015 - Um dos primeiros clubes de uma Agência do Banespa foi o de Mirassol, um alqueire de terra totalmente preenchido com construções, fundado por mim, conforme consta da primeira ata da Associação. Quando aposentei-me, vi muitos funcionários se afastarem do Banespa e senti como se tivesse perdendo uma pessoa da família e tive a ideia de fundar uma representação da AFABESP em cada sede de região e lutei durante mais de ano, sendo considerado pelo saudoso Cole, então presidente, acusando-me de inimigo público numero um da AFABESP, por querer dividir a arrecadação da Associação com outras entidades, já que exigia uma verba de 50% da arrecadação dos associados vinculados àquele Núcleo a que pertencesse. Com a entrada do Masataca na Presidência tive meu sonho realizado e foi criado as AFABANS, com a referida verba, um sucesso em todo o Brasil. A primeira Agência longe de são Paulo a participar da Integração foi a nossa de São José do Rio Preto, liderado por mim e o Manga. A única ajuda que nos deram foi um colchão puro e duas sacolinhas com sanduíche e refrigerante, um no sábado e outro no domingo e nossa participação sempre foi maciça, apesar dos 450 km de distância. Fui coordenador durante oito anos. Quando aposentei fiz parte, juntamente com minha esposa, da Comissão de Festa no Guarujá nas festas da Primavera e do Aposentado durante oito anos. Fiz parte da diretoria da AFABESP durante muitos anos. Enfim, sempre liderei em favor da união dos Banespianos, que sempre considerei uma família.
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121080   Gerente MadrugadorJoão Bosco Galvão de CastroGuaratinguetá/SP
10/08/2015 - Eu, junto com mais 5 colegas, inaugurei a Agência de Arujá. Era eu, um subgerente, um chefe de serviço e 2 escriturários caixa. Naquele tempo, na década de 70, a cidade era bem pequena. Tinha só 2 bancos, o Nacional e o Bandeirante, e só então chegou o Banespa.


Na cidade não tinha nenhum hotel, então o Sr. Prefeito me ofereceu provisoriamente uma edícula que tinha no fundo do seu quintal. Eu era solteiro e para mim estava tudo bem, mesmo porque saía do banco lá pelas 9 horas da noite. Só tinha um probleminha. Na casa do prefeito tinha um cachorro pastor alemão que não podia nem me ver que queria avançar para cima. Então, de manhã, eu tinha de pedir para alguém segurar o cachorro. De noite, na hora de chegar, era a mesma coisa. Para não incomodar a família do prefeito, eu saía mais ou menos às 8 horas da manhã da minha “casa”, da qual o cachorro tinha um ciúme danado.


De vez em quando, como ninguém é de ferro, eu dava minha escapada à noite, e ia para um motel em Bonsucesso-SP. Um dia saí do motel com a minha colega mais ou menos às 5 da manhã, pois ela era química em uma fábrica na região e entrava no serviço às 6 horas. Levei-a até o serviço, ainda escuro, um frio danado, e eu não tinha para onde ir, pois não tinha quem segurasse meu inimigo cachorro antes das 8 da manhã. Então, como alternativa eu fui para o banco, e como não tinha nem jornal, eu comecei a ler os manuais de instrução do banco, para tirar algumas dúvidas pois, além de gerente, eu respondia pelo crédito rural.


Qual não foi minha surpresa quando, mais ou menos as 6:30 da manhã, bateu alguém na porta de vidro do banco. Fui atender, a pessoa se identificou. e disse que era inspetor. Ele tinha de começar o serviço cedo pois teria de viajar naquele mesmo dia à tarde. Tudo bem! Ele abriu sua pasta, distribuiu os papéis sobre a mesa e, depois de algum tempo, me perguntou: “O que você é na agência que já está a esta hora no banco, lendo instrução?”. “Eu sou o gerente!”, respondi. “Gerente? E você chega a esta hora no banco?” Como não dava para explicar o ocorrido, tive de confirmar que chegava no banco de madrugada. Ele me disse: “Já faz uns 10 anos que sou inspetor e nunca tinha visto um gerente assim. Parabéns!!!” Até hoje o amigo inspetor não deve saber da história. De repente ele ainda vai descobrir aqui pelo site do APDOBANESPA.
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120720   O PEIXE MORRE PELA BOCA!Luiz Eduardo José de AndradeTietê/SP
19/06/2015 - Mais uma ocorrência por mim vivida, no ano de 1970, quando funcionário da ativa, e trabalhando no setor de "Créditos em Liquidação", na Matriz do nosso sempre lembrado empregador: o BANESPA. Quando algum colega desse setor não lograva êxito em seu trabalho, que objetivava principalmente, ainda na fase de cobrança administrativa, negociar com os clientes inadimplentes para que oferecessem algo concreto para liquidação ou amortização dos seus débitos, "trocávamos figurinha" como dizíamos, ao repassarmos o caso para outro colega que talvez tivesse melhor sorte nesse mister. Em uma dessas situações, recebi o encargo de contatar/cobrar um senhor judeu dono de uma empresa de confecção situada no bairro da Mooca. O colega me advertiu que o devedor tinha uma imensa barba ruiva, e que esses negociantes tinham a fama de conseguir levar vantagem diante dos patr ícios de barba negra, e, brincando, completou que eram os únicos no mundo que conseguiam tirar as meias sem tirar os sapatos! Dirigi-me no mesmo dia ao endereço indicado, em uma última tentativa, pois o assunto já estava para ser encaminhado à Assessoria Jurídica para a devida cobrança . Apresentei-me na recepção da firma e "tomei um chá de cadeira" de mais de uma hora até ser atendido pelo empresário. Mal falei boa tarde e o mesmo começou a desfiar uma ladainha com uma sucessão de desgraças que tinham se abatido sobre ele e a sua empresa, que lembrei-me, imediatamente do Jó bíblico. Entre outras coisas disse que o mercado estava parado, sem recursos e que os seus clientes devedores não estavam honrando seus compromissos, que todos seus bens estavam penhorados a bancos credores e muito mais que eu não me recordo. Entorpecido com aquela verborragia, já ia me despedindo quando notei, em uma parede lateral da sala, um imenso couro de cobra sucuri belamente emoldurado. Vendo que eu olhava interessado para o quadro, disse com evidente orgulho que a cobra tinha sido morta em sua fazenda localizada na Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso. Percebendo que tinha falado demais, tentou consertar, dizendo que as terras pertenciam a um seu cunhado e que ele foi uma só vez ao local para caçar. De retorno ao meu departamento, relatei à minha Chefia, via comunicação interna (CI), o resultado do meu contato, com a informação que havia conseguido. O caso foi encaminhado ao Jurídico, com esse informe complementar, de que o devedor aparentemente tinha uma propriedade não hipotecada na Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso. Muitos anos depois, no final da década de 90, já aposentado, encontrei-me, na Colônia de Férias no Guarujá, com um colega com o qual havia trabalhado no setor de "Créditos em Liquidação" e, conversando sobre muitas coisas do passado, ele me informou do final desse caso: que o Depto. Jurídico tinha efetivamente localizado a fazenda do devedor e conseguido a sua penhora, com a venda posterior em hasta pública, recuperando boa parte do crédito do Banco!! O dito popular está correto: O PEIXE MORRE PELA BOCA!! Saúde e Paz a todos.
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120668   UM MORTO MUITO VIVO!Luiz Eduardo José de AndradeTietê/SP
13/06/2015 - Proponho-me a contar outro fato que reputo interessante, ocorrido quando era funcionário na ativa do nosso saudoso Banespa. Estamos em 1970, e acabo de ser transferido, na Matriz, para trabalhar na seção de "Créditos em Liquidação", setor ao qual eram enviadas as dívidas dos clientes inadimplentes há mais de 90 dias, ainda em fase de cobrança administrativa. Nosso trabalho consistia primordialmente em controlar nossos créditos, com idas às sedes das empresas, verificação das garantias dadas aos empréstimos, warrants, maquinaria e outras. Um desses devedores, um senhor judeu muito amável e educado, era o dono de um das maiores empresas de tecelagem, na época, em São Paulo. Visitei-o diversas vezes, tentando negociar o ressarcimento de, pelo menos, parte da sua dívida, sem, no entanto, co
nseguir êxito. Em minha última visita, notei que a empresa estava desativando, com menor numero de funcionários, maquinaria parada, caminhando para uma concordata ou falência. Relatei essa constatação à minha Chefia, por comunicação interna (CI) e a pendência foi enviada ao Depto. Jurídico, para cobrança judicial. Algum tempo depois, li em um jornal importante da capital, a notícia, em letras garrafais,enquadradas em espaço pago, que o referido senhor havia falecido. Muitos anos se passaram e eis-me, então, trabalhando na área de Câmbio e Comércio Exterior, estagiando na Agência do Banco em New York. Ao fim do meu estágio, fui, com outros companheiros, comprar algumas lembranças, para minha esposa, em uma loja de propriedade de brasileiros, que funcionários da agência haviam recomendado por ser bem sortida, com ótimos preços e, melhor ainda, com atendentes falando o portugues, facilitando o diálogo! Fiz a minha compra e entrei na fila para pagamento. Quando chegou minha vez de
pagar, estupefato, reconheci o velho devedor "falecido", que agora era o caixa na loja, da qual, possivelmente era o proprietário!! Ele também me reconheceu e ficamos por um bom momento nos olhando, estáticos, mudos! Nada falamos um ao outro, espantados que estávamos. ESSA FOI A PRIMEIRA VEZ E, ESPERO, A ÚLTIMA, EM QUE CONHECI UM MORTO MUITO VIVO!! Saúde e Paz a todos.
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120619   Zé Pedro X PeduttiCarlos Henrique FerreiraSão Paulo/SP
06/06/2015 - Também tive a oportunidade de trabalhar com o José Pedro na ASSEC, para quem não sabe ele nasceu em Itapetininga e sua família Strasburg eram de banqueiros e o José Pedro quando adolescente teria estudado junto com o Pedutti, o eterno vice presidente do Banco, que dizem foi ele que empregou o JP, e no episódio do Mapa desenhado na parede da ag. central do Banco ele visualizou um erro e como ninguém dava muita atenção ao JP ele um dia adentrou a sala da vice-presidência e disse ao Pedutti que o mapa tinha um erro que logo depois foi devidamente corrigido.
O JP era um auto didata em geografia mundial, sabia tudo sobre a matéria inclusive os pontos mais profundos dos oceanos, quando estava disposto e medicado devidamente pois sofria de epilepsia dava verdadeiras aulas de geografia citando nomes, datas e tudo mais relevante ao assunto, mas quando tinha as crises chegava no Banco todo machucado pois morava sozinho, se lembro bem tinha 2 irmãs que cuidava dele.

Várias vezes os funcionários da ASSEC gostavam de brincar com o JP, passando por ele diziam: Zé cuidado com o Monaco (contador do banco) e protagonista da frase: "50% dos funcionários eram loucos e 50% eram viados". O JP dava boas gargalhadas e repetia:"eu sou louco e o sr". Bons tempos.
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120617   Zé Pedro X MappinLuiz Eduardo José de AndradeTietê/SP
06/06/2015 - Colegas na Melhor Idade.Tempos atrás, o colega José Michelan de Garça/SP. narrou-nos um caso hilariante, que teve como personagens o contínuo Zé Pedro e o Contador Geral da Matriz à época, o Sr Mônaco. Pois eu também presenciei uma passagem divertida com o Zé Pedro. Este último, cujo nome completo era JOSE PEDRO STRASBURG NETTO, desempenhava a função de contínuo junto à Matriz do nosso amado e extinto Banespa. Devido aos seus destemperos, era regularmente transferido da seção onde trabalhava para uma outra que o aceitasse. Chegou a nossa vez de recebê-lo, na seção de descontos, e eis que o mesmo chega com o seu terno amarfanhado, denotando que há muito tempo não era lavado e passado, portando um enorme binóculo pendurado ao pescoço! Tempos depois ficamos sabendo que ele pretendia alugá-lo para turistas que quisessem apreciar a vista de São Paulo, da sacada localizada no último andar do imponente prédio da Matriz do Banco. A sua tarefa principal era intercalar o papel carbono entre as diversas vias das fichas a serem datilografadas, em nossa seção de descontos, pelos escriturários. Certo dia, um colega espirituoso teve uma idéia para amolar o Zé Pedro. Não se esqueçam que estávamos na década de 1960, e que a palavra "bullying" ainda não era conhecida como errada, dentro do contexto do "politicamente correto". Pois bem, combinamos que cada um de nós todos os dias, contaria que tinha comprado alguma coisa à prestação, nas lojas que começavam a praticar esse tipo de comércio. Ao final perguntávamos ao Zé Pedro se ele já tinha feito compra nesse sistema e ele, ou resmungava algum desaforo ou fechando a cara nada respondia. Até que certo dia, na hora da pausa para o café, antes que alguém dissesse algo ele bradou: ontem fui ao Mappin e comprei uma geladeira à prestação. Ela custou vinte mil cruzeiros e eu dei dezenove mil de entrada e parcelei os restantes mil cruzeiros em dez vezes sem juros! Foi uma risada em uníssono, seguida dos parabens ao Zé Pedro pela excel ente compra que fizera!! Ele ficou todo feliz, pois tinha se igualado a nós outros "prestamistas"! Saúde e Paz a todos.
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120567   Maurinho e Canhoteiro - a dupla infernalLuiz Eduardo José de AndradeTietê/SP
31/05/2015 - Colega Orly. Agradeço o seu comentário abaixo, que me dá azo para contar um outro caso, ocorrido ainda na seção de descontos na Matriz do nosso antigo e querido Banespa. Creio que foi em 1968, quando eu já tinha recebido algumas promoções de letra como escriturário, lembro-me que foram 4 letras de uma só vez, por ocasião do quadragésimo aniversário do banco, em 1966, além de dois salários de gratificação! Em um determinado dia o Sr. Plínio Pellizon, nosso Chefe, pediu ao Maurinho para ir ao Departamento do Pessoal recepcionar e trazer até a nossa seção um outro colega, que também exerceria a função de contínuo. Quando o Maurinho retornou, ficamos pasmos, pois ele vinha acompanhado do Sr. Jose Ribamar de Oliveira, nada menos que o também famoso futebolista CANHOTEIRO, formando em nossa seção a dupla infernal do São Paulo Futebol Clube, que tanto estrago fez nas defesas dos times adversários nos anos 50 do século passado!! Canhoteiro que gostava de ser chamado de Zequinha, seu apelido de infância, também era um "gentleman", sempre sorridente, com seus dentes alvos e suas unhas bem feitas e pintadas de cor neutra/incolor. Que dupla! Nos fins de semana, quando formavam as "peladas" no ECBanespa, davam espetáculos, pois ainda estavam em relativa forma física. Eu e muitos outros colegas ficávamos à beira do campo apreciando o jogo, pois, além de tudo, era de graça. Sr. Orly, puxe pela memória, pois talvez o sr. também tenha tido a chance de admirar, de uma forma menos dolorosa quando do seu acidente, alguma dessas partidas dominicais. Canhoteiro faleceu aos 42 anos, em 1974. Boas e velhas recordações dos anos dourados da década de 1960! Saúde e Paz a todos.
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120566   ROBOKOPOrly GuerraVila Velha/ES
31/05/2015 - Luiz Eduardo, a propósito da sua mensagem dia 28, lembrei-me que participei do time do Maurinho.
Em janeiro/1967 iniciei na Matriz, seção de OP. Naquela época eu só jogava pelada nas areias das praias de Vitória. Nunca tinha usado chuteiras. Perguntei aos colegas como fazer para jogar uma peladinha. Apresentaram-me o Sr. Dario (ex-SPAULINO) que me ofereceu jogar no 2º quadro do seu time no Banespinha. Maurinho pertencia ao mesmo time. Sr. Dario só queria que eu pegasse a bola no meio-campo, levasse pela direita e cruzasse para a área. Quando ele gritava “GUERRA” eu já sabia que a bola vinha redondinha. Era só “matá-la”, jogar na frende do back e correr com a dita cuja, conforme a orientação dele.
Certo dia faltou o ponta direita do 1º quadro. Sr. Dario mandou que eu entrasse em campo. Na primeira bola que veio, caí e quebrei o menisco da perna esquerda (menisco medial, invólucro e ligamento). Fui operado pelo Dr. João di Vicenzo (o papa dos meniscos e médico do “Parmeras”). Mas, não adiantou. Aquela operação antiga era retirado o menisco e a perna saia do lugar. Não dava mais para driblar. Eu caía e ficava 15 dias com a perna dura.
Então fui jogar futebol de salão, correndo como ROBOKOP, sem driblar e chutando de bico.
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120553   Subjugado por assaltantesJosé Geraldo de AraujoBragança Paulista/SP
29/05/2015 - Alô Milton Fornazari, está lembrado do apuro que passou quando trabalhando na AG.QUITANDA-SP, nos idos de 70/71, (não me recordo a data), após o expediente, faltando mais cervejinhas para continuar a comemoração de festa de aniversário (não sei se era o seu), quando foi buscar mais algumas cervejinhas no bar em frente à agência, ficou subjugado por assaltantes que "limpavam" aquele estabelecimento?
Passado um tempo, o Pilan e o João Antonio Jr (Administrativo) mandaram alguém sair à sua procura, porque não voltava mais, encontrando-o trancado no bar?
Eu,recém admitido como CAIXA, viajava diariamente de Bragança a São Paulo (70 KM), casado de novo, marido de professora, com uma filha de 6 meses, não tinha condições de fixar residência na capital.
Essas são algumas de nossas lembranças que ficaram no tempo e que fazem parte de nossa história.
Mas, o que é importante estamos todos VIVOS!
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120552   Arualdo AzzoliniCarlos Alberto RodriguesSantos/SP
29/05/2015 - Tenho certeza de que nosso triunfo é obtido por nossos recursos pessoais, mas não basta isso. É preciso que alguém saiba reconhecer os predicados da pessoa em questão e a valorize. Quem oferece a mão para erguê-la sabe perfeitamente quais são suas condições pessoais e o objetivo a alcançar. A somatória dessas duas qualidades do homem, essenciais para uma vitória final no mundo em que vivemos , seja no campo profissional, espiritual, social, militar, educacional, religioso, científico, ou outra qualquer atividade humana, levam o pretendente à vitória. “Falo” em tese, porque muita coisa se observa no nosso cotidiano que se afasta completamente dessa afirmativa. Os fracos, os bajuladores, os falsos, os manipuladores, não merecem galgar escadas, mas eles conseguem alçar voos, pequenos é verdade, por curto espaço de tempo, ao passo que os virtuosos voam vitoriosos, perenamente, regiamente recompensados. Quero e devo agradecer tudo o que alcancei no Banespa a uma pessoa com passado de irrefutável honestidade, bons propósitos, interessado nas lutas reivindicatórias do funcionalismo banespa, intransigente na defesa dos colegas de profissão, inteligente, lúcido, bem informado, além de outras qualidades que estão inseridas no seu âmago. Chama-se esse homem Arualdo Azzolini que, dia sete de junho, comemorará mais um aniversário em sua vida triunfante. Diga-se que, sendo amigo íntimo de Laudo Natel, no melhor período de ambos no mundo empresarial paulista, poderia chegar a ser Diretor do Banco, não acontecendo porque declinou dessa posição em favor de um dos seus amigos de carreira bancária, o que acabou acontecendo. Esse é o Azzolini que muita gente não conhece. As muitas pessoas que foram auxiliadas por esse ente extraordinário ainda podem agradecer tudo o que receberam por seu intermédio. Basta oferecer-lhe uma xícara de café. Sei, por conhecimento próprio, que ele não quer nada mais do que isso.
Cadinho
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120541   Edifício Altino ArantesCarlos Alberto RodriguesSantos/SP
28/05/2015 - Resumo o que foi dito a respeito prédio do Banespa, na página 25 do livro “Banespiano não é inca, nem asteca, é brasileiro com muita honra”.
“No final da década de 30, o Banco passou por um período de grande expansão e sua diretoria planejou transferir-se para um edifício mais condizente com a empresa. Adquiriu um terreno na Praça Ramos de Azevedo, em frente ao Teatro Municipal, onde construiu seu edifício-sede; no entanto, sua localização era distante do centro bancário da cidade, compreendido pelo triângulo das ruas São Bento, XV de Novembro, Direita e adjacências. A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo possuía um edifício na Rua João Brícola. Entrando em entendimentos, a Irmandade e a Diretoria do Banco permutaram os prédios. O Banco adquiriu mais três prédios na Rua Boa Vista, confluência da Praça Antonio Prado com a Rua João Brícola e com saída para a Rua Boa Vista. Projetado por Plínio Botelho do Amaral, o edifício sofreu adaptações no projeto original e foi construído pela firma Camargo & Mesquita. Sua construção durou oito anos, sendo inaugurado em 27.06.1947. Todo em concreto armado, o edifício possui 161,22 metros de altura, 35 andares, 14 elevadores, 900 degraus, 1.119 janelas. Foi considerado, em 1948, pela revista francesa “Science et Vie” a maior estrutura de concreto armado do mundo, pois os prédios norte-americanos “Empire State” e “Building de New York” são de estrutura metálica. Foi, durante 20 anos, o prédio mais alto da cidade. O mirante, instalado no alto da sua torre, permite uma deslumbrante visão panorâmica do centro de São Paulo e arredores, atraindo milhares de visitantes todos os anos. Na década de 60 o Edifício-Sede passou a denominar-se “Altino Arantes”, em homenagem ao Presidente do Banco, de 1926 a 1930, Altino Arantes Marques.”
Cadinho
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120540   HÁ VIDA FORA O IGPDI/FGVLuiz Eduardo José de AndradeTietê/SP
28/05/2015 - Aproveito este espaço para narrar mais um acontecimento, algo que reputo interessante e que se passou na 2a. metade dos anos 60 do século passado. Em um determinado dia - acredito que no ano de 1967, o nosso Chefe de seção, o Sr Plinio Pellizon, anunciou que iríamos receber um novo colega, que desempenharia a função de contínuo, em substituição a um outro colega/contínuo que se aposentara. Que surpresa, ao sermos apresentados ao Sr. MAURO RAPHAEL, esse sim, um verdadeiro craque de futebol, apelidado MAURINHO, e que exercera sua profissão junto ao São Paulo Futebol Clube! Nunca manifestou vergonha por ter que usar o terno marron, que diferenciava os funcionários dos contínuos, executando seus afazeres sem relutância e de bom grado. Após algum tempo de convivência e sabendo que eu torcia para o Corinthians, em uma pausa para o café, contou o horripilante ,para nós Corintianos, lance em que, na decisão do Campeonato Paulista de 1957, aproveitando uma bola lançada à sua frente, aproximando-se como uma FLECHA (seu apelido), do nosso gol defendido por Gilmar, gritou para ele escolher o canto, que ele alí faria o gol!! Após o lance e o gol, colocou "sebo nas canelas", correndo como um louco o campo todo, sempre com o goleiro Gilmar bufando atrás de si, querendo pegá-lo para descontar a desfeita. Felizmente o Gilmar cansou, pois percebeu que jamais conseguiria alcançá-lo. Fim da história: como todos sabemos o SPFC ficou o Campeão do ano de 1957. Maurinho faleceu em 1995. Saúde e Paz.
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120512   Meus primórdios como escriturárioLuiz Eduardo José de AndradeTietê/SP
25/05/2015 - Colegas na melhor idade. Espero que tenham apreciado a expressão politicamente correta do meu intróito. Permito-me contar mais um caso ocorrido nos meus primórdios como escriturário do Banespa, no longínquo ano de 1964 do século passado! Trabalhava na seção de descontos, onde tinha como tarefa principal datilografar as fichas das duplicatas constantes nos borderôs entregues pelos clientes, as quais eram, em sequência, conferidas por um outro funcionário mais graduado, no meu caso o Sr. OWEN RANIERI MUSSOLIN. Após algum tempo, já aclimatado ao ambiente, com novas amizades, fiquei sabendo que o sr. Owen era o editor da revista de palavras cruzadas " A RECREATIVA", que eu muito apreciava como "matador"! Para mim foi muito prazeroso saber que trabalhava ao lado de alguém que se empenhava na difusão de um passatempo inteligente, e que era distribuido para todo o Brasil. Aprendi com o mesmo a decifrar o intrincado quebra-cabeças chamado Rébus, conhecimento esse que repassei às minhas filhas, que também prezam esse salutar passatempo. A revista continua a ser publicada, sou assinante da mesma, demonstrando a qualidade do empreendimento do sr. Owen. Hoje ela é dirigida pelos seus familiares. Saúde e Paz.
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120503   Chibata do maledetoJosé MichelanGarça/SP
24/05/2015 - Dizem que quando contamos histórias é porque estamos envelhecendo....mas vou contar uma pequena passagem, onde trabalhei ainda novo de Banco, de Agência e de cidade em Gália(sp).... Trabalhando no setor cOBRANÇAS, certo dia atendendo um comerciante que pagava uma duplicata, vencida, procurei informá-lo que havia instruções do cedente para cobrança de juros de atraso. Esse comerciante mal ouviu e imediatamente, com uma reação incomum me chamou pra fora da agência para briga que daria uma chibata. Desconcertado chamei o contador que continuou o atendimento, alertando que era costume do maledeto c essa atitude!! Felizmente isso não me abalou e continuei meu trabalho! Então a partir daí apredi que existiam " diversos clientes e clientes diversos (tipos)"....ASSIM COMO PESSOAS!! Grande abraço
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120493   Olha o extra japonesinho!Luiz Eduardo José de AndradeTietê/SP
22/05/2015 - Variando do tema recorrente das nossas ações judiciais, peço licença aos participantes deste espaço para contar um causo (grafia correta), ocorrido no final dos anos 60, na seção de descontos da antiga Matriz do Banespa, local onde eu desempenhava minhas funções de escriturário letra "L". Tinhamos um colega, o sempre sorridente NITTI YAMAMOTO, que do alto do seu 1 metro e cinquenta e cinco centímetros, era considerado o Rei da Queda de Braço do Departamento!! Já tinha vencido praticamente todos os adversários que se dispunham a enfrentá-lo. Naquela época muitos colegas faziam horas extras, para reforçar ainda mais o salário mensal, que já era muito bom. Tínhamos, lembrem-se os funcionários da época, 15 minutos diários, destinados a uma pausa para o café, que podíamos dispor como quiséssemos. Alguns mais valentes desafiavam-no para uma luta de queda de braço, ocasião em que invariavelmente eram derrotados. No entanto faltavam DOIS colega
s, os Srs Plínio Pellison, nosso chefe e o Douglas Kohn, subchefe. O sr. Douglas um verdadeiro maciste, já havia desafiado o Nitti e este tinha descartado o embate. Até que um dia, o Nitti topou. Todos os funcionários reuniram-se para ver a pugna, que seria disputada no balcão da nossa seção. Eu consegui um lugar privilegiado, bem ao lados dos contendores. Começou a luta e o Nitti já estava quase batendo o punho do Sr. Douglas no balcão, quando este sussurou baixinho ao pé do ouvido do mesmo: " olha o extra japonesinho". No mesmo instante o Nitti fraquejou o Sr Douglas saiu vencedor! O extrovertido Nitti continuou a fazer as suas horas extras, sabendo intimamente quem tinha vencido!! Saúde e Paz a todos.
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120241   Bateu no Juiz com um guarda-chuvaCarlos Alberto Machado de LimaFlorianópolis/SC
18/04/2015 - Boas lembranças amigo Harri, dá muitas saudades.
Mais uma lá em Lages, quando a esposa de uma colega nosso daqui de Floripa., entrou na quadra e bateu no Juiz com um guarda-chuva, no Colégio Diocesano. o coitado não conseguiu escapar das cacetadas, era manco, kkkkkkkkkkkk
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120240   Viramos a mesaHarri RodriguesCuritiba/PR
18/04/2015 - Carlos A.M. Lima.
Calma amigo. O tempo de quebrar já passou para nós, vamos aguardar só mais um pouquinho...
Mas falando em quebrar... lembras daquele jogo de Futsal (1968/1969...?) lá no Ginásio Ivo Silveira (Lages SC), os mesários (mais os "Juízes de linha", olhe eles, sempre os juízes...) estavam nos "roubando", não marcando corretamente o tempo cronometrado, e literalmente viramos a mesa com todos os papeis/súmulas etc., que loucura, que tempos.....kakakka, mas ganhamos o jogo....
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120003   História do Sr. Mônaco x Zé PedroJosé MichelanGarça/SP
18/03/2015 - Quem trabalhou na antiga Matriz do Banco, na praça Antônio Prado com a rua João bricola – Edificio Altino Arantes, com certeza conheceu o Sr. Mônaco e Zé Pedro!! Sr. Mônaco, era Contador Geral da Matriz. Sua sala ficava no segundo andar do edifício principal Altino Arantes! Ali eram tomadas a maioria das decisões administrativas de sua responsabilidade, levadas pelos Chefes de Departamentos e funcionários a procura de solução para seus problemas. Sr. Mônaco era conhecido pelo seu temperamento forte, enérgico em suas decisões! Eu, funcionário novo de Banco, com apenas seis meses, viajei um final de semana ao interior e por necessidade emendei a segunda feira! No retorno a capital, na terça-feira, falei com o Chefe de Seção sobre o abono da falta. Ele então me encaminhou ao Sr Mônaco; Não era missão fácil, todos tinham receio de ir a sala do Sr Mônaco, mas a solução dependia dele. Então fui, e pedi licença, entrei em sua sala, e de pé mesmo expliquei o motivo da falta para que abonasse! A resposta foi direta, sem mais delongas: Você faltou, agora arque com os prejuízos!!! Assim, me retirei e fiquei com a falta! Minha licença-premio, vinha sempre com seis meses de atraso!! Mas e o Zé Pedro? O Zé Pedro, continuo com algum tempo de Banco, era muito querido por todos, até pelo Sr. Mônaco. Sua função era transportar correspondências entre os vários departamentos através dos elevadores. Por isso mesmo, muito conhecido e admirado pelos colegas. Mas era meio “esquentado” do tipo “falou!levou”. Não levava desaforo pra casa! Meio xarope, ficando alvo até de chacotas!! Na época, se comentava que teria acontecido certo diálogo áspero com o Sr Mônaco. O diálogo: Certo dia, o Zé Pedro, ao entrar na sala do Sr Mônaco não teve cuidado com a porta e esta bateu com violência no batente. Isso foi prato cheio para o Sr. Mônaco, que no mesmo instante disse: “Nesse Banco se você não é louco, é viado!! Ah. O Zé Pedro, não levava desaforo para casa e retrucou imediatamente: Pois é Sr. Mônaco, eu sou louco, e o Sr. O que É ? “ Infelizmente, não se sabe o desfecho da historia!!!
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119892   JARDIM PATRIARCA – Este cara ao lado, sou eu!Guilherme Franco SetembreSão Paulo/SP
11/02/2015 - Sempre que abro o SITE APdoBanespa me emociono muito com as fotos que relembram nossos bons tempos de BANESPA, sendo que sempre contive o ímpeto de enviar algumas de minhas recordações.
Mas, esta foto muito bem tirada do JARDIM DO EDIFÍCIO PATRIARCA me deu uma nostalgia tão grande que não pude deixar de enviar esta foto minha com o Roberto Carlos que foi gravar o ESPECIAL DE FIM DE ANO DA GLOBO, chegando de carro pela garagem do Anhangabaú e saindo de helicóptero pelo heliponto que ficava no jardim, bem em cima do QG da Segurança do Banco, da qual eu exercia a função de Chefe do Setor de Segurança.
Setembre/Roberto Carlos
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119866   PRESENTES DE NATALUrandi Ampudia BertiParaguaçu Paulista/SP
08/02/2015 - Aconteceu em Quatá:

Era época de Natal e o gerente da agência sempre ganhava alguns presentes dos clientes, muitos a gente nem ficava sabendo, pois eram entregues na sua residência.

Um belo ano, chega um garoto, todo esbaforido, suando, carregando um engradado de cerveja. Colocou em cima do balcão avisando que era um presente da dona Nair, cliente que ia todos os dias na agência.

Ficamos contentes, porém surpresos, haja vista ser esta a primeira vez que acontecia.

Algum tempo depois, acredito que não mais de meia hora, volta o garoto, desta vez todo envergonhado e pede para devolvermos o presente, pois ele tinha entregue errado, pois era destinado aos funcionários do Banco Mercantil (nosso vizinho).

Dias depois, também fomos agraciados por outro cliente, desta vez o de um bar que ficava em frente à agência presenteando a cada funcionário com um litro de vinho. Logicamente agradecemos a gentileza e outra vez nos surpreendemos quando ele solicitou que após consumirmos o vinho, por favor, lhe devolvesse os “cascos” (o litro vazio).

Velhos tempos. Bons tempos de Banespa...
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119863   BANCÁRIO...ACREDITE SE QUISERFaustino VicenteJundiaí-SP
08/02/2015 - Faustino Vicente*
A manchete acima tem a sua origem numa série produzida pela televisão norte-americana que, a partir da década de 70, constitui-se num grande sucesso internacional. No Brasil ela foi exibida pela (extinta) Rede Manchete.

O programa era apresentado por Jack Palance (1919-2006), ator que ganhou fama por ter sido indicado ao Óscar, como uma das estrelas do filme Os brutos também amam (1953), mas a estatueta somente veio em 1992, com a comédia Amigos, sempre amigos, aos 73 anos.

Pela TV, ele narrava casos (verdadeiros) incríveis, inusitados, bizarros e muito estranhos, que eram garimpados nos quatro cantos do planeta.

Por analogia, vamos relatar fatos do nosso tempo de bancário, décadas de 50 e 60...do século passado, em Jundiaí, em Londrina (PR) onde residimos alguns anos, na sede em São Paulo e em cidades dos vários estados brasileiros por onde tivemos a oportunidade de exercer o cargo de auditor de agencias.

Aos 18 anos, uma de nossas atribuições era ir (diariamente) aos demais bancos da nossa cidade, com a finalidade de sacar os valores dos cheques que havíamos recebidos em nossa agência.

Os cheques, que na época tinham credibilidade, eram provenientes de depósitos ou pagamentos de duplicatas, notas promissórias e outros títulos do mercado financeiro.

O funcionário-caixa fazia uma relação dos cheques, identificando cada um dos nossos concorrentes e, em dupla, íamos com uma bolsa enorme receber elevadas quantias de dinheiro, que eram contadas na presença de todos os clientes, sem que tivéssemos a mínima preocupação com um provável assalto.

Diga-se de passagem, que esse procedimento era habitual, eficaz e seguro, pois ainda não tinham inventado a famosa “saidinha de banco”.

Quando alguma agência precisava de numerário, e como não havia o hoje conhecido serviço prestado pelos “carros fortes”, colocava-se o valor solicitado em malas, apanhava-se um taxi em São Paulo e ia-se direto para a estação da Luz. Tomava-se o trem e, tranquilamente, viajava-se por centenas de quilômetros.

Esse procedimento era padrão também entre as agências do interior, das cidades brasileiras.

Encerramos com o célebre bordão, com que o Jack Palance (Vladimir Palahniuk Lattimer Mines) se despedia do programa...acredite se quiser.

Faustino Vicente – Consultor de Empresas e de Órgãos Públicos, professor e advogado – e-mail: – (Terra da Uva) – São Paulo - Brasil
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119802   APARECE CADA PROPOSTA...Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
01/02/2015 - Rio Claro, anos 70 - Após algum tempo trabalhando no PAB-Fepasa, fui convidado e aceitei ir para o setor de Crédito Rural da agência.
O chefe da carteira era o Cidinho Scavariello, grande pessoa, muito me ensinou nos procedimentos para
aprender o novo trabalho. Fiz minha carreira praticamente em cima da Carteira Agrícola.(Rio Claro,Jahu,
Votuporanga).
Em Rio Claro, aconteceu um fato interessante. A prefeitura de Campinas estava desativando os bondes
e recolhendo-os para sucata. Uma senhora, esposa de um médico, nosso cliente pois possuía uma chácara
entrou com uma proposta para financiamento na compra de um bonde que seria colocado em frente à
casa sede do sítio.
Deu um trabalhão para o Cidinho explicar para a senhora que não havia possibilidade de utilizar os juros
subsidiados do Crédito Rural para adquirir UM BONDE !!
Ela teimava em dizer que o artefato iria para o sítio e por isso tinha amparo no financiamento.
Cada uma que me aparece...
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119786   Garantia para empréstimo agrícolaUrandi Ampudia BertiParaguaçu Paulista/SP
30/01/2015 - Estávamos lá, bem cedinho (chegávamos de vez em quando às 4,30 da madrugada) para datilografarmos Cédula Rural Pignoratícia Hipotecária (várias páginas que não podiam ter rasura ou emendas de qualquer espécie), um trabalho demorado e meticuloso. Na hora em que íamos relacionar os bens dados em garantia, encontramos na relação feita pelo funcionário que visitou a propriedade: “um burro manso de quaieira (armação usado no pescoço de equinos para tração de arados e carroças). Imaginem o “sarro” que tiramos: manso valia mais ou valia menos? A quaieira estava incluída no valor da avaliação?
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119774   Minha História - UM POUCO DA MINHA HISTÓRIA NO BANESPAValdir PereiraAraçatuba/SP
29/01/2015 - Amigos eu sei que a maioria de vocês não gosta dos meus textos longos e eu já havia desistido de postar meus “romances”, mas este vai especialmente para os meus colegas banespianos que tiverem tempo para ler e quem mais quiser me conhecer melhor.
Recentemente eu tive uma discussão inútil com um sindicalista petista, aqui no Facebook e um dos colegas banespianos me perguntou por que eu odiava tanto o Sindicato dos Bancários, por que eu odiava tanto a AFUBESP e por que eu odiava tanto o PT? Ora, no meu coração não tem espaço para ódio não, não perco meu tempo com sentimentos menores. Acontece que sou um ser que pensa, que ainda acredita em honra, ética e honestidade, tudo o que o PT não tem. O que eu sinto é repúdio, que é diferente de ódio, ao PT e tanto o Sindicato dos Bancários de São Paulo quanto à AFUBESP são todos petistas a serviço do PT, e tenho meus motivos para repudiá-los.
Quem me odeia são eles, já que sou considerado “classe média” e, como disse a Marilena Chauí, sob os aplausos do Lula e seus asseclas (parece até que tiveram um orgasmo coletivo com as declarações dela), eles é que odeiam a classe média. Claro, eles se julgam de uma classe superior, acima de tudo e de todos, e podem assaltar, roubar, matar, derrubar aviões que não acontece nada com eles. Mas quem sustenta a corja toda é a classe média que trabalha, que produz, que paga os impostos mais escorchantes da face da terra e que cada vez aumenta mais porque para essa raça não há dinheiro que baste.
Logo que ingressei no Banespa, em 1970, na Agência 0140/Guarulhos/Centro filiei-me ao Sindicato dos Bancários de São Paulo. Guarulhos ainda não tinha Sindicato próprio, só muitos anos depois é que foi criado. Participava de todas as assembleias, de todas as greves porque todo ano era a mesma palhaçada, o sindicato pedia um reajuste de 10%, por exemplo, e o Banco só queria dar 2%, arrastava a decisão por dois meses para no final chegarmos a 5%, então eu achava que eles só entendiam a linguagem da greve mesmo e, confesso que muitas vezes saí de madrugada com outros colegas passando super bonder nas fechaduras de agências bancárias para retardar a sua abertura.
Não demorou muito tempo para que eu percebesse que o pessoal do sindicato era todo político-partidário do PT, o que não me agradava, pois congregava milhares e milhares de pessoas com ideias diferentes e de diferentes partidos, porém considerava “um mal necessário”. Além do mais, no Banespa não tínhamos patrão e a diretoria, em sua maioria nomeada pelo governador, mudava conforme o partido que estava no poder e nós tínhamos que “dançar” conforme a música do momento.
Quando a AFUBESP foi fundada, o Sr. Nilo Bazzarelli, que havia sido gerente regional em Guarulhos, foi seu primeiro presidente e eu fui o primeiro representante na minha agência. Consegui a adesão de uns 99% dos funcionários, apenas dois não quiseram se filiar a ela naquela época. Durante seis anos participei ativamente das assembleias e pouco a pouco a AFUBESP foi se tornando também político-partidária do PT, tal e qual o Sindicato dos Bancários. No começo eu até apoiava a ideia de termos representantes junto ao governo do estado e ao governo federal para a defesa de nossas causas, mas percebi que o interesse deles era em causa própria e usavam a associação como trampolim político. Deixei de ser representante porque já não comungava com o rumo que havia tomado, pois a AFUBESP havia se tornado um braço do PT dentro do Banespa. Ninguém na agência queria ser representante, mas, afinal, o colega Janio Rocha aceitou me substituir.
No último concurso promovido pelo Banespa, eu era Gerente da Ceser Guarulhos e entre vários escriturários que foram indicados para a Ceser três, logo de cara já foram exigindo trabalhar no período da manhã, uma mulher grávida, cujo marido era do Sindicato dos Bancários e outros dois rapazes que alegaram estudar à noite e achavam que isto lhes dava o direito de escolher horário. Acontece que no período da manhã eu estava com o quadro completo e estava muito desfalcado no período da tarde com várias pessoas de licença gestante ou ler, e também todos os que já estavam no período da manhã, também tinham problemas semelhantes e eu não ia tirar um funcionário que sempre pude contar nas horas de necessidade para por no lugar uns desconhecidos.
Bem, essa mulher, uma agitadora declarou guerra contra mim e um dos rapazes, que estudava Direito, logo se achou cheio de direitos e de obrigações nada e não colaborava de maneira alguma com os colegas e ninguém gostava dele. Às sete horas, em ponto, ele simplesmente largava o que estava fazendo e ia embora. Mal tinha começado o curso, muito metido, ele já se julgava um “meritíssimo”.
A mulher logo saiu de licença maternidade, mas vinha sempre com a bebezinha me aporrinhar para mudar o horário dela, fazendo chantagem, tentando me emocionar. Certa vez, fui almoçar com a minha família, num domingo, restaurante lotado, quando de repente aparece a sujeita com a bebê no colo e começou a me insultar e falar bem alto para que todos ouvissem: “ESTÁ VENDO, FILHA, É ESTE HOMEM QUE NÃO QUER QUE A MAMÃE FIQUE JUNTINHA DE VOCÊ” e outras merdas também. O povo do restaurante não deve ter entendido nada, mas devo ter saído de lá com fama de carrasco.
No mês de outubro, o Banespa entrou em greve, mas durou apenas quatro dias, foi feito acordo e todos voltaram a trabalhar, menos o “meritíssimo”. Tentei entrar em contato com ele para saber o que estava acontecendo, mas não consegui. Ele não tinha nenhum amigo por ali e morava em Arujá. Porém, já logo na compensação do dia seguinte começaram a cair cheques sem fundos na conta dele e, como cheques com valores abaixo de R$ 600,00 não eram conferidos e não vinham para a agência, ele soltava sempre com valores entre R$ 550,00 e R$ 590,00. O gerente da agência caiu de pau em cima de mim, como se eu fosse responsável pelo dito cujo e continuaram caindo cheques todos os dias num total de 68 cheques sem fundos. Como eu tinha amigos no setor de compensação consegui cópias de alguns com diferentes datas e todos tinham sido depositados em Blumenau (SC), por bares, hotéis e restaurantes, em plena “OCKTOBER FEST”.
Passados quinze dias, ele apareceu com um atestado médico que eu não aceitei. Perguntei a ele porque não tinha avisado que estava doente e ele me respondeu que estava incomunicável. Eu perguntei a ele se não havia ninguém, parente ou amigo que pudesse ter telefonado avisando e ele respondeu que não tinha obrigação nenhuma de avisar ninguém já que estava com um atestado médico comprovando seu estado, com toda arrogância. Ele bufou, estrebuchou, esperneou, me insultou, mas não adiantou, mantive sempre a calma e disse a ele que estava cumprindo o que rezava o Regulamento de Pessoal e que não aceitaria o tal atestado e ponto final. Ele me ameaçou, disse que iria me ferrar e daí para baixo, mas, com as assinaturas de duas testemunhas e a devida justificativa pelo procedimento, enviei o aviso de faltas para o DP e foi cumprido.
Como o espertinho sabia que os cheques não vinham para a agência ele mal desconfiava que eu já soubesse do seu passeio por Blumenau, tinha provas e também não tinha lido o Regulamento de Pessoal que me dava o direito de recusar atestados médicos duvidosos.
No dia seguinte, a dita cuja que estava ainda de licença maternidade e o marido do sindicato apareceram na Ceser para me aporrinhar a respeito do caso e exigindo que eu voltasse atrás. Eu lhes disse que eu estava dentro do meu direito e que já era tarde demais, eu já tinha enviado para o Departamento de Pessoal que, àquela altura, já devia ter recebido e que se eles achavam que eu estava errado, que fossem procurar os direitos dele, afinal eles entendiam mais de Direito do que eu. Foi então que me perguntaram que direito tinha eu de recusar um atestado assinado por um médico com CRM e tudo o mais. Respondi: simples o atestado é de um médico de Arujá e nesse tempo todo ele estava em Blumenau e tenho provas. Eles bambearam as pernas, não sei por não saber desse detalhe sórdido ou por não saber que eu sabia.
A partir daí, acabei bombardeado tanto pela AFUBESP como pelo Sindicato em defesa do sujeito, enviaram carta à diretoria pedindo intervenção no caso, mas foi pior, o cara acabou sendo demitido e mal tinha completado cinco meses de banco. E o culpado fui eu, não ele que quis dar uma de experto.
A partir desse episódio, a Ceser entrou num clima de guerra e eu passei a ser visto como carrasco por boa parte dos funcionários, principalmente os petistas. O Sindicato e a AFUBESP solicitaram minha demissão junto à diretoria, me acusando sabe-se lá do que, nunca fiquei sabendo.
Porém, a superintendência da diretoria conhecia o meu trabalho e me propôs sair dali, o que aceitei imediatamente e troquei de lugar com o Roberto Lauro que era da Ceser Penha. Mas também a diretoria determinou que tirasse dois funcionários da manhã e colocasse a mulher e o amigo dela, o que causou ainda o maior rebu. Como eu já estava com o pé pra fora da Ceser Guarulhos, deixei a escolha dos funcionários que mudariam para o período da tarde a critério dos supervisores deles. Pouco tempo depois ambos saíram da Ceser: ela foi para o Sindicato dos Bancários de Guarulhos, recém inaugurado, e ele saiu do Banespa para entrar na Caixa Econômica Federal.
Já era dezembro e eu não aguentava mais aquele clima, pedi à diretoria para antecipar minhas férias, que aceitou, saí no dia 20 de dezembro e só comuniquei que não voltaria mais para lá ao meu querido amigo, desde o meu primeiro dia de banco, Décio de Faria, que sempre me substituía nas férias. Saí me sentindo expulso, cuspido e escarrado de um departamento que ajudei fundar.
Cheguei na Ceser Penha, mas minha fama já tinha chegado antes e, a princípio encontrei certa frieza, mas depois o gelo foi derretendo e hoje tenho muitos amigos que conheci por lá. Sempre fui meio avesso a mudanças, mas esta foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida e revi a ideia a respeito de mudar de vez em quando. Com o fechamento da Ceser fui para a Ag. Tatuapé, depois para a Ag. Penha, depois para o Serve Serve Penha e, finalmente, para a Ag. do Aeroporto Internacional em Guarulhos, onde acabei aposentando. Sei que nunca agradei todo mundo, mas, tenho o maior orgulho de ter encontrado amigos por onde passei.
Apesar de tudo, só me desliguei da AFUBESP ao me aposentar e ingressei na AFABESP que é a entidade que me representa até hoje. Tinha um colega que morava no mesmo prédio que eu e que fazia parte da diretoria da AFUBESP. Ele nunca me cumprimentou e fazia questão de virar a cara quando a gente se cruzava pelo elevador ou outras dependências do prédio. Eu nunca fiz a menor questão de me aproximar dele e ele sabia muito bem quem eu era, pois na época que solicitaram a minha degola ele já era da associação, além do mais, minha filha estudava na mesma classe do colégio que o filho dele. Logo depois que enviei a carta solicitando o meu afastamento da AFUBESP, ele apareceu na porta do meu apartamento, e para minha surpresa, todo sorridente, dizendo quem ele era e pedindo para que eu desistisse de sair da AFUBESP. Eu respondi que a minha decisão era irreversível e dispensei-o ali na porta mesmo. Ainda recebi várias cartinhas pedindo para continuar, mas proibi que debitassem mensalidades na minha conta e desistiram. Isto é, quase, até hoje me mandam o jornalzinho deles. Tudo bem, eu ponho para a minha cachorrinha fazer xixi em cima.
Ah, sim, ainda tem o meu repúdio ao PT, mas preciso dizer mais alguma coisa?
Obrigado a você que leu até aqui.
Araçatuba, 28/01/2015.
Valdir/ValPer/Didi.
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119719   Sinuca de bicoUrandi Ampudia BertiParaguaçu Paulista/SP
23/01/2015 - Os nomes são fictícios, porém o fato é verdadeiro:
Era subchefe de serviço adjunto na agência de Quatá, então gerenciada pelo banespiano "José" que havia sido transferido de Maringá, mas que mantinha lá também uma residência. Numa sexta feira logo de manhã atendo o telefone e é o chefe de departamento do DEGER 3, "Francisco", pedindo para falar com o gerente, que não se encontrava na agência, então dei a famosa desculpa, o "José" não estava, tinha ido ao velório de um cliente na vizinha cidade de João Ramalho. Então o "Francisco" falou: - nossa, diz pra mim o nome deste cliente, pois eu fui por muitos anos gerente da agência de Quatá e conheço todo mundo lá em João Ramalho. Fiquei numa sinuca de bico, e ele completou, deixa de ser fdp e fala logo que o "José" já foi pra Maringá, mas não esquece de falar pra ele me ligar na segunda logo de manhã. Terminamos a conversa rindo pra valer!
Bons tempos aqueles!!!!
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119702   Caixa BrancaUrandi Ampudia BertiParaguaçu Paulista/SP
21/01/2015 - Trabalhava eu na agência de Quatá, nos velhos tempos da Ruff. Naquela época estava em evidência a Loteria Esportiva e seus famosos 13 pontos. Jogávamos sistematicamente através de um bolão. Meu chefe na época, conferente dos lançamentos que fazia nas fichas de conta corrente e da Caixa Branca (lembram?) sempre dizia: no dia que nós ganharmos na loteria a primeira coisa que vou fazer é chegar cedo na agência e mij...... nesta desgraçada caixa branca!

O tempo passou e num belo domingo eis que nosso bolão foi contemplado com os 13 pontos. Todos eufóricos! À noite, no Fantástico, a zebrinha informa que milhares de apostadores fizerem os 13 pontos e nosso prêmio foi inferior ao valor que jogamos. Na segunda feira, logo de manhã, coloquei a caixa branca à disposição para que a chefia cumprisse o prometido, pois promessa é promessa, né?

Adivinhem!!!
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119676   O BANESPIANO ERA ADMIRADOMário Augusto Ferreira de AndradeBauru
19/01/2015 - Bauru/anos 60 - O ingresso ao Banespa era feito através de processo seletivo e as questões
elaboradas pela Fundação Carlos Chagas, a mesma que faz o exame da Fuvest.
Quando um rapaz ou moça era chamado pelo Banespa, eram cumprimentados nas ruas como se tivesse
alcançado algo muito difícil. O mesmo acontecia com os aprovados no Banco do Brasil.


A idéia era essa. Entrou no Banespa é só seguir a carreira.Não havia necessidade de procurar novos
empregos. Dentro das agências, o clima era de uma enorme família banespiana, mesmo que houvesse
alguns "arranca rabos" mas logo superados.


Muitos banespianos vestiram a camisa de bancários e tinham esse objetivo. O crescimento da agência com lucros
no final do semestre. Outros, embora funcionários, optavam por cursar universidades e não faziam questão de ganhar
horas extras quando pagas.. Trabalhavam só as 6 horas obrigatórias e se dedicavam no restante do dia às aulas.


Aí, acontecia algo de se notar. Após se formar na faculdade, o funcionário não tinha motivação para largar
o Banespa, pois seu salário era às vezes o triplo do que iria ganhar na nova profissão. Então surgiu dentro das
agências um tipo de funcionário. Trabalhava por necessidade ,por subsistência, mas era frustrado nos seus
sonhos. Tive contatos com alguns colegas que eram negativos em seus pensamentos, e remavam contra.


Mas vamos à coisas alegres. À época, os banespianos tinham um talão de cheques com a cor amarela. Cheques
"amarelinhos" eram recebidos sem qualquer consulta.


Em uma segunda feira, à tarde, na ag.centro-Bauru, ainda na esquina da Treze com a Primeiro de Agosto, entra
uma linda garota, moradora na Casa da Eni ( famoso bordel ) e encosta no balcão. Quando ela tirou da
bolsa um cheque amarelinho, correram uns 20 para checar o emitente do mesmo. (rsrsrsr)


Nosso colega, autor da façanha, até que se saiu bem. Ao ser questionado explicou: " Não tenho nada com isso,
deve ser alguém que REPASSOU meu cheque..." Ah tá...


Lembranças de um tempo que não volta mais ...
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119620   SERA QUE PERDEU MESMO A AMIZADE?Antonio Cabianca JuniorItapecirica da Serra/SP
12/01/2015 - ACONTECEU NUMA DAS FILAS DE ATENDIMENTO DE CAIXA, NA AGÊNCIA DE EMBU GUAÇU (sp), DO BANESPA, EM QUE O CLIENTE DE NOME JOSÉ, PEDIU PRÔ JOÃO, TAMBÉM CLIENTE, UMA CERTA QUANTIA DE DINHEIRO EMPRESTADO.
JOÃO FOI RÍSPIDO E RÁPIDO E DISSE: ÔOOO ZÉ !!! DE QUALQUER JEITO, VAMOS PERDER A AMIZADE !
EIS QUE O ZÉ IMEDIATAMENTE RESPONDEU: MAS PORQUE JOÃO?
ZÉ: VEJA BEM: SE NÃO EMPRESTAR, VC. VAI PERDER A AMIZADE E SE EU EMPRESTAR, SEI QUE NÃO VAI ME PAGAR, E AI SOU EU QUE PERCO A AMIZADE, E O DINHEIRO TAMBÉM.
ENTÃO ZÉ, PREFIRO PERDER A SUA AMIZADE AGORA E NÃO PERDER O DINHEIRO.
O ZÉ FICOU CALADO, ENRRUBECIDO, SAIU DE FININHO SEM OLHAR PARA OS LADOS, DE CABEÇA BAIXA E, ENVERGONHADO.
JOÃO POR SUA VEZ, COMPENETROU-SE, DISFARÇANDO SEUS SENTIMENTOS DE ARREPENDIMENTOS, OLHOU FIXAMENTE NOS DOCUMENTOS QUE IRIA APRESENTAR NO GUICHÊ, OS RECOLHEU E OS RETORNOU À VALISE E SAIU RAPIDAMENTE DA FILA E RETIROU-SE DA AGÊNCIA.
ISSO SIM É QUE SER ESPERTO !
ATÉ HOJE, NÃO SE SABE COMO FOI O FINAL DESSA ESTÓRIA.
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119567   MINHA HISTÓRIA – DESLIGADOS!Jonalvo Vieira MarquesUberlândia/MG
06/01/2015 - Quase no fim de minha carreira bancária (escriturário A: risos), fui trabalhar no Butantan, apelido carinhoso da Seção de Compensação de Cheques, onde só trabalhavam cobras, gente amiga, competente e perigosa.
O Butantan ficava na sobreloja, separado da cabine da telefonista por um biombo.
Costumávamos almoçar num restaurante perto do Banco, cada qual no seu horário.
Num belo dia, almoçando sozinho numa mesa, restaurante cheio, aparece-me uma loira bonita e simpática com o prato na mão, perguntando se podia sentar-se. Respondi, logicamente, que ficasse à vontade.
Ela sentou-se, agradeceu, trocamos algumas palavras, terminei meu almoço, pedi licença, saí, paguei a conta e voltei para o Banco. No dia seguinte aconteceu a mesma coisa.
Mas no 4º dia, quando cheguei ao restaurante, que estava lotado como sempre, foi ela quem de longe me acenou, oferecendo um lugar à mesa.
Ao sentar-me e agradecer, percebi que ela já estava terminando sua refeição.
Porém, conversa vai conversa vem, mais vem do que vai, acabamos terminando juntos.
Ela levantou-se apressada, dirigiu-se ao caixa, pagou a conta e ficou tomando um cafezinho, enquanto eu pagava a minha.
Saímos juntos do restaurante e se estabeleceu o seguinte diálogo entre nós:
Eu: Estou subindo até a esquina...
Ela: Eu também... – E subimos juntos.
Eu: Agora viro à esquerda, atravesso a rua...
Ela: Que coincidência... – E seguimos juntos até a porta do Banco.
Eu: Obrigado pela companhia, mas agora eu fico aqui...
Ela: Nossa! Você tem conta no BANESPA?!
Eu: Eh... Tenho uma conta aqui. E você, é correntista também?
Ela: Eu trabalho aqui, sou a telefonista...
Eu: Então, muito prazer em conhecê-la, colega! Sou o Jonalvo, do Butantan...
Ela: E eu sou a “Palmíria”! Vizinha do Butantan...
Depois da mais original das apresentações, de uma pequena sessão de espanto e contidos risos, sorrindo, subimos juntos a escadaria do Butantan, onde o gostoso suplício de venenoso sarcasmo nos aguardava para o resto da vida.

JM – 06/01/2015.

Nota: A loira é real, mas para preservar-lhe a privacidade (se é que ainda existe) usei um nome fictício.
P.S.: “Desconheço qualquer coisa que provoque mais a alegria do riso do que uma boa piada, ainda que retrate a realidade”.
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119559   Minha História - PIRATA ? SÓ SE FOR O CAPITÃO GANCHO .Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
04/01/2015 - Bauru-Tempos atrás - Vizinho à minha casa, na Praça Portugal, tem o supermercado Max. Em frente, todo o dia,um cara estacionava uma perua Kombi e vendia arranjos de flores em plástico.

Saí para dar uma caminhada e ao passar em frente ao veículo, o vendedor disse " - O senhor não quer ver uns CDs e DVDs da hora ?

Parei e comecei a manusear as cópias, acabei escolhendo alguns shows bem baratinhos. A partir daí,sempre que passava dava uma espiada.O material embora aparentasse ser de qualidade, tinha seus poréns,pois diversas vezes meu aparelho de DVD refugou, apresentando a justificativa : "INCOMPATÍVEL"

Agora, vem o melhor: Estou manuseando uma caixa de papelão com uns 300 DVDs,quando encosta uma viatura e descem duas pessoas. Identificam-se como policiais civis e dizem estar dando um flagrante em produtos pirateados, mercê de uma denúncia anônima.

Um deles pediu que ficasse ao lado da caixa com os DVDs para ser fotografado. Na hora, arrepiei o pelo e não permiti a foto. Aleguei que não estava comprando, só olhando. " - Você está vendo dinheiro em minha mão ? perguntei ao policial .

Justifiquei também, que até o presidente Lula havia assistido o filme sobre a sua vida através de um DVD pirata. o cara concordou mas não aliviava.

Aí, quando ví que a bósta estava feita, apelei " - e também sou advogado, " apresentando minha carteira da OAB. O policial utilizando um celular ligou para o delegado e o papo foi este: " Doutor, tem um cidadão aqui apenas olhando a mercadora mas não está comprando. Se identificou como advogado...

Ao escutar as recomendações do delegado, desligou o aparelho e disse ;" doutor, pica a mula que nós vamos apreender tudo isto aqui.

Vazei na braquiária e até hoje estou arisco. Nunca mais parei na Kombi das flores. Véio não pode tomar esses sustos...
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119530   Minha História - Quase "no ponto"Luiz Eduardo José de AndradeTietê/SP
01/01/2015 - Colegas Aposentados. Neste interregno de tempo, no aguardo de possíveis boas notícias a respeito das nossas ações IGPDI e GRATIFICAÇÕES, tenho notado que alguns colegas têm postado momentos agradáveis de suas memórias/carreiras passados no nosso sempre lembrado Banespa. Vou me arriscar, imitando-os, repassar algumas lembranças do meu passado no Banco. Ingressei por concurso em junho de 1964, quando fui encaminhado para trabalhar na seção de descontos, na Matriz, que tinha como chefes os srs. Agnaldo Votta e Plinio Pelison (este grande, na estatura e coração, Corintiano). Naquela época trabalhar no Banespa era o desejo de todo jovem, pois igualavamos, no salário ,com o Banco do Brasil! Além do mais, fazíamos horas extras diárias, quase dobrando o salário mensal. Eu era jovem, com 21 anos, um belo emprego e uma linda namorada loira de olhos azuis cintilantes!! Que mais poderia querer na vida? Mas, a namorada queria se casar e eu não estava "no ponto". Fim de namoro!Voltando ao Banco, tenho ainda hoje a última autorização para executar horas extras,geralmente de 4 horas diárias, datada de 1967, assinada pelo Chefe Plínio Pelison. Tive que abandonar esse reforço no salário para cursar a Faculdade de Direito Braz Cubas, em Mogi das Cruzes. Não prosperei na carreira, tendo solicitado a baixa na OAB/SP em 1974. Alguns anos depois, fui selecionado para trabalhar na área de Câmbio e Comércio Exterior, onde progredi, e, após estágio na Ag. New York, fui promovido e encaminhado para funções na Ag.Paris, onde permaneci por 10 anos. Em seguida fui escolhido para abrir o escritório de Bruxelas, onde fiquei mais tres anos. De retorno ao Brasil, em 1993, fui promovido a Gerente de Divisão,sempre na área de câmbio,cargo em que me aposentei em 1994. Não professo nenhuma religião formal, pois sou deista. Espero não ter cansado nenhum colega com estas minhas rápidas reminiscências.Saúde e Paz a todos.
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119523   Minha História - Loteria EsportivaJoão Carlos dos SantosBirigui/SP
31/12/2014 - Por falar em ganhar na Loteria, lá pelos anos de 76/77,quando trabalhava no Peps/Detran/Vila Mariana/SP, nosso colega Aluisio Luiz de Oliveira (Ceará), de Fortaleza/CE, que vez ou outra comenta por aqui, fez um bolão no Loteria Esportiva, onde cada um entrou com um pequeno valor. Eu entrei com 10 cruzeiros. E não é que deu os 13 pontos. Com a minha parte, comprei um Fusca Zero Unicromático (Top na época), uma máquina fotográfica das boas, e sobrou uma grana para colocar na poupança de CEF (Banespa ainda não tinha poupança)

O Ceará (Aluísio) ficou com a maior parte e comprou vários apartamentos na Bela Vista e um Chevete Zero Dourado (também Top de linha). Todos que entraram no bolão do CEARÁ, levaram uma boa grana. Quem sabe ele lê esse comentário e confirme esse comentário. Aluísio Ceará um ABRAÇÃO e que a sorte continue a te acompanhar e um feliz Ano Novo a você e toda sua família e também a todos os BANESPIANOS E FAMÍLIAS.
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119514   TEM CAIXA AÍ, LEVANDO QUATRÃO !!!Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
31/12/2014 - Banespa/Agudos,1986 - Primeiros dias do mês, atendo um senhor bem velhinho
que se aproxima e diz que quer falar comigo.

Perguntei do que precisava, e ele " Tá vendo aquele caixa descabelado alí ?". Apontou o José Scatamburlo
e disse : " Todo mês eu venho receber meu INSS e esse cara toma Cr$ 4,00 de mim. Já trago até separado
pois todo mês é a mesma coisa."

Falei que iria verificar e ele saiu meio desconfiado, olhando para os caixas e resmungando.

No fim do expediente, chamei o Scata e perguntei a ele o que ocorria. Essa foi a explicação:
"Todo mês ele vem para receber Cr$ 976,00. Eu pergunto a ele se tem Cr$ 4,00. Com esse valor,
recebido dele, eu pago Cr$ 980,00. É só para facilitar o pagamento..."

Procuramos na primeira oportunidade explicar para o idoso, mas parece que não colou. Orientamos
então os caixas que pagassem o valor da aposentadoria, evitando pedir o troco. Daí, não aconteceram
mais reclamações.

Nós, idosos, somos uma raça em extinção e com a gente páu é páu e pedra é pedra...
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119486   Minha História - Senhor Monaco X Zé Pedro (contador Geral e Continuo)José MichelanGarça/SP
28/12/2014 - Quem trabalhou na antiga Matriz do Banco, praça Antônio Prado com rua João Bricola, no edificio Altino Arantes, com certeza deve ter conhecido o Sr. Mônaco e Zé Pedro! Sr. Mônaco, Contador Geral da Matriz, atendia em sua sala no segundo andar do mesmo edificio. Ali decidia a maioria das decisões administrativas da Matriz, inclusive frequência de pessoal. Era tido por todos como muito severo no cumprimento das instruções administrativas. Eu, o conheci pessoalmente e não guardo boas recordações desse encontro!! Após viajar um final de semana ao interior, tive que permanecer na cidade na segunda feira!! Ao retornar na terça-feira, claro, tinha que abonar a falta aos serviços. Tarefa dificil, mas precisava disso. Meu Chefe da Seção, Sr. Thomaz Cardoso, que ia a sala do Sr. Mônaco com muita frequência, me pediu que fosse falar com ele, Sr. Mônaco. Com certo receio, pois já sabia da austeridade do homem, assim mesmo enfrentei!! Ao bater na porta, pedi licença e entrei e logo fui explicando a ausência..... Não deu outra, sem mais delongas ouvi um sonoro não...... Você não faltou, então agora assuma as consequências!!! Bom, como já tinha seis meses de Banco, passei a receber a Licença-Premio, a cada periodo de cinco anos, sempre com esse atraso!! Mas e a história Sr.Mônaco e Zé Pedro? O Zé Pedro, era continuo da Matriz, já com algum tempo de Banco. Muito respeitado pelos colegas, porém as vezes um pouco xarope. Por essa razão, era motivo de chacotas por parte de alguns, mas tinha a resposta pronta, não preocupava em agradar ninguem, era do tipo .....falou....levou e pronto. Sua função principal, era levar pastas de correspondências entre os vários departamentos, subindo e descendo pelos elevadores, o que facilitava as conversas e brincadeiras entre os colegas funcionários!! Contam que o encontro teria sido assim : O Zé Pedro, como fazia sempre foi a sala do homem, Sr. Mônaco. Ao entrar na sala, se descuidou e a porta bateu com força ao fechar. Ah. Sr. Monaco não devia estar no melhor dia, e imediatamente o admoestou, dizendo: - " Nesse Banco, se você não é louco, com certeza é viado" Ah. logo o Zé Pedro, que não levava desaforo para casa, deu o troco na hora, dizendo: "Pois é Sr. Mônaco, eu sou louco, .... e o Sr. o que é ? Infelizmente, não se conhece o desfecho da historia!!!
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119373   Minha história - Que Sufoco !!!Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
18/12/2014 - Em fev/70 deixei um emprego de 8 anos em Bauru, onde ganhava Cr$ 500,00e pagava um aluguel simbólico de Cr$ 10,00 para meus sogros , e morava em uma casinha de madeira,para ingressar no Banespa..

Fui para Rio Claro/Sp com esposa e dois filhos pequenos à tiracolo. Ganhava cr$ 420,00 brutos e só de aluguel eram cr$ 180,00. Não digo que passamos fome, mas o dinheiro era contadinho.

A sorte era que uma quitanda facilitava as compras.Pagava todo dia 20.Então, legumes e algumas alfaces não faltaram. Minha esposa, aproveitando o tempo em que os meninos estavam na escola, costurava para as vizinhas e vendia box para banheiro. Só recebia alguma coisa se vendesse. De uma maneira ou outra, ajudava no orçamento. Sempre foi uma guerreira.

Então, apareceu em minha vida, um cara de nome Adalberto Manoel Ferratone, que vendo meu aperto, me chamou de lado e disse:

"Se eu souber que você está se endividando em banco ou com agiota, vou ficar muito bravo. Quando ingressei no Banco, alguém me ajudou e agora quero fazer o mesmo com você.".

Então, não raras vezes eu emitia um cheque e o Adalberto trocava por um dele, descontando só no dia do pagamento. Eram cheques amarelinhos , só para funcionários. Ferratone, nunca esquecerei disso .

Lembro-me de certo dia, quando meus filhos Eduardo e Fábio chegaram todos animados da casa da vizinha. Tinham ingerido no lanche, uma coisa gostosa. Não conheciam o Nescau... A gente tinha outras prioridades.

Com o passar dos anos, o salário foi se reajustando,chegaram as promoções de letras e cargos em comissão ,trazendo um alívio reconfortante. Agradeço a Deus pela oportunidade.

Hoje, aposentado desde 1992,agradeço ao Banespa por tudo que essa grande empresa me proporcionou.
Graças ao Banco, os meninos que não conheciam o Nescau, hoje são dois médicos conceituados

Em 2015,eu e Dona Sueli completaremos 50 anos de casados.Espero estar presente, rodeado pelos filhos
filhas e netos.
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119363   Minha História - Inicio muito difícilCarlos Alberto Rodrigues dos SantosBelo Horizonte/MG
18/12/2014 - Caldeira a sua porta de entrada foi a letra "L", mas a minha foi um quadro especial para acolher os funcionários de Bancos incorporados. Era eu gerente numa das agências do Banco de Cordeiro, onde fui admitido em 1960 e enquadrado neste quadro em 1966. Meu inicio foi muito difícil, pois tive que para ficar no Banespa optar para voltar a condição de funcionário. Alguns colegas não aceitaram o reenquadramento e foram demitidos. Mas a minha opção foi consciente e apesar de algumas reações de banespianos na nossa incorporação, com o tempo conseguimos ultrapassar as dificuldades iniciais e 04 anos depois, indicado pelos superiores conseguimos a primeira promoção no quadro de administradores. Faço este relato direcionado a você porque no final de minha carreira você participou de minha posse como gerente de Manaus e como chefe do departamento de pessoal que foi na época, também muito me ajudou, com a participação do Vadico. É uma grande alegria poder me dirigir a você.
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119358   Por debaixo do pano... não, não, do tapeteHarri RodriguesFlorianópolis/SC
17/12/2014 - Amigos do Grupo:
Como minha vida de bancário, também não foge à regra de todos, vou apenas contar um "causo interessante".
Tínhamos em Lages SC, um gerente Sr. Emilio, que depois foi transferido à Salvador BA...
- Certo dia um fazendeiro, ligou e pediu a ele (gerente), que alguém fosse até sua residência levar um valor em dinheiro (na epoca expressivo).
- Chamou um colega,Orestes (gente finíssima, mas muito brincalhão com todos...) - Passou-lhe o dinheiro para levar ao cliente, e que ele lhe entregaria o cheque do valor correspondente.
- Na volta à agência, o gerente muito zeloso, foi logo perguntando se estava tudo certo, ao que o Orestes (muito gozador), respondeu.
- "Olha seu Emílio, toquei a campanhia, bati na porta e ninguém atendeu, e como o sr, disse que ele ia para a fazenda, talvez voltasse em seguida, então, levantei o tapete da entrada da Porta, e deixei o dinheiro, lá embaixo, com um recado na porta dizendo onde estava o dinheiro".
MEUS DEUS - Vocês precisavam ver o alvoroço na agência, o Sr. Emilio, ficou meio engasgado, sua voz não saia, mas conseguiu apenas pronunciar,
"ORESTES - Maluco - vá lá depressa pegar o dinheiro, que eu conheço a casa do cliente, que nem portão a casa tem"
Foi aquela gozação, pois o Cliente muito amigo do Gerente (e muito brincalhão também), estava sentado em uma cadeira próximo a gerência, só presenciando a cena, pois foi ele quem sugeriu brincadeira/gozação.
Você não acreditam, mas foi o cliente o primeiro a levar água para o gerente se acalmar, pois achávamos que ele ia ter um "piripaque", ou coisa pior, pois o gerente sem voz estava estatelado na cadeira, suando em bicas.
Mas valeu pelo fato marcante.
Foram essas coisas ("causos" - e quem não tem um para contar...) boas da vida que nós banespianos, somos marcados indelevelmente em nossas vidas.
Abraços.
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119356   Capixaba danado!Orly GuerraVila Velha/ES
17/12/2014 - Galvão, essa sua declaração me faz lembrar do meu primeiro chefão, Alonso Perez. Como eu era do ES, e na OP costumavam dizer que quem era do RJ pra cima era malandro, fui vigiado diretamente pelo Alonso Perez. Eu estava encarregado de fazer um cartão com anotações das informações sobre os clientes, de que agência eram. Veio uma OP e o cliente era, por exemplo, da ag. Bom retiro. Transferi por telex a OP e fiz o cartão. Minutos depois o Alonso subiu ao Mezanino e perguntou ao meu chefe Tanaka se eu havia feito o cartão. Tanaka disse sim. Mas, mesmo assim o Alonso foi à gaveta confirmar se eu havia feito mesmo. Na 2ª vez, fiz o cartão também. O Alonso fez o mesmo ritual. Na 3ª vez, esqueci de dizer pro Tanaka que havia feito o cartão. O Alonso apareceu, perguntou ao Tanaka. Tanaka olhou pra mim meio apavorado, eu confirmei que fiz. E o Alonso foi lá conferir. Depois disso nunca mais o Alonso me fiscalizou.

Quando o Alonso Perez chegou à Diretoria, visitou a Ag. Vitória. Quando me viu, me abraçou e me chamou de “Capixaba danado!”.

Obs.: fazia quatro horas de extra e mais dez horas no sábado no FGTS, com Wanderley Perez e Paulinho de Amparo. Dava para mandar dinheiro pros meus pais – a situação estava periclitante. Se faltasse um dia ao extra perdia o direito. Nunca faltei.
Guerra-

“O meu primeiro gerente (contador, na época) não ia com a minha cara (acho que era porque não fazia parte da turma que ia com ele ao boteco no final do expediente) e me ferrou bastante”
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119355   Minha História - Valeu !!!Antonio Galvão Raiz PortoAltinópolis/SP
17/12/2014 - Peço licença para fazer depoimento.

É isso mesmo, Caldeira, a sua imagem reflete bem o que fizemos: cada um de nós ajudou a colocar um tijolinho na casa do nosso Banespa. E cada um de nós, banespianos, tivemos as vidas intimamente ligadas a ele, durante grande parte de nossas existências.

Tínhamos a fama de 'marajás' por conta do que diziam as más línguas: "trabalhávamos pouco e ganhávamos muito". Isso se devia ao fato de que, no nosso contexto de bancários, em comparação com os demais funcionários de bancos particulares - que recebiam salários irrisórios - éramos bem remunerados. Assim, conseguir passar num concurso do Banespa significava uma proeza extraordinária, um verdadeiro 'fato social'. Até hoje, guardo com carinho a publicação no jornal da cidade dos nomes - entre os quais está o meu - aprovados no Concurso n.º 35.

Por isso, gostei muito de ler os depoimentos do Bosco, do Cadinho e do Guerra. É bom a gente saber um pouco daquilo que os nossos companheiros passaram. Vêm-nos as lembranças das coisas que marcaram profundamente a nossa trajetória dentro do querido Banespa.

Todos nós - os bons banespianos - tivemos, é claro, os nossos bons e os nossos maus momentos. Mas, a tudo superamos e certamente guardamos, no presente, o orgulho de termos cumprido o nosso dever e contribuído para que o Banespa fosse, no passado, o grande banco que foi. Com certeza, para a maioria de nós, não foi um começo fácil. Como os que citei, vim de uma família pobre e tive que batalhar muito para conquistar o meu lugarzinho ao sol.

Quando passei no concurso, trabalhava no Banco Moreira Salles (que a gente chamava 'carinhosamente' de "Miséria Sales"); conseguia verdadeiros milagres para pagar a Faculdade de Direito e ainda juntar um dinheirinho para casar. Em 1966, ingressei no banco para inaugurar a agência urbana Ipiranga (quando chegamos, o prédio ainda nem estava totalmente acabado). O que eu comecei ganhando mal dava para pagar o aluguel (caríssimo) e a faculdade. Não sobrava muito para comer; a minha sorte é que a minha esposa sempre foi uma exímia 'economista doméstica'.

Mas, as coisas foram aos poucos melhorando. Vieram uma gorda gratificação e uma promoção (aniversário do Banespa). Comecei a fazer bastantes horas extras...O meu primeiro gerente (contador, na época) não ia com a minha cara (acho que era porque não fazia parte da turma que ia com ele ao boteco no final do expediente) e me ferrou bastante. Até carta de advertência recebi por ter sido pessimamente avaliado - lembram-se das famigeradas avaliações secretas? O que me consola é que o seu substituto foi meu grande amigo, e me avaliava sempre bem - sinal de que eu não tão mau funcionário assim...

Mas, acho melhor parar por aqui, já me alonguei demais; me desculpem.
Um abraço a todos.
Galvão
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119346   Minha História - Médico Cubano?Orly GuerraVila Velha/ES
17/12/2014 - Cadinho, cada um tem um bo-Cadinho pra contar. Deixando a pobreza na infância e adolescência (Bosco – quando ventava muito e chovia, mamãe colocava jornais nas frestas das madeiras), tive problemas para entrar no Banespa.

Para viajar e fazer a inscrição na Matriz, tive que pegar dinheiro emprestado.

Quando fui fazer a prova (35º concurso) peguei mais dinheiro emprestado, fui na rua Sta. Ifigênia e comprei aparelhos estabilizadores para geladeiras, que estavam na onda naquela época; deu para custear as despesas. Outro colega que veio comigo, depois da prova foi para BH comprar sapatos e vender em Vitória.

Fui chamado no começo do 2º semestre de 1966; apresentei-me na Matriz, fiz os exames que o médico mandou. E o exame de sangue deu HEMOSSEDIMENTAÇÃO ELEVADA. O médico não autorizou minha admissão, alegando que eu tinha alguma doença grave. Voltei um mês depois e o exame acusou a mesma coisa. Em Vitória fui ao dentista; fui ao médico de nervos (não existia neurologista); fui ao médico de reumatismo; fui ao médico de ossos. Todos disseram que eu não tinha nada. Voltei a SP disposto a dizer pro médico do banco mandar me examinar por uma junta médica. Mas no exame que me mandou fazer novamente desapareceu a hemossedimentação elevada. Então fui admitido em 23-janeiro-1967. E perdi a promoção dos 40 anos do Banespa.

Depois de muito tempo, quando nos exames de sangue era exigido 12 horas sem comer, é que descobri a tal hemossedimentação elevada. Eu ia pro cine Art Palácio ver bang bang até tarde. Comia sanduiche e ia pro hotel dormir. Era aí o problema.

No dia que o médico autorizou minha admissão, já era 16h. Apresentei-me no Depto. Pessoal. O encarregado da admissão disse já havia encerrado as admissões naquele dia e que eu voltasse na segunda-feira. Argumentei que estava pagando hotel e precisava trabalhar logo. Ele ficou irredutível. Aí insisti para falar com o superior dele. Ele falou com o gerente, que parou a admissão de aproximadamente dez candidatos e mandou que eu entrasse. Continuou a preleção e me devolveu pro encarregado que me mandou pra seção de OP da Matriz.

Obs.: Só recebi a promoção perdida em 1975 como “os retardatários”. Acho que era essa palavra que estava na circular.
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119345   Minha História - Peripécias para vencerJoão RamosAssis/SP
17/12/2014 - Acho que a maioria de nossos colegas dessa época de admissão no Banco tem uma história para contar. Tbém. comecei a trabalhar c/ 11 anos época em q. antes tinha recebido uma moeda de meu pai. Para ter meus livros e cadernos da escola, ia na padaria e no açougue todos os dias e comprava sempre um pouco menos de carne e com o troco colocava em dia minhas necessidades escolares, E daí como vcs. existiu uma longa trajetória cheia de percalços até atingir o meu desiderato profissional. Devido os tantos problemas enfrentados, somente fui me casar com 29 anos de idade.

Um exemplo, nasci em 1938 e portanto em 1950 tinha 11 /12 anos e colecionei o Album de figurinhas da COPA DO MUNDO de 1950. Por falta de recursos meu album ficou faltando umas 15 figurinhas. Está intacto mas incompleto. Valeria hj. um bom dinheiro. ( Escalação do Brasil : Barbosa, Augusto e Juvenal, Bauer, Danilo e Bigode, Friaça, Zizinho Ademir, Jair e Rodrigues). abraços
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119344   Minha História - Muito mais que sorte!Carlos Alberto RodriguesSantos/SP
17/12/2014 - Deixa eu contar parte de minha história. Comecei a trabalhar com 16 anos: o dia todo, inclusive sábado.
Servi ao Exército Nacional em 1958.
Estudava à noite.
Entrei no Banespa com 21 anos (em 1960).
Fui recompensado pelo meu esforço, mas há algum tempo atrás, foi dito aos meus amigos que estavam comigo numa festa: o Cadinho teve sorte na vida - trabalhou no Banespa!
Cadinho
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119329   Minha História - Deita... LevantaJoão Bosco Galvão de CastroGuaratinguetá
16/12/2014 - Vou contar mais 2 fatos que não tenho vergonha alguma, pelo contrário,
tenho orgulho e hoje acho até engraçado.
Meus pais eram muito pobres e não podiam me ajudar mais do que
ajudaram. Depois que saí do exército nunca mais dependi deles.
Antes de ir para SP eu trabalhei em São José dos Campos.
Trabalhei primeiro na Alpargatas, era auxiliar de escritório e ganhava
uma mixaria. Vim com mais 3 colegas de Pindamonhangaba.
O máximo que conseguimos foi alugar um quarto, para os 4, onde
tinha uma única cama de casal. Eu e mais 1 trabalhávamos de dia,
outros 2 à noite, das 22,00 às 6,00 da manhã.
À noite dormia eu e mais um amigo que trabalhava de dia, mas como
a gente trabalhava até as 17,00 horas tinha de ficar esperando, do
lado de fora, desocupar a cama dos que trabalhavam à noite, o que
só ocorria em torno de 21,00 horas.
Depois fui trabalhar como inspetor de qualidade na Eaton, que fabrica
peças de automóveis. Lá eu trabalhava 15 dias durante o dia e 15 dias
durante a noite.
Daí eu já morava em uma pensão, em um antigo prédio comercial, cuja
frente eram daquelas portas de aço, de enrolar. Minha cama ficava
perto da porta. Quando eu trabalhava durante o dia, não tinha problema,
dormia normalmente há noite. Quando eu trabalhava à noite chegava
na pensão mais ou menos às 8,00 da manhã. Por volta de 10,00 horas
a dona da pensão abria a porta e eu ficava dormindo, não na rua, mas ao
lado da calçada. Quando acordava eu via o povo passando ao
meu lado, mas não estava nem aí ! De vez em quando eu levantava,
ia ao banheiro e voltava dormir como se nata estivesse acontecendo.
Por isso que eu valorizo e luto pelo pouco que consegui no banco !
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119327   Minha História - Bancário BanqueiroJoão Bosco Galvão de CastroGuaratinguetá
16/12/2014 - Quando eu fui para São Paulo, "com uma mão na frente e outra atrás"
antes de fazer o concurso para trabalhar no banco eu trabalhava
no Hospital Modelo, na Rua Tamandaré, na Liberdade, em São Paulo.
Por falta de opção fui morar em uma "cabeça de porco", assim chamada
aquelas casas antigas, piores que pensão. Tinha 5 quartos com 4 pessoas
cada uma e um único banheiro.
Prestei concurso, passei, comecei a trabalhar no banco mas ainda continuei
morando lá por quase um ano.
Meu quarto ficava virado para a rua, no primeiro andar.
Então eu tinha uma lavadeira que pegava minhas roupas e quando vinha
entrega-las, ela começava a gritar da rua, debaixo da minha janela:
- Banqueiro, sua roupa está pronta !!! Banqueiro, sua roupa está pronta !!!
Toda semana a mesma coisa e eu cansava de falar para ela:
- Minha senhora, eu não sou banqueiro, sou bancário, bancário !!!
Foi a única vez que fui considerado banqueiro...
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119227   MAS BAH, CHÊMário Augusto Ferreira de AndradeBauru
06/12/2014 - Agudos/anos 60 - Meu saudoso pai comentava que na Revolução Constitucionalista de 1932,todos os soldados da Polícia Militar foram convocados para a frente de batalha.

Os serviços essenciais do município , ficaram a cargo dos funcionários da Prefeitura.

Meu pai era responsável pelo contrôle de venda de combustíveis nos 2 postos da cidade. Ouvi muitos motoristas de praça (taxistas) falarem bem dele, pois fazia vistas grossas na hora do abastecimento,permitindo um maior número de litros.

Além disso,onde hoje é a Prefeitura Municipal, no meio da praça Tiradentes,era a cadeia pública. Os funcionários públicos Chico Benjamin,Bráz Perni,Bernardo Guarido e meu pai eram responsáveis pela guarda e alimentação dos presos

Certa manhã,uma tropa gaúcha parou na Rua 13 de Maio , em frente á cadeia,armaram um triplé com uma metralhadora
e mandaram bala contra o prédio.

Foi um Deus nos acuda, com todos pulando debaixo das mesas enquanto as balas faziam um estrago considerável.

Após isso,desmontaram a arma e seguiram em direção à Bauru . Queriam apenas marcar território.

Era a gaúchada SE ACHANDO em terras paulistas.
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119226   DORMINDO COM O INIMIGOMário Augusto Ferreira de AndradeBauru
06/12/2014 - Bauru/2008 - Descobri nesse ano que tinha um novo companheiro. Era uma americano de nome Parkison,que se aproximou de mim e como um posseiro tomou conta da propriedade. Estou tentando através da medicina, uma liminar para reintegração de posse.

Como um"serial killer", na calada da noite, o ianque vai sorrateiramente aniquilando as frágeis colônias de neurônios.Ainda restam muitos mas estão preocupados pela fome do predador.

Diariamente,junto com meus amigos Sifrol,Samogin e Benincar,jogamos truco contra ele que se faz acompanhado de um japonesinho de nome Sudoku, que teima em trazer problemas de difícil solução.

É a "Recreativa" do grupo que tem uma platéia permanente. As parentes Prima Dona, a Rosa Vaz e Tia Tina.

Mas não perdemos o humor por causa desse intruso.Aprendemos a cuidar da família com mais dedicação pois sabemos que a qualquer momento poderemos fazer a grande viagem,

Por enquanto,já avisei a esposa, Dona Sueli que ao notar que os tremores aumentaram, me compre um desses pandeiros grandes para que o pessoal passe em frente minha casa e achem que estou cantando um samba. (rsrsrsr).
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119225   QUANTO VALE UM APERTO DE MÃOMário Augusto Ferreira de AndradeBauru
06/12/2014 - Banespa-Gastão Vidigal-1981 -Uma tarde calma, passa pela agência o Nenê Viais e me convida para acompanha-lo até Pereira Barreto,para passar uns vistos em umas notas fiscais. Nenê negociava com gado, era o melhor cliente da agência.. Não havia como negar ao pedido,.

Ele havia vendido e entregue uma garrotada para um fazendeiro do Mato Grosso do Sul e precisava regularizar as notas.

Pegamos a estrada, entramos em Auriflama onde ele resolveu umas pendências e chegamos à Pereira Barreto. Adentramos ao Posto Fiscal e o Nenê foi atendido por um senhor já pela casa de uns 60 anos. Muito sério, perguntou o que queria e após ouvir, soltou os cachorros prá cima do Viais.

" O senhor é um irresponsável ! Como é que transporta o gado e só depois pede a autorização ? Vai ser autuado por isso."

O Nenê deu uma encolhida,pegou o talonário de notas, guardou na valise e só se desculpava..

Foi quando notei que o fiscal portava no dedo anular um belo anel de ouro, entalhado com esquadro e compasso. Apertei-lhe a mão me despedindo maçônicamente.

O homem estalou os olhos e perguntou : " Mas, você está com ele ?"

Respondi que era gerente do Banespa em Gastão Vidigal , era meu cliente e estava acompanhando-o na viagem.

O cidadão pediu o talão de volta e enquanto batia o carimbo regularizando as notas fiscais, alertava o Nenê para se abster de fazer isso, pois era proibido.

Pegamos o caminho de volta e o Nenê Viais embasbacado, não entendia mais nada. Expliquei a ele o que ocorreu e o safado de pronto, perguntou : "Rapaíz...Como. faço prá entrar nesse negócio? (rsrsrsrs)

É meus amigos. Os homens livres e de bons costumes também tem suas estórias...
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119205   CARONA DA HORA !!!Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
05/12/2014 - Banespa/Consolação(urb.sp) nov/1981 - José Eduardo Pacheco, o Jaú,gerente da agência,juntamente com dois clientes,Afonso e Pimenta estavam em um fim de semana hospedados no Hotel Jatiúca em Maceió-AL.

No mesmo hotel encontrava-se a seleção brasileira de futebol, com o saudoso Telê Santana no comando. Jogadores como Careca, Renato "Pé Murcho" e Toninho Cerezzo ,circulavam pelo saguão,atendendo aos fãs e posando para fotos.

Após o almoço, a delegação embarcou em ônibus,com destino ao estádio. Atrás, um comboio de carros ( Landaus, Opalas e Brasílias) destinados a transportar os convidados "VIPS",como os Presidentes de Federações,Políticos, etc.

Jaú e os amigos estão defronte ao hotel,quando para uma Brasília e o motorista todo solícito pergunta : " Os doutores não vão ao jogo ? ". Era a oportunidade que estavam esperando. Embarcaram e o Jaú deu a ordem: "Segue a comitiva ! "

Com batedores da PM à frente da caravana, os portões especiais foram abertos para recebe-los.Nossos amigos se juntaram ao grupo e foram direcionados às cadeiras reservadas para as personalidades. Ótimo local, no meio do campo visão plena, assistiram o Brasil enfiar 5 a 1 na Irlanda.

Após o jogo, lá pelas 19:00 o motorista perguntou se queriam ir para o hotel ou outro lugar. Seguiram para a orla,parando no Bar das Ostras.

Atolaram a cara na cachaça até de madrugada.O rapazinho, já preocupado pediu que o liberassem pois precisava entrar no serviço às 9:00. O Jaú disse para acalmá-o:" Não esquente a jaca !"

E de posse de um papel,redigiu um ofício à autarquia que empregava o motorista, com os seguintes dizeres : "Informamos que Fulano de Tal, esteve a nosso serviço no domingo e tem a segunda feira de folga." Os três assinaram e o rapaz sossegou.

Chegando ao hotel, fecharam as contas e voaram para São Paulo. O motorista deve ter entregue o "ofício" à chefia,que após tomar ciência do teor mandou protocolar e abonou a falta.

Para essas caras de páu, só óleo de peroba...
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119021   ESSE CARA SOU EU !!!Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
17/11/2014 - Banespa/Votuporanga-1980/83 - Conheci Pedro Volpe quando fui promovido a Chefe de Serviço-Crédito Rural para a querida Votuporanga.

Amado por poucos,odiado por muitos, era uma pessoa que podemos conceituar como "uma figuraça !" Na GR-23 Fernandópolis, ocupava o cargo de Gerente Regional.

Uma de suas qualidades era a sinceridade. Se não fosse com a "faccia" de um funcionário, não matava pelas costas. Chamava-o e dizia : " Fulano, é bom você
procurar outra região para trabalhar pois aqui não estás agradando."

E cobrava isso. Ao ver o funcionário perguntava " e daí, já achou a praça Se precisar de uma ajuda, a gente dá uma força."

Agora, se você caísse nas graças do homem, era uma beleza. Foi com a minha cara e onde eu fosse substituir ( Gestal,Gastão,Cosmorama) tinha todo o suporte necessário para um bom gerenciamento.

Alguns fatos que marcaram a passagem do Pedro e os quais memorizei:

- Um dia, ao visitar a Agência de Vtuporanga, chamou o fucionário Fiori e perguntou seu endereço residencial. Ao ser questionado o porquê disse " É que vamos abrir uma agência vizinha de sua casa, pois toda oportunidade que lhe ofecemos você diz que fica longe.";

- quando gerente em Votuporanga,fazia parte do Aero Clube local e certa noite
saiu na porrada com o Prefeito da cidade, destruindo um restaurante de tanto brigarem;

- após a briga, foi transferido para Tanabi. Mandou que jogassem fora aquele carrinho que fica com umas folhas e que anota a "responsabilidade" dos clientes. Alegou que o melhor cadastro existente era o dono do boteco da esquina pois conhecia o povo, cabo a rabo..

Enfim, na GR-23 foi um Regional que marcou seu tempo. Lembro com saudade daquela época em que de vêz em quando ele chegava e agitava o ambiente.

Hoje segundo consta, é comerciante em S.José do Rio Preto.

Pedrão Volpe, uma pessoa ímpar.
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119020   NÃO POSSO PERDER ESTE EMPREGOMário Augusto Ferreira de AndradeBauru
17/11/2014 - Bauru-anos 60/70 - Havia na Rua Baptista de Carvalho, atual calçadão, a Tilibra
uma potência pertencente à família Coube.

Vizinha, funcionava a pequena Papelaria Comercial do P.C.Marques e segundo os historiadores, o nome Tilibra , era proibido de se falar dentro da Papelaria devido à concorrência.

Certa manhã, um funcionário abastecendo as prateleiras tentou colocar alguns pacotes de cadernos e falou em vóz alta com um colega : " Não coube...."

O proprietário Paulo Marques partiu para cima do rapazinho ,perguntando :

"Eu estou ouvindo errado ou você falou Coube ?"

E o balconista, todo encolhido :

" Não sêo Paulo, eu quis dizer que NÃO CABEU !!! "

Que sufoco...
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118628   Tirando os oculosJosé MichelanGarça/SP
07/10/2014 - Amigo Renê que surpresa boa - o Site do Álvaro faz milagres - há mais de 40 anos trabalhamos em Bauru!! Realmente quanta saudades daquele tempo. Lembro sim do Bar, onde jogavamos dama e só o colega Silvio Ganhava!!kkk Lembro de todos amigos da Agencia daquela epoca primorosa!! Você se lembra do Emilio Avalone, que quando via uma mulher entrando ou saindo da Agência, logo corria até o balcão, tirando os oculos, ficava murmurando sei la o que, e babando!! kkk, Ah nunca me esqueço disso!!
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118110   TEM QUE TER PULSO FIRME Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
23/07/2014 - Banespa/Audit - 1991 - Os subgerentes responsáveis pelos inspetores,ficavam confinados em uma sala com paredes de vidro.Do outro lado,ficavam nós, raia miúda e só saia pérolas. O pessoal chamava a sala de vidro de aquário e escutamos essas :" Olha lá o Sorbara, loirão, parece uma carpa; o Cassiano então é aquele peixe preto zoiudo que adora comer o rabo dos outros peixinhos. E a gente levava na boa.

No salão onde a gente trabalhava, havia umas 15 a 20 mesas. Estava eu, sentado nos fundos ,quando tocou o telefone. Atendi e era um comissionado da ag. de Duartina, querendo falar com um inspetor. Falei para ele que ,seguisse o relato.

Disse que haviam feito uns lançamentos contábeis indevidos e queriam orientação para sanar essa anomalia . Orientei o modo correto e o mesmo agradeceu.

Foi aí que soltei os cachorros : " Vocês aí do interior são todos uns bundões que só fazem cagadas e depois correm aqui prá gente limpar. Se acontecer novamente, verão o que é bom prá tosse, cambada de incompetentes, filhos da puta..."

e bati o telefone.

Um colega, inspetor recentemente nomeado, estava na mesa à frente da minha.Virou-se para mim e disse : " Pôrra Marião, você é fóda !!! "

Mal sabia ele, que tudo era um teatrinho. Quando soltei esse monte de impropérios, o colega de Duartina já havia desligado. (rsrsrsr)

A primeira impressão é a que fica...
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118092   ATUALIZANDO O CADASTRO Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
21/07/2014 - Adger/Audit - 1990 - Estava realizando uma inspeção na ag.Perdizes (urb),quando ao pegar por amostragem uns cartões de abertura de conta ,me deparei com o nome de José Willian Lacerda.

Achei que era um primo, há muitos anos sem contato. Verifiquei a filiação e não tive mais dúvidas.

Perguntei ao gerente se o conhecia, e ele disse : " Conheço muito. Tem um escritório de despachante aqui perto e diariamente vem à agência para recolher taxas, etc. Resolvemos então, a criar uma "pegadinha".

No dia seguinte,orientado nos guichês de caixa, para se dirigir até à gerência, encostou na mesa do gerente e eu estava perto folheando uns documentos.

O papo foi mais ou menos assim : " Sr. José Willian, nós estamos atualizando uns dados dos clientes e pedimos que o senhor nos respondesse alguns quesitos. "

Ao concordar, o gerente mandou essas perguntas :
- O senhor teve um avô de nome Rodolpho Rangel ?" e ele "Sim".
- O senhor já morou em Agudos,interior de S.Paulo?" e ele "Sim".
- Seu tio Mário trabalhava na Prefeitura ...................?" e ele "Sim"

Aí, o cara já bem invocado, perguntou : "Mas precisa tudo isso para abrir conta no Banespa ?"

O gerente e eu caímos na risada e explicamos a armação. Foi um momento de enorme alegria, nos abraçamos, trocamos figurinhas, falamos da família, etc,etc. O gerentão então ficou todo feliz pois tinha ganhado uns pontos com o inspetor ( rsrsr).

Na sexta feira seguinte, último dia da inspeção, o primo chegou acompanhado da filha e me apresentou . Muito bonita, era candidata ao título de miss Sociedade Esportiva Palmeiras. Ele todo orgulhoso, disse que era palmeirense fanático,não perdia um jogo e que a filha namorava o lateral esquerdo do Verdão.

Eu falei " Puxa... que legal..!!! " Mas por dentro, como corinthiano juramentado,falei com meus botões: " ôrra meu. Lateral esquerdo ? Mas que pobreza. Se ainda fosse um centro avante goleador, vá lá... "

Nunca mais nos encontramos.
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118022   ABOTOANDO O PALETÓ Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
14/07/2014 - Banespa-Jahu-ano 1973 = Com a incorporação do Banco de São Paulo (Emissor) várias cidades vizinhas ganharam de presente uma agência do Banespa. Era uma festa...

De Itapuí,antiga Bica de Pedra, vinham semanalmente à nossa agência, o subchefe do Crédito Rural , João Paraná e o gerente Zé Mineiro, para levar a documentação de muitos mutuários, que transferiram suas contas para aquela cidade.

O estranho em João Paraná é que ele ria de tudo. Poderia ser a coisa mais insólita que ele caía na gargalhada. Um dia comentou conosco : "... hahahah, ontem meu filho de 6 anos subiu na cadeira para beber água e o pote caiu na sua cabeça, levando 9 pontos, hahahah...." Impressionante, coisa para psicólogo.

Zé Mineiro então, fêz uma bela carreira no Banco e chegou à gerência mesmo sendo negro. pois a discriminação à época era aviltante e continua até hoje,embora disfarçada.

Muito dedicado,vestia a camisa do Banespa. Foi transferido para uma agência maior, Mococa, na média mogiana onde foi bem sucedido no trabalho.

Embora com tempo para se aposentar, não aceitava a idéia de maneira alguma e justificava : " Se aposentar,serei mais um neguinho misturado à multidão, enquanto na ativa, sou conhecido como o gerente do Banco do Estado de São Paulo.

Um dia, movimento normal na agência, desfaleceu sobre a mesa. Um infarto fulminante o levou à óbito.

Como dizia aquele político alagoano de triste lembrança, "... o tempo é o senhor da razão..."
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118021   UMA JÓIA, NÃO UMA BIJUTERIA Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
14/07/2014 - Bauru/anos 60 - Graças a Juscelino que iniciou a indústria automobilística nacional e ao Collor que taxou nossos carros de "carroças", abrindo o mercado para importações e instalação de novas montadoras, podemos dizer que hoje, a frota de veículos automotivos do Brasil, é boa.

Nessa época, nosso amigo Jamil Patrinhani,colega de serviço na ag.Ford, adquiriu uma DKV-Vemaguete usada e conseguiu reformá-la por completo. Pintou com novas cores ( vermelho cereja) e colocou todos os acessórios cromados. Ficou uma jóinha !.

À época, as placas dos veículos continham apenas duas letras antes dos números.Ele conseguiu junto ao setor de trânsito, a placa " JA-1000" e desfilava todo pomposo com a perua devidamente personalizada.

Esse veículo nos proporcionou bons momentos. Dentre eles, uma viagem à Araraquara onde assistimos à noite, o jogo Ferroviária X Corinthians. Fomos em 5 adultos, espremidos, mas a peruínha aguentou.


Lembro-me que na saída do jogo, já com destino à rodovia, passamos por uma rua onde um casalzinho de namorados estavam no maior arrocho. O Jorge
Habib, pediu para parar,abriu a janela e disse : " Eí rapaz ..." e o moço " Pois não..."
E o Jorge mandou : "Não aperta muito senão ela peida..." saímos gargalhando.

Era um automóvel que deixou muitas lembranças. Só possuía as portas dianteiras que abriam para a frente. Como as mulheres as vezes não se cuidavam na hora de descer do carro, as DKVs foram apelidadas de "Deixa vê".

A DKV-Vemag, foi adquirida por uma montadora multinacional e seus carros, o Jeep, o Belcar e a Vemaguete saíram do mercado. O Fissore, que seria o próximo lançamento da marca, teve seu projeto utilizado pela Ford, na fabricação do Corcel.

Lembranças de quando nossa indústria automobilística engatinhava...
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117993   ÉRA BOM DE GARFOMário Augusto Ferreira de AndradeBauru
11/07/2014 - Banespa/Agudos-1985 - Sou natural de Agudos, localizada na região de Bauru,centro oeste do estado de S.Paulo. Com a devida vênia do letrista gaúcho que escreveu "O Canto Alegretense" também quero dizer " Não me perguntes onde fica Agudos ; segue o rumo do seu próprio coração..." ( bonito né ? ).

Pois bem, em um sábado, atendendo à convite do prefeito Rubens Benázio e juntamente com o vereador Benedito Remoli Déo, o Ditão, fomos até Araraquara,onde o governador Franco Montoro distribuiu recursos à diversos munícipios, inclusive o nosso.

Após o blá,blá,blá, fotos diversas e com o papel garantindo o recurso,retornamos para casa. Já era umas 2 da tarde e paramos em um posto perto de S.Carlos,onde funcionava um restaurante, com sistema de rodízio de carnes, a fim de almoçar.

O Ditão era um cara grandalhão,ex motorista do Expresso de Prata e gostava de uma boa bóia. Almoçamos bem, nos saciamos e o Ditão continuava a comer. Chegamos a afastar um pouco nossas cadeiras só para assistir a luta dele.

Parecia o D'Artagnan dos três mosqueteiros, duelando com um bando de garçons empunhando espetos. Os caras atacavam e o Dito com faca e garfo, se defendia.

Lá prás tantas, o cara que assava a carne resolveu insultar o Ditão, e lá da churrasqueira gritou, mostrando dois espetos em "xis" segurando um enorme cupim assado. " Ô grandão... vái aí ???" ,balançando a alegoria.

O Dito parou um pouco,respirou fundo,pensou uns segundos e pediu a um garçon que trouxesse dois tomates bem maduros. Chegando os tomates, os mesmos foram picados em pedaços pequenos e o Ditão mandou tudo prá baixo, explicando:

"O tomate contém uma enzima que dissolve a carne.Se você colocar uma rodela de tomate em cima de um bife cru na geladeira , no outro dia ele furou o bife..."

E emendou : " Agora, tráis o cupim.."

Gente !!! Os caras traziam o baita cupim, decascavam -no, colocando no prato
e o Dito se deliciava.

Fizeram algumas viagens, até que o homem se rendeu.

Ao pagar a conta , o Benázio escutou do proprietário "Por favor, não traga mais esse cara aqui... (rsrsrsr)"

Meu ? Com três bocas dessas você quebra qualquer restaurante...
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117992   CAVALO XUCRO Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
11/07/2014 - Bauru/ anos 60 - Na casa dos 18 anos, Basilio, Zé Arcanjo, Egídio e eu fomos à noite até a exposição agro pecuária que se realizava no recinto Mello Morais. Anexo à exposição, foi montado um parque de diversão,com atrações diversas.

Em uma barraquinha, um senhor com traços nordestinos, colocou um jumentinho devidamente pintado com listras marrons e, parecia um cruzamento com zebra.

A gente vestia roupas iguais aos cangaceiros, e tirava uma foto montado no burrinho.

Zé Arcanjo, magrelão, no alto de seus 1,80 mt.de altura, colocou um chapéu de couro, montou no animal e fazendo pôse como se estivesse usando esporas levantou as pernas, com os pés perto da cabeça do bicho, e disse : " Tira um retrato comigo cortando na orêia...."

Nessa hora, o Basilião tirou um canivete do bolso e deu uma cutucada no trazeiro do jegue. Prá quê ? O bicho desandou a dar coices sem parar , e levando o Canjo no lombo, levou no peito o tripé do fotógrafo, a lona da barraca e tudo que havia pela frente.

A gente ainda procurava um jeito de se explicar, quando o paraíba comentou : "Ó xente,faiz anos que ele está cumigo e nunca reagiu assim..."

Enquanto o Egídio segurava as rédeas do muar , nós três ajudamos a remontar a barraca.

Essa rapaziada, só aprontando...
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117991   UMA SENHA AJUDA MUITO Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
11/07/2014 - Banespa/Agudos- anos 80 - Mesmo sendo uma cidade pequena, com um poder aquisitivo baixo,contávamos com 8 agências bancárias ( BB, as 2 caixas,Banespa,Unibanco,Bradesco, Itaú e Real) só fera...

Diariamente, era uma luta de faca entre os gerentes em busca de migalhas que viessem aumentar os depósitos, haja vista a cobrança agressiva da regional ( isto hoje , é chamado de assédio moral).

Só prá se ter uma idéia, acompanhei por 4 dias um cliente que negociou uma boiada, em Domélia, a 60 quilômetros de distância. Fui da fazenda (embarque)
até o frigorífico, para apanhar o cheque e garantir o depósito. Ás vezes, a gente
se sentia como uma prostituta a procura de novos parceiros.

O relatório diário de cheques sem fundos, cada vêz com mais folhas,recebeu o carinhoso apelido de " GASTRITE".

Nesse emaranhado de problemas , ainda grassavam os aproveitadores que não eram poucos. Estelionatários, golpistas, alguns pertenciam a família tradicionais da cidade,procuravam sempre levar uma vantagem. Era, o que dizemos na gíria, o "Ó do borogodó ! "

Certo dia, assume a gerência nosso amigo Valdemar Dal Póz,hoje falecido, oriundo de Garça/Sp. Embora com bastante tempo de janela e sabendo da fama da cidade (viajantes eram orientados por seus patrões para não aceitarem cheques de Pirajuí e Agudos. Vendas só no "cascalho".) demonstrou preocupação, e resolvemos criar uma senha.

Cada vêz que fosse atender um cliente, sendo o mesmo idôneo,eu disfarçadamente pedia licença e dizia : " Valdemar, olha a caneta que você me pediu ; e entregava uma caneta bic azul.

Se nó cégo, a bic era vermelha.

Uma tarde entra na agência um cara considerado perígosissímo, tirava mancha de onça com benzina.

Ao começar a conversa com o Valdemar,fingi que tropecei e derramei uma caixa inteira de canetinhas vermelhas na mesa. O Valdemar não aguentou e caiu na gargalhada.

E o safado do cliente, sem desconfiar de nada ainda perguntou : " Será que eu posso ficar com, umas duas ???..."
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117990   NÃO DÁ LIGA... Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
11/07/2014 - Bauru/1992 - Recentemente aposentado, e após participar de uma eleição na Assoc.Luso Brasileira, fomos eleitos e assumimos a Tesouraria, ficando por aproximadamente , 5 anos.

Das diversas atividades esportivas , a Luso possuía um excelente time de bocha, formado por seus associados. Foi campeão paulista algumas vezes.

As canchas de saibro, muito bem cuidadas ( só entrava quem tivesse calçando tênis com solado liso ) acolhiam um bom público para assistir às pelejas. Não era aquele jogo de bocha que a gente vê nos botecos, onde o pessoal dá aquelas porradas, uma atrás da outra.

O jogo era milimétrico, as bolas cuidadosamente arremessadas, tinha até régua para medir a proximidade com o bolim. Só em último caso, o jogador empregava força para afastar a bola adversária.

Pois bem,havia um associado que nos treinos, costumava abrir uma garrafa de cerveja, enchia o copo e deixava-o ao lado da cancha, em cima de uma mureta. Quando ia para o outro lado, o pessoal , sacana como sempre, bebia da cerveja.deixando-o irritado.

Resolveu tomar uma providência. Quando enchia o copo, colocava dentro sua dentadura. Ninguém mais se atrevia a beber aquilo. Mas, resolveram dar o troco.

Conseguiram junto a um protético amigo,uma dentadura um pouco menor , e quando o colega se afastou do copo,trocaram as "sorridentes", escondendo a original.

Terminado o treino, nosso amigo bebe o restante da cerveja e quando colocou a dentadura na boca veio o desespero. Não dava encaixe . A bichinha dançava prá lá e prá cá e não se acomodava na gengiva.

O pessoal argumentou que devido ao longo tempo exposta à cerveja, o artefato deveria ter encolhido.

Depois de uns 30 minutos de sofrimento, inclusive querendo arremessar a dita cuja de encontro ao muro, avisaram-no da armação.

Nunca mais sorveu uma "loura" no copo. Abria uma latinha que o acompanhava onde quer que fosse.

Cada amigo jóia, né ?
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117983   PÔXA, NINGUÉM ME QUER... Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
10/07/2014 - Adger-Audit - 1988 - Em nossas viagens de inspeção por este Brasil afora ,ouvimos muitas estórias e conseguimos memorizar algumas.

Na revolução constitucionalista de 1932, o Estado de São Paulo pegou em armas contra o governo Vargas, descontente com os rumos de nosso País.

Na região da alta mogiana, lá pros lados de São José do Rio Pardo,São Sebastião da Grama ,Vargem Grande do Sul, existe uma pequena cidade que é chamada de Caconde.

Localizada em cima da fronteira dos estados de São Paulo e Minas Gerais, sentiu um drama. São Paulo guerreava contra todos os outros estados e ficou estabelecido entre os litigantes, o seguinte: quem perdesse a revolução, ficava com Caconde.

São Paulo perdeu e Caconde faz parte deste estado. ( ô povo maldoso...)

Diziam também que ao ser efetivada ao estado paulista, um fazendeiro mineiro, proprietário de uma excelente fazenda encostada na cidade, vendeu-a, alegando:
"Não me dou bem com o ar de São Paulo..."
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117962   OLHOS CASTANHOS Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
07/07/2014 - O poeta português foi muito feliz, quando escreveu a letra da música "Seus olhos castanhos",principalmente naquele verso :

"Olhos azuis são ciúmes, que nada valem para mim.
olhos negros são queixume, de uma tristeza sem fim.
Olhos verdes são traição.,são cruéis como punhais,
olhos bons,bom coração, os teus, castanhos leais... "

Banespa-Agudos-anos 80 - Meu filho Eduardo, cursando a Colégio Anglo em Bauru,no cursinho preparatório para ingresso à Universidade, queixou-se de que sentia às vezes um "apagão" e não conseguia enxergar nada nas aulas. Era rápido,pois logo depois a visão voltava.

Fomos à Jaú e consultamos com o Dr. Rodolfo Magnani,excelente médico, que após examiná-lo disse: Eduardo, eu poderia prescrever um óculos e você sairia daqui satisfeito. Mas não vou fazer isto pois sua visão é perfeita. Esse blecaute deve ser por estar preocupado com as próximas provas. Tão logo terminem os exames vestibulares você não deverá sentir mais isto. Dito e feito.

Já cursando medicina em Marília, sempre olhava para os colegas com um ar espantado e recebeu o apelido de : "Zóio "

Em uma sexta feira, chegando da escola, já dentro de Bauru (Vila Dutra) atropelou um cavalo que atravessava a pista e praticamente destruiu seu Fusca 75, amigo inseparável. O para-brisas estourou e o Eduardo recebeu toda a carga de vidro moído. Lembro-me do Dr. Silmar Carazatto,seu colega, usando uma pequena pinça, removendo fragmentos de vidro do seu globo ocular.

Ficamos preocupados pois poderia deixar sequelas que pelas graças de Deus não aconteceu.

Coincidentemente ou não, após se tornar médico, fêz residência durante vários anos, cursos no exterior e hoje é especialista ,com mestrado e doutorado em ...

O F T A L M O L O G I A !!!

Neste 08/julho/2014, Eduardo , pai de Gabriel, completa 48 anos. Foi uma maneira que tive para homenageá-lo. Parabéns ,filho querido, continue sua missão de curar. Sinto sua falta...
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117940   FACIT - HAJA BRAÇOUrandi Ampudia BertiParaguaçu Paulista/SP
04/07/2014 - Que boa recordação hoje: a "FACIT", quanto de juros calculamos, a gente era um craque nesta maquininha.
Quantas peças pregamos nos "novatos banespianos"; colocava todas as teclas no "9" e mandava "dar corda na facit" pois iríamos "contar juros" no final do expediente, e lá ia o coitado, as primeiras "maniveladas" até que iam bem, mas depois.... haja braço.
A gente se divertia, era um tempo de muita alegria e felicidade; pena que não voltam mais.
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117938   CÂMARA DE GÁSAngelo Francisco LibraziPenápolis/SP
04/07/2014 - Atendendo solicitação do meu supervisor Faustino Bettio segui até a casa de um cliente, já de bastante idade, cuja conta corrente estava sendo usada indevidamente pelos seus netos ...minha missão era solicitar pacificamente o talão de cheques.
Fui recebido nada pacificamente por um dos netos que me disse que o avo estava fazendo o numero dois...como missão dada tem que ser missão cumprida ...arrumei um meio de me aproximar para confirmar e confirmei ...estava mesmo ...e o cheiro que exalava era insuportável ...esperei ele terminar e gentilmente pedi o talão,com o azulzinho (talão da conta tipo 05 o cliente era sargento aposentado da PM) sai meio que de lado sem respirar, pois o ar era terrível e o olhar ameaçador do neto não era bom sinal, voltei pra agencia feliz da vida ...bons tempos ...meados de 1979....
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117933   TIRA A PLACA, PÕE A PLACA Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
04/07/2014 - Banespa/Agudos, anos 90 -Já aposentado, encontrei meu compadre Rubens Benázzio, ex - prefeito de Agudos.

Lamentou o fato do gerente atual, Teodoro, haver tirado a placa alusiva à inauguração do novo prédio da Agência . , Essa placa contém os nomes do Governador Montoro,prefeito Rubens, dos regionais e os nossos ( Valdemar Dal Póz e eu ).

Já residindo em Bauru, fui uma tarde até a GR-14 e o Dilermando,Regional Adjunto me acolheu muito bem. Papo vai,papo vem, eu comentei com ele : " Pois é Dilermando, dizem que aposentado é um zero à esquerda. Ainda esta semana conversei com o Benázio e ele lastimou a retirada da placa da ag. de Agudos. Disse que essa placa é muito importante,pois marca uma vitória em seu governo,mas deixa prá lá..,"

O Dile pegou o telefone, ligou a viva vóz e teclou para o Teodoro. A conversa foi mais ou menos assim:

" Pôrra Teodoro,você está querendo me tirar de Bauru ? " e o Téo : "que é isso mestre, de maneira alguma..."

o Dile: " está sim. Você tirou a placa com o nome do prefeito Benázzio e ele é candidato nas próximas eleições. Você está fazendo de tudo para me tirar daqui. ! "

Testemunhas dizem que o Teodoro mandou instalar a placa com complemento 2, (rsrsrsr).

Com a chegada dos espanhóis, a placa foi arriada e me entregue por um banespiano da ativa. Encaminhei-a ao Benázzio que a guarda com carinho em casa.
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117932   SÓ DAVA NÓ CEGO Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
04/07/2014 - Bauru - anos 90 - Bar do Toninho.Confluência da Rua Gerson França e Avenida Duque de Caxias. Considerado o lugar de maior concentração de tiradores de sarro,por metro quadrado.

Pessoas como Hélio Vanini,Mané Balaústre,Bamba, Jaú,Tuca, eram frequentadores diários.

Era um bar surrealista,pois o Toninho ficava sentado do lado de fora do balcão e os clientes se serviam. Nunca teve prejuízo.

Por falar em gozação,lembro-me que fixado na parede, existia um enorme retrato emoldurado, colorido, contendo um Papai Noel , com diversas pessoas à sua volta,todos conhecidos pela população.

Um dia, um cliente abre uma cerveja e se aproxima do retrato,observando-o e comentando em vóz alta : " olha, o prefeito Tidei de Lima,o vereador Faria Neto, o professor Dudú Ranieri, o promotor Zé Aroldo Segalla, etc, etc..."

Hélio Vanini não perdeu a deixa e perguntou : "sabe quem é o Papai Noel ?"

o cliente : " não, quem é ? e o Hélio " É O DE VERMELHO..."

- Um sábado de manhã,estávamos uns 15 na calçada em frente ao bar, quando vem subindo a Duque de Caxias,um opalão amarelo, tipo Lúcio Flávio, todo embassado, com um feixe de varas de pescar amarrado no teto, e 4 crioulos dentro.

Começamos a tirar um "pêlo" gritando : " não vão pegar nada, hoje vocês não pegam bosta nenhuma !!!" Os negões riam e faziam aquele sinal característico com o dedo médio da mão direita.

Acreditem. Fazia uns 40 minutos, quando o semáforo acende o vermelho para a Duque de Caxias e para um caminhão guincho bem em frente ao bar.

Rebocado pelo guincho, estava o opalão com a frente levantada e os 4 crioulos
dentro. A gente chorava de rir e os negões com uma vontade danada de mandar todos para a P Q P, riam também.

Foi um quadro inesquecível.

Com o Toninho doente (foi pêgo pelo Alemão), o bar foi desativado.Deixou saudades...
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117923   PROPRIEDADE ALHEIA Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
03/07/2014 - Bauru/ anos 60 - Um sábado a tarde, juntamente com meu cunhado Zéca Louzada
saímos de Lambretta (que saudades) e sem rumo definido, pegamos uma estradinha de terra batida . Havia momentos que a gente descia da moto pois era um areião e tinha que ser empurrada.

Levamos um saco de estopa vazio pois poderia aparecer algum pé de laranja ou manga na beira da estrada.

Com um calor violento, aproveitamos para dar uns pulos em uma pequena lagôa que margeava a estrada.

A seguir,passamos por uma plantação de milho,cercada por 5 fios de arame farpado muito bem esticados. O milharal estava lindo, com enormes espigas de milho verde. Atravessamos a cerca e quebramos rapidamente uma porção de espigas, enchendo o saco.

Quando estávamos colocando o saco com as espigas na Lambretta, parou ao nosso lado uma camioneta Ford F-100 e um senhor de bigode, chapéu e ar carrancudo, falou:

"Como é que vocês se atrevem a fazer isto ?Isto é caso de polícia e pode dar até cadeia."

Em seguida,ordenou que o saco com milho fosse colocado na caçamba da camionete , o que fizemos de imediato.

Resmungando,perguntou " vocês tem idéia do que fizeram ? Vocês imaginam quem é o dono dessa fazenda ??"

E nós " Nãããooo... "

ele ; " NEM EU HAHAHAHAHAH." Engatou uma primeira e saiu levantando poeira,deixando a gente sem o milho verde e com cara de tacho.

Realmente, o mundo é dos espertos...
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117917   ACHO QUE ERA ASSOMBRAÇÃO Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
02/07/2014 - Banespa-Jahu/1976 - As agências começaram a ser equipadas com máquinas de telex , o que veio agilizar a remessa de ordens de pagamento que eram feitas via telefone ou carta, pelo malote.

Jaú recebeu e instalou debaixo da escada que ia ao mezanino.Tatão Capelozza e eu, fomos para São Paulo fazer um curso de uma semana, para poder operar o equipamento.

Certo dia, chego às 7:00 na agência e a faxineira toda preocupada, veio correndo ao meu encontro e disse :

"Sêo Mário, eu estava sózinha,passando um pano úmido no salão quando aquela máquina embaixo da escada,acendeu e começou a falar (funcionar) sem ninguém por perto .Com medo de incêndio, eu corri e desliguei a tomada"

Felizmente, já estava impresso o nome da agência remetente, a qual contamos para completar a mensagem.
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117916   O QUE VIEMOS FAZER AQUI ? Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
02/07/2014 - Banespa/Jahu-anos 70 - Na sexta feira chega um telex da Diretoria,convocando a todos os administradores da Agência, que estivessem no outro dia, sábado,, às 9:00 em Bebedouro/Sp, pois o governador Paulo Egídio iria assinar um importante documento,transformando a Sanderson, uma fábrica de suco de laranja, em cooperativa.

No sábado bem cedinho lotamos a Veraneio do Mané Matão e outro carro, e fomos para lá, uns 200 quilômetros de distância.

Às 9:00 ,centenas de banespianos estavam à porta da agência e o gerente local, mais perdido que cégo em tiroteio, não sabia o que fazer. se era para providenciar um café, um lanche, etc.

Ficamos na rua principal onde houve um desfile cívico militar e vimos uma banda composta por adolescentes, da Fundação Bradesco,que se apresentou muito bem., Não vimos nem sombra do governador, que desceu do avião,ficou 15 minutos na cidade , assinou o decreto em um cinema,picando a mula em seguida..

Pegamos a estrada de volta ,almoçamos num restaurante às margens da rodovia e aproveitamos a proximidade com Ribeirão Preto, parando em um manicômio judicial, onde visitamos o colega Bruzadin, de Ribeirão Bonito que num ato tresloucado , havia assassinado a esposa.

Começamos a semana não entendendo nada. O Banco ressarciu as despesas com combustivel e alimentação. Depois de alguns dias é que veio o esclarecimento:

Como muita gente não concordava com esse ato de transfomar a fábrica em cooperativa, e temendo falta de público para prestigiar o evento, a Casa Civil do governador,resolveu convocar banespianos para dar "quórum"...

Isto é que podemos chamar de massa de manobra.
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117915   DEU ZEBRA !!! Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
02/07/2014 - Banespa/Cosmorama/SP - 1981 - Estou atendendo um cliente, quando entra outro, cumprimenta a gente e pede um aparte. Disse para o que estava sentado à mesa:

"ô fulano..você me vendeu a égua dizendo que ela estava prenha do garanhão do Zé Dias,mas nasceu um burrinho.."

O vendedor assustou-se e disse : "não é possível !!! Meu filho levou a égua para ser coberta no sítio do Zé Dias ..."

Pediu para usar o telefone e ligou para casa, chamando o filho.

Minutos depois chega o rapazinho e quando questionado sobre o acontecido, explicou:

"Sabe o que é ? Eu e meu amigo Zéca,íamos levando a égua para o sítio do Zé Dias e quando passamos defronte à chácara Samambaia,do padrinho Eliseu, o jumento cinzento pêga,oreiúdo, ficou todo entusiasmado ao ver a eguinha.

Então,a gente colocou ela lá , só um pouco, pra assistir a"encaçapada ; Daí,levamos para o sitio do Zé Dias e colocamos com o garanhão. "

O pai deu aquela reprimenda no moleque que saiu com o "rabo ardendo" e foi para casa.Aí, um olhou para o outro e nós três caimos na risada. Entendemos o acontecido. DEU ZEBRA ...
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117914   TÁ INAUGURADO Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
02/07/2014 - Banespa/Jahu, anos 70 - O pessoal da agência foi convidado para prestigiar a inauguração de um Centro de Lazer, situado em um bairro carente da cidade.

O prefeito Waldemar Bauab havia dado à Jáu um grande impulso.Antes era uma cidade praticamente travada, não saia daquilo.Wademar abriu novas avenidas, atraiu investimentos, enfim,dava para notar a expansão da mesma. Houve um choque de desenvolvimento.

Foi cortada a fita e inaugurado o Centro Uma enorme piscina redonda chamava a atenção Dado o sinal, umas 200 crianças, a maioria composta por mulatinhos,saltaram na água e se esbaldaram.

Depois de uns10 minutos já cansados, ficaram boiando,só com as cabecinhas prá fora d'agua.

Na hora, o pessoal da agência já batizou o local : " Bacia de Jabuticabas"
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117913   OLHA O QUE O VIGILANTE APRONTOUMário Augusto Ferreira de AndradeBauru
02/07/2014 - Banespa/Cosmorama-SP -1981- Já era umas 19:00 , quando tranquei a porta da Agência e acompanhado por um dos vigilantes, um senhor gordo, já de uma certa idade, , me dirigi até onde estava estacionado meu carro,para ir para Votuporanga ( 20 kms)onde residia.

Viramos a rua e bem em frente a casa do prefeito, estava parado um cachorro perdigueiro, grudado com uma cachorrinha. Era uma covardia, pois o cão dava umas 4 cadelinhas de tamanho. Não sei como ele conseguiu aquilo. Parecia um caminhão guincho, rebocando uma Romisetta.

O portão da entrada da casa estava aberto e lá dentro, acontecia uma reunião da primeira dama e as esposas dos rotarianos e leões, a fim de organizar um evento(ficamos sabendo disso,depois.)

O vigilante então bateu os pés, assustando o cachorro que entrou correndo pelo portão,arrastando a pobre cadelinha ganindo, e entraram no recinto da reunião.
Foi uma gritaria,tipo assim :" Aí meu Deus !!! NossaSenhora !!! passa,passa.."

Falei para o vigilante : " olha o que você aprontou..."

Saímos dali apressadamente, sem deixar pistas.
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117912   O DEMOLIDOR Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
02/07/2014 - Banespa/Gastão Vidigal l- 1981 - Uns 12 quilômetros para a frente, para quem vai em direção à Araçatuba, fica Nova Luzitânia, cidadezinha carente, com aproximadamente duas ruas e onde o Banespa instalou uma agência pioneira.

Ás segundas feiras, ao sair de Votuporanga para Gastão onde substituía o gerente, eu passava pela rodoviária com minha Brasília , e fornecia carona para 2 funcionários, um de Jales outro de Fernandópolis, que trabalhavam provisoriamente em Nova Lusitânia.

Passava direto pelo trêvo de Gastão e os deixava em frente à agência..Nova Lusitânia tinha uma coisa que chamava a atenção. Um fazendeiro já com idade avançada apaixonou-se pela filha moça da dona da pensão local,casou-se com ela e construiu na entrada da cidade uma mansão idêntica àquela que Scarlet O'Hara morava , no filme " E o vento levou"

Era uma visão surrealista. A gente via aquela casa soberba e ao lado a cidade mas bota carente nisso. Era como assistir a peça " A bela e a fera".

Como Gastão não possuia hotel nem pensão e a gente dormia em uma república dos funcionários do Banespa utilizando um banco de Kombi,na hora do almoço a gente se diria até Nova Luzitânia, onde a pensão também fornecia comida avulsa

A filha da proprietária ,muito bonita, mulher do fazendeiro, auxiliava a mãe na cozinha e atendia também as mesas. A gente desconfiava que ela tinha algum "trelelê" com o dono do Cartório, pois toda vêz que olhávamos para ela, ele não disfarçava o desconforto.

Os dois caronistas meus,eram hóspedes na pensão e dividiam um quarto. A casa não tinha fôrro e em uma noite,lá pelas 2 da madrugada um deles resolveu espiar o outro
quarto,onde dormiam duas professorinhas de Araçatuba e pelo alto calor deveriam estar em pêlo.

Sorrateiramente, sem produzir barulho algum,subiu no guarda roupa e se posicionou Foi aí que a coisa desandou...

O teto do guarda roupa feito de madeira compensada, não aguentou o peso do cara e ele se estatelou dentro do móvel. Quebrou cabides, espelho e descolou a peça, abrindo igual à uma flor. Imaginem o barulhão. Explicação ? Era igual batom na cueca, não tem explicação.

No dia seguinte almoçaram sanduíches na Agência e ao término do expediente o gerente levou-os até Floreal onde ficaram em um hotelzinho. A dona da pensão não aceitava vê-los nem pintados em ouro.

A indústria moveleira precisa reforçar seus produtos.
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117891   GUARDANAPO PROVIDENCIAL Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
30/06/2014 - Bauru/anos 70- Ademar,nosso velho conhecido dos tempos do ginásio,trabalhava no Banco Novo Mundo e depois de algumas incorporações,veio para o Banco da Bahia, tornando-se gerente da agência.

Certo dia, dirigiu-se até o Aero Clube local , para recepcionar um alto dirigente do banco, irmão do presidente Angelo Calmon de Sá.

Ao desembarcar do jatinho do banco o diretor argumentou:"Não me venha dizer que Bauru não tem dinheiro ,pois quando o avião sobrevoou a cidade notei inúmeras casas com piscinas. "

Nos dias seguintes,Ademar acompanhou o diretor nas visitas a empresários e a outros segmentos de atividades. Tornaram-se bem acessíveis. O homem apreciava a noite bauruense e gostava de curtir música ao vivo,regada com doses generosas de um belo scotch.

Uma noite, já de madrugada, à mesa de uma cantina,o Ademar sentiu que devido ao alto consumo da bebida,estava na hora de propor algo. Disse: ...como seria bom se o Banco me demitisse e readmitisse em seguida pois eu sacaria meu Fundo de Garantia que é alto..."

O diretor ouviu e falou " se eu tivesse um papel aqui, daria a autorização."

De imediato, o Ademar pegou um guardanapo da mesa e a canetinha bic do garçon ,passando para o cidadão, que redigiu a ordem ao Departamento Pessoal,assinando-a.,

Na manhã, às 7:00, Ademar já se encontrava na agência e pediu ao funcionário que operava o telex, que gravasse em fita a autorização e deixasse no gatilho, pronta para transmitir. Não demorou muito, chega o diretor que lhe diz: " Ademar deixa eu ver aquele papel que lhe dei ontem..."

O Ademar disse que ele já havia enviado a mensagem. O diretor resmungou um pouco e disse: tudo bem, deixe que e me acerto com os diretores..." O Dema ,então deu um sinal para funcionário, que apertou a tecla.

Um mês depois, participando de uma convenção do banco em Salvador-BA, Ademar notou o diretor entre outros e o cumprimentou de longe E o diretor gritou : "Não chegue perto de mim ,não chegue perto de mim...!!

Deve ter levado uma catracada homérica.

quando o cavalo passa arreado , temos que montar...
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117888   ACABOU A PILHA Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
30/06/2014 - Afaban/Bauru, anos atuais = Temos um amigo banespiano de nome João Ulisses Gonçalves, o popular JUG, querido por todos de nossa Afaban.

Jug é natural de Guaianás, importante cidade do centro oeste paulista, responsável pelo aumento do PIB de S.Paulo, com as Indústrias Iachel produzindo e exportando em larga escala, seu xarope contra a bronquite.

Guaianás poderia ser uma cidade muito rica se tivesse petróleo em seu subsolo ,mas infelizmente não tem.

Jug foi criado em Pederneiras e passou sua adolescência cultivando amizades e aprendendo o pulo do gato para poder ter sucesso em concursos.ingressando no Banesda nos anos 70.

Teve um amigo que era vidrado em uma garota que trabalhava como caixa em um supermercado.. Diariamente, o rapaz se dirigia ao estabelecimentoe fingindo procurar algum produto, e entre uma gôndola e outra, riscava o olho para a menina. Éra como se diz antigamente: "olhava com os olhos e lambia com a testa".

Certo sábado, a menina se produziu e foi trabalhar de shortinho e camiseta, e foi quando o rapaz não aguentou pelo que se vislumbrava à sua frente. Exitadíssimo ao ver aquele corpo lindo, as pernas roliças, resolveu sair apressadamente para não cometer um desatino.

Foi barrado na porta pelo segurança que lhe disse em vóz alta : " Ei, pode parar e devolver esse farolete (lanterna) que você está levando no bolso da calça !!!"

Em quanto se explicava para o segurança, a pilha foi arriando e o farolete "murchou". Ótimo álibi.

Essa rapaziada e seu excesso de testeterona...
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117887   LENDAS DE UMA CIDADE Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
30/06/2014 - Banespa-Jahu,anos 70 - A cidade que mais tempo ficamos em nossa carreira no Banco , foi Jaú, exatamente 6 anos.Cultivamos belas amizades, que com o passar do tempo, foram se afastando e praticamente perdemos o contato, embora de Bauru a Jaú demande apenas 60 quilômetros. São sinais dos tempos modernos...

A cidade tem história e estórias. Dentre elas, selecionamos 3 que precisam ser relatadas:

- na época áurea dos cafezais, onde as grandes fortunas eram produzidas por essa rubiácea, certo dia de setembro, após chuva primaveril, o cafezal em flor ,parecendo um manto de neve, parou rente à cerca , uma charrete com a viúva proprietária do imóvel . Do outro lado, o vizinho, coronelzão, à cavalo, vestindo roupa cáqui e botas. O papo foi mais ou menos assim: " Bom dia Veridiana. Como é que foi de florada ?" e ela : Vixe, faiz tanto tempo que nem me lembro mais, compadre..."

- um dia de semana, dentro de um banco, um fazendeiro encontra seu amigo, outro proprietário rural e em vóz alta diz : " Ô fulano, tú vais à fazenda hoje ?" ao confirmar a ida do amigo, complementa: "... então me traga um saco de sabugo de milho que a Cotinha não acostuma com papel higiênico..."

- as famílias tradicionais costumavam casar seus filhos entre sí para não dividir a herança. Houve diversos casos de casórios entre primos,tios ,o que ocasionou alguns nascimentos com crianças com problemas mentais.

Certo dia,após os festejos do casório, os noivos foram à pé,como era de praxe, acompanhados por grande numero de convidados, até a estação da Cia;Paulista de Estradas de Ferro , para seguirem viagem em lua de mel.

Com a gare totalmente lotada pelos convivas, encosta o "luxo" da Paulista, vindo de Bauru, com destino à Capital. Lindo trem azul e cinza metálico , com uma locomotiva elétrica que lembra a frente de um Boeing. A noiva toda sorridente embarca e quando o noivo vai subir ao vagão o sogro segura seu braço e lhe diz : " Se puxou a mãe, você está levando o melhor rabo de Jáu."

Coisas do nosso interior.
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117871   O USO DO CACHIMBO, ENTORTA A BOCA Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
27/06/2014 - Banespa/Rio Claro, anos 70 - Um colega banespiano casou e foi passar a lua de mel em Poços de Caldas - MG, conhecida na época como " o cemitério das virgens" haja vista a enorme quantidade de récem casados que para lá se dirigiam.

Junto com a jovem espôsa , conheceu os inúmeros pontos turísticos da bela cidade.Um determinado dia, alugou uma charrete para dar umas voltas com a amada, sem compromisso de horário.

Assumiu as rédeas e o casal seguia contente, com o rapaz mostrando seus dotes de cocheiro. Quando passou por um cruzamento de ruas ,resolveu entrar à direita, mas o cavalo resistiu e só queria ir para a esquerda.

Era aquela luta, ele puxando a rédea para a direita e o equino forçando para a esquerda. Quando já estava a ponto de quebrar o queixo do animal, é que notou que a rua que ele queria virar, era contra mão..

Fazia mais de 20 anos que o cavalo chegava ali e virava para a esquerda, e se condicionou.

O negócio foi voltar pra o hotel, contrariado, pois o animal não quiz quebrar as regras de trânsito.
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117870   NÃO PRECISA EXAGERAR Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
27/06/2014 - Bauru/ anos 60 - O Clube Atlético Internacional,mandava seus jogos do campeonato amador (várzea) no campo do Tiro de Guerra. O time era conhecido por espanholada, em virtude da maioria de seus torcedores serem descendentes ou oriundos da Península Ibérica.

Alguns bons jogadores foram revelados e chegaram até ao profissional, caso do centro avante Milão e do goleiro Navarro que assinaram contrato com o E.C.Noroeste.

A torcida, quando não tinham com quem encrencar, quebravam o páu entre sí.

No domingo, seria o jogo final do campeonato de aspirantes ( o cascudão) e bastava um empate em casa , para que a gente ganhasse o título. O adversário era o fraco Real da Vila Falcão, último colocado na tabela. Se tudo corresse normal, seria uma festa.

Mas, para evitar qualquer contratempo,nossa diretoria procurou saber junto à Liga Bauruense de Futebol, quem iria apitar o jogo. Éra um catatau,negro, conhecido como " Preguinho". Ofereceram a ele, uma "ajuda de custo",para que não houvesse surprêsas.

Essa ajuda de custo,seria hoje, na casa de uns 200 reais. Não era para ajudar,mas apitar direito, sem complicar.

Gente !!! 20 minutos de jogo, o placar já estava 5 a 1 para nós, e o Preguinho marcando pênalti. Era cair na área que o homem apontava a marca da cal. Nossos jogadores passavam por ele e falavam baixinho : "manéra Preguinho, manéra ..."

O jogo terminou 8 a 2 e os diretores foram onde o Preguinho trocava de roupa a fim de entregar-lhe o "mimo". Ele na maior cara de páu,perguntou: " e daí, o que acharam, agradei ?

Agradou, Peguinho ? Você extrapolou...
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117869   A SIMPLICIDADE ERA SEU PONTO FORTE Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
27/06/2014 - Banespa/Jahu - anos 70 - Chamava-se Lázaro de Carvalho Campos,mais conhecido como LAZINHO. Nasceu em Guarapuã,antiga Ventavia, e era subchefe de serviço do Crédito Rural na agência.

Contava suas façanhas e certa vêz , relatou que sua maior vergonha era quando o pai o obrigava a participar descalço da procissão, levando nos ombros uma grande imagem de São Lázaro.

Ainda molecote, veio para Dois Córregos, estudar e morar com uns tios. Residia em frente ao cinema e sempre assistia os filmes que o deixavam extasiado.. Um dia, o porteiro perguntou se estava gostando das "fitas" e ele na sua inocência disse que sim, mas que sentia dificuldades para ler (as legendas) pois as letras passavam muito depressa.

O porteiro, gozador,disse: " pode deixar que eu vou mandar as letras passarem mais devagar."

E não é que depois disso, o Lazinho conseguia ler tudo ? " Como eu era tonto" dizia ele comentando o caso.

Certa vêz presenciei uma conversa dele com um velho tio, sitiante em Dois Córregos: Dizia o Lázaro: "Tio, põe um touro Nelore na vacada pois nascem bezerros mais graúdos" e o tio rebatendo : "Ah, Lazinho, eu gosto tanto do touro Gir,; ele cheira açúca queimado..."

Estava reformando a casa e chamou o Tatão Capelozza e eu para dar uma olhada. Mostrou um armário com aproximadamente uns 30 litros de uísque de primeira linha, e disse que ganhava dos clientes nas festas de fim de ano , mas não bebia. Falou se não nos interessava comprar por R$ 20,00 cada litro.,pois precisava de grana para a reforma.

Arrematamos tudo e ficamos uns 3 anos dando tapas no escocês.

Um dia, da janela de sua casa, assistia o pessoal da Cia Paulista de \Força e Luz trocar e o transformador,utlizando um caminhão com grua, aquelas que leva o homem até o alto do poste, dentro de um cêsto.

Na sua simplicidade, chamou o motorista e pediu o caminhão emprestado pois era o ideal para ele colher abacates nos fundos do seu quintal.

Faleceu de infarto. Pessoa ímpar.
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117868   A GENTE VIRA CRIANÇA Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
27/06/2014 - Adger/Audit-1989 - Terminamos uma inspeção em Teresina-PI com um calor aproximado de 40 graus ,mesmo no inverno, e fomos destacados para começar outra em São Bento do Sapucaí (Serra da Mantiqueira) ao lado de Campos do Jordão. O frio era intenso mas gostoso. Não era aquele frio úmido, mas seco.

Para se ter uma idéia, com tanto frio, não sou acostumado à beber na hora do almoço,mas para esquentar , a gente pedia uma dose de conhaque. Vinha aquele conhacão popular,forte prá dedéu. A temperatura era tão baixa que o conhaque descia na goela como se fosse uma Fanta laranja.

Estava hospedado em um hotel, o único que possuía calefação. Na hora do banho, como se diz na roça, a gente só lavava as partes. À noite,os hóspedes se reuniam em frente à lareira para jogar conversa fora e beber vinho quente.

Conheci um industrial de São Paulo que estava acompanhado da esposa, a filha e de uma netinha. com aproximadamente 5 anos.

Embora aparentasse uns 50 anos, o industrial já tinha uma vasta barba grisalha. A dedicação pela neta chamava a atenção. Naquela época eu ainda não tinha netos.

Perguntei a ele : " o que é ser avô ?"

e ele : " AVÔ, É UM PAI AÇUCARADO !!!"

É verdade. A gente luta a vida toda para criar os filhos,dar-lhes estudo,saúde e não encontra tempo para vê-los crescerem.

Depois, ao vir os netos, mais sossegados,temos tempo para observá-los e babar como uma criança...

Dizem que o pai é o peão dos filhos e o cavalo dos netos. Certíssimo.
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117834   PELO AMOR DE DEUS NÃO ATIRE... Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
25/06/2014 - Bauru/anos 60 - Aproveitamos um feriado de quinta feira, esticamos o fim de semana e fomos para um rancho à beira do Rio Tietê, municipio de Boracéia.

Um dia, após o almoço, o Elísio Covolan,deitou para tirar uma soneca e seu irmão Egídio,eu e o Basilião (funcionário da CPFL) fomos dar uma andada na beira do rio.

Nos deparamos com uma enorme cobra jaracuçu, de aproximadamente 2 metros, venenosa. Após matá-la,levamos para o rancho e armamos uma para o Elísio.

Ele dormia profundamente. Passamos uma linha de pescar pelo caibro do teto do rancho,penduramos a serpente e deixamos sua cabeça, à uns 10 centímetros do rosto do Elísio, olhando para ele .

O cara dormia e roncava. Parecia um cachaço Landrace. Ao abrir os olhos, bateu um desespêro
pois estava pertinho da cobra. Notou um movimento na janela e desviou os olhos para ver o que era.

Seu irmão Egídio, de posse de uma espingarda cartucheira, calibre 28 com 2 canos, falava baixinho : " não se mexe, não se mexe que eu vou atirar bem na cabeça.."

O Elísio só mexia o dedão do pé. dando sinal negativo. Se o Egídio atirasse sua cabeça também virava farelo, devido a proximidade com o ofídio.

Descoberta a arte, o homem ficou uma arara; Com tanta raiva, de posse de um facão, retalhou a cobra e colocou a gente para correr do rancho

Naquele dia ficamos sem a janta...
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117833   O VOTO É OBRIGATÓRIO Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
25/06/2014 - Bauru/Sp, últimas eleições - Eu e esposa fomos até o SESI local, onde votamos há muito tempo.

Após votar na mesma seção, ela ficou ao lado esperando minha vêz.

Para espanto dos mesários eu tomei uma atitude estranha. Teclei o 45, apareceu o "Picolé de Chuchu" (Alkmin). Dei-lhe uma enorme banana e comentei : Isto é para você !"

Em seguida, teclei o 13 e surgiu o cara conhecido como "sapo barbudo"(Lula).Outra banana para ele também.

Foi só risada. Os mesários ralavam o bico. Minha mulher perguntou se eu estava ficando louco.

Em seguida , teclei 99999 e anulei o voto.

Banespiano, revoltado com o descaso com que nos tratam,não tomam providências para solucionar nossas pendências.. Merecem um cacho inteiro de bananas.
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117832   CADÊ A CORAGEM ? Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
25/06/2014 - Bauru/década de 60 / Jogava no futebol varzeano, pelo Internacional ( a espanholada) e era centro avante do "cascudão". (time aspirante). Nosso campo ficava em frente ao Tiro de Guerra e meu apelido era " pararraio".

Em um domingo, após o almoço,lotamos um caminhão e fomos até Avaí (uns 20 quilômetros de Bauru) jogar contra o time local.

Começou a partida dos aspirantes exatamente às14:00; demos a saída e fui para frente do ataque. Encostei no beque central do adversário,um baita negão espigado,canela fina, com quase 1,90 de altura, cabelo black-power.

Pensei comigo. " vou puxar conversa..."

Olhei para cima,apontei em direção ao sol e comentei com ele :" que lua, heim ?"

O criolão respondeu : " não vem com este papo porque o hoje páu vai comer aqui.."

Ô coboclo mar criado sô ! Recuei e comecei a armar as jogadas lá no meio do campo. O técnico gritava comigo: " vai na área, dá trabalho para os beques."


e eu " Prefio vir de trás, tocando a bola..."

Naquele dia, AFINEI legal...
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117831   OS PADRES TAMBÉM TEM SUAS ESTÓRIAS Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
25/06/2014 - Banespa-Gastão Vidigal/1981 - Fui substituir o colega Bigatão que saiu às pressas para inaugurar a ag. de Aparecida D'Oeste-SP.

A cidade de Gastão Vidigal tem este nome em homenagem ao fundador do Banco Mercantil de São Paulo. Eles mantem uma agência lá. A família Vidigal, embora residindo na capital, costuma licenciar os carros novos que adquirem, na cidade ,para que saíam emplacados com o nome Gastão Vidigal.

Havia um padre, que mantinha na torre da igreja, um serviço de alto-falante, onde enviava mensagens de interesse à comunidade,como falecimentos,anúncios,datas festivas,etc.

O pessoal comentava que o padre era meio "afetado" e ele não fazia força alguma para mudar esse conceito. Cheio de atitudes estranhas, conversava desmunhecando e certa vêz, se encantou com um funcionário do Mercantil e em um determinado dia, 5 horas da tarde, o alto-falante ligado, e ele mandou o recado:

" Oi Paulinho do Mercantil... Estive em Rio Prêto e comprei aquela camisa que você tanto gosta. Mais tarde lhe dou..."

O Paulinho pediu transferência de agência e o padre também foi para outros ares.

Conheci o padre substituto, à noite, em um sítio de propriedade do Sr. Netphali onde comemos um carneiro na brasa com cerveja da bôa.

Magro,meia idade,muito simpático,super comunicativo, era uma pessoa que irradiava alegria. Adorava uma piada,principalmente de bispos,cardeais,papa, etc. Rapidamente nos identificamos e conversando, perguntei à ele quais as cidades que havia passado como sacerdote.

respondeu " Vixe, esta aqui já é a minha oitava paróquia."

Dias depois, voltei para Votuporanga pois chegou um novo gerente nomeado para a Agência.

Anos depois, já em Agudos, encontrei um vendedor da Massey Ferguson que residia em Gastão. Batemos um longo papo,perguntei das pessoas de lá e por fim do padre.

Disse-me : " Rapaz, você não vai acreditar. Durante um carnaval , diversas pessoas foram para um retiro à beira de um rio. Na segunda feira de carnaval, acabou a cerveja e voltaram para comprar mais. Acredite, que na caçamba da camionete,veio o padre, só de shorts,batendo um surdão e rodeado de mulheres em trajes de banho.

"Foi um grande choque.As beatas, as carolas se escandalizaram. Três dias após
o tríduo momístico, o padre foi embora da cidade.

Estava explicado o porquê de tantas paróquias em sua trajetória.
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117830   É O ÓBVIO ! Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
25/06/2014 - Adger-Deral - Guarujá- SP- 1975 -Estamos na colonia de férias , participando de um curso de Crédito Rural promovido pelo departamento . Uns 30 colegas formavam o grupo que tinha aulas com o saudoso Horácio ( nascido em Pompéia-Sp), Sêo Bastos e o Cid (chato prá cacête).

Horácio era uma pessoa muito querida no Banco. Gozador, ao me ver com o crachá contendo o nome de Jaú, me perguntou "Como é que vai o violeiro Mané Matão ? (chefe da carteira agrícola da agência), Continua fazendo música ? "

Perguntei o por quê disso, e ele : " pô, esse cara só inventa móda..."

É que o Mané Matão tomava umas iniciativas que entravam em choque com as instruções e o Deral vivia pegando no pé dele .

No primeiro intervalo para o café, o Horácio aproximou-se do colega que portava o crachá de Ariranha-SP e disse :

" ô fulano... Como é que vai Ariranha ? O padre ainda continua brigando com o prefeito ? Aquela farmácia da praça pertence a um primo meu..."

O curso rolou normalmente e todos os dias o colega de Ariranha se aproximava do Horácio e batiam um papão.

No fim da semana, ao término das aulas, o pessoal se despedindo, o Horácio encosta no colega de Ariranha e fala : " companheiro, você me desculpe mas não conheço sua cidade e não tenho nenhum parente lá."

"Falei o óbvio. Não existe cidadezinha do interior em que o padre não se estranhe com o prefeito e que não tenha uma farmácia na praça."

Ô sacanagem ...
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117825   AO VIVO E A CORES Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
24/06/2014 - Adger/Audit-1990 - Uma quinta feira.fim do expediente,saímos alguns inspetores, eu e o Marivaldo de Bauru, Mira de Penápolis,Carrasco de Barretos,Toninho Rodrigues de Itu,Maia de Ribeirão Preto e um mais erado ( com mas idade )chamado Claret.

O Claret em sua cidade, Batatais,apresentava um programa de rádio é era conhecido na região com o codinome, Zé Foguête
. Foi a primeira e única vêz que o Claret acompanhou o grupo. Excelente colega,muito religioso,católico ferrenho. O
pessoal comentava que ele tinha um "hobby" meio insólito. Nas inspeções que realizava pelo interior,apreciava visitar os cemitérios das cidades.

Pois bem, voltando ao caso, o grupo se dirigiu lá para os lados da Bela Vista,também conhecido como Bexiga,onde proliferavam excelentes cantinas italianas e diversos teatros. Paramos em frente a um desses teatros e resolvemos assistir uma comédia erótica que tinha como protagonista principal uma "artista" com o nome de Márcia Ferro.

Nos acomodamos nas poltronas e evitamos ir para a primeira fila que o pessoal chama de fila do gargarejo..

Começou a comédia, um enrêdo fraco,mas o desempenho do "cast" era fantástico. Virou uma sessão pornô que faria o livro kamassutra se transformar
num singelo almanaque Capivarol .

Terminado o "espetáculo" fomos para uma das cantinas onde traçamos algumas pizzas, acompanhadas de um bom copo de vinho tinto. Feito isto retornamos aos nossos modestos quitinetes para o pernoite.

No dia seguinte, cada um em sua mesa executando suas tarefas,quando alguém perguntou ao Zé Foguête:

" e aí, gostou do que viu ontem à noite ?"

e ele :" Gostei mas tem duas pessoas a quem tenho que contar assim que chegar em Batatais. Primeiro para o padre da minha paróquia, ao qual vou pedir perdão.Em segundo lugar à minha querida esposa e já estou vendo ela olhando para mim, e dizendo : ô hóminho safado, sem vergonha..."

Demos uma recolhida ao sorriso,com remorsos por ter desviado tão casta alma...
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117809   TÔ VENDO UM NEGÓCIO ESQUISITOMário Augusto Ferreira de AndradeBauru
23/06/2014 - Banespa -Rio Claro-sp ano 1971- Iniciamos nossa trajetória no Banco, tomando posse na Ag.059 e de cara, fomos destacados para prestar serviços junto ao PAB-Fepasa,que ficava dentro das oficinas da ferrovia.

Entre ativos e aposentados haviam umas 4.000 contas corrente. Comandados pelo chefe de serviço Adalberto e pelo subchefe Laor, uma pequena equipe tocava o posto

Nos tempos das rufes , as contas eram anotadas em papel encorpado ,com o nome do titular. Quando alguém solicitava o saldo, a conta era mostrada .

Certo dia,um ferroviário solicitou sua conta e quando nossa colega Dinorá a entregou, o mesmo a dobrou sem cuidado enfiando-a no bolso da calça. A Dina
disse-lhe que não podia fazer aquilo e pediu que a devolvesse.

O cara alegou o seguinte : " não devolvo, pois vocês encerraram ela e não devolvo mesmo.."

Já nervosa a moça alertou ao Adalberto que estufou o peito e bradou :" entrega a conta aí, senão vai ter."

Diante de nova recusa, o Adalberto abriu o vitrô lateral e pediu auxílio ao guarda ferroviário,o Élcio. Um baita soldado, com quase dois metros de altura, ao saber o que estava acontecendo,lascou uma tremenda gravata no cidadão, e gritou :
"entrega a conta aí,sô !!! "

Lembro-me como se fosse hoje; o cara bufando, sufocado, devolvendo a conta e a Dina colocando-a sobre o balcão, alisando-a para que ficasse em ordem e pudesse ser arquivada.

Por falar na Dinorá,e de comum acordo com o poeta, beleza é fundamental. Muito bonita e com minhas desculpas às outras colegas, fugia do padrão apresentado pelas banespianas. Atendia a todos muito bem mas mantinha aquele ar de menina mimada, narizinho empinado. Com as devidas proporções lembrava aquela apresentadora da Band, Renata Fan. Alguns ferroviários à olhavam de atravessado.

Certo dia, ao término dos trabalhos,já caindo a noite,a Dina se dirigiu para seu carro, um Gordini que deixava estacionado dentro do pátio das oficinas e voltou alarmada, dizendo : "Gente, TEM UM NEGÓCIO ESQUISITO no painel do meu carro.

Fomos até lá e constatamos: Os caras construíram nas oficinas, utilizando isopor e colorindo com as cores devidas,um enorme órgão genital masculino, colocaram atrás um imã desses de geladeira e ao saírem,grudaram no painel do carro.

Disfarçando para não cair na risada,retiramos o objeto agora já identificado e a Dinorá foi embora bastante tensa.

Ô pessoal maldoso..
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117808   CASAL PRETO NO PÉ Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
23/06/2014 - Afaban/Bauru - anos 2000 - Zulindo Costa,aposentado Banespa era uma pessoa que acreditava em tudo que lhe diziam e por esse motivo era objeto de gozações da turma de aposentados.

Certa vez em uma roda de uns 15 aposentados, soltamos o seguinte boato: O Banco resolveu pagar as gratificações mas vai ser em ordem alfabética, sendo que neste ano receberão os nomes que começam com A, B e C.

No próximo ano,as letras D,E e F e assim por diante. Três letras por ano. E o Zu:

"Putz, estou fudido!!! "

Um dia,escorregou no piso da sauna da Associação Luso Brasileira de Bauru onde era conselheiro, se estatelou ,
levando 12 pontos no couro cabeludo. Na quarta seguinte, estava no Banbu (banespinha-Bauru) com um enorme curativo e o pessoal já soltou esta :

Diziam que o Zulindo estava jogando truco e não saia carta boa de jeito nenhum.Na hora em que foi cartear,seu parceiro sugeriu " ôh Zú,vê se dá um tombo diferente."

E o Zulindo jogou-se para trás, rachando a cabeça...

Ele ria com isso.
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117807   O HOMEM ERA FOGO !!! Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
23/06/2014 - Banespa/Jahu - anos 74 a 80 - Chamava-se Ademar, subchefe de serviço,trabalhava ao meu lado nos guichês de caixa.

Na Bica de Pedra (Itapuí) sua cidade natal,tinha o apelido de Brazinha. Comunicativo,boa praça,, casado, com duas filhas pequenas.,apreciava bastante uma boa caninha.

Trabalhava no Banco de São Paulo (Emissor) em Jacarézinho , no Paraná, quando houve a incorporação. Naquela época,para cada agência que fechava em outro estado o Banespa poderia abrir 3 agências pioneiras no estado de São Paulo.

Perguntei a ele o porquê do apelido NERO que o pessoal o tratava e ele explicou.

"Com o encerramento da ag. de Jacarézinho, o gerente me incumbiu de dar sumiço em todo material que não seria utilizável e eu quase toquei fogo na agência. Foi preciso chamar os bombeiros para debelar o fogaréu. Daí o apelido..."

Morreu estupidamente,defronte a sua residência, ao cruzar a rua para ir ao estádio
assistir ao jogo XV de Jaú X Corinthians,do qual era torcedor juramentado. Foi atropelado por um Opala,dirigido por um menor inabilitado.
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117806   GURILÂNDIAMário Augusto Ferreira de AndradeBauru
23/06/2014 - Agudos-Sp, anos 50 - Esta é do tempo em que curió era chamado de avinhado. Com 11 anos,já arranhava uma viola e teimava em cantar. Lembro-me de certo dia ,estava na casa de minha tia e passaram duas meninas, deram um "oi " e escutei uma delas dizer :" esse Mário Augusto já éstá enchendo o saco com aquela violinha dele" (rsrsrsrsr)

Na praça principal,havia o Bar Cruzeiro e no andar de cima, um auditório onde também funcionava a ZYR-50 Rádio Difusora de Agudos, que depois de alguns anos derrubou suas antenas e veio para Bauru. onde foi criada a Rádio Auri Verde.

Aos domingo sob o comando do Juiz de Direito Dr. Pombo, muito respeitado na Comarca, havia um programa de auditório chamado "Gurilândia",onde os petizes cantavam e disputavam prêmios.

Quase sempre a final era entre o Francisco Rossi (Chico Rossi, hoje deputado federal, ex prefeito de Osasco)e eu.

O Chico Rossi cantava bem e apresentava músicas do momento, como " violetas imperiais, de cigarro em cigarro,etc.." As mocinhas aplaudiam bastante, Ai eu chegava e mandava "Chico Mineiro, o menino da porteira, e outras do gênero

O pessoal com mais idade ,que ficava no fundo do auditório cobriam as palmas dadas ao Chico e eu quase sempre ganhava o prêmio. Era um vale para ser trocado no Armazém Glória e consistia em 3 garrafinhas de Crush, 1 talco Ross e uma lata de goiabada da marca Peixe, que corria a abrir pois se encontrasse um peixinho dourado dentro do doce, ganhava uma bicicleta.

Na segunda feira, já começava a ensaiar para o próximo programa.
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117805   VIVENDO E APRENDENDO Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
23/06/2014 - Agudos-SP - 1955 -Com onze anos, cursava a primeira série do Ginásio Estadual.

Haviam aulas de LATIM, hoje considerada uma língua morta mas constantemente utilizada pelos advogados em seus brocardos (in dúbio pró reo,fumis boni iuris et,etc)

Johann Tousèe, holandês, com seus 80 anos nos ombros .lecionava a matéria e era respeitado por todos,tanto alunos como a comunidade. Diziam que havia participado da segunda guerra.

Um belo dia, passou um trabalho aos alunos e enquanto os mesmos iam desenvolvendo a tarefa,sentado, abriu um livro de literatura e começou a ler. O silêncio era sepulcral.

De repente, um elástico foi atirado por alguém, bateu em seu rosto e caiu sobre
o livro.

Impassível , olhou para a classe e de imediato levantou o Altino (irmão do ex-prefeito de Osasco ,Chico Rossi)e eu, e falamos, apontado para o colega ::

"Foi o Roberto Schiratto ,foi o Schiratto !!!"

O velho mestre fechou o livro e com seu sotaque característico disse:"Enton, ZERRO parra esquirrato e ZERRO parra voces dois , pois non gosto de delatores..

Uma lição de vida jamais esquecida...
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117804   NINGUÉM É PERFEITO Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
23/06/2014 - Adger/Audit-1989 - Embora procurasse se destacar pela excelência de seus trabalhos, o departamento (Audit) também dava suas pisadinhas no tomate.

Lembro-me de certo dia ter recebido uma ordem de serviço para iniciar no dia seguinte, uma inspeção de Crédito Rural na Ag de Boituva uns 120 quilômetros de S.Paulo.

Embarquei as 6:00 no terminal Tietê e quando eram 8 horas, já estava defronte à Agência..

Após a identificação ,informei o que estava para fazer e a administração estranhou pois não existiam contratos em vigor de Crédito Rural ;
a Carteira Agrícola da agência estava ZERADA.

Para não ficar no prejuízo,resolvi conferir o numerário da Reserva ,tomei um café e. vazei na braquiária..
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117803   O BOM SAMARITANO Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
23/06/2014 - Banespa/Agudos-anos 80 Paulo Sérgio PERPÉTUO. O conheci bem antes de ingressarmos no Banespa, quando frequentamos o Colégio Guedes de Azevedo.

Dono de um boníssimo coração,preocupava-se demais com os necessitados e às vezes era prejudicado em sua carreira no banco, em virtude da atenção que dava
prioridade às entidades que pertencia.(Vila Vicentina,creches, Lions, etc).

Muito desligado, constantemente entrava em fria.

Certa noite, vindo de São Paulo pelo Expresso de Prata,desceu no trêvo da Duratex,pois nesse horário o ônibus não entrava até Agudos. Talvez sonado,esqueceu que a Rod.Marechal Rondon era duplicada ,atravessou a primeira pista,caindo no vão entre os viadutos.Despencou uns 6 metros quebrando costelas e cotovelo. Só de manhãzinha foi achado pela ronda da PM que escutou gemidos.

Quando trabalhava na ag.Águas de Santa Bárbara,onde seu sôgro tinha um sítio,residia em Lençóis Pauista e pegava carona com um rapaz,dono de uma Brasília Eram 55 quilômetros de terra batida,cheia de"costelas de vaca" Perpétuo todo dia,levava um enorme caldeirão de aluminio para trazer leite ordenhado na propriedade. Agora,imaginem essa Brasilia saltitando pela estrada e ele segurando o caldeirão cheio de leite . Chegavam à Lençóis com apenas 1 ou 2 litros do produto. Tempos depois o rapaz negociou a Brasília pois ninguém mais suportava o cheiro azêdo no carpete.

Já morando em Santa Bárbara notou um caminhão descarregando pianos nas casas dos gerentes, do vizinho e de um funcionário do Banco do Brasil. Comentou:" Puxa... se eu soubesse que isso era vendido igual laranja, em caminhão, teria comprado um também..."

Paulo Perpétuo muito bem quisto em Agudos e região,viajava para São Paulo com a espôsa e outro casal. Sofreram um acidente na Castelo Branco e veio a falecer.Os demais sobreviveram.
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117802   O QUE FOI SEM NUNCA TER SIDO Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
23/06/2014 - Banespa/Bauru-Ag.Altos da cidade - Cliente do banco há muito anos, Felipe,hoje aposentado como advogado do DER,continua sendo uma figura. Estamos sempre em contato e contando as últimas.

Na década de 60, o campeonato varzeano de futebol em Bauru, era realizado em campos de terra batida sem alambrado e a torcida do bairro fazia a maior pressão contra o juíz e os visitantes.

Iam jogar naquela manhã de domingo,,os times do DER e do Bento Cruz.Felipe,lateral direito,era tido como carniceiro pois baixava a ripa nos adversários ; se a sua mãe passasse em frente com a camisa do adversário nem a véinha escapava de uma porradas.

Antes do do jogo iniciar, o Felipe passa perto do Zé Preto,ponta esquerda do Bento Cruz e o ameaça: "hoje eu vou quebrar sua perna !"

Só que não notou que atrás dele,estava o Zimba,tido como o melhor juiz do futebol amador,que, ao ouvir a ameaça,dirigiu-se ao técnico do DER e disse :" Fulano tira o Felipe,senão dou inicio ao jogo e o expulso."

O técnico do DER gritou : " Felipe SÁI, você está sendo substituído."
e o Felipe " MAS JÁ ?????

Foi a primeira e única vez que ví um jogador de futebol ser expulso antes do início do jogo
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117792   ÀS VEZES NÃO ADIANTA TEIMAR... Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
21/06/2014 - BanespaJahu,anos 70 - Havia um funcionário do Crédito Rural, cujo apelido era 33. Ganhou esse codinome pois tinha a língua presa e dizia tlinta e tles. Seu maior sonho era se tornar juiz de futebol.

Tentou,tentou, mas a coisa desandava.Eis alguns episódios pelos quais passou antes de desistir:

1) apitando um jogo em Bocaina, um torcedor palmeou um cão vadio que ia passando e o arremessou por cima do alambrado nas costas do 33.Foi um circo. Enquanto o 33 ia de boca ao gramado, o cachorro saia desembestado ganindo caim! caim!caim!... a galera foi à loucura.

2) para apitar um jogo em Mineiros do Tietê,emprestou o carro de um conhecido e se deslocou para lá. Criou tantos problemas que a torcida parou o jogo, o pôs para correr e acabou com o carro do amigo, só na tijolada. Não sabe como escapou ileso.

3) Um dia me disse: "Sinto-me honrado.Domingo, haverá um amistoso entre o XV de Jaú e o Olaria do Rio de Janeiro e o prefeito Waldemar Bauab não quis juiz da federação.Disse que irá me prestigiar..

No domingo,estou em casa ouvindo a transmissão do jogo em um rádio de pilha quando comecei a rir sozinho.

O locutor disse:" Fato estranho no futebol. O Juíz aos 22 minutos de jogo,sái de maca com câimbras nas duas pernas." Não conseguiu voltar para terminar o jogo.

Nunca mais o vi. Segundo consta,toca um escritório de contabilidade em Igaraçu do Tietê lá pros lado da Barra Bonita Figuraça.
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117791   REFORMA AGRÁRIA - UM TIRO NO PÉ ? Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
21/06/2014 - Banespa/Jahu,anos 70- Lá pros idos dos anos 50 ou 60, o governo desapropriou uma grande fazenda entre Jaú e Bariri, toda em terra roxa altamente produtiva retalhou em glebas de 10 e 15 alqueires ,que recebeu a denominação de REVISÃO AGRÁRIA.

Os interessados que se enquadraram nos pré requisitos do governo,receberam a posse, escritura e tinham acesso a financiamentos agrícolas, etc

A maioria, povo bastante humilde,quase sem escolaridade,vivia de acordo com o que Deus mandasse. Para se ter uma idéia, uma propriedade com 10 alqueires em terra roxa produzindo, é suficiente para o sustento da família, inclusive sobrando recursos para melhorias.

Já nos anos 70,visitamos algumas glebas, sendo que poucos evoluíram e a maioria
estacionou no tempo e no espaço. Em uma delas,em uma casa de taipas,viviam um casal e mais duas filhas moças.

Notei que nos fundos da casa existia um grande matagal quase todo formado por pés de mamona. O nosso agrônomo perguntou ao proprietário porque não cortava aquilo tudo e fazia uma bela horta. Surpresos,escutamos o homem:" a mulher, as filhas e eu usamos as moitas de mamona como banheiro, para fazer as necessidades."

Hoje,essa Revisão Agrária é formada quase em sua totalidade por chácaras de lazer, de propriedade de médicos,industriais advogados e outros. Os imóveis foram comercializados à preço de banana e os antigos donos sumiram no pó da história.

Ás vezes me questiono : será que valeu a pena fazer essa reforma ? Este povo estava preparado para receber tal doação ?"
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117790   UM PASSINHO À FRENTE,POR FAVOR Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
21/06/2014 - Banespa/Santo Amaro -Urbana- São Paulo - 1988 - Gustavo Suenaga e eu, fomos destacados para realizar uma inspeção nessa agência e levamos uns 40 dias para encerrá-la.

Agência pesada,complexa,cheia de problemas,apanhamos mais que cabrito na
horta. Para ajudar,ainda tinha como supervisor o chefe Jocinil, meio doido,que
fazia a gente ,algumas vezes,à largar o que fazíamos lá pelas 14 horas e se locomover até o Nasbe para localizar um documento.

Imaginem sair de Santo Amaro e ir para Pirituba às 2 horas da tarde,de ônibus;
quando chegava lá,estava na hora de voltar para casa. Mas não eram aceitas
argumentações.

Precisamos pedir autorização para a chefia para não utilizar paletó e gravata pois a gente corria o risco de ser assaltado. Aquela praça 13 de maio, em Santo Amaro dava medo.

O difícil mesmo, no final do expediente ,era conseguir embarcar nos ônibus que iam em direção ao centro da cidade onde residíamos.

Éra uma quinta feira, sete da noite, passa um ônibus atrás de outro e não havia possibilidade de embarque pois vinha completamente lotado. O Gustavo perdeu a paciência e falou: " No próximo eu entro na marra".

Parou um, com gente pendurada na porta trazeira, totalmente compacto. Gustavo,respirou fundo, meteu o ombro no meio do povão e foi rasgando. Eu do
lado de fora só assistia, acompanhando através das janelas, seu avanço.

De repente,parou... e começou a recuar da mesma maneira que entrou.Veio vindo,vindo e o japa foi cuspido para fora do veículo,com um pé sem sapato.

Assustado comentou " caráio,se não sou de circo me ferrava todo !!! " Eu rachava o bico de tanto rir.

A partir desse dia,a gente andava umas 8 a 9 quadras e ia até o terminal de Santo Amaro onde os ônibus saiam e a gente vinha sentado, ao passar pela agência...

Lembranças de tempos que não voltam mais...
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117764   PRÓS E CONTRAS Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
19/06/2014 - Adger/Audit - 1988 - O ingresso ao Departamento de Inspeção era disputadíssimo
haja vista que no processo seletivo em que participei, nada menos que 550 gerentes foram testados e apenas 52 foram aprovados.

Um cargo respeitável, pois proporcionava um salário razoável para os padrões da época, além de conhecimentos diários que nos permitia desempenhar nossas funções satisfatóriamente.

Mas, a gente trabalhava sob uma pressão enorme da chefia, chegando ao cúmulo de subgerentes ligarem para agências as 4 horas da tarde das sexta feiras para checar nossa presença. Eram obrigados a fazer isto.

Era grande o índice de alcoolismo entre os inspetores, fora separações de marido e mulher trazendo a desagregação de famílias. Também, a gente não participava na educação e formação dos filhos gerando essas desavenças.

Alguns dos diversos fatos que lembramos:.

- Certa manhã, um gerente de hotel de uma cidade do interior paulista telefonou para o Departamento,informando que o inspetor do Banespa estava em seu quarto, sentado no chão e chorava copiosamente. Uma equipe foi mandada às pressas para a cidade e o levaram-no de de volta para S.Paulo.Depois disso não viajou mais Passou a fazer trabalhos internos

A gente procurava desanuviar o ambiente e notamos essas:

- Um dia à tarde, o chefe Arcidio e eu ,saímos da copa e fomos para nossas mesas. Andando pelo corredor, vinha o inspetor Edson (Passo Preto) de Ourinhos, que parou e sem notar nossa presença,tirou do bolso do paletó, um enorme iô-iô e jogou umas 4 a 5 vezes.,guardando-o novamente.
O Arcídio olhou para mim e comentou em vóz baixa :" Meu Deus,onde ai parar isso ?.."

No salão onde ficavam as mesas dos inspetores, a descontração era geral senão endoidava. Lembro-me que uma tarde um inspetor japonês que ficava em um canto da sala, gritou para o Davi.Quanto ele olhou,o colega fêz o gesto de quem estava lançado um anzol e o recolhia,puxando a vara para trás com o uso de um molinete.

Nesse momento, o Davi abriu uma de suas gavetas e tirou um peixe de papel alumínio, balançando-o, como se estivesse fisgado.

Coisa de loco sô...
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117747   POMBAS !!! QUE PONTARIA... Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
18/06/2014 - Banespa/Jahu, 1978 - Uma tarde monótona, bem tranquila, estávamos nos guichês de caixa atendendo um ou outro cliente.

No guichê à minha direita,estava o Luiz Roberto Bizarro de Souza,o TETÉ.

Chega um cliente com um depósito em cheques e entrega à ele. O Teté começa a conferir o depósito mas uma mosca não parava de encher o saco. Vôa prá lá, vem prá cá,senta aqui, vai no rosto,enfim, tirava a concentração.

O Teté então de posse de um elástico para dinheiro,parou o depósito e esperou a mosca pousar no vidro do guichê,e mirou bem. Do outro lado do balcão,com o queixo apoiado em cima do vidro, o cliente acompanhava de perto o ato.

Na elasticada que levou a mosca se desintegrou e um pedaço dela entrou no olho do cliente.Foi uma tragédia. O cara dava uns pulinhos e gritava:"aí como arde, aí como arde !"

Olhei para o Teté. Lívido,com cara de bunda ,procurava uma explicação mas não achava...

Inesquecível
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117741   COM QUE ROUPA QUE EU VOU ? Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
17/06/2014 - Banespa/Rio Claro-sp-1970 - As ruas desta cidade recebem números ao invés de nomes. A gente se acostuma e fica fácil localizar os endereços

A avenida principal que passa defronte à agência do Banespa tem o nome de Avenida Um. À sua esquerda, paralelamente, ficam as avenidas ímpares ( 3,5,7,9,11 e assim por diante...)

à sua direita ficam as avenidas pares ( 2,4,6,8,10 e assim por diante...)

Agora, as rua que as cortam, seguem numeração sequencial,ou seja : rua 1,2,3,4,e assim por diante

Por exemplo, a pessoa diz: "Moro na rua nove esquiva com avenida 21 " Na hora sabemos que ele reside na nona rua, à déz quadras à esquerda da avenida um.

Pois bem,existia na esquina da Av. um com a Rua Dois, uma farmácia que permanecia aberta 24 horas por dia.

No Banespa local, havia um funcionário que era de Piracicaba e morava em uma república de estudantes. Cursava matemática na Unesp local.

Uma noite ,já de madrugada,acompanhado dos colegas entraram na farmácia e começaram a se desafiar. Á época, estava em voga,rapazes e moças tirarem a roupa e completamente nús,sairem correndo um determinado trecho. Era conhecida como "CHISPADA"

Dado o adiantado da hora,nosso herói topou o desafio, e totalmente pelado saiu correndo para dar a volta no quarteirão. Ao virar a primeira esquina em grande velocidade, deu de cara com mais de 300 pessoas que estavam saindo de um baile de gala, no Clube Ginástico Rioclarense., o mais chique da cidade.

Foi aquela gritaria; ele atravessou correndo a multidão e chegou bufando na farmácia,dizendo " Sujou, sujou..."

Mal teve empo de se vestir, encostou a "justa". Foi devidamente encanado...
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117740   DEIXA QUE EU CHUTO Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
17/06/2014 - Banespa-Paulo de Faria/SP - anos 80 - Salustiano Ribeiro o Dr. SALÚ,clínico geral, muito respeitado na região e talvez à época, o único médico da cidade.

Morava em um pequeno sitio,(2 alqueires),a uns 3 quilômetros a cidade,onde construiu uma bela residência sobre um môrro,rodeado de árvores nativas e com linda vista para o Rio Grande.

Edificou também uma pousada, onde sua esposa, amabilíssima,recebia os hóspedes pela manhã, servindo leite ordenhado na hora e um pão caseiro feito por ela própria,muito gostoso.

No sítio, soltos,misturavam-se cavalos,carneiros, vacas e uma grande quantidade de aves onde se notava um número alto de galos. Perguntei ao Salú "Dr., não é muito galo para poucas galinhas? " e ele respondeu "Cada galo marca seu território e como eu sofro de insônia, de madrugada fico escutando os galos cantarem, cada um de um lado da mata. Me delicio com isso...""

Cismou que era bom de bola e montou um time de futebol para jogos amistosos na região. Escalava o time só com "cobras criadas",ex-jogadores veteranos e dava um jeito de pegar a camisa 10. O pessoal dominava o jogo, preparava a jogada e rolavam a bola na área para o Salú marcar. Era uma festa. Fazia 3 a 4 gols por jogo.

Depois, no vestiário era aquela animação e o pessoal enchia a bola dele "Ei doutor hoje o senhor arrasou, heim ?..."

E o Salú se empolgava e dizia"Ninguém vai embora vamos lá para o sítio comer um churrasco e beber chope"

Enquanto o pessoal "traçava" um carneiro na brasa, Salú se achava craque..
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117697   NÃO ADIANTA ATROPELAR Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
11/06/2014 - Banespa/Américo de Campos/SP -anos 80 - Luiz Xavier,mais conhecido como Xaxá ,atualmente aposentado e residindo em Bauru era funcionário do Crédito Rural de Votuporanga e foi nomeado subchefe de serviço para Pontes Gestal e depois de algum tempo,transferido para Américo.

Adepto das normas,trabalhava corretamente e sempre foi de seguir as instruções do Banco ao pé da letra .Não concordava com aquela máxima de que "as instruções foram feitas para serem desobedecidas inteligentemente".

Mas um dia,sabe-se lá por que cargas d'água (talvez para aumentar os depósitos da ag.) liberou um financiamento de custeio agrícola, antes que o mutuário assinasse os documentos.creditando o valor na conta corrente , deixando para acolher as assinaturas, quando o mesmo viesse à agência

Naquela noite, o cliente assassinou a esposa e ateou fogo ao cadáver,sendo preso em flagrante.

Olha o sufoco. Xaxá teve que procurar o delegado de polícia e com sua concordância,entrou no xilindró e colheu as assinaturas do preso.

Vivendo e aprendendo...
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117696   ÀS VEZES,QUERENDO AJUDAR VOCÊ ATRAPALHA Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
11/06/2014 - Banespa/Rio Claro-SP,anos 70 - Trabalhava no PAB Fepasa dentro das oficinas da saudosa Cia Paulista de Estradas de Ferro.. estatizada, e agora transformada juntamente com outras ferrovias, em uma grande sucata nacional. Um país com dimensões continentais deveria dar prioridade às estradas de ferro,haja vista o Canadá,EUA e Asia.

Todo mês,um dia, era o pagamento dos aposentados e pensionistas da ferrovia. A folha de pagamento vinha de Jundiaí,via malote e nós trabalhávamos à noite para que tudo estivesse pronto para o dia seguinte.

O PAB abria as portas às 11:30 e nesse dia, uma fila enorme se formava a partir das 7 da manhã. Dava pena observar os velhinhos embaixo de um sól escaldante ou chuva torrencial, passando sêde, aguardando o Banco abrir para emitir um cheque avulso e sacar o mísero pagamento.

Em um desses dias, o Adalberto, chefe do posto e eu, fomos conversar com o pessoal explicando a eles que se tirassem um talão de cheques,tudo ficaria mais fácil . Era só receber o holerite e pagar as contas com cheques, evitando este sacrifício.

Qual foi nossa surpresa ao escutarmos dos velhinhos essa reclamação :" Puxa vida: até isso vocês estão querendo tirar da gente ? Nós contamos nos dedos os dias que faltam para o pagamento, para encontrar velhos amigos de 30 anos de serviço e bater um papo,relembrar os bons tempos, e vocês querem acabar com isso ? "

Adalberto e eu saímos de leve e deixamos do jeito que estava...
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117694   CORRE QUE O BICHO PEGA... Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
11/06/2014 - Agudos/Sp, anos 50- Minha família residia em uma casa alugada, em uma esquina
onde uma das ruas era utilizada para tanger o gado rumo a matadouro algumas quadras abaixo.

No quintal da casa, havia um grande pé de manga Bourbon, uma delícia que parece que sumiu com a chegada das mangas industriais ( Keit, Tommy Hatkins e
Palmer).

Certa manhã, passa um boi amarrado por um laço em direção ao abate e meus primos Zé Carlos,Zé Willian e eu corremos abrir o portão para vê-lo melhor. Não notamos que uns 20 metros atrás vinha outro que ao ver o portão aberto e o laço
frouxo do boiadeiro, adentrou o portão e nos atropelou.

Foi uma loucura.As crianças caidas no quintal, embaixo do animal bravio o cavaleiro utilizando o rêlho cortava o couro do bicho que ficava mais violento.

Testemunhas dizem que meu pai, naquele desespêro, chegou à quebrar um páu de lenha na cabeça do boi,tentando afastá-lo.

Com muito esforço, meu tio Tulão Lacerda conseguiu arrastar nós três longe do
animal que foi puxado pelo condutor e levado ao seu triste destino.

Saímos ilesos, apenas com algumas escoriações.

E com essa experiência toda, nenhum dos três se tornou peão de boiadeiro...
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117689   O LITO DA BOCAINA Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
11/06/2014 - Banespa/Jahu, anos 70 - Constantemente ,o pessoal da Agência ligava para Bocaina (uns 15 quilômetros de Jaú) no conhecido Bar do Lito e encomendava um jantar.

À noite, a gente partia para lá pois os donos do bar cozinhavam muito bem. A especialidade da casa era carneiro ensopado que a gente comia chorando, de tão gostoso.

Contam que em 1950, uma turma de Jaú e cidades próximas fretaram um ônibus (em 1950 não seria jardineira ?) e foram para o Maracanã assistir o final da Copa.

Defronte ao estádio, aquela balbúrdia,gente prá todo o canto e o pessoal se dispersou . Alguns se aproximaram de uma entrada do estádio e perguntaram para o porteiro : "POR ACASO, VOCE VIU O LITO DA BOCAINA ?".

Gozador por excelência, o carioca disse : " Sim. acabou de passar por aqui e foi lá para cima".

A capiauzada subiu as arquibancadas do "maraca" e não é que encontraram o Lito lá mesmo.?

Tornou-se piada regional.

Em Jaú,procurando diferenças na agência, o pessoal costumava dizer: "tá mais fácil achar o Lito da Bocaina..."
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117688   MENTIA MAIS DO QUE O PINÓCHIO Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
11/06/2014 - Agudos/anos 50 - No meu tempo de garoto em Agudos/Sp ,havia um moço de nome Daniel Barbosa, motorista do ônibus ,,evangélico, considerado o maior mentiroso que se podia conhecer.

Não sei se era algum deslize ou doença,mas o rapaz sentia um enorme prazer em inventar casos,narrando-os com riqueza de detalhes.

Tornou-se sinônimo de mentira. Quando alguém soltava algo difícil de acreditar o pessoal já gritava " Ô Daniel Barbosa !!" ...

Num domingo, 11 da manhã,o pessoal reunido defronte ao Bar Cruzeiro, sorvendo uma cerveja Vienense,(naquela época a Brahma ainda não havia adquirido a cervejaria austríaca ) quando passa o Daniel,com passos largos, todo esbaforido.

O pessoal chamou-o já prevendo de antemão que vinha coisa por aí

e ele : "Não posso...o doutor Galrão acabou de falecer"...

Foi uma gargalhada geral,

E não é que era verdade ? Tinha acabado de morrer, dentro do hospital de Agudos onde estava recebendo uma homenagem, vitima de um mal súbito, o Dr.Alfredo Paraíso Galrão,médico, meu padrinho de batismo, benemérito da cidade.

A gente faz a fama e deita na cama ...
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117687   UMA DIARRÉIA DE RECURSOS Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
11/06/2014 - Bauru/fev-2014 - Jornal da Cidade - Tribuna do Leitor

Ao Dr. José Fernando da Silva Lopes :

Leitor contumaz de seus artigos neste jornal,dos quais tenho "pinçado" partes deveras interessantes e enviadas via e-mail para um grupo de mais ou menos 3.000 colegas banespianos ( sempre citando a fonte ) me deparei com seu pronunciamento de hoje,dia 22/02/14,onde diz sobre o grau duplo de jurisdição ,concedendo ao perdedor através de recurso,assegurar o reexame da sentença. Sentença essa, que se confirmada nada mais há de fazer a não ser acatá-la e cumprí-la.

Pergunto ao prezado mestre e amigo em particular : "ESTÁS SE REFERINDO AO NOSSO PAÍS ? "

Meu questionamento faz sentido pois faço parte (eu mais 8.061 pessoas ) em uma ação trabalhista do século passado e que já está na QUARTA instância. Iniciada em 1998, completa 16 anos (já está mocinha,menstruou...) e após passar por duas instâncias, foi para o TST , onde ganhamos novamente e encontra-se atualmente no STF, devidamente ENGAVETADA...

Neste ínterim,mais de 2.000 interessados já foram para o Oriente Eterno, sem ver o resultado final Ganhamos em todas, mas uma "diarréia" de recursos faz com que a ação patine e não saia do lugar.

Rogo ao amigo, um "expert" em Direito, se possível nos próximos artigos, nos brinde com algo sobre Recursos Protelatórios e Litigância de má fé.
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117686   NOSSOS QUERIDOS LUSITANOS Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
11/06/2014 - Bauru/1992 - Recentemente aposentado e convidado pelo nosso colega banespiano José Moron,fomos fazer parte da diretoria da Associação Luso
Brasileira de Bauru.

Tenho sangue português pois sou um Ferreira de Andrade,mas tenho que reconhecer que eles são de uma praticidade incomum. Ás vezes resolvem um problemão mas também complicam facinho,facinho...

Alguns fatos interessantes :

- no início da construção do clube, foi feita uma chamada via imprensa à toda comunidade portuguesa de Bauru e região para que se associassem. Os títulos começaram a serem vendidos e a procura era enorme. Só que não aparecia dinheiro em caixa para compra dos materiais. Foi aí que constataram que o Tesoureiro à época, ao receber o cheque, grampeava com a proposta do associado e à arquivava em ordem alfabética.

- em um carnaval, alugamos uma área ao lado para servir de estacionamento. Acreditem, colocaram uma placa com esses dizeres :" Estacionamento de veículos. Sócios 5 reais. Não sócios : TAMBÉM !"

- em outro carnaval, a fim de implementar uma motivação maior, colocaram na frente do clube uma faixa com os dizeres "O CARNAVAL NA LUSO É MAIS PRÁ FRENTE !!!"
Há quem diga que alguns associados ao lerem aquilo, passavam batido e iam
festejar no BAC, um clube que fica algumas quadras abaixo.

- certa época, os banespianos Reinaldo Lipe, José Moron e Silvio Gomes de Sá,juntamente com as esposas foram para a santa terrinha,à fazer turismo.
Alugaram uma van e com o Lipe dirigindo, saíram para desbravar o pais.
Como não achavam a saída para a auto estrada, pararam perto de um português e o Lipe disse: "por favor, nós estamos querendo sair de Lisbôa e..."
E o português : "POIS SAIAM..."

- estavam no norte do país,lá para os lados do Douro,quando perguntaram a um transeunte : " Esta estrada vai para Lisbôa ?
e o lusitano : "Há, SE FOR, VAI FAZER MUITA FALTA !!!...

E viva Portugal, a última flor do Lácio.
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117685   DE VOLTA À ADOLESCÊNCIA Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
11/06/2014 - Banespa-Pacaembu-Alta Paulista/1988 - Chego pelo Expresso de Prata a fim de começar uma inspeção na Agência,no dia seguinte.

É domingo, procuro um hotel e indicam o único,pertencente a uma família de japoneses,perto de uma praça. Assino o livro, guardo as malas e vou jantar no próprio hotel.

Era uma novidade.O japonês acendia uma churrasqueira,colocava um espe
to com um pedaço de costela ou ponta de peito (duro prá cacête)
e corria as mesas servindo pedaços de carne. Era uma forma rudimentar dos atuais rodízios.


Saí um pouco à noite para localizar a Agência e voltei para dormir

Entrei no quarto,um calor insuportável e apenas um pequeno ventilador para quebrar o galho; notei que ao lado da cama de alvenaria,havia uma enorme tomada de porcelana branca, com inúmeros fios que desciam do fôrro e à ela se ligavam.

Pensei comigo: " vou desligar isto pois vai que esteja dormindo e bata a mão nos fios e tome um puta choque.Foi o que fiz. Estava quase pegando no sono quando bateu na porta o japa perguntando " o senhôro desrigô alguma coisa aí.? " Respondi afirmativamente e ele completou " não pode; esses fios são da terevison e atende a todos os quartos.O pessoal está reclamando porque é hora dos gôro do fantástico."

Liguei a tomada e tudo voltou ao normal. Mas não perdi a deixa. Toda semana seguinte,assistindo a novela, na hora que ia acontecer algo interessante eu desligava e escutava a gritaria vinda dos outros quartos.

Religava imediatamente e sorrindo,dormia satisfeito com a molecagem feita.
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117677   PADRE DE ARAQUEMário Augusto Ferreira de AndradeBauru
10/06/2014 - Bauru-anos 60 - O pessoal começou a frequentar um rancho às margens do Rio Tietê,no município de Arealva.

Sempre que íam para lá, parava-se na cidade para comprar alguma coisa que esqueceram de levar.

Não sei onde, arrumaram uma batina e ao chegar em Arealva, a gente vestia o Luiz Bozzini de padre e ele desempenhava brilhantemente o papel.

Alto,magro,bem articulado, era uma simpatia em pessoa.

Um dia, entramos em uma padaria cujo casal de proprietários eram católicos praticantes e se encantaram com o Bozzini e por extensão , com a gente também.

Era uma festa.

Quando chegávamos, a mulher corria passar um café, batia um papão com o Bozzini e não íamos para o rancho sem levar de presente uma
rôsca ou um pão de torresmo.

Uma tarde,estamos na padaria quando sái dos fundos da casa o Bozzini todo esbaforido e fala baixinho : "vamos vazar que o sobrinho da dona é seminarista em Botucatu e encontra-se em Arealva. Ela mandou chamá-lo para conversar comigo..."

Nunca mais voltamos à padaria ; e a batina deram um sumiço nela.
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117650   BRANQUEOU DE VÊZ .. Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
08/06/2014 - Banespa/Jahu-anos 70 - Fernando Capelozza,o Tatão e eu, tínhamos um amigo em comum, chamado Toninho Rossanezzi.
Responsável pelo setor de compras de uma rêde de supermercados, era inteligente,bom em matemática e ficamos nos conhecendo quando cursamos Administração..

Namorando e noivando há muito tempo com uma funcionária do supermercado resolveu marcar a data do casamento

Em um sábado, os amigos decidiram fazer a"despedida de solteiro" do garanhão e fomos todos para um rancho às margens do Rio Tietê,rancho este de propriedade da família Sanzovo,dona do supermercado.

Lembro-me que era inverno e soprava um vento frio.

O Tatão levou um vasilhame com água oxigenada, 20 volumes e após deixar o Rossanezzi nú , resolvemos que ele deveria dar uma lavada no saco. Em uma bacia de aluminio derramamos a água e falamos para ele enxaguar os pêlos pubianos.

Ele quis reclamar mas resolveu atender ao pessoal. Enquanto se lavava, reclamava e perguntava se tinham colocado alguma coisa na água, pois pinicava um pouco.

Passado o casório,uma noite,defronte à Faculdade, em um barzinho que possuia apenas uma mesa mas quando era para fechar a conta o garçon gritava:Fecha a 18",perguntamos como tinha sido a viagem de núpcias e se correu tudo bem...

Rossanezzi meio encabulado, disse que ao chegar ao hotel e tirar a roupa, mais parecia um SUÉCO de tão embranquiçado que ficou. Disse que a jovem esposa estranhou as não perguntou nada.

Quem tem amigos assim, não precisa de inimigos
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117646   QUEM TEM,TEM MEDOMário Augusto Ferreira de AndradeBauru
07/06/2014 - Bauru-sp-anos 60 - Mário Ranieri era um homem muito forte. Atarracado, carrancudo,com uns 120 quilos de músculos bem distribuídos.Para utilizar o relógio necessitava juntar duas pulseiras pois uma só não era suficiente,tamanho o seu punho. vinha de uma família tradicional de educadores (Liceu Noroeste).

Açougueiro por profissão,contam que certa feita, matou um garrote com um soco na cabeça. Nas horas vagas, apitava jogos do futebol varzeano da cidade. Os campos eram de terra,não possuiam alambrados e o Mário não afinava para ninguém.

Chegava a enfrentar a torcida,chamando-a para a briga mas ninguém era louco de encarar. Lembro-me que um dia um torcedor gritou : "ô juiz filho da p...".Raniéri de imediato apitou paralisando o jogo e partiu para o lado da torcida, dizendo :"continua a frase vagabundo, continua,,." Abriu um clarão no público.

Naquela época,a rua Olavo Bilac no bairro Jardim Bela Vista,só tinha mão para cima e era um aclive considerado.O velho Fargo (galo frouxo) do pai do Milão, gemia à uns 5 quilômetros por hora, levando em sua carroceria umas 50 pessoas entre jogadores e a torcida do Internacional ( a espanholada).Íamos enfrentar o Marabá.

Emparelhado com o caminhão e carregando uma mochila, seguia o Mário Raniéri que estava escalado para apitar o jogo. Um espírito de porco gritou:" ô elefante sem rabo!!". Prá quê ? Do jeito que o homem segurou na lateral da carroceria para subir, todos pularam para o outro lado.

Só sobrou o Félix Sanches (Feluco) nosso zagueiro, Mário agarrou-o pelos colarinhos ergueu-o e disse :"Tá querendo me enfrentar,, moleque ? "

E o Feluco : Imagina sêo Mário, eu também queria pular mas como destronquei o pé no treino não deu..."
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117639   ANOS DE CHUMBO Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
07/06/2014 - Bauru/1964 - Testemunha ocular da revolução que depôs João Goulart, eu, com 20 anos de idade, presenciei os fatos abaixo :

Dado o golpe militar, Bauru passou a receber diariamente combôios
ferroviários lotados com soldados e armamento pesado (caminhões,tanques,canhões) haja vista tratar-se de um entroncamento de estradas de ferro ( Noroeste,Paulista e Sorocabana).

Via-se nas ruas grande movimento de viaturas militares. Camionetas do exército estacionavam defronte à mercados,quitandas e tudo era requisitado. Sacos e sacos de cereais, legumes,ovos, etc., eram retirados e os proprietários recebiam um tipo de vale, para receberem depois do governo federal que estava se instalando

O delegado de polícia e o promotor público,com a ajuda de outros que pertenciam ao CCC (Comando de Caça aos Comunistas) perseguiam e tentavam encontrar adeptos do comunismo,geralmente presidentes de sindicatos e dissidentes.

Trabalhava no Salmen (Agência Ford) que se transformou no quartel general da campanha "Ouro para o bem do Brasil". Ví famílias chegarem com todas as as suas jóias em ouro, inclusive alianças de casamento e depositarem-nas nas caixas.

Uma febre patriótica tomou conta da população. Certo dia, um senhor idoso da vizinha cidade de Piratininga-SP, entregou uma caneta, daquelas de molhar no tinteiro, em formato de uma pena de águia,medindo uns 30 centímetros de tamanho, toda entalhada em ouro maçico.

No dia seguinte, os filhos foram até à ag.Ford e propuseram adquirir a jóia pois tratava-se de um bem de família de muitas gerações. Foi chamado um perito que à avaliou e em troca de uma pequena fortuna, conseguiram a devolução.

Para onde foi todo este tesouro amealhado,não sei precisar. Ficou até hoje a interrogação. Será que valeu a pena ???
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117635   ANOS DOURADOS Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
06/06/2014 - Bauru/Sp, anos 60 - Existia nos arredores da cidade um bordel muito famoso conhecido como a "Casa da Eni"

Localizado em uma chácara,tinha a aparência de um hotel de primeira categoria,onde se hospedavam as" meninas" selecionadas pela Dona.Eni. Eram garotas lindíssimas,com boa cultura e além de servirem muito bem aos clientes serviam também como acompanhantes para grandes eventos, sem medo algum de "gafes" ou dissabores.

Um sábado à tarde, meu cunhado , já funcionário do Banespa me convidou para acompanhá-lo até a chácara,pois o gerente da agência à época o havia incumbido de entregar um lindo arranjo de flores para a Cláudia Mineira que estava saindo em férias. Dona Eni, concedia férias anuais para as jovens visitarem seus familiares.

Um Boing 747 nos recebeu em seus aposentos,trajando apenas roupas íntimas e arrumando as malas. Pediu que agradecesse ao gerente tamanha atenção.

Ao saírmos, passamos pela piscina onde várias garotas vestindo apenas a parte de baixo dos biquinis, tomavam banho de sol em um deck de madeira. .Era um colírio para os olhos ,mas proibitivo para nossos bolsos.

Empresários,artistas,pecuaristas vinham de toda parte, inclusive do exterior e "invernavam" na casa. Diziam para as esposas que estavam em São Paulo tratando de negócios.

À época, trabalhava no Salmen (agência Ford) e quando do lançamento do Ford-Corcel vendemos 17 (dezessete) carros para as jovens. As duplicatas tinham o aval de Dona Eni e não atrasaram nenhum pagamento.

Comentei com um colega da agência: "Caramba, elas pagam pontualmente ! "
e ele "Também,elas, têem uma caixa econômica grudada no corpo..."(rsrsr)

Recentemente,lí que a Rede Globo pretende lançar para o fim do ano um especial sobre essa casa famosa e que deixou saudades. O papel de Dona Eni já estaria destinado à nossa querida cantora e atriz Ivete Sangalo. Tenho certeza que depois de seu desempenho como Maria Machadão na série" Gabriela"" o sucesso será absoluto..
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117609   E A GAROTADA VIBROU !!! Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
05/06/2014 - Agudos-Sp, anos 50 - Eram umas 15:00, Rua José Bonifácio, atual Joaquim Rondina,perto do Internato das Freiras. A rua toda calçada com paralelepípedos.

Com uma velha bola de capotão, toda descascada, a molecada "picava o couro" no meio da rua, sob o olhar complascente de algumas mães e curiosos.

De repente, PÁRA TUDO !!!. Abre-se um portão e desce pela escada da casa ,duas mulheres carregando um enorme bolo de casamento. Uma verdadeira obra de arte.Todo coberto com glacê e confeitos, lembrava nos minimos detalhes um castelo medieval.

A meninada ficou extasiada olhando para aquela maravilha da culinária e foi quando uma das mulheres, com um pequeno sorriso disse: " não precisam ficar olhando,porque isto aqui não ´é para os seus bicos..."

Deve ter sido castigo, pois não deram nem meia dúzia de passos, tropeçaram e o bolão veio à nocaute. Esparramou-se no meio da rua,fazendo a festa de todos.

Enquanto as mulheres choravam,nós entramos babando por cima do bolo e deu até prá levar um pedação para casa.

As duas mulheres chorando, retornaram correndo para dentro da casa. Já passava das 10:00 da noite quando um novo bolo, bem mais simples,desceu as escadas com destino ao casório.

O molecada de zóio gordo ,sô !!!
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117578   VAIS COMER ESTILINGUE ? Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
03/06/2014 - Banespa/Jahu - anos 70- Havia um chefe de serviço de nome Ademar Galvanini.,casado com conhecida colunista social da região, o Ademar só aprontava.

Sempre que tinha oportunidade, escolhia suas vítimas dependendo do humor das pessoas. Que o digam o Piva e o Paulo Borges.,funcionários da agência.

O Bórginho era à época contínuo. Neguinho bom de bola,namorador, sindicalista, sofria nas mãos do Ademar.

Um determinado dia,após às 16:00 a ag. já fechada, chegou a moça balconista do bar de frente, trazendo um misto quente que Borges pediu.

Deixou lá na copa e pediu que o avisassem. Prá quem ela pediu ? Logo para o Ademar.

O Galvanini abriu o papel alumínio que envolvia o sanduba, abriu o pão e colocou dentro uns 3 elásticos de dinheiro Avisou a turma do que estava para acontecer.

16:15, hora do café. Todos na copa conversando, entra o Borges,sempre apressadinho e pega o sanduíche. Abre o pacote,oferece para um,para outro e lasca uma mordida,puxando o pão para longe da boca.

GENTE !!! o sanduba deu uma estilingada,jogando pra todos os lados pedaços do próprio..

Voou rodela de tomate,presunto, queijo e o que mais de direito.

Sinceramente deu dó, mas não dava para segurar a risada.
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117575   FOI TIRO PRÁ TODO LADO Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
02/06/2014 - Bauru/1992 - Recentemente aposentados, Marivaldo e eu resolvemos prestar vestibular com a intenção de cursar Direito. Comentei com o Marivaldo, das dificuldades para concorrer com a moçada e ele argumentou que a gente tinha vivência e isto era um diferencial.

Concorremos com 1.300 candidatos para 80 vagas. Deu zebra e olha nós de volta aos bancos escolares,.entrando às 7 horas da manhã.

Sempre apreciei filmes de "western" e possuo uma coleção apreciável desse gênero. Naquele tempo eram raros os DVDs e o pessoal utilizava muito os cartuchos de vídeo (acho que era vhs).

Quando conseguia um filme novo, após assisti-lo levava para o Mari que também gostava.

Naquela manhã , adentra a sala a Dra. Maria Isabel de Jesus Costa Canellas,acompanhada do bedel que instala uma TV e Vídeo. A mestra ligou na tomada,inseriu um cartucho e dirigindo-se aos alunos disse:

" Pessoal, vou até a cantina tomar um café e depois iremos assistir a uma palestra muito interessante sobre Fianças e Avais ".

Quando saiu, pedi ao Marivaldo que me passasse o filme que havia lhe entregue.
naquela manhã. Ele assustado ainda perguntou :"Você vai ter coragem ?" Tive. Troquei os cartuchos e ficamos aguardando.

Chega a Dra.Maria Isabel,excelente professora,dava gosto assistir às suas aulas de Direito Civil e "CRAU" liga a tevê.

Apareceu o John Wayne à frente da cavalaria americana,pregando fogo nuns índios que atacavam uma diligência, aquele poeirão,barulho de tiros, o escambáu...

Dra.Maria Isabel deu um pulo e exclamou " Meu Deus, o que é isso ?"" Antes que ela se refizesse ,levantei para pegar meu filme e escutei ela dizendo "Dr Mário Augusto não acredito que o senhor fêz isto."

Acho que a mestra jamais de se esqueceu de nós...
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117568   MARCANDO O TERRITÓRIO Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
01/06/2014 - Afaban/Bauru - Zulindo Costa,aposentado banespiano tinha um rancho em Miranda/MS mais propriamente no distrito de Salobra. O caseiro do Zú era um esperto chamado Lori. Daqueles que dá uma de morto para "crau" no coveiro.Fazia tudo o que o Zulindo pedia pois sabia que na hora das despedidas viria uma grana extra. Como o proprietário ia no máximo duas vezes por ano, o safado alugava o rancho e faturava alto. Descobrimos também que desviava combustível levado por nós para abastecer os motores de popa.

Ex funcionário dos Correios em Jundiaí, há mais de 20 anos morando na barranca do rio, não sentia mais prazer de pescar e só ia se fôsse obrigado.
Era o caso do Zulindo,pois o Lori, obrigatoriamente era seu piloteiro.Conhecedor de todos os meandros do Rio Miranda,sabia de olhos fechados os pontos piscosos do caudaloso rio, só que não se abria com ninguém.

Naquela semana estava ruim de peixe. O pouco que se fisgava era para ser consumido no dia seguinte. Eu mesmo me considero um grande "pé frio". Escuto sempre gente dizendo que pegou de 20 a 30 pacús e nunca consegui mais de 10% disso.

A convite do Zulindo fui pescar com ele, com o Lori pilotando. Paramos em uma curva do rio onde ninguém acharia que era lugar de peixe. Água corrente,lugar limpo, começamos a puxar um atrás do outro. Realmente, o Lori sabia das coisas.

Resolvi marcar o local. Disfarçadamente fui quebrando alguns cipós,pequenos galhos e deixei-os pendurados na árvore.Voltando ao rancho foi aquela consagração com a quantidade de peixes trazidos. O Zú se sentia um super herói.

À sós com o Álvaro Pozetti e meu cunhado Roberto Moron, comentei que saberia localizar o lugar. No dia seguinte, 5:30 da manhã já estávamos no barco.
Enquanto o Lori varria o quintal o Zulindo dormia.

Quando chegamos ao local, o Álvaro e o Moron questionaram se eu tinha certeza do lugar,pois não iria dar nada., Mostrei os galhos quebrados, apoitamos o barco e iniciamos a pescaria.

Éra uma jurupóca atrás da outra. Cada uma mais bonita...

Meia hora depois escutamos barulho de motor, subindo o rio. Passam o Lori e o Zulindo por nós, com cara de poucos amigos. Ao passar o Zú disse baixinho " Lá no rancho a gente conversa...".

Não houve conversa mas que foi uma tremenda sacanagem ,ah, isso foi.
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117553   O MÃO DE PACA Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
31/05/2014 - Banespa/Jahu-anos 70 - Nunca vi em toda a minha vida um cara mais munheca do que ele. Daquele tipo de amarrar um barbante no comprimido de Melhoral e depois que a dor de cabeça passava, ele puxava o barbante e guardava o remédio,

Subchefe de serviço, um salário razoável para a época,vivia miseravelmente guardando tudo. Certo dia, na bateria de caixas, abaixou-se para pegar um talonário de cheques e apareceram as duas meias sem os calcanhares. Virou gozação. A turma perguntava de ele ia jogar futebol pois já estava vestindo tornozeleiras.

Casou-se e foi ser meu vizinho. Um dia, bateu palmas e perguntou se eu tinha alguns galões vazios para emprestar pois havia abastecido seu fusquinha com álcool em função do preço e o motor só tossia; não funcionava. ( àquela época não existiam os carros flex).

Uma vêz por mês, ligava o fusca e ia visitar seus sogros na região de Ribeirão Pretro. Trazia de tudo que conseguia com o sogro. De abobrinha,galinha caipira, relógio velho, até sapato com numero duas vezes menor que seu pé. Um dia o sogro o presenteou com 8 sacos de carvão para churrasco e conseguiu trazê-los para Jahu, amarrados do lado de fora do carro, Parecia desfile de escola de samba.

Contam, que proibia as duas filhas , já mocinhas,de entrar no supermercado da cidade para que não tivessem vontade de comprar algo.

Segundo consta, vive lá pros lado da Bocaina, rico e não gastando de jeito nenhum ...
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117547   A CARNE É FRACA !!! Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
30/05/2014 - Adger/Audit-1989 - Toninho Rodrigues (de Itú) e eu, fomos chamados pelo chefe Arcídio, que relatou o seguinte:

"Em uma agência na região de Piracicaba, o gerente foi flagrado mantendo relações sexuais com a faxineira dentro do almoxarifado."

Em tom de brincadeira disse ainda: "Preciso mandar vocês dois para lá, pois são especialistas no assunto". Foi só risada, mas ficou a dúvida; "será que ele insinuou alguma coisa ???"

Chegamos à cidade e antes de ir à agência checamos a informação.A notícia corria solta.Aliás, a faxineira não era de se jogar fora !.

Pastor evangélico,bem articulado,esperto, o gerente não admitia o episódio. Teve a cara de páu de falar que na hora estava dando uns conselhos para a moçoila...
Lembro-me do Toninho ter perguntado a ele se "aquilo" tinha mudado de nome.

Bem conceituado junto à Regional,cumpridor de metas,vestia a camisa do Banco, enfim não era uma boa , simplesmente, propor a sua demissão.

Foi proposta e a Diretoria aprovou transferi-lo para outra Regional. A faxineira foi devolvida à empresa prestadora do serviço.

Nunca mais o vi, mas pelo andar da carruagem deve estar por aí, distribuindo "conselhos".
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117533   MOMENTOS DIFÍCEIS Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
29/05/2014 - Banespa/Rio Claro,anos 70 - Ao ingressar no Banespa, fui apresentado a um chefe de serviço chamado Adalberto Manoel Ferratone. Passamos a trabalhar juntos no PAB Fepasa,instalado dentro das oficinas da Cia Paulista de Estradas de Ferro.

Magrinho, super agitado, colocava pilha no ambiente fazendo todos trabalharem em um clima de descontração. Me auxiliou bastante quando das minha chegada à Cidade Azul, Abaixo, duas situações vividas e relatadas à época,por ele:

1) Estava namorado a poucos dias a garota que viria a ser sua esposa.Cheio de elegância para conquistar a amada,conversavam no portão da casa do futuro sogro,quando sentiu um tranco nos intestinos. Percebeu que a coisa ia ser feia mas evitou pedir emprestado o banheiro para a moça; afinal, não era nada romântico usar o banheiro para bater um barro.

Trancou o registro e começou a dar desculpas esfarrapadas dizendo que precisava ir embora de imediato; a donzela não aceitava pois era muito cedo e alegava que o Adalberto deveria ter outra,tal sua pressa. Não teve jeito. Saiu em desabalada carreira e dobrando a esquina deparou com o Largo da Boa Morte à sua frente. Não encontrou nenhuma moita para se aninhar pois só tinha cedrinhos cortados em forma de guarda chuva aberto e grama bem aparada.

Não deu outra. Puxou o paletó por cima da cabeça,arriou as calças, entrou embaixo de um dos cedrinhos e se desmanchou ... Enquanto se aliviava,ouvia os comentários dos casais de namorados que passavam : "e não aparece nenhum guarda prá prender este filho da puta !!".

2)Casadinho de novo, comprou para sua casa uma TV, à época uma novidade,pois poucos usufruíam desse conforto. Todo homerm recém casado, gosta de chegar em casa após um exaustivo día de trabalho e encontrar a esposa, cheirosa,linda, esperando-o para o jantar, etc...

Todo dia chegava e a sala lotada de espectadores.Era a esposa, a cunhada, a sogra, duas vizinhas e mais de 10 crianças. Já com o saco cheio resolveu dar um basta nisso. Saiu do trabalho e em cada bar que passava mandava um "rabo de galo" e já chegou pisando duro O recinto estava lotado.

Foi até o quarto,tirou toda a roupa,calçou umas havaianas, colocou uma toalha no pescoço e atravessou a sala para ir ao banheiro.

Quando voltou, só estava a esposa chorando em um canto. O restante debandou... Foi traumático, mas resolveu o problema de vêz.
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117530   BAR DO RANÚNZIO Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
28/05/2014 - Banespa/Santo Expedito-região de Presidente Prudente. 1988 - Marivaldo e eu fomos fazer uma inspeção de crédito rural na agência. Lugar bem carente,não possuía hotel ou pensão e a gente dormia dentro do prédio da agência, utilizando colchonetes.

A atração do lugar era o bar de um nordestino arretado , de nome Ranúnzio,Conhecido na região por preparar peixadas excelentes. Era só marcar e o homem colocava da mesa peixes( dourado,piracanjuba ,piapara) de dar gosto.

O bar ficava em um casarão antigo , de madeira,todo torto,parecia que poderia desabar a qualquer hora.

Nossa diversão à noite, era jogar truco , eu e o Mari contra o delegado de polícia e o cabo PM,enquanto o Ranúnzio fritava uns bolinhos de carne de capivara.

Um dia, notei que o Ranúnzio foi até à Agência e emitiu um cheque avulso para pagar diversos boletos ; o saldo de sua conta era um dos melhores,passando com saldo diário de 15 a 20 mil . Perguntei a ele se não possuia talão de cheques e o homem explicou com seu sotaque nordestino:

"Sêo minino, num posso ficar não cum talão de cheque não.. O último que tirei, fui até Pred.Prudente fazer umas compras e torrei o talão na zona. Deu um trabaião para pagar todos Então pedi ao gerente prá não me dar mais talão. Quando preciso, venho aqui e faço um avulso".

Dificilmente voltarei à Santo Expedito, mas deixou saudasdes. Antes de partir, o Marivaldo encomendou uma piapara assada de uns 4 quilos e levou-a de ônibus para São Paulo, onde alguns colegas ds Audit a devoraram...
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117518   TENHO VERGONHA DE FALAR... Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
27/05/2014 - Bauru/2014 - Este caso relatado pelo nosso amigo e advogado Dr.José Fernando da Silva Lopes merece constar dos anais de nossos fragmentos.

"Em nosso foro de Bauru, aconteceu audiência de instrução de um crime de sedução.O sedutor,filho de proprietário rural e a ofendida filha do administrador da propriedade, com a sala de audiência lotada de alunos de direito e curiosos em geral,como sempre acontecia nessas instruções.

Perante juiz substituto - nascido,criado e formado na capital, sem traquejo algum de nosso interior -, a jovem ofendida evidentemente constrangida ao expor em público sua intimidade,prestou declarações fustigada nas suas aparentes contradições pela defesa do acusado.

Chamada uma testemunha de acusação,senhora já avançada em idade e presencial em relação aos fatos , o jovem juiz,depois de advertí-la na forma da lei quanto ao crime de falso testemunho,começou a inquiri-la .

Ela,disse então que assistira a tudo pois estava lavando roupa quando " esse moço aí passou e sumiu atrás da bananeira,parecendo que ia desaguar".O juiz perplexo com o linguajar,foi esclarecido que parecia que "ele ia fazer xixi". Aí,continuou a testemunha "passou essa moça e também sumiu atrás da bananeira" "Então fui espiar e vi tudo..."

O juiz,com nova advertência indagou severamente: "afinal,a senhora viu o quê ? "

Olhar aflto de quem busca na platéia de curiosos algum tipo de apoio a testemunha tascou, para gargalhada geral,apesar do ambiete solene :"êta doutorzinho curioso sô .."
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117510   OLHA O FISCAL AÍ, GENTE !!! Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
26/05/2014 - Banespa/Mineiros do Tietê/1987 - Cheguei para assumir a gerência da Agência e já sou recebido por quase 50 Créditos em Liquidação. Aos poucos fomos regularizando-os

Morava em Agudos,perto de Bauru, ponto estratégico para meus filhos que estudavam em Marília e Botucatu.

Sinceramente, não tinha pretensão de transferir residência para lá. Mas a primeira coisa que fiz para dar uma boa impressão, foi trocar as placas de meu carro , tirando Agudos e colocando Mineiros.

O prédio da agência era o melhor que existia na cidade, com um amplo apartamento na parte de cima Mas como os antigos gerentes não o ocuparam, o Banco transformou um quarto em arquivo morto, outro em almoxarifado e eu limpei o menor.montei uma cama e uma arara para pendurar as roupas, e a coisa ía.

Difícil mesmo era lá pelas 4 da manhã .Na calçada da Agência,bem abaixo da minha janela,juntavam-se umas 200 pessoas, aguardando os caminhões que os levariam para a Usina da Barra, onde trabalhavam como braçais.

Éra vóz alta, fumaça de cIgarro de palha e o pior.; utilizavam limas para amolar os facões e enxadas.CRIIMP ,CRIIMP. Era de arrepiar o barulho das limas.

Levantava,lavava o rosto e descia umas 3 quadras até o matadouro municipal para assistir o abate de rezes.A primeira vêz que lá cheguei foi hilário. Novo na cidade e ainda não conhecido, o pessoal correu para vestir os uniformes achando que eu era da Vigilância Sanitária.

O Gerente Regional(Lisboa) semanalmente pegava no pé obrigando a mudança para lá. E eu ia empurrando com a barriga. Deu um prazo final e ameaçou levar ao conhecimento da Diretoria.

Quando faltavam 7 dias para vencer o prazo recebi do regional um telex, dizendo que eu e o Alvimar Rodrigues (de Jaú) éramos o orgulho da GR-14.(até hoje não entendi o porque( rsrsrsrs) No dia seguinte saiu a lista dos aprovados para a Audit. e adivinhem quem estava nela.. ?

Como as pessoas mudam fácil o conceito sobre a gente...
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117506   ESTAMOS EM GREVEMário Augusto Ferreira de AndradeBauru
25/05/2014 - Depro/Núcleo de Presidente Prudente-SP/1988 - Neófito na Audit.estou fazendo uma inspeção na região, quando a Chefia me liga e diz " Mário, começou a greve dos bancários ; para o que estiver fazendo e vai para P.Prudente dar uma mão para o Otavinho Longhi (regional).

Na hóra me bateu uma insegurança. "Meu Deus, o que eu vou fazer lá ?"

Mas existem pessoas certas nos lugares certos. O outro Gerente de Divisão, Amós,pegou o telefone e orientou-me: " Marinho, você não vai ter de peitar ninguém lá. Quem tem que peitar os grevistas são os estrategistas da Dirhu. Você vai apenas verificar se o patrimônio do Banespa não está sendo danificado.Após a greve apresente um relatório."

Mais tranquilo, peguei o carro e fui para o Núcleo de Processamento de Dados. Ninguém entrava nem saía,tamanho o aglomerado de veículos estacionados defronte ao portão. Ao lado,algumas barracas de camping, abrigavam uma porção de grevistas.

De dentro do meu carro, anotei algumas placas dos veículos e desci. Me identifiquei na portaria, entrei no recinto encontrando apenas o Chefe do Núcleo, o Espanhol. Perguntei a ele : "Ué, Espanhol, cadê a turma ? "

Informado por ele que haviam aderido à greve,pensei "preciso tomar alguma providência para impressionar."

Pedi a ele todas as folhas de presença e comecei à xerocá-las uma à uma. Lembro-me do Espanhol indicar um nome e falar " esse aí, trabalhou mas não quis assinar a presença." - " Tudo bem." Bata o seu carimbo e passe o seu visto".

Quando saí com quase 300 folhas xerocadas não encontrei carro algum atravancando a saída.O pessoal ao saber quem era, levantou acampamento e vazou...

Terminada a greve, redigi o relatório em casa e rasguei aquele monte de xerox.Às vezes você tem que usar de criatividade...
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117492   SE EU PEGO, EU MATO !!! Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
24/05/2014 - Pantanal Matogrossense-anos 70 - E lá vamos nós novamente rumo ao paraíso.O trem da Noroeste do Brasil saiu de manhã, atravessando boa parte do Estado, chegando em Três Lagoas/MS já de noitinha.

O lugar que a gente mais permanecia era no vagão restaurante, onde o pessoal enchia o rabo de cerveja.

Em Três Lagoas, embarcou e foi direto para o carro restaurante um homenzarrão de quase dois metros de altura,terno de linho bege ou branco encardido (sei lá),chapelão, e usava guaiaca ( hoje conhecida como pochete) Tava alinhado e disse que ia à Campo Grande para comprar uma boiada.

Pediu ao garçom uma garrafa de conhaque Palhinha, encheu um copo lavrado (daqueles de cerveja) e mandou goela abaixo. Bebeu outro tanto,tirou os sapatos,puxou o chapelão no rosto e encostado na mesa, pegou no sono.

De madrugada a composição serpenteava preguiçosamente entre as cidades de Agua Clara e Ribas do Rio Pardo e nós cochilando nas mesas. Foi quando o Irani (apelidado de Caburé\) levanta,pega um dos sapatos do homem, trás até o nariz,faz uma careta e atira o pisante pela janela.

Clareava o dia quando o comboio entra na estação de Campo Grande. O homem acorda,pede a conta e pergunta o nosso destino. Tira da guaiaca um montão de dinheiro,paga a conta e diz : " estou deixando paga uma caixa de cervejas para vocês irem bebendo."

Foi aí que bateu aquele remorso danado...

Calçou o primeiro pé e começou a tatear com o outro,procurando o sapato. Quando não encontrou-o e notando que havia sumido, virou bicho.

Levantou,puxou da cinta um trezoitão e bradava " se descubro quem fêz isso, eu mato !!!"Nós, encolhidos nas mesas nem piscávamos. Desceu xingando todo mundo

Lembro-me como se fosse hoje: o trem saía da estação quando e eu e o Luiz Bozzini olhamos pela janela. A estação se clareando com os primeiros raios solares e aquele baita homem,com uma mala nas mãos,mancando pois faltava um pé de sapato, em direção à saída.
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117483   VAI COOPERANDO, BABACA ! Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
23/05/2014 - Bauru/anos 90 - Na Faculdade de Direito da Instituição Toledo de Ensino,escola superior onde despontaram figuras como Ulysses Guimarães,Saulo Ramos,Damásio Evangelhista de Jesus,etc,etc, havia um professor de Direito Constitucional o qual vamos chama-lo de Éder Ianque.

Idoso,decano da escola, residia em São Paulo à 325 quilômetros de distância e chegava às sextas feiras para lecionar à noite e aos sábados de manhã.

Pense em um cara chato. Perdia longe para ele. O cidadão SE ACHAVA e com isso, tripudiava sobre os alunos, sendo desconsiderado até pelo corpo docente da escola, mas considerando seu tempo de casa, era aturado.

Chegado em uma "boca livre" o cidadão adorava participar após as aulas de sexta em churrascadas promovidas nas repúblicas dos estudantes. E aí daquele que não o convidasse.

Lembro-me do Sila,irmão de um ex-vereador. Éra sua vítima preferencial. O professor adentrava a sala de aula e gritava :"Soldado Sila !." E o Sila se colocava de pé e à ordem e dizia; "Pronto mestre ..."

O Ianque perguntava : "está tudo pronto para depois das aulas ? "

"Sim mestre. a churrasqueira está montada, a carne e as bebidas compradas só aguardando o feliz momento !!!";

Fim do ano. Sai a lista dos aprovados e surpresa geral : O Sila foi reprovado em Direito Constitucional.

No início do outro semestre, procurou o professor se lamentando " Pôxa mestre, o senhor me deixou de dependência; vou ter que cursar novamente sua matéria ?

E o Éder Ianque : "Claro; se você passar quem é que vai organizar nossas festas ?

Durma-se com um barulho desses
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117480   O PODEROSO BANCO DO ESTADOUrandi Ampudia BertiParaguaçu Paulista/SP
22/05/2014 - Nos anos de 1969 a 1980 trabalhei na agência de Quatá, pequena cidade do interior paulista. O pároco da cidade era um padre espanhol, chamado Lourenzo (fictício é claro). Ele ligou na agência e perguntou “urrrandi vocês precisam de moedas?” e eu prontamente respondi que sim, perguntando-lhe qual o valor total das que ele ia nos mandar recebendo a resposta de que era (sei lá): seis crrruzeiros; o coroinha trouxe o pacote, entreguei-lhe o valor e ao contar as moedas, faltava um pouco, liguei para o padre e ele disse que a diferrença era a comissão da igrreja. E eu tive que ficar quieto, pagando, é claro a diferença.

Em determinado mês ele fazia uma campanha de arrecadação de fundos enviando às casas, bancos, comércio, escolas, entidades a imagem de Santo Antonio, que ali ficava por um determinado tempo e as pessoas colocavam suas contribuições no cofrinho que acompanhava o santo. Ao final da campanha ele rezava uma missa e prestava conta da arrecadação, nominando individualmente o local e o valor arrecadado. No único ano que a nossa agência foi incluída na campanha, fomos todos à igreja e o padre começou: Loja da dona Maria: seiscentos crrruzeiros; Escola tal: quinhentos crrruzeiros; Entidade tal: dois mil crrruzeiros e assim por diante, no final ele estufou o peito e disse “O PODEROSO BANCO DO ESTADO: trinta crrruzeiros”. E a igreja foi uma gargalhada toda.

Era uma pessoa muito boa, minha família gostava muito dele.
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117475   UM MÊS PARA SER ESQUECIDO Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
22/05/2014 - Banespa/Agudos-Janeiro de 1983 - O gerente da agência sai em férias e eu como adjunto assumo. É o mês em que haverá a troca dos prefeitos.
Sai depois de 6 anos meu contemporâneo de escola e amigo de infância Nelson Ayub e em entra o meu ex-colega de trabalho (Ford) e compadre, Rubens Benázio.

Nos primeiros dias,chega uma correspondência da Diretoria,determinando que o crédito do ICMS a ser creditado dia 25, seja utilizado para liquidar todos os empréstimos atrasados da Prefeitura.

Só de antecipação de receita que vinha sendo rolado, ultrapassava 13 milhões.

De imediato procurei o prefeito cessante e o alertei. O Nelsinho subiu nas tamancas dizendo: "De jeito nenhum !!!" ; quem deve é a Prefeitura de Agudos e não o Nelson Ayub. Não faça isso !!!

Localizei o futuro prefeito na Câmara Municipal acompanhado de seu vice, Arnaldo Zulian e coloquei-o a par do assunto. Disse-lhe que se ele assumisse por escrito, eu não debitaria. Então, o Benázio falou:" De jeito nenhum. Taca o ferro naquele turquinho filho da puta !."

Conforme os dias iam passando, bateu desespero no Nelson e ele atirava prá todo lado. Foi a GR-14 em Bauru e o Ranzani me deu força. Disse que eu estava cumprindo determinações superiores.

Recebi um telefonema de um tal Zézinho do Deurb ( muito querido pelos prefeitos), mandando não debitar nada. Pedi que enviasse a autorização por telex para que eu pudesse atende-lo. O telex não chegou até hoje.

Chega o ICMS. Quase 17 milhões. Agudos arrecada bastante em virtude das fábricas da Brahma e da Freudenberg ( atual Duratex). Debitei i quase 14 milhões e regularizei as pendências dos AROs na Agência,Agóra vem o epílogo:

Ao receber os avisos o Nelson SURTOU literalmente.. Ligava várias vezes por dia me insultando com os maiores impropérios,como " você e aquele outro viado de Bauru(referia-se ao Ranzani) Vocês estão fazendo isto comigo porque meu pai Maluf saiu mas o Marin é da nossa turma e vou passar com um trator por cima de vocês.

Liguei para o Ranzani e disse-lhe :" O Nelson chamou o senhor de viado." O Ranzani falou que da próxima vêz eu estava autorizado a convidá-lo a vir à agência, fechar as portas e baixar o braço no cara.

Nunca faria isso,pois não tinha tempo para aposentar e o Razani já.

Passaram-se os dias, o Benázio assumiu, a poeira foi baixando, e bateu em mim uma tristeza, um "banzo". Parecia aquele passarinho que leva uma estilingada não morre mas fica jururu no galho da árvore.

Em fevereiro chega uma correspondência da Diretoria, questionando se as ordens foram cumpridas e o"quantum" debitado. Já pensou se não tivesse acatado as orientações ? Na melhor das hipóteses teria sido descomissionado.

Enfim, mantive o cargo e perdi um amigo...

PS : Atualmente, Nelson e Benázio são aliados. Onde se encontram é aquela festa, abraçam-se. A política é mesmo DINÂMICA
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117469   QUEM PODE MANDA, QUEM NÃO PODE OBEDECE Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
21/05/2014 - Banespa - Principado de Agudos - anos 80 - Convocado pelo Dr. Antônio Carlos Garmes, Juiz de Direito da Comarca e ex - banespiano (fizemos o concurso do Banco juntos em 1969) fui trabalhar como escrutinador em uma eleição para Governador e Deputados.

A apuração ocorreu no Clube da Brahma, em Agudos.

Em Domélia (distante 60 quilômetros de Agudos) distrito do município,existe um proprietário rural,produtor de leite, chamado Palmiro Delázari. De tradicional família agudense exerce forte liderança na região.

Naquela eleição, o Palmiro declarou apoio a Osvaldo Sbeghen para dep.estadual e Dudú Ranieri para federal.

Vocês podem não acreditar,mas estão lá no Cartório Eleitoral,os mapas de apuração.

Aberta a urna de Domélia,constava em sua totalidade 232 votos. Todos os 232 dirigidos ao Sbeghen e ao Dudú.

Nunca havia visto coisa igual
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117468   TÔ SEM FOME ... Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
21/05/2014 - Banespa/Rio Claro,anos 70 - Carlos Crivellari éra uma pessoa que poderíamos taxar de excêntrico. Fazia parte daqueles antigos escriturários letra "C",com bastante tempo de Banco.

Enquanto a quase totalidade dos funcionários se trajava com esmero,cabelos aparados , barba feita e sapatos engraxados, o Carlos vinha trabalhar com um cabelo rabo de égua até a cintura,camisa às vezes com remendos e sandálias.

Nas horas vagas lecionava em escolas.

Um dia,marcou com os alunos uma excursão para a Serra Gaúcha com duração de uma semana.Quando pediu dispensa do trabalho, a mesma foi negada pois a administração da agência alegou quadro defasado de pessoal. Não esquentou a jaca.No dia da excursão alguém ligou para a agência e informou que o Carlos estava doente e não iria trabalhar naquela semana.

O administrativo (Souza) chamou o chefe de serviço (Guaxupé) e disse :"Coitado do Carlos, está doente. Vamos fazer uma visita para ver se não precisa de algum remédio." Constatada a armação, o filme do Carlão de queimou literalmente.

Certa vêz participou de um curso do Banco em Araraquara e foi com seu carro, um Opala. Na volta parou em São Carlos em um bordel às margens da Rod.Washington Luiz.

Quando chegou em casa, já de noitinha a mãe toda preocupada o recebeu e disse: "Você deve estar com fome.Vou preparar alguma coisa...""

E o Carlão rindo disse: "Precisa não mãe...JÁ COMI UM NEGÓCIO NA BEIRA DA ESTRADA."

Esse era o Carlos
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117467   NOSSA, QUE VEXAME !!! Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
21/05/2014 - Banespa/Bauru-anos 70 -Foi inaugurada em Bauru na quadra um da Rua Gustavo Maciel uma boate com o nome de "Estação Primeira". Funcionou algum tempo mas não durou muito. Certo dia, eu e a esposa mais uns casais de amigos reservamos mesas pois haveria um show com o cantor Roberto Luna.

Badê e seu conjunto já tocavam e casais na pista ensaiavam alguns passos. Havia um cidadão magro alto (parecia o Mário Lago) com uns 50 anos,trajando terno e sapatos brancos,gravata e lenço vermelho,cabelo grisalho todo abrilhantinado, querendo dançar com todo mundo. ELE SE ACHAVA...

Comentei com alguns colegas do Banespa;"esse cara deve conhecer bem a dança." e meu amigo "Que nada, é um pangarézão..."

Começou o show, o cantor dava seu recado e o povo dançando aos acordes de Badê. Foi quando o Luna disse que iria interpretar o bolero "Relógio",seu carro chefe na música. Ninguém se atreveu a dançar,para curtir melhor o momento.

A música começou e não é que o cara de branco tira uma corôa para dançar ?

A mulher vestia uma saia com vários bicos na barra e a cintura era de látex. Dança daqui, dança dali e o cidadão achando que estava agradando,começou à inventar.

Quebrava a dama para lá,prá cá ao som do bolerão, quando aconteceu. Ao abaixar a dama,pisou num daqueles bicos do vestido e quando puxou-a, a saia desceu até os joelhos.

A mulher estava vestida com uma calçola daquelas tipo Cláudia Barroso que mais parece um pacote. A gargalhada foi geral. Roberto Luna não sabia se cantava ou rachava o bico de rir.

A mulher então, coitada,não sabia de dava um pé de ouvido no bailarino ou puxava a roupa para cima.Foi uma noite inesquecível...
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117460   AMIGOS PARA SEMPRE Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
21/05/2014 -
#RETIRADO#
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117453   O FUTEBOL QUASE ALTERA MEUS PLANOS Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
20/05/2014 - Banespa/Jahu-anos 70 - Exercia as funções de subchefe de serviço adjunto,trabalhando como caixa-executivo.

Um estudo técnico informava que para um caixa trabalhar com um mínimo de segurança,deveria dar diariamente de 130 a 140 autenticações. A velha Burroughs chegava a esquentar com 750/800 autenticações diárias.

Agência pesada,muitos clientes, número de caixas insuficientes, serviço a dar com páu.

Mas seguia feliz , com a vida estruturada,familia contente e saudável,cursando faculdade e batendo uma bolinha nos fins de semana, fora o truco com os amigos.

Um belo dia, o administrativo me chama e diz que o Gerente queria falar comigo.Fui à gerência e lá estava o prefeito de Jahu, Waldemar Bauab.

Muito simpático,disse que o time da cidade, o XV de Jaú,estava precisando de um zagueiro central e ele como presidente do clube estava acertando em Presidente Prudente a vinda de um becão de nome Espanhol. Só que o Espanhol, também banespiano e subchefe de serviço só topava vir se acontecesse uma permuta.

O prefeito disse que havia pesquisado junto à administração da Agência e o único que se encaixava na permuta era eu, pois os demais eram jauenses e estavam radicados na cidade.

Pediu a mim, que num gesto de amor a Jahu, topasse a troca. Foi difícil sair dessa.; à época a política falava alto no Banco e fiquei bem preocupado. Aleguei que eu e a família eram de Bauru e que embora gostasse muito do "Galo da Comarca" não concordava com essa troca.

Houve um mal estar na reunião mas felizmente correu tudo bem. O Espanhol se desinteressou. Nada contra Presidente Prudente uma metrópole regional, mas não estava nos meus planos. Quase que o esporte bretão dá uma guinada em minha vida.
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117439   CALA-TE BOCA !!!Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
19/05/2014 - Bauru/1990 - Sempre gostei de leilão de gado.Por ter trabalhado muito tempo no
Crédito Rural do Banespa, me identifico bastante com esse segmento.

Se tivesse bastante dinheiro ( e põe dinheiro nisso) meu sonho seria possuir uma fazenda para criação de cavalos da raça árabe (uma das raças mais lindas que já vi; parece uma pintura a beleza dos animais). Possuo DVDs de exposição da raça e estou sempre assistindo..

Também criaria gado Guzerá.Aqueles enormes chifres em forma de lira dão majestade à raça.

Na sede da fazenda, solta nos quintal , uma galinhada caipira. SONHOS

Pois bem, estava eu no recinto Melo Morais em Bauru, assistindo um leilão de bezerros nelore e cruzados, quando colocaram para ser leiloado, um lote de uns 10 a 12 bezerros. Ô gadinho ruim sô ! Todos magros, riscados de arame farpado,uma porcariada.

Olhei de lado e estava um senhor prestando atenção. Comentei com ele :" ô cabritada feia não ? e ele " SÃO MEUS."

Ainda quis melhorar e lasquei : "mas se chegar um trato fica cabeceira..."

Disfarcei,saí de leve e fui prá casa...
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117433   O PREDADORMário Augusto Ferreira de AndradeBauru
18/05/2014 -
Banespa-desde meu ingresso em 1970 até hoje ; Por ,motivos óbvios,omitiremos nomes neste relato.

Quando o conheci já exercia o cargo de gerente da agência. Educadíssimo no trato com os clientes, tratava a todos muito bem e era admirado em toda a comunidade.
Fêz brilhante carreira no Banco, aposentando-se nos altos escalões da Adger.

Podíamos dizer que era um verdadeiro "gentleman" ,

PORÉM, à noite, transformava-se no "TED", ( Terror das empregadinhas domésticas). Para ele não tinha cor de pele,crédo,falta de dentes, etc, etc. Passou dos 45 quilos,coração bateu CRÉU !!!.

Uma época, em férias, viajou acompanhado de um cliente que relatou este episódio e foram lá para os lados de Santa Catarina. Teve um piripaque no hotel e foi levado ao hospital para os primeiros socorros. O médico após medicá-lo,determinou que passasse a noite internado, a fim de ser acompanhado e avaliado no dia seguinte.
O cliente voltou ao hotel para jantar e trazer uma muda de roupas e pijama.

Ficou surpreso ao voltar ao hospital. Ao adentrar ao apartamento, nosso herói estava na cama, abraçado com uma enfermeira.

O homem não era fraco não...
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117419   NÃO DÁ PARA ESQUECER Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
16/05/2014 - Adger - Audit/1988 - Meus primeiros trabalhos como inspetor pelo Banco foram pela ordem Pedreira,Pacaembú e Parque da Uva.Eram experiências diárias de aprendizado para exercer satisfatoriamente nossas funções.
Mas,uma Agência marcou profundamente,pelo fato que ocorreu durante nossos trabalhos Trata-se de Tarabai-SP,na região de Presidente Prudente.

De pequeno porte, contava apenas com 7 pessoas no quadro de funcionários.No final do terceiro dia de inspeção,preparando-me para viajar para Pirapozinho onde me hospedava,encostou o subchefe de serviço e perguntou:" Sr.Mário, O senhor já conhece o feijão aqui de Tarabai ?"Respondi que não e fui intimado a jantar em sua casa.

No aguardo do jantar,enquanto brincávamos com seu filhinho de 2 anos,eu comentei:"Interessante,sua esposa parece muito com a funcionária da Agência." Ele sorrindo,afirmou " mas é ela mesma." O casal prestava serviços na Agência.

No dia seguinte,recebi um telefonema da Chefia convocando para um curso de 3 dias.Antes de viajar pedi ao subchefe para providenciar toda a documentação necessária à inspeção.Muito solícito informou que tudo já estava pronto e que deveria estar viajando pois estava em férias,mas com minha chegada tinha adiado .Disse também que no dia seguinte iria visitar seu irmão,funcionário do Banco do Brasil em Ponta Grossa-Pr.Mostrou à mim um Escort que havia comprado, todo equipado, uma jóia.

EPÍLOGO- Estou participando do curso na Audit quando adentra à sala nosso colega inspetor Adhemar, de Presidente Prudente e informa:Aquele casal de funcionários de Tarabai acabou de falecer em um horroroso acidente.O carro chocou-se com uma carreta e ambos morreram carbonizados.
O garotinho foi salvo poque a avó segurou-o em Santo Anastácio,evitando sua viagem. Imaginem meu retorno à Tarabai a fim de terminar a inspeção.Encontrei uma Agência em estado de choque e mal consegui finalizar o meu relatório.

Até hoje,quando se fala na região de Presidente Prudente,vem à mente o casal que tão bem me acolheu naquela casa

Descansem em paz ...
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117418   LOS HERMANOS SE FERRARAM ! Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
16/05/2014 - Banespa/Jahu-1978 - Tatão Capelozza e eu entramos em férias e com a devida vênia de nossas esposas, viajamos com destino ao Rio de Janeiro.

Nos primeiros dias o Tatão não queria entrar no mar. Alegava que não era sócio.

Ficamos hospedados em um hotel na Praia do Flamengo, de nome Ambassador.No domingo,faltando pouco para retornamos para casa, a gerência do hotel programou uma excursão até o Maracanã, onde jogariam Fluminense contra o Palmeiras.

Os hóspedes lotaram um ônibus.Eram Tatão e eu brasileiros,um casal belga,e o restante só argentinos. Era aquela época em que o dinheiro deles estava forte com relação ao dólar e em virtude disso tinham invadido a Cidade Maravilhosa.

Alguém teve a idéia de se fazer um "bolão" de resultado.O preço era salgado para nós. Juntamos nossos caraminguás e participamos apenas com um palpite. Quando o papel chegou até nós o Tatão comentou: "esses caras estão por fora do nosso futebol;veja só os palpites". Era 5 x 1 , 6 x 2 e por aí afora.

O Tato disse: "vamos colocar 0 x 0,pois assim que o jogo começar nós já começamos ganhando". E assim foi feito.

Gente !!! 40 minutos do segundo tempo, o jogo empatado sem gols e nós torcendo contra os dois times.

Terminou sem a abertura do placar.Lembro-me do Tatão entrando no ônibus e gritando para los hermanos ;"onde está la grana, quiero la grana..."

Naquela noite paramos de comer galetos com arroz (era o mais barato) e partimos com tudo em cima de um belo jantar com posta de peixe e molho de camarão.

Gracias aos hermanos...
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117412   QUEM VIU NUNCA MAIS ESQUECE Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
16/05/2014 - Banespa/Presidente Prudente - ag.centro - 1986 - Um grupo formado por 5 gerentes adjuntos, capitaneados pelo José Moron da Ag. de Bauru,executava a readequação da agência. Lembro-me que faltava carne nos açougues e o Quércia ameaçava com a apropriação dos rebanhos.

Um dia, o Tércio, de Mirante do Paranapanema chegou até o Moron e disse que iria sair mais cedo,pois havia ingressado na Maçonaria e naquela noite haveria um jantar em sua homenagem nas dependências do Rotary local.

Assim que o Tércio se mandou para sua cidade,olhei para o Moron e perguntei:"você está pensando o mesmo que eu ?" Ele confirmou, e à noite rumamos para Mirante.Demos sorte pois ao chegarmos, havia caído uma chuva torrencial e a cidade estava às escuras. Pergunta aqui,pergunta alí e chegamos ao Rotary.

Entramos,nos identificamos com uns "bodes" antigos e ficamos misturados aos convivas, na escuridão.

Chega o Tércio com a esposa e o casal de filhos,portando uma lanterna e vai clareando o rosto das pessoas e cumprimentando-as. Qual foi sua surpresa ao nos encontrar. Não imaginava que fazíamos parte da irmandade. A alegria foi tamanha.

Após o ágape,Tércio se dirigiu ao microfone para agradecer a presença e manda essa:" amigos,encontra-se presente nosso irmão Mário Augusto, de Agudos que gosta de contar alguns "causos" e eu o chamo para vir aqui."

Titubiei um pouco mas como estava acelerado com umas brahmas na cabeça,fomos até lá Gente !!! o pessoal interagiu tanto que virou show. Eu mandava uma,levantava uma cunhada e rebatia;mandava outra e lá vinha um japonês também contando a sua. Foi um sucesso. Ao voltar para P.Prudente depois da meia noite lembro-me das palavras do Moron dirigindo:"Mário, esse povo nunca mais esquece da gente..."

MIRANTE DO PARANAPANEMA- 6 (SEIS) ANOS DEPOIS...

Já na Audit,estou fazendo uma inspeção na Ag.quando fui convidado pelo Gerente a participar de um jantar árabe, em uma residência onde se faria a despedida do Juiz que estava se transferindo para São Sebastião. Como o colega inspetor Juvenal estava na região,tomei a liberdade de levá-lo também.

O jantar foi sensacional,com pratos típicos e um cordeiro recheado com arroz e palmito guariroba, de fechar o comércio. Após o jantar dirigimo-nos para a sala principal a fim de sorvermos um licorzinho Cointreau (gente fina é outra coisa) e jogar conversa fora.

Notei que o patriarca árabe,ficava constantemente me olhando, me medindo dos pés à cabeça e em um determinado momento, perguntei;" o senhor quer me falar alguma coisa ?" e ele ; "desculpe-me,mas não sei de onde o conheço.Não lembro,mas sei que já estive com você."

Então, recordei aquele jantar no Rotary em homenagem ao Tércio. O ancião bateu a mão no joelho e exclamou " estou falando que eu te conheço. Você é aquele rapaz que contou aquelas histórias divertidas.! "

Outros se aproximaram e confirmaram a presença. Foi só risadas. Realmente o Zé Moron tinha razão...
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117404   RISCO CALCULADO Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
15/05/2014 - Banespa-Principado de Agudos/1984 - Um sábado de manhã,estou em casa vestindo bermudas,camiseta e tênis,ouvindo um LP do Roberto Carlos(naquela época ainda não exista o CD).
Toca o telefone e do outro lado um Gerente Financeiro de uma grande empresa me diz o seguinte: " Mário,preciso de sua ajuda.Esqueci de pagar ontem o consumo de luz da fábrica e só de multa dá um valor a qual não tenho condições de honrar.( Seria hoje na casa de uns 40 a 50 mil reais de multa) Já liguei para o Unibanco,Itaú e Bradesco onde mantenho conta e eles informaram que não podem fazer nada por mim. Por favor,preciso que você solucione isto para mim.Estou com o recibo da CPFL e o cheque aqui na minha mesa".

Pensei comigo,:"Pô, se eu tirar esse cara dessa fria vamos ganha-lo com exclusividade." Passei na casa de um subchefe de serviço e fomos até a indústria onde pegamos o comprovante e o cheque. Falei para o colega abrir um caixa com data anterior (de ontem) e quitamos o recibo,colocando o cheque em "à remeter". Passamos um telex para Ag.Centro-Campinas onde eram centralizados os recebimentos e informamos que na segunda iria uma complementação.

Quando entregamos o recibo quitado para o Financeiro o homem só faltou beijar nossos pés. Passei o sábado e domingo rezando para que não aparecesse na segunda um Inspetor pois estaria literalmente fodido. Felizmente, não veio...

Daí prá frente ganhamos a confiança do Financeiro que hoje reside em S.J.Rio Preto, e todo fim de mês, o valor que faltava para atingir a meta de depósitos era só pedir a ele.Fora isso mantinha uma carteira de cobrança com mais de 1200 duplicatas, todas de alto valor e índice de liquidação de 99 %. Sem contar os seguros de veículos e imóveis que vieram para o Banespa.

Foi um risco calculado.Jogamos e ganhamos.
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117401   E O CHOCOLATE CRESCEU ... Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
15/05/2014 - Banespa/Jahu-anos 70 -Com o intuito de propiciar renda para as entidades assistenciais da cidade,resolvemos promover um espetáculo de luta livre no Ginásio de Esportes.Contratamos um lutador profissional,desses de tele-catch e marcamos o dia do show.

Surgiu um impasse.Quem teria condições para enfrentar o cara ? Depois de varias sugestões,chegou-se ao nome do Chocolate,um mulato de 1,90 mt,forte prá dedéu e que trabalhava com sacaria na Cooperativa

No dia da luta, antes do almoço, o lutador descobriu o endereço do Chocolate.Foi até lá,pediu licença para entrar e explicou : "Olha, isso que nós vamos fazer é um espetáculo,então eu dou uns tombos em você, você dá uns tombos em mim e vamos levando até o final do terceiro round."

Hora da luta.O Ginásio de Esportes lotado,saindo gente pelo ladrão !!!

Quando o locutor começou a fazer as apresentações, o Chocolate pegou o microfone e falou " Povo de Jahu: este homem esteve hoje em casa propondo uma "marmelada",mas não vaí ter nada disso. O páu vai comer solto".

O público foi ao delírio.

Sôa o gongo. O lutador deus três voadoras no Chocolate e quando parou o negão parecia um frango destroncado na lona do ringue. Foi aquela gritaria:"Acode,acode senão ele mata o Chocolate..."

O nosso Chocolate achou que o cara tinha afinado dele. Lêdo engano.
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117391   SALVO CONDUTOMário Augusto Ferreira de AndradeBauru
14/05/2014 - Banespa - Bauru - anos 70 - César Andreatta Gobbi, o Gobinho. Ingressamos no Banespa pelo mesmo concurso.(1969). Casado com a grande Suzete,campeã de basquete por clubes e seleção brasileira.

Gobinho ganhou de seu amigo o Coronel Alexandre Canova,comandante da Polícia Militar de Bauru,uma carteira para documentos com a capa contendo o emblema da gloriosa corporação.

Certo dia,vinha de São Paulo pela Rod.Castelo Branco à uns 130/140 km por hora quando foi barrado no trevo de Itapetininga por um policial rodoviário.Parou no acostamento e ficou esperando a chegada do militar.

"Posso ver o BREVÊ do piloto ?" Perguntou o policial. E o Gobinho deu aquela característica carteirada.

O policial conferiu a documentação,tirou o talonário de multas e começou a
preenche-lo. Foi quando o Gobinho perguntou: " O senhor quer dizer que esta carteira não vale nada ?"

O policial olhou para um lado, olhou para o outro para verificar se não tinha
alguém escutando e disse : " não vale bósta nenhuma .."

Chegando à Bauru, a primeira coisa que Gobinho fêz,foi devolver a carteira para Canova.
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117374   ONDE ESTARÃO AS RELÍQUIAS ??? Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
12/05/2014 - Banespa/Jahu-1974 - Com a incorporação do Banco de São Paulo (Emissor) além dos funcionários que foram transferidos para o Banespa,vieram também objetos que compunham o patrimônio do banco incorporado.

Lembro-me de que em Jahu,na casa forte,estavam guardados dois revóveres da marca Schimt & Wesson,calibre 32,cano longo cromados,,utilizados pelos vigilantes de lá.

Com empunhaduras de madrepérola,talhadas em alto relevo eram verdadeiras obras de arte, Não havia quem não se impressionasse com a beleza das armas.

Um dia,chegou uma correspondência da Adger,determinando o envio dos revólveres para São Paulo, o que foi feito de imediato.

Hoje, devem estar fazendo parte do acêrvo de algum figurão do Banespa,colecionador de armas...
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117368   FALHOU O REGISTRO... Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
11/05/2014 - Banespa - Rio Claro-anos 70 - Trabalhávamos todo dia à noite pois serviço não faltava, e sem ganhar extras. As malditas RUF chegavam a doer as costas. À noite o pessoal brincava muito para desanuviar o ambiente.

havia um contínuo que de contínuo não tinha nada pois tinha uma postura de Chefe.Sempre altivo,com uma valise nas mãos ,representante da Cabesp,desempenhava muito bem este mister. Nunca vi um nome combinar tanto com o porte físico da pessoa. Chamava-se SEVERO,alto,bigodão preto,semblante fechado, mas excelente colega.

Uma certa noite, do mezanino, o Severo deu um grito e todos do salão olhamos para cima e ele disse: "Cambada,do alto dessas pirâmides , 40 séculos vos contemplam ! " E virando o trazeiro para nós soltou maior peido que eu já havia escutado Foi um absurdo;" PROOAAAAAAAAAA !!!!"

Só que o Severo não sabia que a Dinoráh tinha ido trabalhar e estava bem embaixo dele. Ao notar a presença da moça o cara não sabia onde se esconder. E a Dina, entrando no espírito da coisa perguntou :" O senhor está se sentindo bem,seu Severo ?"

e ele : "Desculpe Dina, não tinha notado você aí e por favor de uma ligada para minha casa e fala para minha mulher trazer uma muda de roupas pois me caguei todo..."
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117357   VÔA CANARINHO, VÔA !!! Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
10/05/2014 - Bauru/anos 70 - E lá vamos nós para outra pescaria no pantanal mato-grossense.Dizem os chineses que cada dia que você passa pescando,soma-se mais dois em sua existência.

Embarcamos no trem da Noroeste do Brasil e faziam parte do grupo alguns funcionários da ferrovia em estavam em férias. Dentre eles se encontrava o Cordeiro,morador do Bairro Curuçá,um sósia perfeito do jogador Jairzinho,tricampeão mundial de futebol. Nenhum irmão gêmeo parecia tanto.

Foi só a composição sair, a gente enfiou nele uma camisa da seleção brasileira,número 7. Ele desfilava pelos vagões e nós atrás fazendo comentários. Só alertamos para que não abrisse a boca,pois se falasse seria desmascarado.

Em cada estação que parava,o Cordeiro aparecia na janela do trem e acenava para os presentes. Após Lins,o telégrafo disparou informando a presença de tão iliustre passageiro. Em cada estação o número de curiosos aumentava; todos queriam ver o furacão da Cópa.

Chegamos de manhanzinha à estação de Campo Grande/MS e éra aquele tumulto. O engenheiro chefe, alertado,esperava a composição e sendo de Bauru (Dr. Lockmann) reconheceu de imediatos praticamente todos. Chegou para os ferroviários Cordeiro e Irani dizendo :"só poderia ser vocês mesmo. Para onde estão indo ?"

Deu ordens para o chefe da composição não liberar o trem até ele mandar e se dirigiu para sua residência que ficava anexa à gare. Lembro-me do Irani comentando;"Puxa vida, agora vem bucha !!!"

Déz minutos depois surge o engenheiro com sua traia de pesca nas mãos e disse à turma:" vou pescar com vocês, pode liberar o trem..."

Passou uma semana no rancho do LB.
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117323   LÁ EM CASA NUM TEM DISSO NAO !!! Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
07/05/2014 - Afaban/ Bauru-2008 - Reunimos uns 8 aposentados e resolvemos passar uns dias na casa que o colega Arnaldo Múfalo tinha em Guaraci,cidadezinha perto de Olímpia e S.J.Rio Preto,às margens do Rio Grande. A gente queimava umas panelas e pescava durante o dia.

Certa tarde, o Arnaldo sugeriu que ao invés de cozinhar, fôssemos até Guaraci ( 7 km ) pois havia um trailer de lanches na praça que servia um excelente sanduíche.Na hora concordamos e realmente o sanduba era muito bom.

Estamos ali ao lado do trailer quando chegaram algumas pessoas da cidade,reconheceram o Arnaldo que foi gerente do Banespa e começaram a jogar conversa fora.

Naquele instante passava na calçada do outro lado da rua, um senhor e uma das pessoas que estava do nosso lado comentou; "Estão vendo aquele senhor ali ? É gente boa, tem 3 filhas lindíssimas mas infelizmente 2 são "sapatão"."

Alguns entraram no papo lamentando, e tinha um velhinho sentado perto da gente,fumando um cigarro de palha, que comentou ;"Lá em casa não tem disso não: eu tenho 4 filhas mas o que aquelas meninas gostam de um cacête,não é brincadeira...Mamma mia..."

Um olhou para o outro e caímos na risada. Coitado, de sua maneira o velhinho defendeu a feminilidade as moças.
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117318   CAUSO DE PESCADORMário Augusto Ferreira de AndradeBauru
05/05/2014 - Ano 1991 - Aquidauana / MS - A cidade ficou em polvorosa quando correu a notícia de que Quincas, um guri de 10 anos,portando uma varinha de bambú,linha 030,fraquíssima,e com anzol "mosquitinho"havia fisgado um pacú de 14 quilos.

Correram para a barranca do rio para checar a informação e realmente lá estava o peixão rodeado por curiosos.

Vivas ao pequeno pescador e todos abismados pois com uma "traia" tão simples aquilo era quase impossível.

Aí, foram verificar e constataram que o pacú , pelo peso de 14 quilos, era um peixe velho. E sendo velho tinha um dente careado. Onde foi que pegou o anzol ???

Bem no nervo !!! O peixe veio chapeando na água e gritando desesperado: "não puxa, não puxa..."
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117314   O HOMEM ERA UMA FERA... Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
04/05/2014 - Principado de Agudos/Sp- anos 50 - DR.POMBO. Juiz de Direito da Comarca,baixinho, não passava de 1,60 mt. cênho carrancudo,sobrancelhas grossas, ternos escuros,não ria. Bravo que era uma caninana, tinha pêlos dentro da orelha.

Um dia,com a esposa, veio à Bauru (12 km.) para conhecer uma nova churrascaria chamada "Meu Cantinho" que ficava onde é atualmente as Casas Bahia, na Rua Rio Branco.

Ocupou uma mesa e veio o garçon,sem preparo algum para a função e cheio de gíria ,perguntou "Vaí uma cerva ?" e virando-se para a esposa do Juiz: "e a mina vai rangá o que ?" Foi preso na hora.

Contam que certa vêz , sua esposa contratou uma empregada doméstica, uma baita negrona, tipo Myke Tayson e deu a seguinte ordem: "Estou indo fazer compras em Bauru e devo chegar tarde.Prepare então um caldeirão com sopa,dê banho nas crianças,sirva a janta e coloque-as para dormir."

No outro dia,logo cedo, perguntou à empregada:"Como é, correu tudo bem ?" e a negrona :"Tudo bem O único que deu trabalho para tomar banho foi o PELUDINHO.Mas com algum esforço acabei enfiando-o na bacia."
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117306   OLHA O CAIXA NOVE !!!Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
03/05/2014 - Banespa/Jahu anos 75-76 - Trabalhávamos no Caixa e tínhamos uma senha.
Cada vêz que adentrava ao recinto da Agência uma mulher bonita, o caixa que a via,dizia em vóz alta :

" CA I X A N O V E ! "

Para os clientes isto soava normal, mas para nós era o sinal de que havia mulher gostosa no pedaço.

Um dia, o Juvenal, o caixa mais velho da turma sempre taciturno,caladão,gritou:" Caixa Nove !!! "

Todos erguemos a cabeça para checar a informação , foi quando passou por trás de nós, nosso colega Carlos Alberto Diz , dizendo baixinho:

" manéra, manéra que é minha irmã..."

Foi só risada.A gente era feliz e não sabia
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117301   CHURRASCO NO SÉTIMO ANDAR Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
02/05/2014 - Adger/Audit-1989 - São Paulo meio da semana, à noite.

Resolveram assar uma carne e escolheram para variar,a quitinete do
Marivaldo.Fomos uns 10 a 12 inspetores e lotamos o grande recinto de
4 por 4 metros.

Emprestaram uma churrasqueira daquelas "Gengis Khan",redondinha e de ferro.Conversa vai,conversa vem,resolveram atear fogo e pegaram alguns jornais velhos que se encontravam no banheiro.

Acontece que alguns exemplares estavam úmidos e levantou uma fumaceira respeitável,assustando os moradores do condomínio que ficaram apavorados..

Lembro-me até hoje, do povo agitado,meio assustado e o Sorbara (Araraquara) com uma jaqueta de camurça gritando da janela:

"CALMA PESSOAL,CALMA, ´É CHURRASCO !!! E CHURRAASSSCO !!!
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117296   TÊJE PRESO !!! Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
01/05/2014 - Adger-Audit-anos 80 - Nosso colega Adélcio da Silva LOBO,hoje aposentado e segundo consta residindo em Bauru,antes de ser Gerente Regional na Grande São Paulo,pertenceu aos quadros da Audit,como inspetor

Uma noite,chegou em Silveiras/SP, no vale do Paraíba,dirigindo seu Corcel 2 preto,com placas de Volta Redonda-RJ e se dirigiu ao hotel. Iria iniciar uma inspeção na agência, no dia seguinte.

Para se orientar,fêz perguntas sobre a Ag. do Banespa: onde ficava,se era rua de mão dupla etc,etc. Como a cidade é servida por uma estrada secundária muito utilizada por marginais do eixo Rio-S.Paulo, o pessoal do hotel estranhou tanto interesse pelo Banco.Entraram em contato com a administração da agência que de imediato acionou a Polícia Militar.

Em poucos minutos, o hotel foi cercado e deram vóz de prisão ao "suspeito"
e com aquela delicadeza que lhes é peculiar,os soldados "convidaram" nosso amigo para ir até a Delegacia para prestar declarações.Com a apresentação da documentação comprobatória e a presença do pessoal do Banco,tudo foi esclarecido.

Na manhã seguinte, Adélcio iniciou a inspeção,ainda meio assustado com o acontecido.O caso passou a fazer parte do "folclore" da Audit. Nas rodas de café,ria-se muito e comentava-se que a policia para não desagradar o IBAMA tinha soltado o LOBO...
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117295   O CALOR FAZ MISÉRIAS ... Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
01/05/2014 - Afaban/Bauru - Nosso amigo Zulindo Costa,banespiano, falecido em desastre automobilístico,possuia um rancho em Salobra,Municipio de Miranda-MS. Sempre que a gente ia para lá, o Zú, como apreciador de um bom scotch,levava de 5 a 6 litros de Jonnhy Walker e mantinha-os embaixo de chaves no seu armário,senão aquela cambada de cachaceiros dava conta nos dois primeiros dias. Sempre que ia se deliciar, fornecia uma pequena dose para a gente molhar o bico e era só.

Um dia, o Zulindo saiu para pescar com o caseiro Lori e nós ficamos para trás, no rancho, arrumando as "traias".

Foi aí que notamos que o Zú como bom portuga,construiu o seu armário com a dobradiça da porta para o lado de fora. De posse de um prego e martelo, tiramos os pinos das dobradiças e removemos a porta com o cadeado e tudo.

Virou festa !!! Cada vêz que o Zú saía, a gente dava um tapa no escocês.

Quando escutava o barulho do motor,rapidamente colocava-se a porta do armário no lugar e batia os pinos, não deixando pistas.

Uma tarde,antes do jantar, questionei o Zulindo: "Hoje não vai ter um mézinho para abrir o apetite ?

E o Zú : " De jeito nenhum.Tô economizando pois com este calor que está fazendo,o uísque tá evaporando tudo. Tem garrafa só com 3 dedos do líquido."

OH DÓ ..
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117288   DEVO,PAGO QUANDO PUDER.Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
30/04/2014 - Banespa/Jau-anos 70 - Setor de Cobranças. O funcionário responsavel por esse

setor era nosso amigo José Carlos de Andrade Campos, "Zica" para os íntimos.

Fim do mês, o gerente João Antonio o chama e diz:" Zica,dá uma prensa nos caras

que estão atrasados no pagamento pois o índice de liquidez está alto".. "

O Zica juntou os boletos e começou a ligar para os devedores. Foi quando ligou

para um cliente de Itapui e disse :"Fulano, eu queria informar que seu título venceu."

e o cliente :" Venceu ? que bom; não esperava nem empate ! "

E o Zica ao desligar o telefone:"acho que esse cara está me gozando..."
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117287   NÃO ESTIVE LÁMário Augusto Ferreira de AndradeBauru
30/04/2014 - Banespa/Jaú, anos 70- Um cliente que só dava trabalho, encosta no guichê de caixa do Zézo

e entrega uma requisição para um novo talonário de cheques.

O Zézo ao conferir a assinatura notou que sobre ela havia um aviso de não entrega de talões

pelo motivo de inúmeras emissões e devoluções por falta de fundos.

Retornando ao guichê o Zézo disse :" o senhor não pode levar mais talões porque soltou

muito cheque sem fundo em contumácia.

E o cliente em vóz alta:" Contumácia o cacête ! Nem sei onde fica essa cidade..."
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117276   PEIXADA NA QUITINETE Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
29/04/2014 - Adger/Audit-1990 - São Paulo,meio da semana. O Marivaldo resolve fazer um peixe assado em sua quitinete,no sétimo andar e convida uns 10 inspetores
À noite, todos presentes, Mari e Bernardo (Marília) começaram a limpar uma bela piapara e após cortarem a cabeça,tirarem as escamas e vísceras,resolveram jogar tudo aquilo na privada e dar descarga.

É AÍ QUE A COISA DESANDOU ...

A cabeça do peixe não conseguiu passar pelo sifão e enroscou na curva entupindo tudo O Marivaldo dava descargas, uma atrás da outra,enchia o vaso até a borda e lá no fundo aparecia um pedaço da cabeça do peixe e a boquinha dele fazia "glub,glub."

Alguém lembrou que no prédio residia um bombeiro que poderia resolver o problema. Localizado, o cidadão apareceu com um enorme cilindro de ar comprimido e uma mangueira Enfiou a mangueira até o sifão e abriu o ar.
Escutamos então um grande estrondo.

Na quitinete vizinha,morava um Promotor de Justiça,solteirão,meio afetado cheio de chiliques e a pressão estourou os azulejos de seu banheiro em aproximadamente 1 metro quadrado.

O homem ficou tão bravo que deu a impressão que estava parindo uma capivara.

Gesticulava e gritava :" onde vou achar novos azulejos pois são importados ?" Naquele dia achei que seríamos enquadrados e o destino seria uma delegacia de polícia.Mas com jeitinho fomos conversando e a fera acalmou...
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117265   GOSTAVAM DA FRUTA ! Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
28/04/2014 - Banespa/Jahu,1977-79 - Havia um contínuo afro - descendente(que chique heim?) de nome Paulo Borges. Magrinho,canela fina, oreia pequena, bio tipo de jogador de futebol e além disso adorava escola de samba,cerveja, enfim era adepto daquela música "deixa a vida me levar.."

Namorava uma linda morena com quem já tinha dois filhos e ela encontrava-se em adiantado estado de gestação.

Um dia,o Gilberto Minguette,Chefe de Serviço,me chamou e mostrou uma correspondência do Departamento do Pessoal autorizando a promover dois contínuos para escriturários Combinou comigo que iríamos dar uma prensa no Borges para ele definir sua situação com a garota.

Chamamos o Borges e praticamente o intimamos à casar,pois assim,a mulher e as crianças teriam cobertura da Cabesp,seguros, enfim todas as vantagens oferecidas aos dependentes dos funcionários.

O neguinho "arrepiou o pêlo",tirava da reta e a gente forçando. Alegou que não tinha dinheiro para os papéis e o Gilberto disse que arrumava o dinheiro.
"Convencido",acabou casando.

No dia do casamento, à noite,em virtude da emoção ou da hora aprazada, a mulher pariu gêmeos.

Três meses depois,estava ela no balcão do Banco,com os gêmeos nos braços e os outros em volta,vem o colega Galvanini e sugeriu :"Porque o Borges não fáz uma vasectomia ?"

E ela :" Tá querendo capá meu marido ? Faiz você.."

Sai de Jahu em 1980 e acho que vieram mais bacuris por lá...
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117264   ACREDITAM EM TUDO ... Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
28/04/2014 - Afaban/Bauru-anos atrás - Lotamos um ônibus com um pessoal escolhido à dedo e rumamos para o Pantanal Matogrossense a fim de curtir-mos uma semana de pescaria e divertimento.

Saimos de Bauru ao entardecer e passamos boa parte da viagem jogando conversa fora, aquele "papo aranha",regado por muitas latinhas de cerveja ou copos com Campari,gêlo e limão..É perigoso até dar um infarto em alguém, tamanha preocupação.

Chegamos à Porto Murtinho de manhã e o Marivaldo aproximou-se de um grupo de índias e disse que queria comprar um daqueles indiozinhos para levar para brincar com seu neto. Parece que a mãe índia não gostou da oferta pois saiu correndo com o pequeno aborígene. Como a gente ia embarcar só depois do almoço, o Nelson Zamboni querendo fazer um agrado aos índios, comprou um pacote com paçoquinhas e chegando perto deles falou: "olha, eu comprei uns docinhos prá vocês darem para as crianças CARAMBA !!! a bugrada deu uma investida no Nelson que se ele não fosse esperto, sairia pelado. Embarcamos em uma chalana e subimos o Rio Paraguai,aproveitando para vislumbrar o magnífico cenário criado por Deus

O pessoal se interessava por tudo e não perdiam oportunidade para registrar em fotos ou filmadoras tudo que fosse novidade.

Uma noite,a chalana seguia vagarosamente seu destino, estávamos todos na parte de cima da mesma,degustando umas conterrâneas minhas ( brahma de Agudos) quando surgiu do lado paraguaio, na barranca do rio, uma pequena currutela com umas 8 a 10 casas. Falei prá turma :"Aí é Puerto Guarany,onde nasceu o Gamarra aquele cara que jogou no Corinthians"


Prá que fui falar aquilo ? Jesus Paco,Terruel,Midena e outros correram a fotografar o povoado.. Era "flash" para todo lado.

Pensei comigo: "são uns babacas; sei lá onde nasceu o Gamara ?
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117257   ESSA FOI SEM ANESTESIAMário Augusto Ferreira de AndradeBauru
27/04/2014 -
Banespa/Bauru/Ag.Centro: Era época dos Caixas Executivos e nosso colega Osvaldo Gamito

desempenhava bem suas funções. Pessoa de bom trato, era querido por todo o quadro funcional

que o apelidaram de " amigo".

Certo dia, uma senhora entregou-lhe um cheque de quantia relativamente alta,assinado pelo marido.

Não localizando o "slip" na bolsa plástica ,pediu a juda à Bateria de Caixa , e nada sobre o saldo.Foi

quando perguntou à cliente :" Seu marido fêz alguma operação?"

E ela :" NÃO,pelo amor de Deus, ele está MUITO BEM DE SAUDE ! "...
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117256   UM PONTINHO NO MAPA Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
27/04/2014 - Banespa/Pontes Gestal-SP-1980 - Por determinação da GR-23 Fernandópolis fui substituir o gerente, colega Wilsinho que saiu em férias,por 40 dias.

Muita gente ignora que haja uma cidade com esse nome. Pequena, com aproximadamente 3.000 hab,localiza-se no norte do estado de SP,lá para os lados de Cardoso,Riolandia,Paulo de Faria.

Toda urbanizada,ruas asfaltadas,iluminação à mercúrio,água e esgoto,enfim faz inveja a muita cidade grande. Recebe esse nome em homenagem à família que doou as terras para a sua formação ; seu primeiro prefeito chamava-se Frederico Pontes Gestal

Tem suas historias .Por exemplo : no cemitério existem vários cajueiros plantados entre os túmulos , e produzem frutos deliciosos.Os moradores evitam comê-los em virtude do local em que se encontram; às sextas feiras, retornavamos para casa, casa um levando uma cesta cheia de cajús. O prefeito à época era o José Orestes Longo e era uma figura. Bacharel em direito,dono do Cartório de Registro Civil,paraplégico,utlizava duas muletas para se locomover. Dirigia sua Variant utilizando na mão direita um cabo de vassoura com o qual acelerava o veículo.
Um dia, convidado por ele fui a sua casa e me deparei com um enorme freezer horizontal repleto de bons peixes como pintados,cacharas,piaparas etc.

Perguntei a ele " Mas você gosta tanto de peixe assim ?" E Ele: "Não,é quando vou à São Paulo em visita à alguma Secretaria de Estado,levo e dou de presente aos Secretários. Considerando minha invalidêz e gratos pelo presente,sempre trago para Gestal uma quadra, uma piscina,um centro de convivência,um parque infanti, etc,etc;

Muito inteligente !!!
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117246   RECEITA DE QUEM CONHECE O PRATO . Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
26/04/2014 - Banespa/Jahu,1976 - Trabalhava no caixa e no guichê ao meu lado, o colega Luiz Roberto Bizarro de Souza, o TETÉ .

Encosta no balcão um cliente e inicia um papo com o Teté.

" Ô Teté,você fala tanto que gosta de caçar e comer as codornas, que ontem resolvi fazer lá em casa,mas não apreciei muito ..Fica um gôsto meio selvagem."

E o Teté :" Como é que você preparou ?"

"Depenei,limpei ,temperei e fritei. Não ficou ruim mas também não é nada dessas coisas." disse o cliente.

O Teté : "Não !. Você fêz tudo errado.Primeiro,após depená-la e limpá-la
você deve ferventar em água e sal.Após isso,tire a pele e põe para cozinhar em fogo brando, no leite,por uns 5 minutos. Depois,tempere com sal ,ervas finas,pimenta de cheiro,azeite Gallo e um pouco de cravo da Índia. Frite na manteiga e no bacon.."

e o cliente " CARÁIO, desse jeito até bosta é gostoso !!!"
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117245   JUDIARAM DO PORTUGUÊS Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
26/04/2014 - Banespa/Penápolis, anos 60 - Zulindo Costa, aposentado Banespa, falecido em desastre automobilístico, era uma pessoa bastante interessante. Acreditava em tudo,tinha um bom coração,mas quando ficava bravo, sái de baixo.

Iniciou no Banespa em Penápolis e como se sentia muito só, resolveu agilizar o casamento.Alugou um sobradinho parede e meia com outro banespiano e as esposas ficaram muito amigas.

Zulindo sempre admirava as botinas de pelica do vizinho e um dia interpelou-o como fazer para adquiri-as. Naquele tempo,embora em menor quantidade .já existiam os "sacanas".

O colega disse : "Ora Zulindo, então você não sabe que o Banco fornece isso ? A gerência não gosta de comentar porque gera despesas para a agência.Mas não é você que faz o pedido mensal do material para consumo ?" O Zú respondeu que sim."

"Então,no próximo pedido você acrescenta no final , informando o tamanho e côr de preferencia."

Final do mês : O Zulindo coloca na mesa do Contador (naquela época era Contador)a relação de material a ser solicitado e no último ítem, acrescentou : 1 (hum) par de botinas de pelica,marron,número 40.

O contador pegou para assinar e ao ler aquilo subiu a serra " Zulindo!! Você está ficando louco ???"

Durante os 6 meses seguintes,o Zu não dirigiu a palavra ao vizinho.
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117237   E ELA DEU UMA INCERTA !!! Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
25/04/2014 - Banespa-Jahu/anos 70 - Conheci um banespiano ao qual o colega Adhemar Galvanini apelidou de Binaca, em virtude do mesmo utilizar aquele aerossol para perfumar o hálito.

Esse grande amigo, nasceu de uma família circense. O pai tocava na banda e a mãe era trapezista do circo. Muito inteligente, um ás em matemática,lecionava à noite e era admirado por todos tanto na agência como na comunidade. Casou-se com uma moça de tradicional família jauense.

Foi nomeado gerente adjunto para uma importante cidade do norte do Estado e logo depois transferido para a Adger,desenvolvendo projetos como assessor da Presidência do Banco. Ficava adido ao Gabinete do Boss.

Em 1992, aproveitando o incentivo à aposentadoria optou pela mesma mas o Presidente à época Dr.Saulo convenceu-o a continuar a frente dos projetos. Foi admitido então pela Baneser.

Adquiriu um apartamento lá pros lados da 9 de julho, no qual morava durante a semana ,viajando para Jaú aos sábados para conviver com a família.

Um dia, a esposa, não avisou e chegou de surpresa ao apartamento,pegando-o acompanhado. Voou pena prá todo lado !!!

Separado,morou uns tempos em um rancho às margens do Tietê e perdemos contato. Dias atrás fiquei sabendo que faleceu há dois anos em Santos.

Binaca, um cara marcante...
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117229   IRMÃO GÊMEOMário Augusto Ferreira de AndradeBauru
24/04/2014 - Corumbá/MS-2001 - Chegamos à Corumbá e embarcamos em uma chalana da PEV-Tur onde passaríamos uma semana navegando e pescando nas águas calmas do Rio Paraguai. Eram 10 aposentados do Banespa,mais Sr. Popov, um russo e o Zoel que foi goleiro do Baquinho e jogou com o Pelé.

O clima era de total alegria pois não havia nada que perturbasse o ambiente. Antes de soltar as amarras, o capitão da embarcação fêz uma reunião com todos os tripulantes e a gente. Vestido impecavelmente trajava bermudas,jaqueta,tênis e boné branco. Muito simpático explicou o que era necessário fazer para que tudo corresse bem.

Ao terminar ,perguntou se alguem gostaria de fazer alguma colocação.

Foi aí que desandou...

Resolvi quebrar o "gêlo" e diante de todos perguntei ao capitão.

"Por acaso o senhor tem irmão gêmeo ?"

Diante de sua negativa, acrescentei;"Então foi você que nós comemos ontem..."

Foi uma gargalhada geral. O capitão rachou de rir, foi para sua cabine, tirou toda a farda vestiu uma bermuda simples,chinelo de dedo e singramos o Paraguai,passando uma semana inesquecível.

Durante os dias seguintes, quando um píloteiro cruzava com outro perguntava:" O fulano, você tem irmão gêmeo ?" e o outro esperto respondia ;"tenho". Tem lugares em que a simplicidade vale mais do que o finesse.
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117213   DE ONDE ÔCE VÊIO? Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
23/04/2014 - Adger/Audit-1991 - Alguns inspetores trocavam assuntos enquanto aguardavam

a hora de sair para o almoço,no sub-solo da Ag.Patriarca. Conversa prá lá,conversa

prá cá,o assunto era de que cidades havíamos vindo.

Marivaldo e eu de Bauru,Maia de Rib.Preto,Juvenal de Fernandópolis, Ulisses de

Ouro Fino quando adentra a sala nosso colega Severino, nordestino, pessoa simples

muita querida por todos,com um palito na boca.

Perguntamos : "E voce Severino, veio de onde ?"

E ele:" do ristôrante..."

Foi só risada.
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117207   ESSES COMUNICADORES !!! Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
22/04/2014 - Banespa/Rio Claro-anos 70 - A "Cidade Azul" como é conhecida a nossa querida Rio Claro,possui alguns logradouros públicos com o nome de Largo, ao invés de praça.

Certo dia, um locutor do rádio,após discutir com seus superiores, abriu o programa como sempre cumprimentando aos ouvintes.Mas estava puto da vida.

"Bom dia !!! Largo de São Francisco, Largo da Boa Morte, Largo de São Benedito,LARGO ESSA MÉRDA E VOU EMBORA..." Não voltou nem para receber o salário.

Banespa/Jahu-anos 70 - Funcionário do Banespa, nosso grande amigo, Fernando Antônio Capelozza,também conhecido como TATÃO, quebrava o galho como sonoplasta (atual DJ) na Rádio Jauense.

Das 11 da noite às 2 da manhã,apresentavam um programa intitulado "MÚSICAS NA MADRUGADA..." com o Tatão colocando para rodar os discos previamente selecionados.

Uma noite, o apresentador do programa, Laerte Maziero esqueceu o microfone aberto e disse em alto e bom som:

"Tatão, casca aí um long play que eu vou dar uma cagada..."

No dia seguinte ambos foram demitidos.
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117179   O DIA EM QUE O REGIONAL PAGOU MICO Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
19/04/2014 - Banespa/Jahu-1980 - Já nomeado chefe de serviço para Votuporanga, aguardava o desligamento.

Esses dias que antecedem a saída da agência deixa a gente meio sem ter o que fazer. Então o administrativo (Airton Rossetto) me entregou as chapinhas com os números dos móveis e utensílios, uns tubos de super bond,máquina de arrebitar e me incumbiu de marcar todos os bens da agência.

Lá estou eu cumprindo a tarefa, quando resolvi colar uma enorme moeda de 1 cruzeiro,na escadaria que leva do salão ao mesanino. Aquilo se tornou uma atração,tamanha a quantidade de pessoas que viam e queriam pegá-la. O pessoal da agência ria muito quanto algum incauto de abaixava e não conseguia.

Um dia,recebemos no final do expediente, a visita dos regionais Srs. Ranzani e Iolando. Após um papo com todos os funcionários,passaram a circular pelo salão indo de mesa em mesa. Meu velho conhecido, o Ranzani aproximou-se e disse :"Marinho,onde fica o banheiro ?" Informei-o que subindo a escada iria sair de frente aos banheiros do mezanino.

Ranzani começou a subir rápido a escada (acho que estava apertado) e parou abruptamente. Recuou uns 3 degraus, abaixou e gastou a munheca virando os dedos prá lá e prá cá,tentando pegar a moeda. Chegou até a dar uns bicudinhos com a ponta do sapato tentando desprega-la.

Aí é que se tocou ... Olhou para o salão e lá estavam todos os funcionários nas mesas,olhando para ele e com um sorrisinho maroto nos lábios.

Aprumou-se como se nada tivesse acontecido e se dirigiu aos sanitários. Até hoje sinto um remorso, mas que valeu, valeu ...
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117169   QUEM SABE FÁZ A HÓRA ... Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
18/04/2014 - Banespa/Mogi Guaçu-1990 - Fazia inspeção na agência quando o pessoal me convidou para ir ao banespinha,pois iam jogar um futebol soçáite e queimar uma carne.

Insistiram para que eu participasse do "racha" mas dei várias desculpas,dentre elas,falta de material.

Não teve jeito... Arrumaram tudo, calção, tênis, meião e lá vai o Mário enfrentar uns caras bem mais novos e cheios de saúde. Resolvi ficar meio escanteado e de vez em quando sobrava uma e eu participava.

Após o jogo, em volta da churrasqueira, os comentários; Pô seu Mário, a gente notou que embora um pouco gordinho o senhor tem noção, domina bem a bola,passa,chuta bem, etc..."

Falei para eles ; "Vou mostrar para vocês, onde tudo começou..."

Fui até o carro, peguei a carteira de sócio número 135 do BAC-Bauru Atlético Clube e mostrei a eles. Uns dois comentaram :" Foi aí que surgiu o Pelé, não é ?

e eu : agora vocês perguntem quem lançava o NEGÃO ?...
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117168   O CARA ERA DO PERU !!! Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
18/04/2014 - Banespa/Agudos - 1970 - Conheci-o em Bauru, quando frequentava aos sábados a sáuna do BAC e do Bauru Tênis Clube.

Ele trabalhava para a Brahma-Agudos, era supervisor de vendas, viajava para todo lado a serviço do cervejaria.

Gozador ao extremo,perdia o amigo mas não perdia a piada.

Certa vêz, antes de embarcar em um avião, ainda no hotel, amassou duas bananas nanicas, misturou-as com canela em pó, colocando tudo aquilo dentro de um saquinho, desses que as empresas aéreas fornecem para o caso de alguém ter um enjôo.

No vôo, fingiu passar mal e pegando o saquinho que havia levado,trouxe à boca e fazia ruídos de vômitos. Ao melhorar, respirou fundo, olhou para dentro do saquinho e comentou: "Ah, é meu mesmo..." e começou com as mãos,a comer
as bananas amassadas. Os passageiros vizinhos queriam morrer.

Em outra oportunidade,de posse de um tablete de chocolate,amassou-o todo no assento do sanitário do banheiro da aeronave e chamando as comissárias de bordo,mostrou e reclamou: " Olha só a sujeira que fizeram aqui !"

E em seguida,passando a mão no chocolate amassado, levou-o à boca dizendo " Hum... e é bosta mesmo." As aeromoças se desesperaram.

Houve uma época em que a Varig inseriu em seus computadores, os dados do cidadão,proibindo o fornecimento de passagens ao mesmo, (EP).
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117159   PRÁ QUEM NÃO ACREDITA EM PREMONIÇÃO. Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
17/04/2014 - Andradina-SP, ano de 1969 - Antes de ingressar no Banespa, em férias na outra empresa,fizemos uma visita à minha irmã Carmen e meu cunhado José Antônio Lousada. Eu,minha esposa Maria Sueli e os nossos filhos Eduardo e Fábio, com 4 e 2 anos respectivamente.

Dirigindo um Fusca, fomos nós quatro mais minha irmã e os dois filhos dela, meu sobrinhos Junior e André, à um sítio perto de Andradina, onde havia um senhor que benzia crianças.

Chegando ao local, informaram que ele estava nos fundos da propriedade,cuidando de algumas árvores frutíferas. Ao cumprimenta-lo notei que a mão do homem era só calos,parecia pedra de tão forte. Com aproximadamente 40 anos,muito simples,devia usar a enxada diariamente.

Benzeu os 4 meninos e olhando para mim, disse :"esse moço tem um coração muito bom e às vezes é prejudicado por acreditar demais nas pessoas".

Em seguida olhando para minha esposa Sueli disse: " e essa moça de olhos claros,como vai ? Sua missão como mãe ainda não terminou.Vejo ao seu redor, duas meninas uma loura e uma morena."

Pensei comigo : "...esse cara tá ficando louco pois estamos satisfeitos com os dois moleques."

Agora vejam vocês. Quando o Fabinho completou 7 anos, veio a Giovanna,uma boneca loura e quando a mesma completou 7 anos, chegou a Thaís com os cabelos negros como as asas da graúna.

Durma-se com um barulho desses. O homem cantou a bola...
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117153   O SUSTO DO GERENTE Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
16/04/2014 - Banespa/Pontes Gestal-out.80 - Á convite do prefeito José Orestes Longo,fomos a um churrasco no rancho do Bibiano, à noite, às margens do Rio Preto,perto de Gestal.

Zé Orestes era paraplégico e dirigia sua Variant, utilizando de um cabo de vassoura que segurava na mão direita, para acelerar. Era estranho mas divertido. No rancho já se encontravam os prefeitos de Tanabi e Bálsamo acompanhados por alguns "aspones". Lembro-me de um assessor do prefeito de Tanabi que possuía uma grande corcunda. O Prefeito brincava e dizia: "Estamos esperando crescer mais um pouco e nós vamos comer o cupim dele."

Estavam também, o Zé Maria, chefe das Carteira Agrícola de Tanabi e naquele momento estavam chegando os regionais da GR-23 Fernandópolis, Pedro Volpe e Laércio Ranieri.

Lá prás tantas, o Ranieri entrou no carro para voltar para Fernandópolis e o Pedro Volpe resolveu dormir no rancho. Foi aí, que o Zé Maria chegou em mim e disse :"Mário, o que devo fazer ? Eu estou em férias mas o meu gerente Gilberto Baione vem passar o dia de amanhã,pescando com um cliente, e o Pedrão vai estar aqui."

"Me tira dessa e explique-se para o Pedro", disse ao Zé Maria.

Outro dia, 7 da manhã,encosta a Veraneio do Gilberto e o mesmo começa a desengatar o reboque com o barco e as traias.

Neste momento, aparece na porta, todo despenteado, só de cuecas, o Pedro Volpe que pergunta: Ué Gilberto, hoje é feriado em Tanabi ?"

Gilberto deu um pulo para trás e falou " Pedro do céu. Você é a última pessoa que eu queria encontrar hoje ! "

Aí, foi só risada,pois o Gilberto Baione era um dos melhores gerentes da GR.

Pescaram o dia todo. Gilberto,o cliente e o Pedro Volpe. Mas o susto deu para curar soluços..
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117141   MENTIOLATO NÃO !!! Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
16/04/2014 - Bauru/anos 60 - Julinho Algodoal era proprietário da Farmácia São Paulo e também de um rancho no pantanal mato-grossense,precisamente no Rio Miranda.

Toda a vêz que íamos para lá,Julinho levava uma sacola cheia de remédios (vermífugos,cálcio,anti gripal etc) e distribuía para a criançada da região. As mães adoravam quando ele chegava.

Certo dia, antes do almoço,escutamos uma gritaria e uma mulher chegou arrastando o filho,um crioulinho de uns 10 anos de idade. O moleque parecia que tinha enfrentado uma onça de tão arranhado que estava. Tinha tentado pegar carona em uma composição férrea da Noroeste do Brasil,caiu e se ralou todo no acostamento cheio de pedriscos.

De longe, o moleque já vinha gritando:"MENTIOLATO NÃO,MENTIOLATO NÃO !"

Seguramos firmemente o garoto e o Julinho tratou de suas lesões,deu pontos falsos e... não economizou no Merthiolatte. Notamos que o menino não tomava banho a muito tempo. O cabelo era uma maçaroca só. Já com umas cachaças na cabeça resolvemos dar um trato nele: Tomou um belo de um banho,lavamos o cabelo com shampoo,aparamos as unhas dos pés e das mãos.

Devolvemos o moleque para a mãe, nos "trincks" (LB)
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117138   UM CABRA MACHO ! Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
15/04/2014 - Banespa - Votuporanga-1980/82 - Zé Procópio.hoje morador em São José do Rio Preto era nosso agrônomo setorial. Irmão daquele jogador do Corinthians, Marco Antônio Boiadeiro.

Comandava os agrônomos de uma vasta região abrangida pelo Banespa e era uma pessoa muito respeitada pelos seus conhecimentos técnicos e maneiras gentis.

Simpático,sorridente,virava bicho quando colocava uma camisa de futebol. Não admitia que seu time fosse derrotado. Xingava do goleiro ao ponta esquerda.

Futebolista dos bons,diziam que foi profissional no XV de Piracicaba quando cursou agronomia na Luiz de Queiróz.
Só sei que dava gosto jogar ao seu lado.Sabia o momento certo de lançar a bola,indicava o posicionamento certo dos colegas,chutava muito bem,enfim o homem éra o "cara".

Lembro-me de certo final de semana, jogando contra o Banespa Fernandópolis lá na casa eles,estávamos goleando por 4 x 1 quando o zagueiro deu uma entrada criminosa no Procópio jogando-o de costas ao gramado
Levantou,encarou o desafeto e disse " você tem sorte pois meu time está ganhando e eu não estou nervoso."

O colega de Fernandópolis,já conhecendo o Procópio pediu para ser substituído no ato.

Ele costumava dizer que o Banespa Votuporanga em sua Carteira Agrícola tinha tantos financiamentos em pró (pró-várzeas,pró feijão, probór,pró leite ) que até seu agrônomo chamava-se pró-cópio.

A última vêz que o vi perguntei pelo filho:"Como é que vai o Procópinho " e ele " Do tamanho que está,Procópinho lá em casa agora sou eu."

Figuraça .
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117133   NO TRUCO VALE TUDO !!! Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
15/04/2014 - Banespa-Guapiara/Sp-1990 - Sexta feira,terminamos a inspeção na Agência e fomos convidados para um churrasquinho na casa do subchefe de serviço. Era praxe fazer uma festinha ao término da inspeção,pois não viam a hora de ver o inspetor pelas costas (rsrsrsrsr)

Lá prás tantas, resolveram armar uma trucada, Jogariam dois funcionários da agência, tidos com campeões na região, contra o agrônomo e eu. Antes do jogo,passei pela mesa de truco e notando não haver ninguem por perto tirei os quatro 3 do baralho guardando-os no meu bolso.

Foi uma festa .Sabendo da inexistência dessas cartas no jogo cresci prá cima dos adversários,trucando tudo que era mão e tendo sucesso na maioria das vezes. Interessante é como o pessoal não notava que não saia 3. Jogamos umas seis partidas e faturamos todas.

Mais tarde ao me retirar, o agrônomo me acompanhou até o carro.onde tirei as 4 cartas do bolso e disse à ele: "Dá uma disfarçada e reponha no baralho." Fui embora deixando-o boquiaberto.

Êta inspetorzinho esperto sô !!
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117126   O HAITI É AQUI ... Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
14/04/2014 - Banespa/Uru/1985 - Fomos fazer a readequação da agência e precisamos ficar alguns dias "hospedados" com o pessoal de lá.

Nos fundos de um quintal, utilizando blocos de cimento e cobertura de Eternit, construíram uma casinha que recebeu o sugestivo nome de "SENZALA".

Com a cobertura de Eternit e pouca ventilação, o calor era insuportável. Pior ainda,quando a gente levantava com sêde, ia à geladeira e esquecia que a porta estava dando choque.Era cada choque que a gente chegava a perder o sono.

O chuveiro então dava medo. Uma gambiarra de fios retorcidos, misturados com têia de aranha e picumã, levava a eletricidade ao velho Canhos.

No encerramento do expediente (16:00) um dos vigilantes pegava a bicicleta e saía velozmente em direção à um afluente do Tietê para checar as redes e trazer os peixes que seriam comidos na janta e no almoço do dia seguinte. O cardápio era bem variado: arroz,peixe e um zoiudo (ovo frito.)

Mas o pessoal encarava isso normalmente,levando os dias num astral bom.

Um dia,perguntei ao administrador responsável, o porquê de se transferir de S.Paulo para Urú.

Contou-me que sua agência urbana foi assaltada e os bandidos despejaram nele 2 litros de álcool e ameaçaram atear fogo,caso o cofre não fosse aberto de imediato. Sofreu um choque psicológico e não tinha condições nem de olhar mais para a agência.Quando ofereceram Urú ,pulou de cabeça.

Voltando para casa no final de semana,vim lembrando desses heróis anônimos que ajudaram a edificar este grande Banco.
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117125   TRABALHAS NA USINA ??? Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
14/04/2014 - Banespa/Jahu,anos 70 - Jahu sempre foi considerada uma cidade tradicionalista por natureza.
Contam,que houve um tempo em que pessoas da raça negra só podiam utilizar o jardim de baixo e não se atreviam a frequentar o jardim de cima.
Contam, também, que Pelé no início de carreira tentou participar de um baile no clube da cidade e não foi permitida sua entrada em virtude de sua cor de pele.

Mas com o tempo, tudo mudou e hoje Jahu é uma pujante cidade com mais de 100.000 habitantes,terra roxa, excelente localização e com uma convivência pacífica, não havendo mais nenhum resquício de descriminação.

Há alguns anos atrás, existia um padre na cidade,muíto rígido e proibia de todas as maneiras a construção de motéis no entorno da cidade e contava com a colaboração do Delegado de Polícia. O pessoal então, se virava nos carreadores dos canaviais existentes na região.

Certo dia, um colega da agência,embarcou uma "gata" na sua Caravan e se mandou prá cana. Era um sábado,depois do almoço.

Já despido,nervoso com a situação, o negócio não dava ares de reação e ele para despistar disse para a acompanhante " Acho que eu vi "vurto" ali "

A mulher tremendo de medo falou: "vamos embora já", e na pressa de fechar a porta do carro,mastigou um monte de folhas de cana que foram devidamente arrastados. Agora sintam o drama:

Dirigindo a Caravan, nosso herói entrou pela avenida principal da cidade,cumprimentando a todos os conhecidos e sem notar, puxando uma touceira de cana com raiz e tudo presa na porta.

Este assunto levou meses para esfriar.
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117124   BAIRRISMO. BATEU,LEVOU ... Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
14/04/2014 - Banespa-Bauru-1990 - Na época em os cartões de débito e crédito ainda engatinhavam e os cheques "pré" eram utilizados amiúde, o Banespa de Bauru firmou um convênio com o Supermercado Sakata, onde os banespianos da cidade e da região, faziam suas compras, assinavam as notas e eram devidamente debitadas no pagamento do dia 20.

Praticamente todos se utilizavam desse serviço. Um sábado de manhã, estou na fila do caixa e na mesma fila, umas 10 pessoas atrás encontrava-se o José Carlos de Andrade Campos, nosso considerado ZICA, jaúense convicto.

Resolvi brincar com ele e em vóz alta perguntei : " Oi Zica ; é verdade que o prefeito de Jaú asfaltou uma rua lá e o povo não acostumou e jogou terra em cima ?

Foi uma gargalhada geral.

E o Zica : " Ah é, é guerra ? é guerra? então lá vai: E você que é lá daquela bosta de Agudos heim ? heim ?

Outra gargalhada...

Tempos bons que não voltam jamais...
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117109   PALPITE INFELIZMário Augusto Ferreira de AndradeBauru
12/04/2014 - Bauru/anos 90:Dentre os frequentadores do Bar do Toninho,refúgio dos

maiores gozadores do planeta, havia o Dr. Gaio, delegado aposentado.Já

com idade acima dos 70 anos, andava utilizando-se de uma bengala, sua

companheira fiel.

Mas mesmo sendo delegado e muito respeitado por todos, não escapava

das gozações: Diziam que na ativa, todo dia passava em frente a um bar

em que se promovia o jogo do bicho.

Parava na porta e dizia ao proprietário:"Joga vinte no bicho que vai dar".

Ia embora e no dia seguinte ao passar defronte ao bar o dono dizia: Doutor !

Mas o senhor tem um palpite que não falha. Deu na cabeça. E pagava o

prêmio pelo acêrto.

O Gaio ria muito disso e complementava:" Eu era é muito burro. Mandava

jogar no grupo,quando o interessante era acertar a centena ou o milhar que

pagava muito mais". E a gente se divertia com esses papos...
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117096   TRÁIS MAIS CINCO !!!Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
11/04/2014 - Audit/anos 90 - Quando fizemos parte do quadro de inspetores, a gente ouvia colegas retratarem suas experiências e conseguimos memorizar algumas.

Um inspetor chegou em uma cidadezinha à tarde,hospedou-se em uma pensão,pois iria começar um trabalho na agência, no dia seguinte.

Lá prás 18:30,após tomar banho,resolveu fazer um lanche e entrou em uma lanchonete que fica em frente à agência.

Estava lanchando, quando a sirene do banco disparou e parou abruptamente.
Na hora, o balconista pegou no freezer meia dúzia de Brahmas,atravessou a rua, adentrou à agência e voltou logo em seguida.

O colega perguntou o que estava acontecendo e o balconista " É que após o expediente ,o pessoal da agência costuma "armar" uma trucada lá nos fundos do prédio e cada vez que acaba a cerveja,eles dão um toque e eu levo."

Usavam a sirene para chamar as "loiras"

Modo bem interessante..
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117081   PIMENTA NO DOS OUTROS É HIPOGLÓSMário Augusto Ferreira de AndradeBauru
10/04/2014 - Banespa/Gália-anos 60 - Álvaro Perri trabalhava no Mercapaulo e passou no concurso para ingresso ao Banespa. Assim que saiu o resultado, em represália
resolveram transferí-lo para Umuarama no Paraná.

Ciente de que Banespa iria convocá-lo ,acatou a transferência e viajou 14 horas para chegar ao seu destino. No trajeto,quando o ônibus ( em 1960 devia ser jardineira..) parou em uma cidadezinha do Paraná.resolveu tomar um copo de leite gelado com café. Mandou também prá baixo, um ovo cozido.

Prá quê ? Deu um revertério e as cólicas iam e vinham, ele se contorcia todo na poltrona deixando a passageira ao seu lado, uma professorinha, toda preocupada. Aconselhado por ela, pediu que o ônibus parasse.

Deu tanto azar pois era um gramão ralado e não achava nenhuma moita para fazer o serviço. Arriou as calças, abaixou ao lado do ônibus e tendo todos os passageiros como plateia ,mandou aquele barrão.

Não tinha com que se limpar e embarcou cagado mesmo... Disse que a professorinha foi muito legal,perguntando : " você está melhor ?

Em Umuarama não existia luz elétrica e o Mercapaulo funcionava com um gerador à diesel. A cidade era iluminada por lampeões à gaz. Á noite,enchiam a cara num boteco, ouvnido Anisio Silva cantar "quero beijar suas mãos minha querida,"

Era um lugar onde o filho chorava e a mãe não escutava....

Quando chegou a convocação do Banco,chovia tanto que só saía jipe da cidade.Juntou suas economias,fretou um téco-téco no campo de aviação e foi para Londrina de onde chegou à São Paulo.

Hoje na Afaban-Bauru é um mestre na sinuca,ganhando todas dos incautos.
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117080   COLOCADA NO FORMÓL ???Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
10/04/2014 - Adger/Audit- 1987 - No processo seletivo para a Audit, a colega Terezinha
derrubou as muralhas do "Clube do Bolinha" e foi aprovada para exercer as funções de inspetora.

Tomamos posse juntos e participamos de alguns trabalhos. Muito competente
optou por ficar em São Paulo ao invés de sair amassando barro por este interiorzão.

Um dia, estou no "péla porco" (uma saleta onde colhíamos as declarações dos envolvidos) datilografando o depoimento de um funcionário que resolveu misturar o dinheiro dele com o dos clientes e precisei de uma testemunha.

Olhei para o corredor e a Terezinha ía passando. Chamei-a e pedi sua presença. Assim que adentrou à sala, fiz as apresentações, dizendo para o declarante " fulano, esta aqui é a Terezinha a primeira INSPETORA do Banespa "

E o cara : "CARAMBA !!! COMO ESTÁ CONSERVADA !!!

O anta, achou que a Terezinha era da época da fundação do Banespa.

A Tere não sabia se ria ou dava uns "cascudos" no cara.
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117076   O AMOR É LINDO !!!Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
10/04/2014 - Banespa -Votuporanga-1982-83 - Seu sobrenome é Baldon e à época era inspetor do Unibanco. Residia em Votuporanga e participava das peladas no banespinha, onde tinha ótimo relacionamento.
Quando solteiro morou em uma pensão pois os familiares residiam em outra localidade.

Todo dia, na hora do almoço, o telefone da pensão tocava e uma vóz feminina pedia para chamá-lo. Não se identificando,conversava assuntos como : " ontem você estava de camisa vermelha, elegante heim ? " ou "cortou o cabelo ? Ficou legal.." E o Baldon cada vez mais cabreiro.

Conversando com um colega da ag. do Unibanco,relatou o que estava acontecendo. O colega disse que tinha facilidade de identificar as pessoas, e , se tivesse conversado com a mesma por uma vêz,saberia quem era.

O Baldon levou o colega para almoçar e quando o telefone tocou chamando-o, o colega atendeu disse :"alô, aqui é o Baldon;" Do outro lado
responderam : " não é não". E desligaram.

O colega voltou para a mesa e disse " é fulana (me fugiu o nome da moça no momento) que trabalha com a gente na Agência."

Naquele dia, após as 16:00,agência fechada para o público, o Baldon passa pela mesa da moça e diz: "olha, amanhã não precisa ligar pois estarei viajando..."

Quem viu, disse que a moça ficou R O X A tamanha a surpresa.

Atualmente formam um lindo casal com 3 filhos maravilhosos.
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117058   QUE FRIA !!!Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
09/04/2014 - Banespa - Candido Mota -1990 - Terminei a inspeção e lá prás 11:00 saí de carro com destino ao norte do estado pois deveria começar outra na manhã seguinte na região de Jales.

Naquele dia não almocei para ganhar tempo. Já era umas 15:00 e eu já havia passado por Nhandeara com destino à Votuporanga. Perto dessa cidade, num retão da estrada, notei lá adiante um carro parado no acostamento

Um homem no meio da pista dava sinal e pedia que eu parasse. Ao passar por ele , o reconheci pois havia trabalhado em Votuporanga. Era um comerciante bem sucedido.

Estacionei no acostamento e só aí notei que ao lado do carro havia uma mulher. Ele,aproximou-se e disse : " Por favor será que o senhor poderia dar uma carona para essa moça até Votuporanga ? O meu carro está imobilizado."

Não me custava fazer esse favor e a moça entrou no meu carro. Aí que notei que ela havia chorado, estava com o rosto sujo de terra e a blusa bastante rasgada,mostrava o sutiã.

Saímos dali e perguntei o que havia acontecido.Ela explicou:" Eu sou namorada(sic)dele e a gente estava indo para um motel aqui perto como fazemos toda semana. A mulher e a filha dele nos alcançaram,fecharam nosso carro e saímos no tapa. Apanhei bastante mas também distribui chutes e mordidas"

A mulher e filha haviam tirado a chave do contato e levaram embora.Por isso ele não pode sair com o carro.

Deixei a mulher em Votuporanga, defronte uma bela casa, com grades no muro , ela agradeceu e entrou rapidamente. Voltando à estrada vim pensando com meus botões."O cara às vezes arma uma pulada de cerca achando que tudo vai correr bem e acaba entrando em cada roubada ...
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117053   É FANTÁSTICO !!! Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
09/04/2014 - Banespa/Votuporanga - 1981 - Levado por amigos da agência, fui conhecer o CLOVÃO em seu rancho à beira do Rio Preto,municipio de Tanabi. Quase 1,90 mt. de altura nos recebeu com aquela simpatia impar, à beira de um fogão à lenha,onde assando na chapa estavam uns filés e uma línguiça cuiabana deliciosa.

Seu rancho era coisa para se filmar.

Alguns anos atrás,montou uma firma para fornecer polpa de goiaba para as fábricas (Cica ,Peixe,etc) e o negócio não prosperou. Sobraram milhares de latas vazias novas, de 20 litros, que o Clóvis abriu e com elas cobriu toda a parede do rancho,por dentro e por fora.
Inclusive a arquibancada do campinho de futebol recebeu o revestimento.

Agrônomo aposentado da Secretaria da Agricultura,tornou-se um eremita e morava no rancho,indo uma vêz por mês à Tanabi a fim de receber o pagamento e deixar o dinheiro com a mulher e suas 3 filhas.

Tinha uma velha Rural Willys,tocava violão muito bem,excelente cantor, costumava dizer sorrindo que de manhã estava acostumado à escovar os dentes com vodka.

Seu quarto coberto pelas latas e um enorme véu que protegia dos pernilongos possuía uma biblioteca com aproximadamente 800 volumes só com respeito à agronomia.

Ao nos despedirmos ele nos acompanhou até carro e falou " querem ver uma coisa bonita ?" Gritou algumas vezes "brahma,brahma,brahma" .Embora fosse noite escutamos um bater de asas e uma garça branca pousou aos seus pés. Ele disse :" encontrei-a à beira do rio com a perna quebrada.Tratei dela e hoje é minha amiga.."

Voltando à Votuporanga,comentei com o pessoal: " a Rede Globo mostrando tanta porcaria e ignoram um cara desses"
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117035   PACIÊNCIA TEM LIMITES Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
08/04/2014 - Banespa/Jahu-1978 - Havia no quadro de funcionários, um contínuo negro,cabeça raspada à zero,já com uns 45 a 50 anos, de nome LÉO.

Sistemático ao extremo,de pouca conversa,desenvolvia bem seus afazeres.Mas tinha um senão.Não tolerava assunto repetido algumas vezes e perdia fácil a esportiva ,apelando na hora.

Lembro-me de que um dia, um vendedor de bilhetes de loteria,parou na porta da Agência e desandou à gritar :" olha a borboleta 13, olha a borboleta 13,hoje vai dar a borboleta 13. Não demorou muito e o Léo desceu as escadas, foi à rua e esculhambou com o bilheteiro,colocando-o a correr.

Um belo dia, o Mané Matão,chefe da Carteira Agrícola ganhou de um sitiante uma dúzia de pintinhos, dentro de um jacá. Um presente insólito pelo lugar e hora. O Mané colocou o jacá ao lado de sua mesa para leva-lo a tarde para casa.

Gente !!! Os pintinhos desandaram à piar e éra um piu piu prá lá,outro piu piu prá cá,uma verdadeira tortura chinesa. E nós, de olho no Léo. Não demorou muito, o negão levantou da cadeira,puxou a calça para cima e se dirigiu para os lados do Mané Matão.

Lascou uma bicuda no jacá,espalhando pintinho para a Agencia toda.

Enquanto o Mané e ele discutiam, nós funcionários rachavá-mos o bico de tanto rir. Inesquecível...
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117025   TÕ FERRADO !Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
07/04/2014 - TÕ FERRADO !!!

Banespa - Audit - 1988 - Estou redigindo um relatório quando um subgerente de nome Jocinil me chama. Novo no departamento a gente temia escrever algo errado,pois quantas vezes escutamos:" este relatório está uma mérda... tem que refazer tudo ". Com o tempo fomos aprimorando e os êrros praticamente desapareceram.

Naquele dia, o Jocinil estava dócil,manso, e pediu que eu sentasse, começando à divagar. Disse que possuía a faculdade de ver vidas passadas e quando olhava para mim,me via montado em um cavalo,com uma lança na mão. Disse que em outras vidas na Terra, eu fui um guerreiro..

Começou à reclamar do dia a dia no Departamento, da vida, pois não via possibilidades de progredir na carreira. Disse-me" Eu estou fodido aqui. Não tenho oportunidades,só levo ferro, estou fodido Veja você, ainda recentemente promoveram para o cargo de Gerente de Divisão,o Roberto Moron,bem mais novo que eu..."

Antes que continuasse eu disse a ele : "Jocinil,você não sabe,mas o Moron é meu cunhado"

O Jocinil arregalou os olhos,bateu com força na mesa e exclamou :

"EU TÔ FALANDO QUE ESTOU FODIDO !!!
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117018   Chegaram tardeLauro Ribas RolimItapetininga/SP
06/04/2014 - Rio Claro SP , novembro de 1989.
No final de 1989 eu e o Edmar saímos atrás de dois clientes que encontravam-se afastados do Banco.
Chegando próximo ao endereço dos mesmos, deparamos com um grande muro de uns 3 metros de altura, muito bem feito, que seguia por toda a rua.
O Edmar como um grande observador, falou:
- Lauro, olha que bela chácara no centro, quanto não vale essa propriedade?
Em seguida viramos a esquina do mesmo lado do muro, onde tinha um veículo fúnebre estacionado cheio de coroas de flores e várias pessoas entrando no local.
Ninguém falou mais nada.
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117007   ESPANHOL TEIMOSO ? IMAGINE.. Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
04/04/2014 - Miranda/Salobra - 1998 - o banespiano Zulindo Costa tinha um rancho no local e umas duas vezes por ano a gente formava um grupo de amigos e se deslocava para lá

Certa feita,saem para pescar, meu cunhado Roberto Moron no bico do bote,eu no meio e pilotando, o Álvaro Pozzetti do Apdbanespa

Levamos um sanduíche reforçado pois nossa intenção era não voltar para o almoço pois perderíamos muito tempo. Descemos o Rio Miranda como quem vai lá para o Passo do Lontra.

A pescaria seguia seu curso, quando lá prás tantas, o Moron disse ao Álvaro:
"encosta naquela prainha pois eu vou lanchar lá." O Álvaro rebateu:"Moron, aquilo alí não é praia, é uma areiazinha que forma em cima de folhas e gravetos e é tudo mole"

Mas não havia quem fizesse o Moron desistir. "Tô falando que é uma prainha e quero comer meu sanduba lá." Enfim, o Álvaro manobrou o barco e encostamos. O Moron com o sanduíche na mão pulou em direção à praia.

Gente !, foi uma atolada que deu gosto de ver, Mas mesmo assim, o espanhol não se fêz de rogado.Desembrulhou o lanche comeu sem comentários, atolado até a cintura. Eu e o Álvaro olhávamos e não podíamos rir.

Terminada a refeição, pulou para cima do barco jogando lama prá todo lado e disse " agora toca essa bosta que acho que vou precisar tomar um banho..."

E ainda dizem que espanhol não é teimoso
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116991   QUEM SABE, SABEMário Augusto Ferreira de AndradeBauru
02/04/2014 - Banespa/Agudos/1982 - Rubens Benázio é eleito prefeito pelo PTB. Toma posse,nomeia seu secretariado e programa uma visita ao ex-presidente Jânio Quadros, à época também filiado ao partido e residente no Guarujá.

Leva consigo o Secretário de Educação do município, Professor Dárcio, meu contemporâneo dos tempos escolares.

Chegam à casa do presidente Jânio e são calorosamente recebidos,convidados a entrar para um reforçado café da manhã.Benázio, sempre observador nota que acima da geladeira existe um grande pôster de Napoleão Bonaparte,naquela pôse característica com a mão direita apertando o estômago.

Conversa vai,conversa vem, e em determinado momento, Jânio vira-se para o Dárcio e diz: "Você como secretário da educação deve ser muito inteligente. Diga-me rapaz, quem foi o maior general da história ?"

Dárcio deu uma titubeada mas o Benázio não perdeu o pique.Deu uma pequena cutucada cmo cotovelo no Dárcio e sussurrou : " a geladeira,a geladeira." E o Dárcio lascou :

GENERAL ELETRIC !!!

Foram convidados à deixar o recinto de imediato...
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116987   JUDIARAM DO TURCOMário Augusto Ferreira de AndradeBauru
02/04/2014 - Banespa - Bauru - anos 60 - Cliente da Ag.chama-se Kairalla Artufh ou coisa parecida.Éra um comerciante árabe muito conhecido e estimado no centro da cidade.Cabelos grisalhos,bigode espesso,parecia bastante com o ator Omar Sharif.

Tinha um problema que chamava a atenção de todos.O homem possuía uma hérnia inguinal enorme,do tamanho de uma bola de vôlei, e embora usasse calças bem folgadas,não passava despercebido .

Um dia, após ouvir várias pessoas,resolveu passar por uma cirurgia a fim de resolver tão desagradável problema.Já estava na sala cirúrgica na Beneficência Portuguesa de Bauru,quando alguns "amigos" compraram uma mortadela pequena,daquelas pesando 1 quilo a 1 quilo e meio e após descascarem-na,colocaram dentro de um vidro de balas,cheio com agua.

Feito isto,colocaram o vidro sobre a mesinha de cabeceira do seu quarto no hospital. Votando da anestesia,Kairalla ainda sonolento,começou a receber visitas de seus amigos. Papo vai,papo vem e de vez em quando o turco olhava para aquele material dentro do vidro.

E não é que em determinado momento,um F D P abre o vidro,mete um garfo na mortadela,tira para fora, e de posse de um canivete vai lascando a bichinha e distribuindo para os presentes à título de tira-gôsto.

O turco vendo aquilo,desesperado, se agitava na cama e dizia :" Não façam isso, é borcaria, é borcaria !!!
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116954   FALTOU À ESCOLAMário Augusto Ferreira de AndradeBauru
31/03/2014 - Nos áureos tempos, decadas de 60/70 , o glorioso Esporte Clube

Noroeste era o orgulho de Bauru,representando a cidade em campeonatos

brasileiros e até participando de jogos no exterior.

Hoje é um arremedo de time e vive de migalhas com

menos de 1.000 associados. Revelou para o futebol grandes nomes como

Lela (campeão brasileiro pelo Coritiba e pai de Alecsandro e Richarlison)

Baroninho,campeão mundial de clubes pelo Flamengo,Toninho Guerreiro,

e muitos outros.

Certo dia, em um bar, na Rua Gerson França esquina com a Duque

o pai de um jogador do Noroeste ao abrir o Jornal

da Cidade, na página de esportes comentou: " Era só o que faltava, já chegou

um filho da puta prá tomar o lugar de meu filho no time; vejam a notícia,ZÉCA

NO NOROESTE !!!.

O pessoal aproximou-se e uma das pessoas disse: Não, fulano. no jornal

está escrito SÊCA NO NORDESTE...
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116946   O bicho pegouMário Augusto Ferreira de AndradeBauru
29/03/2014 - Guarujá-Colonia de Férias 2006 - Fernando Segundo Réa nosso considerado amigo
curtindo uma semana de descanso na nossa excelente colonia, resolveu certo dia
de manhã dar uma volta pelo calçadão da orla.
Ao invés de usar bermudas e chinelo, o Réa foi de calça social,camisa de manga com-
prida e sapatos.
Aproximou-se de uma banca de revistas e com vontade de fazer uma "fézinha" perguntou
onde poderia jogar no bicho. Foi informado sobre um bar algumas quadras adiante e
para lá se locomoveu.
Adentrou ao bar que estava com bastante movimento e vestido daquela maneira,perguntou
em vóz alta : 'É AQUI QUE SE JOGA NO BICHO ? "
Vixe !!! O pessoal vazou, ficando o buteco todo vazio.
Acharam que o homem era delegado de policia e foi aquela correria.
As aparências realmente enganam...
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116894   O SOMBRINHAPéricles de AndradeParaguaçu Paulista/SP
24/03/2014 - Havia um cliente do Banespa muito rico, agiota. Vamos chamá-lo de Lahufe. Era um libanês. Diziam que, antes de ficar rico, fora turco e depois sirio. Gente boa, cliente corretíssimo, embora muito apegado ao dinheiro. Antes de se intalar no interior paulista, morou em São Paulo, capital, e pegou o hábito de não sair de casa sem um guarda-chuva debaixo do braço. Embora aqui no interiorzão não fosse tão necessário, mantinha a mania. O pessoal da cidade, como ele era de poucos amigos, mexia com ele ... Ao passar perto, diziam baixinho, mas pra ele escutar: olha a sombrinha! Ele ficava uma "arara", esbravejava, xingava ... Comprou um "fordão" lindo, um LTD, e só tirava o carro da garagem aos domingos, pra dar umas voltas na cidadezinha. Essas treis letras, marca do carro, ficavam em cima do capô, bem na ponta (frente) do Ford. O povão dizia que ele comprou esse carrão pois o LTD queria dizer: Lahufe Tem Dinheiro. Um belo dia lá vem o Lahufe pra agência, verificar o saldo pra confirmar se o dinheiro dele ainda estava lá. Um colega banespiano está saindo pro almoço e cruza com ele na porta. Não resiste e cai na tentação de cochichar: "olha a sombrinha"! O Lahufe não titubeou ... Sentou o guarda-chuva na cabeça do colega e xingou! Foi uma cena e tanto. Todos da agência presenciaram e riram. Quando o colega voltou do almoço, um outro banespiano chamou-o: Sombrinha! Nunca mais ninguém chamou-o pelo nome. Até hoje, muitos não sabem (não se lembram) o nome dele.
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116893   O BANESPA ERA UMA MÃE Péricles de AndradeParaguaçu Paulista/SP
24/03/2014 - O Gelso, aquele mesmo do "cheque", entra de férias e vai pescar com uns amigos no Mato Grosso.
Ele tinha trinta dias de férias. Passam-se os trinta, e nada do Gelso. Trinta e cinco, quarenta, e nada ...
O gerente, já desesperado, pergunta pros colegas.
Dizem: está pescando no Mato Grosso! Vai até a casa dele e pergunta pra sua esposa.
- Não sei, saiu de férias e foi pescar no Mato Grosso com uns amigos. Vai atrás dos parentes dos amigos e um deles consegue contato, via rádio amador.
- Gelso, diz o gerente, vc tem trinta dias de férias, já deu quarenta e dois!
- Já?, diz o Gelso, passou tão rápido que eu nem percebi. Tá dando muito peixe aqui, vc nem imagina. Pacus, pintados, dourados, só coisa boa!
O Gelso, finalmente volta.
Pra sorte dele, os colegas eram todos amigos, o Banespa uma mãe, e ele pode continuar sua vida no Banespa, até se aposentar!
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116864   Acredite se quiserFaustino.VicenteJundiaí/SP
21/03/2014 - FAUSTINO VICENTE
O título acima tem a sua origem numa série produzida pela televisão norte-americana que, a partir da década de 70, constitui-se num grande sucesso internacional. No Brasil ela foi exibida pela (extinta) Rede Manchete.

O programa era apresentado por Jack Palance (1919-2006), ator que ganhou fama por ter sido indicado ao Oscar, como uma das estrelas do filme Os brutos também amam (1953), mas a estatueta somente veio em 1992, com a comédia Amigos, sempre amigos, aos 73 anos.

Pela TV, ele narrava casos (verdadeiros) incríveis, inusitados, bizarros e muito estranhos, que eram garimpados nos quatro cantos do planeta. Por analogia, vamos relatar fatos do nosso tempo de bancário, décadas de 50 e 60... do século passado, em Jundiaí, em Londrina (PR) onde residimos alguns anos, na sede em São Paulo e em cidades dos vários estados brasileiros por onde tivemos a oportunidade de exercer o cargo de auditor de agências.

Aos 18 anos, uma de nossas atribuições era irmos (diariamente) aos demais bancos da nossa cidade, com a finalidade de sacar os valores dos cheques que havíamos recebido em nossa agência.

Os cheques, que na época tinham credibilidade, eram provenientes de depósitos ou pagamentos de duplicatas, notas promissórias e outros títulos do mercado financeiro. O funcionário-caixa fazia uma relação dos cheques, identificando cada um dos nossos concorrentes e, em dupla, íamos com uma bolsa enorme receber elevadas quantias de dinheiro, que eram contadas na presença de todos os clientes, sem que tivéssemos a mínima preocupação com um provável assalto.

Diga-se de passagem, que esse procedimento era habitual, eficaz e seguro, pois ainda não tinham inventado a famosa "saidinha de banco". Quando alguma agência precisava de numerário, e como não havia o hoje conhecido serviço prestado pelos "carros fortes", colocava-se o valor solicitado em malas, apanhava-se um táxi em São Paulo e ia-se direto para a estação da Luz. Tomava-se o trem e, tranquilamente, viajava-se por centenas de quilômetros.

Esse procedimento era padrão também entre as agências do interior, das cidades brasileiras. Encerramos com o célebre bordão, com que o Jack Palance (Vladimir Palahniuk Lattimer Mines) se despedia do programa...acredite se quiser.

* FAUSTINO VICENTE é Consultor de Empresas e de Órgãos Públicos, professor e advogado - e-mail: faustino.vicente@uol.com.br - Jundiaí.
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116627   Como vai o senhor?Lauro Ribas RolimItapetininga/SP
17/02/2014 - Agência de Rio Claro/SP - 1989

Em novembro de 1989, após o expediente (16 hs) eu e o Edmar saímos para visitar clientes no comércio central.

Entramos numa loja mais ou menos às 17 hs – horário de verão, com o sol de encontro e a vista meio ofuscada.

O Edmar já foi cumprimentando as pessoas da loja, pronto para entregar o cartão de visitas, enquanto o Proprietário dava uma bela gargalhada. Foi quando notamos que ali na frente estavam 3 manequins, muito bem vestidos por sinal e os funcionários rindo mais ao fundo.
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116616   Quem é o cliente?Luiz Carlos BenattiTaquaritinga/SP
16/02/2014 - Chegou na Agência o Carlinhos- transferido de uma cidade vizinha. Escriturário, funcionário exemplar, muito atencioso.
Gostava de atender todos os clientes, chamando-os pelo nome.
Chega na Agência um cliente que o Carlinhos ainda não conhecia.
Como gostava de atender chamando o cliente pelo nome, foi até o chefe da seção, que já sabia do hábito do funcionário, e disse:- sem olhar, como é o nome daquele cliente? O chefe respondeu:- não sei.
O Carlinhos foi, atendeu o cliente com a atenção que lhe era peculiar. É claro que o cliente saiu muito satisfeito.
Quando o mesmo saiu da agência, o chefe da seção chamou o Carlinhos e disse: Aquele cliente que você acaba de atender é o Fulano de tal,..... a conta dele é numeno tal..... ele é dono da empresa tal....... e mora na rua tal (enfim, deu todos os detalhes).
O Carlinhos disse:- e porque o Sr. disse que não sabia?
Ora, porque você me pediu, para sem olhar, dizer o nome dele, e sem olhar eu não sabia quem era........
Luiz Carlos - Aposentado da Ag. Taquaritinga desde 1993
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116607   NUM Tô ENTENDENDO DIREITOMário Augusto Ferreira de AndradeBauru
15/02/2014 - Banespa/Jaú- ano 1978 - Trabalhava na Agência desde 1974 como subchefe de serviço e nunca escondi minha vontade de seguir carreira no Banco.
De vêz em quando , enviada um cartão me candidatando a várias praças, e nada...
Certo dia, recebo um telefonema da GR-14- Bauru e o regional,nosso considerado José Telles Ranzani me disse o seguinte:
"Mario, você sabe que para ser promovido a Chefe de Serviço é necessário participar de um processo seletivo."
Declarei estar ciente disso.
e o Ranzani:" Pois bem, há casos em que nomeamos o funcionário e ele depois participa do processo, apenas para regularização. Você se interessa em ser chefe de serviço em URU ?"
E eu= "Sêo Ranzani, o telefone está meio ruim, e eu não entendi direito.O senhor ofereceu Urú ou BA URU ? O Ranzani caiu na gargalhada e eu fiquei mais uns tempos em Jahu."
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116583   GELSO, CADÊ O CHEQUE? Péricles de AndradeParaguaçu Paulista/SP
14/02/2014 - Gelso era um banespiano que gostava de levar vantagem (lei de Gerson) e sabia como fazê-lo. Era um contínuo, e, logo cedo, abria o malote e separava a correspondência, isso no início dos anos 70. Naque tempo a compensação era uma "loucura". Se o cheque era de uma praça distante, "Deus nos acuda", levava mais de mês pra compensar. Se não me engano, era Departamentos no país, RESER-compensação nacional, Outras praças, e o "escambau".

Ele trabalhava em uma agência a cerca de 500 Km da capital. Ia pra SP, comprava na Sta Ephigênia o que mais gostava, da última geração, aparelhos de som e quetais, pagando com cheque. Quando o cheque chegava pelo malote, tirava o seu e guardava bem guardado num armário que só ele sabia. Ele aproveitava bem o seu aparelho ou pertences e depois vendia na praça por um bom preço. Então, era só buscar outros novos nas Sta Ephigênia. Depois de um bom tempo vinha uma CI da agência depositária, cobrando (pedindo informações sobre o ch). Aí, logo cedo, o gerente gritava: Gelso, o cheque! Todo mundo já sabia, lá ia o Gelso pro seu "esconderijo".
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116559   ESCOLHA EQUIVOCADA Mário Augusto Ferreira de AndradeBauru
12/02/2014 - "Adger/Audit,: Meados de março/1992,já se preparando psicologicamente para a aposentadoria no fim do mês,fomos
chamados pela Chefia para escolhermos qual a praça que
deveríamos fazer nossa última inspeção.

O sabidão aqui, escolheu a Ag.Ribeirão Preto-Centro e PQP,
trabalhei como um condenado para poder fechar o relatório.
Agência pesadíssima ,precisei trabalhar até à noite em virtude
da exiguidade do tempo.

Hoje,acho que deveria ter escolhido Rio Claro,agência onde
iniciei meus trabalhos no Banespa e da qual guardo exelentes
memórias. Fecharia o meu ciclo no Banco, onde iniciei.

Quando a cabeça não pensa o corpo padece...
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116545   E AGORA, BODINHO, CADÊ MEUS CABRITOS?Péricles de AndradeParaguaçu Paulista/SP
11/02/2014 - Havia na agência um contínuo, depois escriturário, caixa, um japonês baixinho, muito simpático, amável e prestativo, não sabia dizer "não" pra ninguém. Chamava-se Tadashi, hoje habitando nas moradas celestiais, que Deus o tenha, e não se im portava como os inúmeros apelidos que os colegas lhe "homenageavam" - "pé branco", "nani", "bodinho" e outros -. Certo dia, o gerente lhe chama e diz: "pé", amanhã, sábado, você vai até a minha chácara e conserta o curral das minhas cabras. Tá aqui as tábuas, pregos e o martelo. Faz um trabalho caprichado pois estou cansado de ir atrás delas, quebram todas as cercas. Chega a segunda-feira cedo e, mal o japonês adentra a agência, o gerente grita: "bodinho" f.d.p., assina o ponto, volta pra chácara e não volta até achar todas as cabras, bodes e cabritinhos e bater os pregos nas tábuas nos palanques, do lado de dentro do curral pra fora!
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116544   IRMÃ DULCE Péricles de AndradeParaguaçu Paulista/SP
11/02/2014 - Um contínuo novato, lá pelos anos 70, recebe a tarefa de entregar a correspondência pra uma cliente. Como esta era muito conhecida na cidade, o envelope só continha seu nome. Pega o dito cujo e segue. Percebe, no meio do caminho, a falta de endereço. Ah, mas tá fácil!, murmura, deve ser do Hospital. Chegando lá pergunta pela Irmã Dulce. Dizem: não tem nenhuma irmã Dulce aqui. As irmãs aqui são Doralice, Maria e Ana. Não desanimado, segue até o Lar dos Velhinhos, e, nada. Segue pro Lar das Crianças, idem. Agora, já desanimado, volta pra agência e chega esbravejando pro chefe: como é que vocês me fazem andar tanto pra entregar uma correspondência pra uma cliente que não existe? O chefe pega o envelope, olha sorridente pra ele e diz: então você não conhece a sra. Irma Dulce de Las Vegas, gerente da Caixa Econômica Estadual, há tanto tempo?
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116543   O QUE HOUVE AÍ?Péricles de AndradeParaguaçu Paulista/SP
11/02/2014 - Um colega do Banespa, vamos chamá-lo de "Aldair" antes de se tornar banespiano, fazia um bico de radialista na Rádio da cidade. Num domingo, foi escalado pra ser repórter esportivo dum jogo de futebol da região. O locutor era outro jovem, mais tarde Oficial de Justiça, que também fazia bicos na Rádio. Lá pelas tantas, num lance pra lá de complicado, o locutor grita: c... de boi na área! O que houve aí Aldair? - Ouve a Rádio Clube Marconi de Paraguaçu Paulista! Dizem que os dois foram desescalados pra jornadas esportivas. Os dois, até hoje, dizem que é mentira!
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116542   O TOMBOJonalvo Vieira MarquesUberlândia/MG
11/02/2014 - No sítio de meu pai, perto do córrego, havia um bosque de jabuticabeiras antigas, muito altas, que produziam jabuticabas deliciosas. No seu interior, o frescor da sombra, o cantar dos pássaros, os enigmas do passado, faziam dele um lugar muito aprazível e meio misterioso. Éramos seis amigos e, num domingo, resolvemos ir ao sítio, que ficava só a 4 km do centro da cidade de Araguari-MG, para chupar jabuticabas. Fomos a pé. Nessa época a gente ainda vivia a felicidade descrita nos “Meus Oito Anos”, do Casimiro de Abreu. Havia só uma diferença: o nosso mar era o córrego. Depois da alegre caminhada, chegamos. Que maravilha: as jabuticabas, limpas, graúdas e bonitas, se ofereciam em grande quantidade, desde a altura dos joelhos até as copas das árvores. Se quiséssemos, podíamos encher a barriga em pouco tempo, ali, do chão mesmo. Mas o charme, o supra-sumo da felicidade e da coragem era subir até a copa e pegar como troféus as maiores jabuticabas do pé. O Joãozinho, o mais velho e líder da turma, meio exagerado e já nas alturas, num desafio, falou pra todo mundo ouvir: acabo de chupar uma do tamanho de um ovo. Nisso, o Gilberto, querendo vencer o líder, respondeu: duvido que seu ovo seja maior que o meu. Foi aí que aconteceu a tragédia: ao esticar o braço para colher o seu troféu, o galho cedeu, o Gilberto escorregou e despencou lá de cima. Na queda, foi batendo nos galhos abaixo e, quando ainda faltavam uns três metros pra chegar ao chão, desceu em queda livre e bateu de costas numa vala, cheia de folhas das jabuticabeiras, fazendo um pequeno estrondo balofo. Descemos todos, cada um de sua árvore e corremos até onde estava o Gilberto, que gemia. Foi o Joãozinho quem quebrou o silêncio: machucou, Gilberto? Ao que ele, a custo, respondeu: “num mexe comigo não gente, que tô sem fala”...
JM – 09/07/2012.
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116401   VISTORIAS AGRÍCOLASMário Augusto Ferreira de AndradeBauru
01/02/2014 - Houve um tempo que a Carteira Agrícola do Banco do Estado de S.Paulo não possuía ainda um quadro de agrônomos. Então,eram contratados pessoas com conhecimento da área agropecuária,mas às vezes sem preparo escolar e
com dificuldades de elaborar laudos técnicos.Utilizavam seu conhecimento diário.Abaixo,algumas pérolas desses \"fiscais\"
- Visitamos um açude no fundo da fazenda e após longos e demorados estudos constatamos que o mesmo estava vazio;
- Era uma ribanceira tão ribanceada que se eu estivesse à cavalo e o cavalo escorregasse,adeus fiscal...
- o mutuário faleceu mas a viúva continua com o negócio aberto;
- O forte calor e raios solares danificaram o plantio.Se o Astro Rei fosse mais brando seria um sucesso...
- Após uma cópula volupotuosa o reprodutor fraturou o pênis, havendo necessidade de sacrificá-lo;
- O rebanho suíno reduziu-se apenas à um cachaço,uma marroa e quatro bacorinhos...
- os anexos seguem em separado;
- o mutuário brigou com a mulher, vendeu o colchão e foi prá Jundiaí...
- o bezerro não foi apartado,mamou tanto que morreu de caganeira...

E por aí afora
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