Certo dia, o fósforo disse para a vela:
– Hoje te acenderei!
– Ah não - disse a vela. Você não percebe que se me acender, meus dias estarão contados? Não faça uma maldade dessa...
– Então você quer permanecer toda a sua vida assim? Dura, fria e sem nunca ter brilhado? - perguntou o fósforo.
– Mas ter que me queimar? Isso dói demais e consome todas as minhas forças - murmurou a vela.
Então respondeu o fósforo:
– Tem toda razão! Mas essa é a nossa missão. Tu e eu fomos feitos para ser luz. O que eu, apenas como fósforo, posso fazer, é muito pouco. Minha chama é pequena e curta. Mas, se passo a minha chama para ti, cumprirei com o sentido de minha vida. Eu fui feito justamente para isso: para começar o fogo. Já você é a vela. Tua missão é brilhar. Toda tua dor e energia se transformará em luz e calor por um bom tempo.
Ouvindo isso, a vela olhou para o fósforo, que já estava no final da sua chama, e disse:
– Por favor, acende-me.
E assim produziu uma linda chama.
Costumo dizer que um grande passo para a felicidade ocorre quando descobrimos qual é a nossa missão ou chamado nessa terra. Saber quem você é e qual a sua missão constitui ingrediente necessário para uma vida feliz e abençoada.
Mas nem sempre conseguimos cumprir esse chamado. Assim como a vela, às vezes, é necessário passar por experiências ruins, experimentar a dor e sofrimento para que o melhor que temos seja oferecido e que possamos ser luz. E a verdade é que mar calmo não faz bons navegadores. Os melhores são forjados nas águas agitadas.
Então, se tiver que passar pela experiência da vela, lembre-se que espalhar o Amor é o combustível que nos mantém acesos. Quanto mais você se alimentar dele, mais crescerá.
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Nº 123986 - enviada por Denise Bannwart Campello - Juiz de Fora/MG/ em 25/07/2016 | | |