O Zezinho era um cara muito falador e muito conhecido na cidadezinha mineira onde vivia.
— E não só aqui, dizia ele. — Sou conhecido no mundo todo. Não tem canto que eu vá que não encontre um conhecido.
Uma vez, o Zezinho viajou para a Europa com o Luiz, seu amigo. Para surpresa do Luiz, em todo lugar o Zezinho encontrava um conhecido. Um dia chegaram a Roma e foram ao Vaticano. Era dia da bênção do Papa e a Praça São Pedro estava lotada.
— Espere aqui que eu vou ver se consigo que o Papa nos receba — disse o Zezinho e sumiu.
O Luiz ficou de bobeira até que olhando para a sacada onde o Papa falava viu aparecer o Zezinho, que colocou uma mão no ombro do Papa e acenou para o povão. Na praça, várias pessoas acenaram de volta.
— Você conhece aquele homem ali na sacada? — perguntou Luiz para o cara junto dele, que também tinha acenado.
— Que homem? Aquele ali junto do Zezinho?
Em um ônibus que passava por Minas, com destino ao Rio de Janeiro, entrou um caipira com três porcos a tira-colo. Um carioca gozador que estava sentado bem na frente resolveu tirar uma com o caipira:
— E aí, rapá! Levando os porquinhos para passear, cumpadi?
— É, sô! Os bichim nunca viro o mar, né!
— Só! — respondeu o carioca, em tom de deboche — E esses "bichim" tem nome?
— Tem sim sinhô... Essas duas aqui são fêmea... Elas se chamam Suatia e Suavó!
— Ah, é? — continuou o carioca — E essa aqui, deve ser Suamãe, acertei?
— Não, sô... Esse é macho! Chama Seupai... Suamãe eu comi ontem!   - Visite www.apdobanespa.com
Nº 118050 - enviada por Neusa de Almeida Barros - Taubaté/ em 17/07/2014 | | |