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A diverticulose constitui-se da presença dos divertículos (pequenos sacos) na parede do intestino grosso, que podem atingi-lo como um todo, ou, frequentemente em uma parte chamada sigmóide. Os divertículos são mais comuns em pessoas mais velhas, dessa forma, estima-se que aos 50 anos de idade metade da população, entre homens e mulheres, apresentem essa condição, como aos 80 anos praticamente todos tenham. Os pacientes portadores de diverticulose geralmente não apresentam sintomas. Quando sintomas como dor abdominal, mudança no hábito intestinal, náuseas, vômitos e distúrbios urinários passam a estar presentes, dizemos que o indíviduo passa a apresentar a doença diverticular. Entretanto, essa complicação só ocorre com uma pequena parcela de portadores de divertículose. A doença diverticular também pode progredir em alguns pacientes, levando à infecção nos divertículos, o que é chamado de diverticulite. Os sintomas dessa complicação geralmente são febre, mal estar geral, dor abdominal constante e parada do funcionamento do intestino, devendo o paciente procurar atendimento médico imediatamente. Estima-se que entre 10% e 25% dos indivíduos com diverticulose evoluirão com diverticulite. Mesmo com a presença de sintomas semelhantes, os divertículos não tem relação direta com o câncer de intestino. Os pacientes que apresentam os sintomas devem ser avaliados para confirmação diagnóstica e identificação das complicações. A avaliação é realizada por meio de exames laboratoriais, como os de sangue, fezes e urina; de exames radiológicos, como o clister opaco e a tomografia computadorizada; e da colonoscopia. O tratamento da diverticulite aguda sem complicações é clínico e realizado de forma ambulatorial por meio de recomendação de dieta rica em fibras (legumes, verduras, frutas e grãos) e prescrição médica de antibióticos orais ou analgésicos, caso seja necessário. O sucesso do tratamento clínico chega a 85%. Entretanto, existem casos em que o tratamento ambulatorial falha ou não é possível de ser realizado. Nesta situação, os pacientes podem ser internados para utilização de antibióticos por via venosa. O tratamento cirúrgico é indicado para casos mais graves que não melhoram com o tratamento clínico e que apresentam complicações, como formação de abcesso ou peritonite (infecção grave no abdômen), necessitando de cirurgia de emergência. As complicações da doença diverticular podem ser evitadas com a adoção de hábitos de vida saudáveis, como a prática de exercícios físicos regulares, dieta balanceada rica em fibras e pobre em gorduras, manutenção do peso adequado, não fumar, ter uma boa hidratação e hábito intestinal regular, evitando a constipação. Publicado em 30 maio, 2014 - CABESP |
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