Bancários de São Paulo aprovam continuidade da greve; movimento se amplia nos bairros



            Em assembléia, realizada no final da tarde de ontem, os bancários de São Paulo decidiram por unanimidade pela continuidade da greve. Aprovaram também a realização nesta sexta-feira, 17, de uma passeata na Av. Paulista, com concentração às 14 horas em frente ao Masp.

De acordo com os informes passados pelo Sindicato, a greve foi ampliada nos bairros da capital paulista e em Osasco. “Estamos consolidando o movimento no BB e CEF e ampliando nos bancos privados”, relatou o presidente, Luiz Cláudio Marcolino.

Os sindicalistas denunciaram a postura do Banco do Brasil, CEF e Bradesco, que chamaram a polícia para reprimir os trabalhadores em algumas unidades. “Tivemos alguns problemas com o interdito proibitório (liminar da Justiça que restringe a realização do piquete na porta dos bancos), mas, apesar disso, a greve cresceu”, acrescentou Marcolino.

Um dos momentos mais aplaudidos da assembléia foi quando uma dirigente sindical da regional Centro conclamou os presentes a continuarem resistindo à pressão e ampliarem a luta. “O interdito é para garantir a posse da propriedade, mas trabalhador não é propriedade de banqueiro!”

Assembléia hoje às 14 horas – Os bancários realizam nova assembléia nesta sexta-feira, 17, em frente ao Masp. Em seguida, saem em passeata pela Av. Paulista. “É importante a participação de todos, pois a atividade tem por objetivo dar visibilidade à nossa greve”, explica Aparecido Sério da Silva, presidente da Afubesp.

3.º dia de greve – Nesta manhã, as unidades bancárias do Centro de São Paulo, incluindo o edifício-sede e a agência Matriz do Santander Banespa, continuam paralisadas. Nas demais regionais, o movimento também ganha força. Na assembléia da tarde, o Sindicato deve apresentar novo balanço das paralisações.

Fonte: Airton Goes – Afubesp

 




095-17/09/2004
Lene


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