As agências do Itaú, Bradesco e Unibanco da Avenida Paulista
permanecerão fechadas até as 12 horas em protesto contra o cancelamento da
rodada de negociação que deveria acontecer esta semana. Na última reunião,
realizada em 29/8, os representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban)
comprometeram-se a apresentar uma proposta às cláusulas econômicas da minuta de
reivindicações. Mas, na sexta-feira, a reunião foi desmarcada por contato
telefônico.
Além das 25 agências que abrirão mais tarde, participaram do
dia de protesto em São Paulo os bancários do Safra e do Banco do Brasil: ao
todo, a atividade abrangeu cerca de 3.500 trabalhadores na avenida Paulista. Às
9h30, foi realizada assembléia em frente ao banco Safra, onde foram
debatidos os próximos passos da campanha nacional dos bancários.
"Os banqueiros estão levando a campanha ao impasse. Nossa
data-base é 1º de setembro e até agora não temos sequer uma proposta", afirma o
presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz
Cláudio Marcolino. "Estamos debatendo com os trabalhadores em todo o Brasil e,
se a Fenaban não negociar, os bancários podem parar em breve."
Outras atividades devem acontecer nos próximos dias. Na
quarta-feira, dia 6, os bancários participam do Dia de Solidariedade aos
metalúrgicos do ABC.
"Estamos mudando a dinâmica da campanha. Prevalece o
bom-humor característico das campanhas dos bancários, mas agora junto ao tema
"primavera, estação de luta", estamos escancarando o sentimento que a sociedade
nutre pelos banqueiros", conta Marcolino, referindo-se aos cartazes espalhados
pela cidade, que trazem uma barata e a frase: "Que nojo, banqueiro é igual
barata, ninguém gosta! E se não negociar, os bancários vão pisar".
Fonte: Seeb SP
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