Aumenta adesão à greve dos bancários; bancos públicos são a maioria



SÃO PAULO -A greve dos bancários que atingia, ontem, quatro capitais brasileiras, ganhou hoje novas adesões, que agora atingem capitais e municípios do interior.

De acordo com as informações do da Confederação Nacional dos Bancários, no Rio Grande do Norte a paralisação atinge 95% dos bancos públicos e 30% dos bancos privados. Em Porto Alegre, cerca de metade dos bancos federais está fechados e, em Curitiba, a greve atinge agências do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Além disso, a cidade de Umuarama, no interior do Paraná, também aderiu à paralisação. Em Cuiabá, capital do Mato Grosso, e no estado de Rondônia bancários estão realizando uma paralisação de 24 horas.

Sempre de acordo com o sindicato, no estado de São Paulo, a paralisação atinge agora agências bancárias de municípios de Osasco e região, além de Santos, Mogi das Cruzes, Bauru, Presidente Prudente e Tupã. Além disso, outras agências funcionam normalmente, mas os funcionários exibem formas de protesto como adesivos e broches nas roupas.

No Rio de Janeiro, cerca de 90% das agências do centro da capital estão paralisadas e no interior o protesto atinge, além de cidades da baixada fluminense, Três Rios, Campos Goytacazes, Teresópolis, Itaperuna, Macaé e Niterói. Em Brasília, a adesão é de 90% dos bancos federais e cresce na Caixa e nos bancos privados, onde todas as agências da Asa Norte, SCS, Conjunto Nacional e Gama estão fechadas. Em Florianópolis todas as agências do Banco do Brasil e da Caixa estão em greve e 60% dos bancos privados estão paralisados. As cidades catarinenses de Concórdia e Chapecó também aderiram à greve.

A categoria reivindica, entre outras coisas, um aumento real de salário de 17,68%, totalizando um percentual de 25%. Querem também mudança no critério de pagamento de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e o 13º salário em tíquete alimentação, piso salarial baseado no salário mínimo previsto pelo Dieese (R$ 1.522,01). Já a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) propõe reajuste de 8,5% e mais R$ 30,00 fixos para funcionários que recebam salários de até R$ 1.500. Além disso, a federação oferece PLR de 80% do salário mais um valor fixo de R$ 705 e o pagamento da 13ª cesta alimentação. Não foi marcada nenhuma nova rodada de negociações entre a Fenaban e os sindicatos da categoria. Hoje ocorrem assembléias na maioria das capitais que podem aderir ao movimento a partir de amanhã.

 Carolina Marcondes | Valor Online





091-16/09/2004
Lene


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