PROTESTO TEM FUNDO POLÍTICO, DIZ SINDICATO | |
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Para a direção do Sindicato dos Bancários de São Paulo (CUT), a paralisação dos bancários da capital teve motivação política. Na última segunda-feira, o PSTU utilizou parte do horário destinado à propaganda eleitoral para convocar os bancários a recusarem a proposta de acordo salarial negociada entre sindicalistas e representantes dos bancos. "O PSTU aproveitou um espaço eleitoral para fazer uma disputa sindical. Apresentamos uma proposta clara, fruto de uma negociação e que previa aumento real", disse o presidente do sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, que pertence à corrente Articulação Sindical, majoritária no comando do sindicato. Dos 88 diretores da entidade, 78 pertencem a essa tendência. Os demais são da oposição - correntes ligadas ao PSTU e à esquerda do PT. "Nós usamos
o nosso espaço para divulgar a campanha salarial dos bancários e defender o
salário dos trabalhadores. Não defendemos a proposta porque esse é o setor que
mais lucra no país. Desde 1994, o lucro dos bancos cresceu mais de 1.000%,
enquanto os salários foram sendo achatados", diz Dirceu Travesso, diretor do
sindicato e candidato do PSTU à Prefeitura de São Paulo. "Não imaginava que
vinte e poucos segundos fariam tanto
estrago.
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