São Paulo 06/07/2006 – Quando o Santander Banespa anunciou que gastaria US$ 100 milhões com os jogadores de futebol da seleção brasileira, o Sindicato questionou a estratégia, pois a aposta da entidade era simples: só a prata-da-casa teria raça suficiente para mostrar o brilho do banco.
A Copa do Mundo pode servir de exemplo. Em qualquer time há o famoso “carregador de piano” aquele que pouco aparece para a torcida, mas que faz o time jogar bem e bonito. No Santander Banespa, esse jogador foi colocado no banco de reservas, e a motivação de todos, saiu em escanteio.
“Ao errar em não investir em seus funcionários, só restou a deprimente imagem do banco retirando toda sua campanha de mídia. Diversos jornais informaram que a ordem para isso já foi dada. Agora o banco quer desvincular sua imagem de ‘melhor banco do mundo’ dos jogadores que não souberam atuar em conjunto”, lembra a diretora do Sindicato Rita Berlofa.
Como o Sindicato alertava, só o funcionário, respeitado em seus plenos direitos é capaz de levantar a imagem de uma instituição. Isso, sem gastar mais de 100 milhões de dólares.
Agora, como na seleção brasileira, é preciso eliminar problemas que só afetam o conjunto: assédio moral, demissões, metas abusivas, trabalho em excesso, desrespeito à jornada de trabalho, entre tantos outros.
“O melhor investimento de marketing que se pode fazer é dar condições dignas de trabalho e vida a seus funcionários. Isso com certeza não traz nenhum perigo ou prejuízo”, diz Rita.
Desafio – Em 2007, o banco terá um grande desafio pela frente, já que de acordo com a constituição estadual, todas as contas dos funcionários públicos devem ficar no banco do Estado, no caso, a Nossa Caixa.
“Conquistar o cliente é como no futebol, precisa de garra e união para fidelizar o cliente. E quem faz isso é o bancário, que está no dia a dia da agência, não garotos-propaganda”, diz Rita.
Fonte: Sindicato dos Bancários
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