Os bancários voltaram a lotar a Galeria dos Empregados do Comércio, ontem, no Centro do Rio, para uma nova assembléia que avaliou as paralisações e aprovou a manutenção da greve por tempo indeterminado. Segundo os diretores do Sindicato, o movimento atingiu seu objetivo.

 
        "Os bancários deixaram claro que só com uma greve forte, fruto de muita mobilização, é possível conquistar nossas reivindicações. Um dado importante é que percebemos, desta vez, uma maior participação dos companheiros dos bancos privados, o que revela o sucesso da Campanha Salarial Unificada", comenta o diretor Sérgio Menezes.

          O Sindicato avalia que cerca de 90% das unidades do Centro não funcionaram ontem (15) e que, durante todo o dia, cresceu o número de bancários na greve. Além da paralisação do centro financeiro do Rio de Janeiro, a maioria das agências dos bairros, contou com a adesão de 50%.

O movimento pelo país:

            Em São Paulo, os bancários também decidiram manter a greve. Ontem, o movimento foi forte na capital paulista, com fechamento de agências do centro velho e prédios administrativos.

            Brasília parou 90% das agências do BB e 80% das unidades da CEF, inclusive nas cidades satélites, que nunca paralisaram.

            Santa Catarina parou 100% do BB e da CEF e a maioria dos bancos privados. Nessas praças a greve continua por tempo indeterminado.

            Juiz de Fora (MG) e Campina Grande (PB) decretaram greve por tempo indeterminado a partir do dia 21.

            Campos (RJ) entra em greve hoje. Os sindicatos que marcaram assembléias para o dia 20 anteciparam a decisão de greve para hoje (16).