O Sindicato, cada Sindicato, é um órgão único, autônomo, como cada um
de nós. Não é como o boi, que jungido a outros bois por correias e correntes,
segue o caminho que lhe indica o carreiro.
E exerce esta autonomia por meio das Assembléias, que sendo também
autônomas, são acima disso, soberanas. Decidem por si próprias, como nós,
de acordo com as necessidades e possibilidades.
Foi exercendo a autonomia que o Sindicato de Juiz de Fora, em setembro
de 2004 realizou uma Assembléia Geral dos bancários, à qual os banespianos
(nós!) comparecemos em peso, formando a maioria. E o plenário, por
unanimidade, com os votos de todos os banespianos presentes, aprovou a
assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho de 2004 e aprovou os demais
pontos da pauta.
Posteriormente, em novembro, provocado por uma proposta de Acordo
Coletivo, o Sindicato realizou nova Assembléia Geral, desta vez dos
banespianos. Mais uma vez os banespianos comparecemos em peso.
A Assembléia decidiu por grande maioria rejeitar o acordo proposto pelo
banco.
Acatando a decisão soberana da Assembléia, o Sindicato de Juiz de Fora
não aderiu ao acordo. Mas o banco, que acha que pode tudo, deu uma
banana para o Sindicato e para os banespianos. Aplicou indiscriminadamente
o acordo, ignorando a CCT que já fora assinada pelo Sindicato de Juiz de
Fora.
Hoje estamos aqui para por fim a esse desapego de um banco estrangeiro
às leis brasileiras. Estamos aqui para autorizar o Sindicato a iniciar ações de
cumprimento das Convenções Coletivas de Trabalho de 2004 (quando
expressamente a Assembléia primeiro aprovou a Convenção Coletiva e depois
rejeitou o Acordo), e de 2005, quando só houve a Assembléia da Convenção
Coletiva.
E é o que vamos fazer para impedir que o Santander Banespa continue a
desrespeitar seus empregados, da ativa e aposentados e pensionistas. Para
impedir que continuem sendo reduzidos os salários dos colegas da ativa e as
complementações dos aposentados e pensionistas.
Fonte: Afaban JF
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