Vamos levantar a cabeça


Caros colegas:


Estou enviando esta mensagem a todos que constam do meu catálogo de endereços, inclusive nossas entidades representativas e grupos dos quais participo.

O motivo é que tenho sentido em contatos pessoais com aposentados e pensionistas e em mensagens de vários deles um certo desânimo e, em alguns casos, até mesmo desespero.

É claro que nossa situação não é nem um pouco confortável, pois estamos novamente às voltas com uma negociação de acordo coletivo e o momento é crítico, bastando ver as “ofertas” que o banco nos fez.

Ainda deve estar angustiando muitos colegas a simples lembrança do acordo 2001 e nesses é que mais se aflora a desesperança.

Mas, analisemos: a situação hoje é outra, a reunião de 9 do corrente das Afabans com a Afubesp, Afabesp, Comando Nacional dos Aposentados e Comissão de Empresas demonstrou claramente isso e, mais ainda, mostrou que nossas entidades estão todas unidas em busca dos mesmos objetivos e cabe a todos nós depositarmos nelas a nossa confiança.

Temos que acreditar que a Comissão de Empresas e os Sindicatos respeitarão nossas vontades expressas por unanimidade por aqueles que ali estavam representando todos os aposentados e pensionistas.

Ou alguém ainda acredita que com todas essas entidades reunidas ficou qualquer aposentado ou pensionista sem representação de sua posição por intermédio de nós que estávamos presentes?

Por pior que esteja a situação individual de cada um de nós, não serão essas migalhas que o banco oferece que irão resolver nossos problemas.

Quem está com alguma dívida, pode até resolvê-la de imediato, se achar que deve aceitar uma proposta do banco, mas dentro de muito pouco tempo estará novamente em desespero e, sem abono-aposentadoria se aderir ao “PDV” para aposentados, pois a tal reserva matemática já está bastante corroída pela inflação desde janeiro de 2000.

Da mesma forma, quem migrar para o Fundo “obscuro”, receberá um abono insignificante e terá que abrir mão de valores muito maiores, justamente o que interessa ao banco para eliminar o passivo trabalhista; aí o abono some e não se poderá pleitear mais nada, pois terá sido dada total quitação de nossos direitos.

Neste momento, temos que esquecer de 2001 e não podemos ficar enxergando “bruxarias” para sempre em tudo o que pode nos acontecer, senão é claro que entraremos em desespero, exatamente o que interessa ao Banco.

O momento é de luta. Vamos à luta.

O desânimo e o desespero só nos conduzem a piorarmos nossas vidas.

Vamos levantar nossas cabeças, vamos ser otimistas, vamos dar o nosso voto de confiança aos nossos representantes e acreditar que mais cedo ou mais tarde seremos vitoriosos, receberemos nossos direitos e teremos mantido nossa altivez e nossa dignidade que sempre marcaram não só nossas vidas profissionais como banespianos mas também nossas vidas pessoais.

Vamos espalhar otimismo a todos os colegas aposentados ou pensionistas que conhecemos.
Um abraço a todos. Ademar Vanini



080-14/09/2004
Ademar Vanini


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