Força reage e exige manutenção de teto do IRPF em 25%


São Paulo - O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, reagiu à informação de que os ministérios da Fazenda e do Planejamento pretendem manter a alíquota de 27,5% da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) no próximo ano, apesar de Orçamento de 2006 indicar que a alíquota máxima do Imposto seria de 25%.

O presidente da segunda maior central de trabalhadores do País disse que o retorno para 25% da alíquota máxima do Imposto é uma reivindicação antiga da central e, por isso, os sindicalistas não aceitarão que o governo "volte atrás" e exigirão a manutenção dos valores previstos no Orçamento.

"Pior do que não dar um presente para uma criança é dar e, depois, tomar de volta. Esperamos por muito tempo a volta da alíquota máxima para 25% e não podemos aceitar um retrocesso do governo neste momento", disse Paulinho à Agência Estado. "Vamos fazer barulho, vamos para as ruas, mas não aceitaremos que o governo mantenha a política de apropriação do salário do trabalhador", complementou.

Demora na correção da tabela

A irritação do sindicalista é potencializada pela demora do governo em negociar uma correção da tabela do IRPF para o próximo ano. De acordo com Paulinho, no ano passado, quando corrigiu a tabela do IRPF em 10%, o governo federal teria assumido o compromisso de promover um novo reajuste este ano, com o índice referente à inflação total registrada durante a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na segunda-feira passada, durante encontro na sede da Força Sindical, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, garantiu que a tabela será corrigida este ano, mas preferiu não detalhar em quanto o reajuste está em estudo.

"Cobraremos esta fatura do governo e, no nosso entendimento, em princípio, imaginamos um reajuste da tabela na casa de 13%. Também ficaremos atentos à correção dos valores de dedução do Imposto, outro direito dos contribuintes e que desde o governo Fernando Henrique Cardoso tem sido esquecido ou deixado de lado", afirmou.

Fonte: Estadão


793 - 10/09/2005
Celeste Viana

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