A maior parte das categorias de trabalhadores cujas negociações salariais - referentes ao primeiro semestre - foram analisadas pelo Dieese conseguiu reajustes iguais ou superiores à inflação acumulada dos últimos 12 meses - para cada data-base. De acordo com o estudo divulgado hoje, 84% dos 347 casos examinados tiveram aumento que igualou ou ultrapassou o acumulado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

O resultado supera o patamar até então recorde apresentado no primeiro semestre de 2004, quando esse percentual atingiu 76% dos documentos cadastrados, mas é inferior aos seis meses anteriores quando 90% dos reajustes foram iguais ou superiores à inflação calculada pelo IBGE.

Das categorias analisadas, 65,7% obtiveram reajuste acima do INPC . Foram 228 negociações nessa situação. No entanto, em 100 negociações o reajuste ficou entre 0,01% a 1% acima do INPC .

Outros 17,9% conseguiram a recomposição das perdas, sem aumento real. E os 16,4% restantes tiveram alta salarial inferior à inflação acumulada nos últimos 12 meses.

Quanto aos setores: os acordo no ramo industrial acima do INPC somaram 77,9% (11% abaixo e 11% iguais). O comércio teve 72,5% dos reajustes acima da inflação e 10% iguais. Já o setor de serviços apresentou 53,1% dos acordos acima do INPC, 22,8% abaixo e 24,1% em linha com a inflação.

Os acordos parcelados no primeiro semestre deste ano somaram 16 casos, ou 4,6% do total analisado. Os abonos salariais ficaram em 3,5% dos casos no período.