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Domingo, 05 de setembro de 2004 - 08h55
São Paulo - O Sindicato dos Metalúrgicos do
ABC aprovou ontem, durante assembléia da categoria, um reajuste salarial de
10% com base na proposta negociada com o Sinfavea, sindicato que representa
os fabricantes de automóveis. Cerca de oito mil trabalhadores votaram a
favor do reajuste que representa o acumulado da inflação de 11 meses
(cerca de 6 %), de acordo com Índice Nacional de Preços ao Consumidor
(INPC), mais aumento real para quem ganha até R$ 6 mil, acima desse
valor, um fixo de R$ 600 será incorporado ao salário.
Segundo a
assessoria de imprensa do sindicato, na convenção coletiva deste ano, duas
cláusulas inéditas foram aprovadas nas negociações. A primeira refere-se a
um limitador de horas extras, que deve motivar novas contratações. A partir
de primeiro de janeiro de 2005, cada trabalhador poderá fazer até 275 horas
extras por ano, ou 29 horas por mês. Cada hora que ultrapassar o limite terá
um adicional de 75 %, de segunda-feira a sábado, e 130 % nos domingos e
feriados.
A outra cláusula obriga as montadoras a contratar apenas
empresas terceirizadas (restaurante, limpeza) que cumpram a legislação
trabalhista. Os sindicatos irão fiscalizar.
A campanha salarial este
ano ocorreu de forma unificada em todo o Estado. Além dos sindicatos de
metalúrgicos filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) de São
Bernardo do Campo e de Taubaté, participaram também as entidades que
representam os trabalhadores de São Carlos, da Central Brasileira de
Trabalhadores e Empreendedores (CBTE) e de São Caetano do Sul e Tatuí
filiados à Força Sindical. As informações são da Radiobrás.
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