Buracos não faltam nos valores das aposentadorias dos segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Além das já conhecidas correções pela URV (Unidade Real de Valor) e da ORTN (Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional), já reconhecidas pela Justiça, três novas correções podem ser pedidas, com boas chances de ganho segundo especialistas e juízes.

Uma delas é a revisão pelo fator previdenciário, para quem pediu a aposentadoria por tempo de serviço após dezembro de 2003. Esses segurados receberam um valor menor mensal porque o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aumentou a expectativa de vida dos brasileiros, mudando o fator previdenciário e achatando em até 16% os benefícios. Pelo menos 170 mil pessoas podem ter direito a essa revisão.

Outra revisão é a correção das aposentadorias pelo teto. O motivo é a elevação do teto nas reformas previdenciárias de 1998 e 2003. Tem direito à revisão o aposentado que deveria receber um benefício acima do teto -mas que teve sua aposentadoria limitada ao valor máximo. Com as reformas, esses benefícios podem ser reajustados em até 42%.

A terceira revisão é a do autônomo. Uma mudança na maneira de calcular a aposentadoria, que está em vigor desde 24 de dezembro de 2004, pode gerar um novo tipo a correção, já que a Previdência deixou de checar se as escalas de contribuição dos autônomos foram respeitadas, o que pode diminuir benefício do segurado que contribui com um valor maior. - (Ellen Nogueira)

Fonte: Jornal Agora SP